Bula do Eunades cs produzido pelo laboratorio Laboratorios Pfizer Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Eunades® CS
LABORATÓRIOS PFIZER LTDA
Solução injetável
20 mg/mL
LLD_EUNSOI_02
13/mai/2014
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Eunades®
CS
etoposídeo
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome comercial: Eunades®
Nome genérico: etoposídeo
APRESENTAÇÕES
CS solução injetável de 20 mg/mL em embalagem contendo 10 frascos-ampola de 5 mL (100 mg).
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO INJETÁVEL POR INFUSÃO INTRAVENOSA LENTA
USO ADULTO
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de Eunades®
CS solução injetável, contém 100 mg de etoposídeo em 5 mL de solução; cada
mL de solução contém 20 mg de etoposídeo.
Excipientes: polissorbato 80, ácido cítrico anidro, macrogol 300 e etanol absoluto.
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II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Eunades® CS (etoposídeo) está indicado para o tratamento de:
- Carcinoma de pequenas células de pulmão
- Leucemia aguda monocítica e mielomonocítica
- Doença de Hodgkin
- Linfoma não-Hodgkin
- Tumores testiculares (em esquemas quimioterápicos combinados de primeira linha, com procedimentos
cirúrgicos e/ou radioterápicos adequados) e tumores testiculares refratários (em combinação com outros agentes
quimioterápicos adequados, em pacientes com tumores testiculares refratários que já tenham sofrido cirurgia
adequada, tratamento quimioterápico e radioterápico).
O tratamento com etoposídeo como fármaco único em 307 pacientes com câncer de pulmão de pequenas células,
dos quais 51% foram pré-tratados com várias drogas induziu remissão em 38% dos pacientes, com 6% atingindo
remissão completa1
. Estes números mostram que etoposídeo é um dos agentes mais ativos no tratamento do
câncer de pulmão de pequenas células. De 250 pacientes com Linfoma não-Hodgkin, 86 % dos quais eram pré-
tratados, 36% responderam ao tratamento com etoposídeo, sendo que 6 % alcançaram taxa de resposta
completa1
. O tratamento com etoposídeo como único medicamento resultou em taxa de resposta de 76 %, com
38% de remissões completas em pacientes com linfoma não-Hodgkin que não receberam tratamento prévio1
.
Entretanto, em pacientes que receberam outras linhas de quimioterapia previamente, a taxa de remissão global é
de apenas 29%, com somente 2 remissões completas entre 216 tratados1
. Estes dados indicam que o etoposídeo é
um dos mais ativos entre os agentes utilizados no tratamento de linfoma não- Hodgkin1
Taxa de remissão de 36% em 90 pacientes com câncer testicular seminomatoso e não-seminomatoso foi relatada,
sendo que todos os pacientes participantes do estudo foram pré-tratados intensivamente. Entretanto a duração
média da resposta, de 3 meses, foi relativamente curta1
A leucemia mielo-monocítica aguda parece ser a mais sensível ao etoposídeo do que outras formas de leucemias.
As taxas de resposta são da ordem de 35 %, com 24 % de remissões completas, mas, novamente, provavelmente
devido ao pré-tratamento intensivo, o tempo de duração da remissão foi curto (duração mediana de resposta = 3
meses). Ao todo, 241 pacientes com leucemia não-linfocítica aguda pode ser avaliada, a taxa de resposta
cumulativa sendo 22 % com 10 % de remissão completa1
O etoposídeo também foi associado a boas respostas em associação com outros quimioterápicos. Estudo de
Noda, 2002 mostrou que regime de quimioterapia contendo etoposídeo, cisplatina, epirrubicina ciclofosfamida e
cisplatina prolongou a sobrevida global (HR = 0,69, 95% CI 0,53-0,90, P = 0,007), a sobrevida livre de
progressão (HR = 0,58 IC 95% 0,44-0,77, P <0,0001) e taxa de resposta global (RR = 1,26, IC de 95% 1,05-
1,51, P = 0,01) em pacientes com carcinoma do pulmão pequenas células. Entretanto, foi observado alto índice
de toxicidade hematológica2
1. H. Schmoll. Review of etoposide single-agent activity. Cancer Treatment Reviews, 1982 (9, Suppl A):
21-30.
2. Noda K, Nishiwaki Y, Kawahara M, Negoro S, Sugiura T, Yokoyama A et al. Irinotecan plus cisplatin
compared with etoposide plus cisplatin for extensive small-cell lung cancer. N Engl J Med 2002; 346:
85–91.
Propriedades Farmacodinâmicas
O etoposídeo é um agente antineoplásico, derivado semi-sintético da podofilotoxina.
O mecanismo de ação do etoposídeo não é exatamente conhecido; no entanto, este fármaco parece produzir
efeitos citotóxicos que causam alterações do DNA, inibindo assim ou alterando a síntese do DNA. O etoposídeo
parece ser dependente do ciclo celular e da fase cíclica específica, induzindo a suspensão da fase G2 e destruindo
preferencialmente as células dessa fase e de fases S tardias. Foram observadas duas respostas dose-dependentes
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diferentes. As concentrações elevadas ( 10 g/mL) causam lise das células em início de mitose. As baixas
concentrações (0,3 a 10 g/mL) inibem o início da prófase celular. Os danos induzidos ao DNA pelo etoposídeo
parecem estar relacionados com a citotoxicidade do fármaco. O etoposídeo parece induzir, indiretamente,
rupturas na fita única do DNA.
Propriedades Farmacocinéticas
Distribuição
Após a administração intravenosa do etoposídeo, os picos das concentrações plasmáticas e as curvas da
concentração plasmática vs tempo (AUC) mostram uma variação interindividual significativa. A distribuição do
etoposídeo nos tecidos e fluidos corporais não foi completamente caracterizada. A administração intravenosa do
etoposídeo leva a uma rápida distribuição. O volume aparente de distribuição no estado de equilíbrio é, em
média, de 20 a 28% do peso corporal. Após a administração intravenosa, o etoposídeo é minimamente
distribuído no fluido pleural, tendo sido detectado na saliva, fígado, baço, rins, miométrio, tecido cerebral
saudável e tecido neoplásico cerebral. Os estudos realizados sugerem uma distribuição mínima na bile.
Desconhece-se se o etoposídeo é excretado no leite materno. Os estudos em animais demonstraram que o
etoposídeo atravessa a placenta. O etoposídeo tem pequena penetração no sistema nervoso central (SNC), com
concentrações do fármaco no fluido cerebroespinal oscilando de valores indetectáveis até menos do que 5% das
concentrações plasmáticas. Dados limitados sugerem que o etoposídeo se distribui mais rapidamente no tecido
neoplásico cerebral do que no tecido cerebral saudável. As concentrações de etoposídeo se mostram mais
elevadas no tecido pulmonar saudável do que em metástases pulmonares, mas aquelas detectadas nos tumores
primários do miométrio foram semelhantes às encontradas no tecido saudável do miométrio. In vitro, a ligação
do etoposídeo às proteínas séricas é cerca de 94%, numa concentração de 10 g/mL.
Metabolismo
Estudos in vitro sugerem que a ativação metabólica do etoposídeo por oxidação para o derivado orto-quinona
pode desempenhar um papel essencial na sua atividade contra o DNA. Aproximadamente, 66% do etoposídeo é
metabolizado.
Eliminação
Após a administração intravenosa, foi reportado um decréscimo bifásico das concentrações plasmáticas do
etoposídeo; contudo, alguns dados indicam que o fármaco pode apresentar uma eliminação trifásica com
prolongamento da fase terminal. Em adultos com funções renal e hepática normais, a meia-vida média do
fármaco é de 0,6 a 2 horas na fase inicial e de 5,3 a 10,8 horas na fase terminal. Em crianças com funções renal e
hepática normais, a meia-vida média é de 0,6 a 1,4 horas na fase inicial e de 3 a 5,8 horas na fase terminal. Após
72 horas, 44% da dose administrada foi excretada na urina, 29% como fármaco inalterado e 15% como
metabólito. A eliminação nas fezes varia entre menos de 2% a 16%, num período de 72 horas. O clearance
plasmático total do etoposídeo foi relatado como variando de 19-28 mL/minuto/m2
nos adultos e 18-39
mL/minuto/m2
em crianças com funções renal e hepática normais. O clearance renal representa
aproximadamente 30-40% do clearance plasmático total. Pode ser necessário um ajuste posológico em pacientes
com disfunção renal ou hepática.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
A DL50 intravenosa do etoposídeo foi de 220, 82 e 49 mg/kg em camundongos, ratos e coelhos respectivamente.
Em cães, a dose máxima não letal foi 20 mg/kg. Os principais alvos após uma dose única foram o sistema
hemolinfopoiético, o trato gastrintestinal e os testículos. Sinais leves de toxicidades hepática e renal foram
observados em cães.
Os efeitos tóxicos após administrações parenterais repetidas de etoposídeo foram investigados em ratos e cães.
Os principais alvos nessas espécies foram o sistema hemolinfopoiético, o trato gastrintestinal, a bexiga urinária e
os órgãos reprodutivos masculinos. Ao contrário do que se observa na toxicidade subaguda, nenhum efeito grave
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no trato gastrintestinal foi observado após uso crônico de doses. A maioria das alterações regrediu durante o
período de recuperação, com exceção daquelas detectadas no trato genitourinário.
Etoposídeo foi genotóxico em testes realizados in vitro e in vivo e tóxico aos órgãos reprodutivos masculinos.
Apesar disso, a fertilidade não foi reduzida em ratos e etoposídeo não modificou os parâmetros gestacionais em
ratas e coelhas, mesmo em doses que se provaram consideravelmente tóxicas para mães e fetos em ambas
espécies e causaram malformações e anormalidades em ratos. Nenhuma toxicidade de longo prazo foi observada
na geração F1 e a geração F2 não pareceu ser afetada pelo tratamento. Não existem dados disponíveis de estudos
em animais sobre a carcinogenicidade do fármaco, mas etoposídeo, como outros fármacos citotóxicos, deve ser
considerado potencialmente carcinogênico. O fármaco foi considerado destituído de qualquer potencial
antigênico. Estudos específicos em camundongos e ratos indicam que a administração de etoposídeo em
qualquer cavidade corporal revestida por membrana serosa deve ser evitada.
Eunades® CS não deve ser administrado a pacientes com insuficiência hepática grave ou com hipersensibilidade
ao etoposídeo ou a qualquer um dos componentes do produto. Está também contraindicado a pacientes com
mielossupressão grave e infecções agudas.
Gerais
Eunades®
CS deve ser administrado por pessoal experiente no uso de quimioterapia antineoplásica.
Efeito Hematológico
Agentes citotóxicos, como o Eunades®
CS, podem produzir mielossupressão (incluindo, mas não limitado a,
leucopenia, granulocitopenia, pancitopenia e trombocitopenia). Se radioterapia e/ou quimioterapia foi
administrada previamente ao início do tratamento com Eunades®
CS, um intervalo adequado deve ser
proporcionado para permitir a recuperação da medula óssea. Se a contagem leucocitária cair abaixo de
2.000/mm3
, o tratamento deve ser suspenso até que os níveis dos componentes do sangue tenham retornado a
valores aceitáveis (plaquetas acima de 100.000/mm3
e leucócitos acima de 4.000/mm3
), isso acontece,
geralmente, dentro de 10 dias. Hemogramas de sangue periférico devem ser monitorados periodicamente.
Consequências clínicas da mielossupressão graves incluem infecções. Infecções virais, bacterianas, fúngicas e /
ou parasitárias, localizada ou sistémica, pode estar associada com o uso do etoposido sozinho ou em combinação
com outros agentes imunossupressores. Estas infecções podem ser leves, mas podem ser graves e por vezes
fatais. As infecções generalizadas devem ser controladas antes do início do tratamento com Eunades®
CS.
O uso de etoposídeo deve ser feito com cautela em pacientes com história de varicela ou herpes zóster.
Efeito no Sistema Imune
O médico deve estar consciente da possibilidade de ocorrência de reações anafiláticas, manifestadas por
calafrios, febre, broncospasmo, taquicardia, dispneia e hipotensão; sendo usualmente responsivas à interrupção
da terapia e administração de agentes pressóricos, corticoides, anti-histamínicos ou expansores de volume,
conforme apropriado (vide item 9. REAÇÕES ADVERSAS). O risco de hipotensão pode ser reduzido com o
prolongamento do tempo de infusão (vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Leucemia Secundária
A ocorrência de leucemia aguda, que pode ocorrer com ou sem uma fase pré-leucêmica, foi relatada, raramente,
em pacientes tratados com etoposídeo em associação a outros medicamentos antineoplásicos.
Efeitos Renal e Hepático
Foi demonstrado que Eunades®
CS atinge concentrações elevadas no fígado e nos rins, apresentando, assim, um
potencial de acumulação em casos de insuficiência funcionais.
Efeito Renal
Uma vez que uma fração significativa do etoposídeo é excretada inalterada pela urina (cerca de 30% de uma
dose intravenosa), pode ser necessário o ajuste posológico em pacientes com função renal prejudicada.
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Efeito Hepático
Durante o tratamento com etoposídeo, a mielotoxicidade é mais provável e mais grave em pacientes com
disfunção hepática. Uma disfunção hepática grave contraindica o tratamento com etoposídeo, enquanto que uma
disfunção leve a moderada exige uma vigilância cuidadosa.
Carcinogênese
Não foram conduzidos testes de carcinogenicidade com etoposídeo em animais de laboratório. Devido a seu
mecanismo de ação, pode ser considerado um possível carcinógeno em seres humanos.
Extravasamento
Deve-se evitar extravasamento de Eunades® CS, uma vez que o fármaco provoca forte irritação dos tecidos
vizinhos. No caso de extravasamento, deve-se suspender imediatamente a administração e qualquer porção
remanescente da dose deve ser administrada em outra veia. Devem ser seguidos os procedimentos usuais de
extravasamento. O etoposídeo é um produto citotóxico e, por isso, devem ser tomadas as precauções adequadas
durante sua manipulação e preparo de soluções. Podem ocorrer reações da pele associadas com a exposição
acidental ao produto. Eunades® CS deve ser administrado apenas por via intravenosa e não deve ser utilizado
por outras vias. Caso ocorra extravasamento (vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR):
- Interrompa a infusão ao primeiro sinal de queimadura;
- Injete corticosteroide (hidrocortisona) na região subcutânea ao redor da lesão;
- Aplique pomada de hidrocortisona a 1% na área afetada até o eritema desaparecer;
- Aplique curativo seco na área afetada por 24 horas.
Efeitos Imunossupressores /Aumento da Suscetibilidade às Infecções
A administração de vacinas com antígenos vivos ou atenuados em pacientes imunocomprometidos por agentes
quimioterápicos, incluindo o etoposídeo, pode resultar em infecções graves ou fatais. A vacinação com antígenos
vivos deve ser evitada em pacientes recebendo etoposídeo. Vacinas com antígenos mortos ou inativos podem ser
administradas, no entanto a resposta à vacina pode estar diminuída.
Outros
CS também contém etanol como excipiente, o que pode constituir fator de risco em pacientes
portadores de doença renal, alcoolismo, epilepsia e em mulheres grávidas e crianças.
Uso em Crianças
Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia em crianças. O polissorbato 80, um dos componentes do
excipiente do produto, foi associado a reações adversas graves em crianças prematuras.
Uso em Idosos
Não é necessário ajuste da dose. Da mesma forma que com todos os pacientes sob tratamento com etoposídeo, a
administração do produto em paciente com função renal ou hepática prejudicada deve ser feita com cautela.
Uso durante a Gravidez e Lactação
Gravidez
O etoposídeo pode causar dano fetal quando administrado a mulheres grávidas. Em estudos realizados em
camundongos e ratos, o etoposídeo demonstrou ser teratogênico e embriotóxico, não sendo, portanto,
recomendável sua administração a mulheres grávidas. O etoposídeo não deve ser utilizado em mulheres em
idade fértil a menos que os benefícios esperados se sobreponham aos riscos da terapia, ou que seja utilizado um
método anticoncepcional adequado. No caso da paciente engravidar durante o tratamento com etoposídeo, ela
deverá ser advertida quanto ao risco potencial para o feto.
Eunades® CS é um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez. Portanto, este
medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. A paciente deve
informar imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
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Mutagenicidade
Considerando seu potencial mutagênico, o fármaco poderia induzir dano cromossômico em espermatozoides
humanos. Portanto, homens em tratamento com Eunades® CS devem empregar medidas contraceptivas.
Lactação
É desconhecido se o etoposídeo é excretado no leite materno, como medida de precaução, a amamentação deve
ser descontinuada durante a terapia com o fármaco.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Má quinas
O efeito do etoposídeo na habilidade de dirigir e de operar máquinas não foi sistematicamente avaliado.
Eunades® CS não deve ser fisicamente misturado com qualquer outro fármaco. A solução deve ser inspecionada
quanto à presença de partículas ou descoloração antes do uso.
Eunades® CS deve ser conservado em temperatura ambiente (abaixo de 25°C), protegido da luz e pode ser
utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação.
As soluções diluídas a 0,4 mg/mL em glicose a 5% ou cloreto de sódio a 0,9% são estáveis durante 24 horas,
desde que conservadas a temperaturas entre 2 e 8°C. O medicamento é de uso único e qualquer solução não
utilizada deve ser devidamente descartada.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características físicas e organolépticas do produto: solução estéril, amarelada.
A dose usual de Eunades® CS deve se basear na resposta clínica e hematológica e na tolerância do paciente. A
dose deverá ser modificada em função dos efeitos mielodepressores de outros fármacos associados ou dos efeitos
de terapia prévia com radiação ou da quimioterapia que possam ter comprometido a reserva medular. Não se
deve repetir a dose de etoposídeo até que a função hematológica retorne a limites aceitáveis.
Eunades® CS deve ser administrado com cautela em pacientes com insuficiência hepática leve a moderada. Pode
ser necessário ajuste posológico em pacientes com disfunção renal, uma vez que parte do etoposídeo (cerca de
Uso em Adultos
A posologia usual desse produto é de 50-60 mg/m2
/dia por via intravenosa durante 5 dias consecutivos. A dose
total não deve, normalmente, exceder 400 mg/m2
por período de tratamento.
Administração:
Foi relatado que os dispositivos plásticos de acrílico ou ABS (um polímero de acrilonitrila, butadieno e estireno)
podem se romper ou vazar quando usados com o produto não diluído.
O etoposídeo deve ser administrado lentamente por via intravenosa (normalmente durante um período de 30 a 60
minutos), uma vez que se verificou hipotensão após administração intravenosa rápida. Períodos de infusão mais
longos podem ser necessários, de acordo com a tolerância do paciente (vide item 5. ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES e 9. REAÇÕES ADVERSAS).
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Eunades® CS não deve ser administrado por via intrapleural ou intraperitoneal, nem por infusão
intravenosa rápida.
Eunades® CS deve ser diluído antes de sua administração. As concentrações resultantes não devem exceder 0,4
mg/mL, porque pode ocorrer precipitação. Geralmente, o etoposídeo é adicionado a 250 mL de soro fisiológico
(cloreto de sódio a 0,9%) ou glicose a 5%. Contato com soluções aquosas tamponadas com pH acima de 8 deve
ser evitado. A infusão deve ser administrada por um período de 30 a 60 minutos.
Uso em Idosos
Não é necessário ajuste da dose. Deve-se ter cautela na disfunção renal ou hepática.
Uso em Crianças
A segurança e a eficácia em crianças não foram estabelecidas.
Incompatibilidades e estabilidade
Eunades® CS não deve ser fisicamente misturado com quaisquer outros fármacos. Sempre que a solução e
recipiente permitirem, os fármacos destinados à administração parenteral devem ser inspecionados quanto à
possível existência de partículas e descoloração, antes de serem usados.
Deve-se evitar o contato com soluções tampão aquosas com pH superior a 8. As soluções diluídas a 0,4 mg/mL
em glicose a 5% ou cloreto de sódio a 0,9% são estáveis durante 24 horas, desde que conservadas a temperaturas
entre 2 e 8°C.
Os frascos-ampola fechados de Eunades® CS devem ser conservados em temperaturas inferiores a 25°C,
protegidos da luz.
A apresentação desse produto com 5 mL (100 mg de etoposídeo) é para uso único. Demonstrou-se estabilidade
microbiológica de pelo menos 16 horas após a primeira perfuração da tampa de borracha quando o produto é
armazenado em temperatura inferior a 25o
C. Deve-se descartar o restante da solução não utilizada.
Precauções especiais de utilização e manipulação
As recomendações que se seguem devem-se à natureza tóxica do produto.
Tal como acontece com todos os agentes antineoplásicos, a preparação das soluções de etoposídeo deve ser
efetuada por pessoal treinado, numa área reservada para isso (preferencialmente, uma câmara de fluxo laminar
para citotóxicos). A superfície de trabalho deve ser protegida por material descartável, constituído de papel
absorvente com fundo plástico.
Durante a manipulação do etoposídeo devem ser utilizadas: bata protetora, máscara, luvas e proteção adequada
dos olhos. No caso de contato acidental da solução com a pele ou olhos, a área atingida deve ser imediatamente
lavada com água e sabão, procurando-se cuidados médicos em seguida.
Não é recomendável a manipulação de agentes citotóxicos, como o etoposídeo, por mulheres grávidas.
Recomenda-se a utilização de seringas "Luer-Lock" ajustáveis e de largo diâmetro interno para minimizar a
pressão e eventual formação de "aerossol". A formação de "aerossol" pode ser diminuída pela utilização, durante
a preparação, de agulha com vácuo.
Precauções especiais para eliminação dos materiais utilizados na preparação do produto
Os materiais utilizados na preparação das soluções de etoposídeo, ou materiais usados para proteção corporal,
devem ser colocados num saco de polietileno duplamente selado e incinerados a 1100°C.
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Procedimentos em caso de Extravasamento
Em caso de extravasamento, o acesso à área afetada deve ser restringido. Usar dois pares de luvas (borracha
látex), uma máscara respiratória, uma bata protetora e óculos de segurança. Limitar a extensão do
extravasamento utilizando uma toalha absorvente ou grânulos adsorventes. Pode-se também utilizar hidróxido de
sódio a 5%. Reunir o material absorvente/adsorvente e outros resultantes do extravasamento e colocá-los num
recipiente de plástico estanque, rotulando-o de acordo com o conteúdo. Os resíduos citotóxicos devem ser
considerados perigosos ou tóxicos, sendo claramente rotulados "RESÍDUO CITOTÓXICO PARA
INCINERAÇÃO A 1100°C". Estes resíduos devem ser incinerados a essa temperatura durante, pelo menos, 1
segundo. Lavar o restante da área de extravasamento com quantidade abundante de água (vide item 5.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Distúrbios dos Sistemas Sanguineo e Linfático: mielossupressão é o principal e mais frequente efeito adverso
limitante da dose. A mielossupressão manifesta-se geralmente pela ocorrência de leucopenia,(principalmente
granulocitopenia) e trombocitopenia. Anemia ocorre infrequentemente. O nadir (efeito deteriorante máximo) na
contagem leucocitária ocorre aproximadamente 21 dias após o tratamento. A trombocitopenia ocorre com menor
frequência. Pode também se manifestar anemia. Leucopenia e leucopenia grave (menos de 1000 leucócitos/mm3
)
foram observadas em 60 a 91% e em 7 a 17%, respectivamente, dos pacientes tratados com etoposídeo como
agente único. A mielossupressão não é cumulativa, mas pode ser mais grave em pacientes previamente tratados
com outros agentes antineoplásicos ou com radioterapia. A ocorrência de leucemia aguda com ou sem fase pré-
leucêmica tem sido raramente relatada em pacientes tratados com etoposídeo em combinação com outros agentes
antineoplásicos.
Distúrbios Oculares: cegueira cortical transitória tem sido relatada.
Distúrbios Gastrintestinais: náuseas e vômitos são as principais toxicidades gastrointestinais e ocorrem em mais
de um terço dos pacientes. Antieméticos são úteis no controle desses efeitos colaterais. Outros efeitos
infrequentes incluem dor abdominal, diarreia, anorexia ,mucosite e esofagite, de leve a grave. Foi reportada
estomatite em 1-6% dos pacientes. Disfagia foi relatada.
Distúrbios Gerais e Condições no Local da Administração: fadiga e pirexia têm sido relatadas. Após a
administração intravenosa do etoposídeo, em particular com soluções concentradas, pode ocorrer flebite.
Distúrbios do Sistema Imune: reações anafilactoides foram relatadas após a administração de etoposídeo. Taxas
mais altas de reações anafilactoides foram relatadas em crianças que receberam infusões em doses mais altas do
que aquelas recomendadas. Essas reações usualmente responderam à cessação da terapia e à administração de
agentes pressóricos, corticoides, anti-histamínicos ou expansores de volume, conforme apropriado (Vide item 5.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Infecções e Infestações: choque séptico, sepse, sepse neutropênica, pneumonia e infecção.
Lesões, toxicidade e complicações processuais: fenômeno de radiação tem sido relatado.
Distúrbios da Pele e do Tecido Subcutâneo: foi observada alopecia em aproximadamente 2/3 dos pacientes e
usualmente reversível à cessação da terapia. Rash, distúrbio na pigmentação, prurido e urticária foram relatados.
Sistema Nervoso Central: foi reportada neuropatia periférica em um pequeno grupo de pacientes tratados com
etoposídeo (1-2%). Embora ainda não totalmente definido, supõe-se que o risco e/ou gravidade da neuropatia
periférica aumenta quando o etoposídeo é administrado concomitantemente com outros agentes potencialmente
neurotóxicos, como a vincristina. Sonolência e sabor residual também foram relatados.
Distúrbios Respiratório, Torácico e Mediastinal: Observou-se uma reação aguda fatal associada a
broncoespasmo. Tem sido descrita apneia, com retomada espontânea da respiração após a interrupção da infusão.
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Distúrbios Vasculares: hipotensão pode ocorrer seguida de uma infusão excessivamente rápida e pode ser
revertida pela desaceleração da taxa de infusão. Esta reação não foi associada à toxicidade cardíaca ou a
alterações eletrocardiográficas e não foi observado nenhum caso de hipotensão tardia. Para evitar esta reação, o
etoposídeo deve ser administrado por infusão intravenosa lenta durante pelo menos 30 minutos. Se ocorrer
hipotensão, esta normalmente responde à interrupção da infusão e a administração de fluidos ou outra terapia de
apoio deverá ser instituída. No reinício da infusão, a administração deverá ser mais lenta. Foram também
relatadas hipertensão e/ou rubor facial. A pressão sanguínea geralmente retoma os níveis normais poucas horas
após o término da infusão.
Distúrbios Cardiovasculares: registrou-se um caso clínico de enfarte do miocárdio, que ocorreu em um paciente
que também recebia radiação mediastinal. Houve um caso de cardiotoxicidade com risco fatal, possivelmente
relacionado com o uso do produto.
Outras Reações Adversas: embora raramente, observaram-se as seguintes reações adversas: hepatotoxicidade
(aumento dos níveis da bilirrubina sérica e das concentrações de AST e fosfatase alcalina); estes efeitos foram
transitórios e não provocaram sequelas; nefrotoxicidade (manifestada pelo aumento dos níveis de ureia e por
hiperuricemia) e um relato único de recidiva de dermatite provocada por radioterapia.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.