Bula do Etomidato para o Paciente

Bula do Etomidato produzido pelo laboratorio Blau Farmacêutica S.a.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Etomidato
Blau Farmacêutica S.a. - Paciente

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BULA COMPLETA DO ETOMIDATO PARA O PACIENTE

Blau Farmacêutica S/A.

ETOMIDATO

Blau Farmacêutica S.A.

SOLUÇÃO INJETÁVEL

2 mg/mL

MODELO DE BULA PACIENTE RDC 47/09

etomidato

Medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999

APRESENTAÇÕES

Solução injetável contendo 20 mg de etomidato em 10 mL. Embalagens contendo 5 ampolas ou 25

ampolas de 10 mL.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAVENOSA

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada mL da solução injetável contém:

etomidato................................................................................................................................................. 2 mg

Excipientes* q.s.p.................................................................................................................................... 1 mL

* Componentes não ativos: propilenoglicol, ácido clorídrico (para ajuste de pH quando necessário) e água

para injetáveis.

I) INFORMAÇÕES AO PACIENTE

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?

Este medicamento é um hipnótico potente usado exclusivamente para anestesia geral.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

Em aproximadamente 10 segundos após a administração deste medicamento você estará dormindo. Assim

que a administração for interrompida, o efeito de etomidato cessará imediatamente.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Este produto é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade ao etomidato ou aos excipientes da

formulação.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

As injeções de etomidato só devem ser administradas por via intravenosa. A anestesia com etomidato

pode ser administrada a pacientes portadores de epilepsia, glaucoma ou porfiria, ou com história de

hipertermia maligna sem riscos adicionais.

A indução com etomidato pode ser acompanhada de uma queda ligeira e transitória da pressão sanguínea,

devido à diminuição da resistência vascular periférica, principalmente após administração prévia de outros

agentes hipotensores. Para alguns pacientes debilitados, nos quais a hipotensão pode ser prejudicial,

devem ser tomadas as seguintes precauções:

1) Manter o paciente deitado durante a indução.

2) Assegurar acesso intravenoso para manutenção do volume sanguíneo circulatório.

3) Administrar etomidato através de uma injeção intravenosa lenta (por exemplo, 10 mL durante 1

minuto).

4) Se possível, evitar o uso de outros agentes indutores.

Quando etomidato é usado, um equipamento de ressuscitação deve estar disponível para tratar uma

eventual apneia.

As doses de indução de etomidato têm sido associadas à redução da concentração plasmática de cortisol e

aldosterona. Esta redução não está associada a modificações nos sinais vitais ou evidência de aumento na

mortalidade; no entanto, em pacientes submetidos a estresse grave, especialmente os que apresentam

disfunção da glândula suprarrenal, a suplementação com cortisol exógeno deve ser considerada.

Supressão prolongada do cortisol e aldosterona endógenos podem ocorrer como consequência direta do

etomidato administrado por infusão contínua ou em doses repetidas e que, portanto, deve ser evitado. Em

tais situações, a estimulação da glândula adrenal com hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) não é útil.

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Em pacientes com cirrose hepática, ou naqueles que tenham recebido neurolépticos, opioides ou agentes

sedativos, a dose de etomidato deve ser reduzida.

Movimentos espontâneos podem ocorrer em um ou mais grupos de músculos, particularmente quando

nenhuma pre-medicação foi administrada. Estes movimentos podem ser atribuídos a perda da inibição

subcortical. Tais movimentos podem ser amplamente prevenidos pela administração intravenosa de

pequenas doses de fentanila associada a diazepam 1 a 2 minutos antes da indução com etomidato.

Mioclonia e dores decorrentes da injeção, incluindo dor venosa, são observadas durante a administração

de etomidato, especialmente quando injetada em veias de pequeno calibre. Isto pode ser amplamente

evitado com a aplicação IV de uma dose baixa de um opioide apropriado, como a fentanila, 1 a 2 minutos

antes da indução.

A administração de etomidato em infusão, com finalidade sedativa em unidades de terapia intensiva,

provoca uma diminuição dos níveis plasmáticos de cortisol, podendo levar a uma diminuição da

resistência orgânica ao stress e às infecções, principalmente em doentes com estado geral já

comprometido. As consequências clínicas dessa situação podem ser controladas pela administração de

doses suplementares de esteróides e pela cuidadosa proteção do paciente contra eventuais agentes

infecciosos ou estressantes.

Recomendamos evitar o uso de etomidato em infusões prolongadas. A administração de etomidato,

durante a fase de manutenção, leva a uma diminuição dos níveis de cortisol plasmático, que progride com

o tempo de uso, mas permanece ainda dentro dos limites da normalidade, mas que retorna aos valores pré-

anestésicos dentro de 3 a 4 horas após o final da infusão.

Esta situação parece originar distúrbios clinicamente importantes. Contudo, a administração do etomidato

nas doses preconizadas para a indução, 0,2 a 0,3 mg/kg de peso corporal, dificilmente apresenta efeito

depressor dos níveis plasmáticos do cortisol, quando comparado com a indução por outros agentes

anestésicos. Entretanto, no pós-operatório imediato, os níveis de ACTH estão altos e o usual aumento dos

níveis de cortisol - como também observado com outros agentes de indução - pode ser retardado até cerca

de 3 horas.

Como etomidato não apresenta ação analgésica, analgésicos devem ser administrados durante

procedimentos cirúrgicos.

Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco

Etomidato deve ser usado com cautela em pacientes idosos devido ao potencial para reduzir o débito

cardíaco, relatado com doses maiores que as recomendadas.

Em crianças com idade inferior a 15 anos, a dose deve ser aumentada: uma dose suplementar de até 30%

da dose normal em adultos é muitas vezes recomendada para a obtenção da mesma profundidade e

duração do sono, como obtido para adultos.

Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Mesmo que o paciente volte ao estado normal de alerta 30 a 60 minutos após acordar, recomenda-se que o

paciente não dirija ou opere máquinas por pelo menos 24 horas após a administração de etomidato.

Gravidez

Em animais, não foram observados efeitos sobre a fertilidade, teratogênicos ou embriotóxicos primários.

etomidato só deve ser usado durante a gravidez se o benefício potencial justificar os riscos ao feto.

Durante anestesia obstétrica, o etomidato atravessa a barreira placentária. Os escores de Apgar de recém-

nascidos cujas mães receberam etomidato são comparáveis àqueles de recém-nascidos cujas mães

receberam outros agentes hipnóticos. Foi observada diminuição transitória nos níveis de cortisol, com

duração de cerca de 6 horas, nos recém-nascidos cujas mães receberam etomidato; contudo, esse

decréscimo não ultrapassou os níveis de normalidade.

Amamentação

O etomidato foi identificado no leite materno. O efeito do etomidato em recém-nascidos é desconhecido.

A lactação deve ser descontinuada durante o tratamento e por um período de aproximadamente 24 horas

após o tratamento com etomidato.

Fertilidade

Em estudo de reprodução em animais, os resultados mostraram que etomidato não apresenta qualquer

efeito sobre a fertilidade, nas doses recomendadas.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

Interações medicamentosas

Os sedativos podem potencializar o efeito hipnótico do etomidato.

Pode ser necessário adaptar a dose de etomidato se você ingerir bebidas alcoólicas ou utilizar

medicamentos regularmente, ou se você estiver tomando algum medicamento que torna as reações mais

lentas (por exemplo, medicamentos para dormir, tranquilizantes, medicamentos para tratar transtornos

mentais).

Efeito dos outros medicamentos sobre etomidato

Tem sido relatada a redução da meia vida terminal do etomidato para aproximadamente 29 minutos após

administração concomitante com alfentanila. O uso concomitante de etomidato e alfentanila deve ser feito

com cuidado, pois a concentração de etomidato pode baixar a níveis inferiores ao limiar hipnótico.

A depuração plasmática total e o volume de distribuição do etomidato são reduzidos por um fator de 2 a 3

sem alteração da meia-vida quando administrado com a fentanila por via intravenosa (IV). Quando o

etomidato é administrado concomitantemente à fentanila IV, pode ser necessário reduzir a dose do

etomidato.

Efeito do etomidato sobre outros medicamentos

A administração concomitante de etomidato e cetamina, aparentemente, não tem efeitos significantes na

concentração plasmática ou parâmetros farmacocinéticos da cetamina e de seu principal metabólito, a

norcetamina.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

Conservar etomidato em temperatura ambiente entre 15ºC e 30ºC.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

Solução límpida, incolor a levemente amarelada.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você

observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Etomidato é injetado em uma veia (uso intravenoso).

A quantidade de etomidato depende da situação. Seu médico definirá a dose de etomidato que você

precisa em função do seu peso, idade e condição médica.

Informações para a pessoa que administrará etomidato

Etomidato é uma solução aquosa pronta para uso que deve ser administrada por injeção intravenosa lenta.

A ampola de 10 mL contém 20 mg de etomidato, ou seja, 2 mg de etomidato por mL.

A dose hipnótica eficaz de etomidato se situa entre 0,2 e 0,3 mg/kg de peso corporal em um paciente

adulto. Portanto, uma ampola é suficiente para se obter hipnose de 4 a 5 minutos de duração em adultos.

Se necessário, esta dose poderá ser adaptada ao peso do paciente.

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A dose total de etomidato não deve exceder o total de 3 ampolas (30 mL).

Como etomidato não possui atividade analgésica, é recomendada a administração de 1 a 2 mL de fentanila

por via intravenosa, 1 a 2 minutos antes da injeção de etomidato.

A dose deve ser ajustada de acordo com a resposta do paciente e os efeitos clínicos. Em idosos, uma única

dose de 0,15 - 0,20 mg/kg de peso corporal deve ser administrada e a dose deverá ser ajustada de acordo

com os efeitos observados.

Em crianças com idade inferior a 15 anos, a dose deve ser aumentada: uma dose suplementar de até 30%

da dose normal em adultos é muitas vezes recomendada para a obtenção da mesma profundidade e

duração do sono, como obtido para adultos.

Modo de usar

Utilize luvas ao abrir a ampola.

1) Mantenha a ampola entre o polegar e o indicador, deixando livre a ponta da ampola.

2) Com a outra mão, segure a ponta da ampola colocando o indicador contra o pescoço da ampola, e o

polegar em paralelo à identificação dos anéis coloridos.

3) Mantenha o polegar na ponta, quebre rapidamente a ponta da ampola enquanto segure firmemente a

outra parte da ampola na mão.

Exposição acidental da pele deve ser tratada pela lavagem da área afetada com água. Evite o uso de

sabonete, álcool, e outros materiais de limpeza que possam causar abrasões químicas ou físicas à pele.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do

tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Os pacientes não se auto-administram com etomidato. Etomidato é um medicamento injetável

administrado sob a orientação e supervisão médica.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?

Não hesite em falar com seu médico ou com o enfermeiro sobre qualquer evento indesejado ou incômodo,

incluindo os seguintes.

A administração de etomidato pode causar dor no local da injeção ou na área ao redor da veia ou

movimentos musculares involuntários incluindo espasmo muscular, contratura ou movimentos lentos,

rígidos ou espasmódicos. Movimentos musculares involuntários do olho também podem ocorrer. Outras

reações adversas podem ocorrer, mas isto acontece, em geral, quando você estiver dormindo. Nesse

momento, um médico sempre estará presente para monitorar a sua condição. Algumas vezes você ainda

pode sentir parte destes efeitos quando acordar, em geral na forma de náusea e/ou vômito, soluços, tosse,

tensão ou rigidez dos músculos ou excesso de saliva. Pressão alta ou baixa, inflamação da veia (algumas

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vezes associada com a formação de coágulo no sangue) ou problemas para respirar, tais como respiração

anormalmente fraca e/ou lenta, aumento da frequência da respiração, sons ásperos durante a respiração,

espasmos das vias respiratórias ou interrupção temporária da respiração podem ocorrer. Questões

relacionadas com a anestesia que podem ocorrer incluem demora na recuperação da anestesia, alívio

inadequado da dor ou outras complicações.

Você pode sentir alterações na frequência ou ritmo dos batimentos cardíacos (tais como, frequência

diminuída, batimentos irregulares ou palpitações).

Reações alérgicas ocorrem muito raramente e podem ser reconhecidas, por exemplo, por erupção ou

vermelhidão, urticária ou coceira na pele, respiração curta ou inchaço na face. Também foram relatados

casos muito raros de uma forma particularmente grave de erupção da pele chamada de síndrome de

Stevens-Johnson.

Reações adversas adicionais que podem ocorrer muito raramente incluem: produção insuficiente de

cortisol, convulsão, parada cardíaca, fluxo de sangue insuficiente para os tecidos do corpo (choque) ou

contrações dos músculos ao redor da mandíbula envolvidos na mastigação.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis

pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

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Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.