Bula do Euthyrox para o Profissional

Bula do Euthyrox produzido pelo laboratorio Merck S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Euthyrox
Merck S/a - Profissional

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BULA COMPLETA DO EUTHYROX PARA O PROFISSIONAL

EUTHYROX®

137

levotiroxina sódica

Merck S/A

Comprimidos

137 mcg

Euthyrox®

APRESENTAÇÕES

Comprimidos 137 mcg - Embalagem contendo 50 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO e PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

137 mcg: cada comprimido contém 137 mcg de levotiroxina sódica.

Excipientes: amido de milho, croscamelose sódica, estearato de magnésio, gelatina, lactose

monoidratada.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é destinado à:

− Terapia de reposição ou suplementação hormonal em pacientes com hipotireoidismo de

qualquer etiologia (exceto no hipotireoidismo transitório, durante a fase de recuperação de

tireoidite subaguda). Nesta categoria incluem-se: cretinismo, mixedema e hipotireoidismo

comum em pacientes de qualquer idade (crianças, adultos e idosos) ou fase (por exemplo,

gravidez); hipotireoidismo primário resultante de déficit funcional; atrofia primária da

tireoide; ablação total ou parcial da glândula tireoide, com ou sem bócio; hipotireoidismo

secundário (hipofisário) ou terciário (hipotalâmico).

− Supressão do TSH hipofisário no tratamento ou prevenção dos vários tipos de bócios

eutireoidianos, inclusive nódulos tireoidianos, tireoidite linfocítica subaguda ou crônica

(tireoidite de Hashimoto) e carcinomas foliculares e papilares, tireotropino-dependentes

da tireoide.

− Ao diagnóstico nos testes de supressão, auxiliando no diagnóstico da suspeita de

hipertireoidismo leve ou de glândula tireoide autônoma.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

− Hipotireoidismo

Pediátrico

A terapia de reposição com T4 (levotiroxina) é a escolha mais adequada para a maioria dos

pacientes com hipotireoidismo.

Um estudo de coorte retrospectivo (n = 69) em pacientes pediátricos de até 2 anos de idade

revelou que a administração inicial variável de levotiroxina, com base na etiologia para

hipotireoidismo congênito, rapidamente normalizou os níveis de T4 livre sem a produção de

hipertireoidismo iatrogênico persistente (Mathai et al, 2009).

Adulto

Levotiroxina é indicada para reposição ou suplementação em pacientes com hipotireoidismo,

incluindo hipotireoidismo congênito, mixedema e hipotireoidismo primário resultante de

deficiência funcional, atrofia primária, ausência da glândula tireoide (total ou parcial) ou de

efeitos de radiação ou cirurgia com ou sem a presença de bócio; ou com hipotireoidismo

secundário (pituitário) e hipotireoidismo terciário (hipotalâmico). Hipotireoidismo

medicamentoso, como o subsequente de terapia com iodeto de potássio (SSKI) ou de terapia

com carbonato de lítio, tem respondido adequadamente à descontinuação do agente causador

e instituição da terapia com levotiroxina. Levotiroxina é eficaz na substituição da tireoide

devido ao seu padrão de pureza, meia-vida longa, pool corpóreo grande, e simulação próxima

dos níveis hormonais fisiológicos (Refetoff, 1975b; Stock et al., 1974; Surks et al., 1973b).

A administração diária de levotiroxina 0,05 mg foi eficaz na melhora dos sintomas do

hipotireoidismo subclínico em um estudo controlado. O hipotireoidismo subclínico foi

definido como níveis normais de tiroxina sérica e tiroxina livre, com níveis elevados de

tireotropina sérica. Em pacientes tratados com tiroxina, o intervalo sistólico médio não

mudou. No entanto, os intervalos sistólicos se normalizaram em 5 pacientes com os valores

basais mais anormais. Os sintomas melhoraram em 8 de 14 pacientes recebendo tiroxina, em

comparação a 3 de 12 pacientes recebendo placebo (Cooper et al, 1984).

− Hipotireoidismo congênito

hipotireoidismo congênito, rapidamente normalizou os níveis de levotiroxina livre (T4) sem a

produção de hipertireoidismo iatrogênico persistente. Levotiroxina suspensão 15 mcg/mL foi

administrada a pacientes com atireose (n = 17) que receberam dose de 15 mcg/kg/dia, a

pacientes com ectopia (n = 35) que receberam dose de 12 mcg/kg/dia, e a pacientes com

disormonogênese (n = 17) que receberam dose de 10 mcg/kg/dia. Testes frequentes de função

da tireoide foram conduzidos semanalmente por 4 semanas, em seguida em 6 semanas, e

mensalmente até 24 meses de idade e, por conseguinte, a cada 3 meses. Foram feitos ajustes

da dose de levotiroxina para manter o T4 livre dentro da metade superior dos valores normais.

Após o controle da etiologia e do nível inicial de T4 livre, uma dose inicial mais alta foi

significativamente associada ao aumento da média do nível de T4 livre nas semanas 1 e 2

(p = 0,009). Uma correlação entre os níveis de T4 livre e dose entre as etiologias não foi

significativamente diferente inicialmente (p = 0,6). Após 2 anos, no entanto, a dose foi

significativamente associada à etiologia (p = 0,006) com atireose requerendo doses iniciais

maiores, as quais rapidamente foram diminuídas ao longo do tempo. Duas semanas após o

início da terapia, uma maioria de pacientes apresentou normalização do TSH (menos ou igual

a 8 milhões de unidades internacionais/litro): 26% ao final da primeira semana, 72% ao final

da segunda semana, 92% na terceira semana, e 96% na quarta semana. O tempo de

normalização do TSH não foi correlacionado à etiologia. Nas primeiras 6 semanas de terapia,

foram necessários 77 ajustes de dose, com a maioria sendo reduções (n = 63) e ocorrendo

entre as 2 primeiras semanas; 49% dos pacientes precisaram de um, 24% precisaram de dois,

e 6% precisaram de três ajustes de dose. O número de mudança de doses não estava

correlacionado à etiologia. Dados de dois anos mostraram que, exceto por 2 pacientes

nãoaderentes, todos apresentaram níveis normais de T4 livre. Em 65% dos pacientes, os

níveis transitórios de TSH foram maiores de 8 milhões de unidades internacionais/litro

(mUI/L) e 84% apresentaram níveis de THS maiores de 5 mUI/L ocasionalmente durante os

primeiros dois anos. Durantes as primeiras 4 semanas de terapia, foi observado

hipertireoidismo em 28% dos pacientes (disormonogênese em 12% e atireose em 35%). Em

duas semanas, os níveis elevados de T4 voltaram ao normal em todos os pacientes, e em uma

semana em 58% dos pacientes (Mathai et al, 2008).

− Supressão do TSH hipofisário

Indicado para tratamento ou prevenção de bócios eutireoides, nódulos da tireoide subagudos

ou tireoidite linfocítica crônica (tireoidite de Hashimoto), bócio multinodular, adjuvante à

cirurgia e radioiodoterapia no tratamento de câncer de tireóide bem diferenciado tireotropina-

dependente.

Existe evidência conflitante no uso de levotiroxina no tratamento de nódulos únicos da

tireoide.

A supressão da tireoide com levotiroxina (L-tiroxina) e imagem com pertecnetato de tecnécio

99-m (99mTc) foi eficaz para o reconhecimento do tecido tireoidiano autônomo, apresentando

vantagens de conveniência para o paciente e uma imagem melhor em comparação ao primeiro

teste de supressão de tri-iodotironina (T3) usando 131l-iodeto para a imagem. Em sujeitos de

pesquisa controlados (n = 15), a captação de pertecnetato 99mTc (10 mCi) foi reduzida para

uma média de 76% após 10 dias da administração de L-tiroxina 2 mcg/kg/dia. Entre 20

sujeitos de pesquisa com doença tireoidiana, aqueles com tecido tireoidiano autônomo

(pacientes com doença de Graves, bócio difuso tóxico não autoimune, ou nódulos autônomos

funcionais) não mostraram redução significante na captação. Efeitos colaterais não foram

relatados pelos pacientes. Pacientes recebendo medicamentos antitireoide não precisaram

descontinuá-los para esse teste. A meia-vida física curta de 99mTc (6 horas) e a curta

permanência de 99mTc na glândula tireoide fornecem uma dose baixa de radiação para a

tireoide e permite estudos em curtos intervalos de tempo (Ramos et al., 2000).

Em um estudo randomizado, cruzado, e controlado por placebo, a levotiroxina diminuiu

significantemente o volume de nódulos de tireoide. Foram randomizados em 4 braços de

tratamento 49 pacientes com um único nódulo palpável. O grupo 1 recebeu placebo por 1 ano,

trocando em seguida para tratamento de um ano com levotiroxina para supressão de grau

elevado de hormônio estimulante da tireoide (TSH). O TSH foi suprimido para menos ou

igual a 0,1 miliunidades por mililitro (mL), com doses médias de 3,2 mcg/kg/dia de

levotiroxina. O grupo 2 inicialmente recebeu levotiroxina para supressão de nível elevado de

TSH e foi cruzado com placebo no segundo ano. O grupo 3 iniciou o estudo recebendo

placebo e alterou para levotiroxina para supressão de nível baixo de TSH, e o grupo 4 iniciou

com levotiroxina para supressão de nível baixo de TSH e alterou para placebo. Grupos de

supressão de nível baixo de TSH foram suprimidos com 0,4 a 0,6 miliunidades/mL com doses

médias de 1,4 mcg/kg/dia de levotiroxina. Nove pacientes foram excluídos da análise de

dados devido a não-aderência ou inadequação à supressão do TSH. No grupo 1 (n = 9) e

grupo 2 (n = 11), 12 meses de supressão de nível alto com levotiroxina resultaram em uma

diminuição significativa do volume de nódulo, de 1,79 mL (p abaixo de 0,01) e 1,67 (p abaixo

de 0,001) respectivamente. Nos grupos 3 (n = 10) e 4 (n = 10), 12 meses de supressão de nível

baixo com levotiroxina resultaram em uma diminuição do volume de nódulo de 1,39 mL (p

abaixo de 0,05) e de 1,37 (p abaixo de 0,01). No seguimento do tratamento com levotiroxina,

foi observada uma redução de mais de 50% do nódulo em 37,5% dos pacientes com supressão

de nível alto de TSH e em 41,6% dos pacientes com supressão de nível baixo de TSH. As

diferenças entre os grupos não foram significativas (p = NS). Levotiroxina foi bem tolerada.

No entanto, 4 pacientes dos grupos de supressão de nível alto de TSH desenvolveram

sintomas e sinais de hipertireoidismo durante a metade do tratamento de estudo. Os autores

recomendam o uso de dose baixa de levotiroxina para diminuir a possibilidade de

desenvolvimento de toxicidade da levotiroxina (Koc et al, 2002).

A levotiroxina reduziu o volume dos nódulos únicos da tireoide em um estudo multicêntrico,

randomizado, duplo-cego, controlado por placebo. Os pacientes foram seguidos por 18 meses

e receberam prescrição de levotiroxina para manter os níveis de hormônio estimulante da

tireoide (TSH) abaixo de 0,3 mUI/litro (n = 64) ou placebo (n = 59). Ao final de 18 meses, o

volume do nódulo diminuiu uma média de 0,36 mililitros (mL) +/- 1,71 mL no grupo,

enquanto o grupo de placebo mostrou um aumento médio de 0,62 mL +/- 3,67 mL (p = 0,01).

Pacientes que apresentaram uma diminuição de mais de 50% do volume do nódulo, foram

classificados como "responsivos”. Dezessete dos 64 pacientes no braço de tratamento e 10 dos

59 pacientes recebendo placebo foram considerados “responsivos” (p = 0,04) (Wémeau et al,

2002).

A levotiroxina isolada ou em combinação com iodato foi tão eficaz quanto iodato isolado para

o tratamento de bócio endêmico. Em um modo randomizado, 166 pacientes receberam

levotiroxina 150 mcg/dia e iodo 400 mcg/dia, ou uma combinação de levotiroxina 75 mcg/dia

e iodo 200 mcg/dia, por 8 meses. Uma diminuição comparável e significativa no tamanho do

bócio aconteceu em todos os grupos (Hintze et al, 1989).

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Os hormônios tireoidianos maiores são a levotiroxina (T4) e a tri-iodotironina (T3). As

quantidades de levotiroxina liberadas na circulação por uma glândula tireoide funcionante são

reguladas pela quantidade de tireotropina (TSH) secretada pela parte anterior da glândula

hipófise. A síntese de TSH é por sua vez regulada tanto pelos níveis de levotiroxina e tri-

iodotironina circulantes como pelo hormônio de liberação da tireotropina (TRH), secretado

pelo hipotálamo. O reconhecimento desse sistema complexo de resposta (feedback) é muito

importante para o diagnóstico e o tratamento da disfunção tireoidiana.

A absorção da levotiroxina é variável, girando em torno de 50% a 80% das doses

administradas. Esta variação de absorção é dependente de vários fatores, tais como: veículos

utilizados em sua preparação, conteúdo intestinal, flora intestinal e fatores dietéticos.

Mais de 99% dos hormônios circulantes estão ligados às proteínas séricas, incluindo a

globulina (TBg), pré-albumina (TBPA) e albumina (TBa), cuja capacidade e afinidade variam

de acordo com os hormônios. A levotiroxina apresenta uma afinidade maior de ligação que a

tri-iodotironina, tanto ao nível da circulação, como a nível celular, o que explica o seu maior

tempo de ação. A meia-vida da levotiroxina (T4) no plasma normal é de 6 a 7 dias. Essa meia-

vida diminui no hipertireoidismo e aumenta no hipotireoidismo. A deiodinação da

levotiroxina ocorre em vários locais como o fígado, rins e outros tecidos. O hormônio

conjugado sob a forma de glucuronatos ou sulfatos é encontrado na bile e intestino, onde se

completa o ciclo entero-hepático. Diariamente, cerca de 70% de levotiroxina (T4)

metabolizada é deiodinada.

O principal efeito dos hormônios tireoidianos exógenos é o aumento do índice metabólico dos

tecidos. Os hormônios tireoidianos também estão relacionados com o crescimento e

diferenciação dos tecidos. Nos jovens em estado de deficiência, existe um atraso de

crescimento e uma imaturação esquelética, e em outros sistemas ocorre principalmente uma

falha de ossificação das epífises e do desenvolvimento do sistema nervoso central.

Assim, a administração do Euthyrox®

produz:

− aumento do consumo tissular de oxigênio;

− aumento do metabolismo basal;

− aumento do ritmo cardíaco.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Euthyrox®

está contraindicado em casos de: hipersensibilidade aos componentes da fórmula,

infarto do miocárdio recente, tireotoxicose não tratada, insuficiência suprarrenal

descompensada e hipertireoidismo não tratado.

Não há contraindicação relativa a faixas etárias.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

ADVERTÊNCIAS

A levotiroxina deve ser usada com extremo cuidado em pacientes com distúrbios

cardiovasculares, incluindo angina pectoris, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio e

hipertensão; se necessário, devem ser utilizadas doses iniciais menores, aumentos pequenos

de dose e intervalos maiores entre os aumentos de dose.

A terapia de reposição da tireoide pode precipitar uma crise suprarrenal aguda em pacientes

com insuficiência suprarrenal ou insuficiência pituitária sem o adequado amparo de

corticosteroides.

Em neonatos prematuros com peso extremamente baixo, o início da terapia com levotiroxina

deve ser realizado com extrema cautela em decorrência da imaturidade da função suprarrenal.

PRECAUÇÕES

Hormônios da tireoide não devem ser usados para a redução de peso. Em pacientes

eutireoideos, as dosagens normais não são eficazes para a perda de peso; dosagens maiores

podem produzir manifestações graves ou até mesmo ameaçadoras, especialmente se

administradas com outros cuidados específicos para redução de peso.

Precauções especiais

São necessários cuidados adicionais quando a levotiroxina é administrada a pacientes com

Diabetes mellitus ou com Diabetes insipidus.

A posologia deve ser adaptada de acordo com os testes da função tireoidiana (TSH +/- L-T4).

A monitoração dos pacientes deve ser realizada de acordo com sintomas clínicos, assim como

com os testes da função da tireoide. É necessário monitorar os pacientes recebendo

administração concomitante de levotiroxina e medicamentos que podem afetar a função da

tiroide (tais como amiodarona, inibidores da tirosina quinase) (vide “Interações

medicamentosas”).

Gravidez e lactação

A levotiroxina atravessa a barreira placentária em quantidade limitada, mas seu uso na prática

médica não mostrou efeitos adversos ao feto. A manutenção dos níveis dos hormônios

tireoidianos dentro da faixa normal é vital para as gestantes assegurarem a saúde materna e do

feto. Assim, o tratamento com Euthyrox®

não precisa ser modificado durante a gravidez.

Tanto os níveis de TSH quanto os do hormônio tireoidiano devem ser monitorados

periodicamente e, se necessário, o tratamento deve ser ajustado.

Durante a gestação, a levotiroxina sódica é contraindicada como tratamento adjuvante do

hipertireoidismo tratado com drogas antitireoide. A ingestão adicional de levotiroxina pode

aumentar nas dosagens requeridas das drogas antitireoide. As drogas antitireoide,

diferentemente da levotiroxina, atravessam a barreira placentária nas dosagens eficazes, o que

pode resultar em hipotireoidismo no feto. Assim, o hipertireoidismo durante a gravidez deve

ser tratado com baixas dosagens de um único agente antitireoidiano.

A amamentação pode continuar durante o tratamento com levotiroxina. A quantidade de

levotiroxina excretada pelo leite materno é mínima e não está associada a nenhum efeito

colateral ou potencial tumorogênico. Quantidades adequadas de levotiroxina são necessárias

para manter a lactação normal.

Categoria de risco na gravidez: A. Este medicamento pode ser utilizado durante a

gravidez desde que sob prescrição médica.

Populações especiais

Cuidados especiais devem ser tomados em pacientes idosos com bócio com função tireoidiana

normal, que já sofreram infarto do miocárdio ou que apresentam angina pectoris, insuficiência

cardíaca ou arritmia com taquicardia.

A levotiroxina deve ser introduzida muito gradualmente em pacientes idosos e naqueles com

hipotireoidismo de longa data a fim de evitar qualquer aumento repentino das necessidades

metabólicas.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Não há indicação de que a levotiroxina possa prejudicar a habilidade de dirigir ou conduzir

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Medicamento-medicamento

Efeitos de Euthyrox®

sobre outros medicamentos:

− Anticoagulantes orais: os hormônios tireoidianos aumentam os efeitos dos anticoagulantes

orais. Pacientes em terapia com anticoagulantes ainda requerem monitoração cuidadosa

quando o tratamento com agentes tireoidianos inicia-se ou é alterado conforme a

necessidade de ajuste da dosagem do anticoagulante oral (redução da dose).

Efeitos de outros medicamentos sobre Euthyrox®

:

− Medicamentos indutores enzimáticos (ex: rifampicina, carbamazepina ou fenitoína,

barbitúricos): aumentos no metabolismo tireoidiano resultando em redução das

concentrações séricas plasmáticas dos hormônios tireoidianos. Assim, os pacientes em

terapia de reposição dos hormônios da tireoide devem necessitar de aumento nas dosagens

se essas drogas forem administradas concomitantemente.

− A amiodarona inibe a conversão periférica da levotiroxina T4 para T3 resultando em

redução da concentração sérica de T3 e aumento do nível de TSH sérico.

− Glicocorticoides, propiltiouracil e beta-simpatolíticos (especialmente propranolol) inibem

a conversão periférica de levotiroxina (T4) para T3 e pode levar à redução da

concentração sérica de T3.

− Inibidores da protease: Houve relatos de perda de efeito terapêutico do levotiroxina

quando usado concomitantemente com lopinavir/ritonavir. Portanto, os sintomas clínicos,

bem como testes de função da tireoide deverão ser cuidadosamente monitorados em

pacientes em tratamento com levotiroxina e lopinavir/ritonavir concomitantemente.

− Inibidores da tirosina quinase tais como imatinibe, sunitinibe ou sorafenibe podem reduzir

a eficácia da levotiroxina. Portanto, os sintomas clínicos assim como a função da tireoide

devem ser cuidadosamente monitorados em pacientes recebendo levotiroxina e inibidores

da tirosina quinase concomitantemente. Pode ser necessário ajustar a dose da levotiroxina.

− Estrógenos (ex: contraceptivos orais): aumentam a ligação da tiroxina, levando a erros de

diagnósticos e tratamentos.

Medicamentos administrados por via oral que podem reduzir a absorção da levotiroxina (T4):

− Resinas de troca iônica (ex: colestiramina, sevelamer ou sulfato cálcico de poliestireno e

sais de sódio): há redução da absorção da levotiroxina ingerida devido à ligação aos

hormônios tireoidianos no trato gastrintestinal. Assim, deve-se separar a administração de

resinas de troca iônica da administração da levotiroxina tanto quanto possível.

− Sequestrante de ácido biliar: colesevelam liga-se à levotiroxina e reduz a sua absorção no

trato gastrointestinal. Não foi observada interação quando a levotiroxina foi administrada

por pelo menos 4 horas antes de colesevelam. Desta forma, a levotiroxina deve ser

administrada por no mínimo 4 horas antes de colesevelam.

− Medicamentos para o trato gastrintestinal (ex: sucralfato, antiácidos e carbonato de

cálcio): ocorre redução da absorção de levotiroxina no trato gastrintestinal. Assim, deve-

se separar a administração de medicamentos para o trato gastrintestinal da administração

da levotiroxina tanto quanto possível.

− Sais de ferro: o sulfato ferroso reduz a absorção da levotiroxina do trato gastrintestinal.

Assim, deve-se separar a administração de sais de ferro da administração da levotiroxina

tanto quanto possível.

Medicamento-alimento

Soja: em recém-nascidos sob dieta com soja e tratados com levotiroxina para hipotireoidismo

congênito, foi relatado um aumento no nível de TSH. Doses excessivas de levotiroxina podem

ser necessárias para atingir níveis séricos normais de T4 e TSH. Durante e após a dieta com

soja, é necessário uma monitorização dos níveis de T4 e TSH no sangue, com possível ajuste

de dose.

Os alimentos podem interferir com a absorção da levotiroxina. Assim recomenda-se a

administração de Euthyrox®

com estômago vazio (1 hora antes ou 2 horas após o café da

manhã ou ingestão de alimento), a fim de aumentar sua absorção.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Euthyrox®

deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da luz e

umidade.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Características do medicamento:

Os comprimidos de Euthyrox®

são redondos, quase brancos, planos em ambas as faces, com

um sulco em ambas as faces, e com a inscrição correspondente à concentração EM137 em

uma das faces.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

As doses administradas de Euthyrox®

variam de acordo com o grau de hipotireoidismo, a

idade do paciente e a tolerabilidade individual. A fim de se adaptar a posologia, é

recomendável antes de iniciar o tratamento efetuar as dosagens radioimunológicas do (T3),

(T4) e do TSH.

Os comprimidos devem ser administrados com líquido, por via oral.

Uso adulto

− Hipotireoidismo: Euthyrox®

deve ser administrado em doses baixas (50 mcg/dia) que

serão aumentadas de acordo com as condições cardiovasculares do paciente.

Dose inicial: 50 mcg/dia, aumentando-se 25 mcg a cada 2 ou 3 semanas até que o efeito

desejado seja alcançado. Em pacientes com hipotireoidismo de longa data,

particularmente com suspeita de alterações cardiovasculares, a dose inicial deverá ser

ainda mais baixa (25 mcg/dia).

Manutenção: recomenda-se 75 a 125 mcg diários sendo que alguns pacientes, com má

absorção, podem necessitar de até 200 mcg/dia. A maioria dos pacientes não exige doses

superiores a 150mcg/dia. A falta de resposta às doses de 200 mcg/dia sugere má absorção,

não obediência ao tratamento ou erro diagnóstico.

− Supressão do TSH (câncer de tireoide) / nódulos / bócios eutireoidianos em adultos:

dose supressiva média de levotiroxina (T4): 2,6 mcg/kg/dia, durante 7 a 10 dias. Essa dose

geralmente é suficiente para obter normalização dos níveis séricos de T3 e T4 e falta de

resposta à ação do TSH. A levotiroxina sódica deve ser empregada com cautela em

pacientes com suspeita de glândula tireoide autônoma, considerando que a ação dos

hormônios exógenos pode somar-se aos hormônios de fonte endógena.

Uso pediátrico

No recém-nascido, a posologia inicial deverá ser de 5 a 6 mcg/kg/dia em função da dosagem

dos hormônios circulantes. Na criança a posologia deve ser estabelecida em função dos

resultados das dosagens hormonais e em geral é de 3 mcg/kg/dia.

Os comprimidos de Euthyrox®

devem ser ingeridos com estômago vazio (1 hora antes ou 2

horas após o café da manhã ouingestão de alimento), a fim de aumentar sua absorção.

Para as crianças com dificuldades de ingerir os comprimidos, estes devem ser triturados e

dissolvidos em pequena quantidade de água. Esta suspensão pode ser administrada em colher

ou conta-gotas. Os comprimidos triturados podem também ser administrados com pequenas

quantidades de alimentos (cereais, sucos, etc.). Esta suspensão preparada não pode ser

guardada para uso posterior.

Não há estudos dos efeitos de Euthyrox®

administrado por vias não recomendadas. Portanto,

por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente

por via oral.

Pacientes idosos

No idoso, a integridade do sistema cardiovascular pode estar comprometida. Por isso, neste

paciente a terapia com Euthyrox®

deve ser iniciada com doses baixas, como por exemplo: 25-

50 mcg/dia.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Em geral, as reações adversas da levotiroxina estão associadas a uma dosagem excessiva e

correspondem aos sintomas do hipertireoidismo.

Podem ocorrer: taquicardia, palpitações, arritmias cardíacas, dor de angina, dor de cabeça,

nervosismo, excitabilidade, insônia, tremores, fraqueza muscular, cãibras, intolerância ao

calor, sudorese, fogachos, febre, perda de peso, irregularidades menstruais, diarreia e vômito.

Tais efeitos geralmente desaparecem com a redução da dosagem ou suspensão temporária do

tratamento.

Podem ocorrer também reações alérgicas, tais como rash e urticária.

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova concentração no país e,

embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que

indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis

ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de

Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Sinais e sintomas:

Foi relatada tempestade tireoidiana após a intoxicação massiva ou crônica, pode ocorrer

também convulsões, arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca, coma e morte.

Conduta:

Em superdoses agudas, a absorção gastrintestinal pode ser reduzida por carvão ativo. O

tratamento frequentemente é sintomático e suporte: betabloqueadores podem ser úteis no

controle dos sintomas de hiperatividade simpatomimética. Em casos de superdosagem com

altas quantidades, a plasmaferesia deve ser considerada.

A superdose com levotiroxina requer um acompanhamento por um período mais extenso, uma

vez que os sintomas podem ser prorrogados por até 6 dias, devido a conversão periférica

gradual da levotiroxina em tri-iodotironina.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.