Bula do Eutonis produzido pelo laboratorio Eurofarma Laboratórios S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
cloxazolam
Eurofarma Laboratórios S.A.
Comprimido
1 mg e 2 mg
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RDC Nº 47 de 08/09/2009
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES:
Embalagens com 20 e 30 comprimidos contendo 1 mg ou 2 mg de cloxazolam.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de 1 mg contém:
cloxazolam .......................... 1 mg
excipientes q.s.p* ................ 1 comprimido
*Excipientes: hiprolose, lactose, amido, estearato de magnésio, croscarnelose sódica e óxido férrico (amarelo).
Cada comprimido 2 mg contém:
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
• Distúrbios emocionais, especialmente ansiedade, medo, fobias, tensão, inquietude, astenia e sintomas
depressivos;
• Distúrbios comportamentais, especialmente má adaptação social;
• Distúrbios do sono, tais como dificuldade em dormir ou sono interrompido e despertar precoce;
• Sintomas somáticos, funcionais de origem psicogênica, sentimentos de opressão e certos tipos de dores.
As condições nas quais estes sintomas ocorrem frequentemente são:
• Neuroses, estados reacionais crônicos, reações patológicas subagudas;
• Distúrbios psicossomáticos dos sistemas cardiovascular, gastrintestinal, respiratório, muscular esquelético ou
urogenital;
• Reações afetivas devido a moléstias agudas ou crônicas;
• Síndrome de abstinência ao álcool.
Outros empregos:
• Pré-medicação anestésica;
• Tratamento coadjuvante em psicopatia, retardo mental, psicoses, depressão endógena e psicogênica, distúrbios
geriátricos.
Os resultados de três estudos separados, duplo-cegos, multicêntricos, controlados por placebo, de grupos
paralelos de dose flexível de 2-12 mg/dia de cloxazolam em pacientes com estados crônicos de ansiedade fóbica
ou generalizada moderada a grave, foram agrupados (N=183). Para os pacientes tratados com cloxazolam,
observou-se melhora ≥ 60% em relação ao basal no final do estudo (dia 42), em 21 dos 33 itens avaliados na lista
de sintomas-Sandoz (SCL). Estes incluíram oito sintomas relacionados à ansiedade ou medo, três sintomas
associados com distúrbios do sono e quatro sintomas relacionados aos sintomas depressivos e má adaptação
social. Com exceção do retardo psicomotor e diminuição da libido, observou-se melhora mais acentuada em
relação ao basal em todos os sintomas avaliados para cloxazolam comparado ao placebo. Essa melhora foi
estatisticamente significativa em 26 dos 33 sintomas avaliados no dia 42. Observou-se melhora significativa no
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grupo cloxazolam comparado ao placebo já no dia 7 para 4 sintomas (sentimentos de tristeza, sensações de dor,
agitação interior e despertar precoce), e a maioria dos sintomas também apresentaram essa melhora no dia 14 e
dia 21.
Análise pelo subgrupo síndrome mostrou melhora estatisticamente significativa do basal até dia 42 nos pacientes
tratados com cloxazolam comparado ao placebo em ‘afetividade’, ‘sono’, ‘processo de pensamento’, ‘conteúdo
do pensamento’ e ‘comportamento social’. Com exceção de ‘processo de pensamento’ e ‘comportamento social’,
isso também acontece em todas as outras avaliações pós-basal (ou seja, dia 7, 14 e 21). Também foi observada
melhora estatisticamente significativa em favor de cloxazolam na pontuação total SCL em todos os momentos
pós-basal.
A análise da pontuação total no Zung (paciente) Self Rating Scale – escala de auto pontuação de Zung – mostrou
melhora do basal para o dia 42 de 58% e 35% para cloxazolam e placebo, respectivamente. A diferença entre
cloxazolam e placebo foi estatisticamente significante no dia 14, dia 21 e dia 42.
A avaliação subjetiva global, medida pelo Early Clinical Drug Evaluation Program (ECDEU) Mental Illness
Severity Scale – Escala de Gravidade de Doença Mental do Programa de Avaliação Clínica Precoce da Droga
apresentou melhora significativa do basal para o dia 42 no grupo cloxazolam em comparação ao grupo placebo
(51% e 23%, respectivamente).
Referências bibliográficas
1. [Fischer –Cornelssen KA (1981)]. Multicenter trials and complementary studies of cloxazolam, a new
ansiolytic drug. Drug Res 31 (II): 10,1757-1765 [2]
2. MT 14-411cloxazolam Olcadil®. Pooling multicenter double blind studies comparing MT and placebo b.i.d.
Sandoz Ltd. Basel, Switzerland, 17-Apr-1978. [3]
Características farmacológicas
Grupo farmacoterapêutico: ansiolíticos (código ATC: N05B A22).
Mecanismo de ação
A partir de um grande número de investigações eletrofisiológicas, sabe-se que os benzodiazepínicos
potencializam as ações do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA) no seu receptor. Acredita-se
que os benzodiazepínicos produzam seus efeitos evidentes modulando o sistema GABA no cérebro, já que este
efeito de reforço GABA foi encontrado em vários sistemas biológicos diferentes.
Propriedades farmacodinâmicas
Em experimentos com animais cloxazolam exerce efeitos tranquilizantes, anticonvulsivos e de habituação.
Investigações neurofisiológicas indicam que as propriedades tranquilizante e anticonvulsivante são devido a
uma ação inibitória de cloxazolam no sistema límbico e do hipotálamo; a sedação (inibição do sistema de
alerta) é menos pronunciada. Cloxazolam apresenta um efeito relaxante muscular menos pronunciado que os
tranquilizantes menores adotados como padrão.
No homem, as doses terapêuticas de cloxazolam produzem alívio principalmente da ansiedade, do medo, da
inquietude, da tensão, da agitação, dos sintomas depressivos e de vários tipos de insônia, não causando de modo
geral, sonolência ou ataxia.
Cloxazolam tem propriedades tranquilizante e anticonvulsivante. Os estudos neurofisiológicos demonstraram
que estes dois efeitos são devidos à inibição do sistema límbico e do hipotálamo, os efeitos sedativos (inibição
do sistema de alerta) são menos acentuados.
Cloxazolam tem um efeito relaxante muscular menor em comparação com tranquilizantes clássicos. Em doses
terapêuticas, cloxazolam elimina principalmente a ansiedade, tensão e vários tipos de insônia, geralmente
sem causar sonolência ou ataxia.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
O cloxazolam é rapidamente absorvido após a administração oral de 14C-Olcadil® em humanos e cerca de
50% da droga marcada radioativamente foi excretada na urina. Os estudos de radioatividade realizados em
animais confirmaram que mais de 75% da droga é absorvida após a administração oral. O pico de
concentração plasmática do metabólito ativo (CND) ocorre entre 2 e 3 horas após a dose cloxazolam, indicando
que a droga sofre rápido metabolismo.
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Metabolismo
Duas vias foram identificadas no rápido metabolismo de cloxazolam. A primeira via leva à hidroxilação da
droga e, posteriormente, resulta na formação de cloro-N-desmetil diazepam (CND). Este derivado hidróxi é
então parcialmente glicuronizado e eliminado na bile. A segunda via leva à formação de derivado amino-
benzofenona que sofre conjugação após a clivagem do núcleo diazepínico e, posteriormente, é hidroxilado.
O cloxazolam é rapidamente metabolizado em seu principal metabólito ativo, clordesmetil diazepam (CND),
resultando em um nível mensurável baixo do fármaco inalterado no plasma. O metabólito ativo (CND) tem
cerca de 1.000 vezes mais afinidade ao receptor benzodiazepínico que o cloxazolam.
Distribuição
A concentração plasmática máxima do metabolito ativo (CND) atinge 7,79 ± 1,6 ng/mL após a administração
oral única de 2 mg cloxazolam. Após três vezes a administração diária de 1 mg de cloxazolam, as
concentrações de estado de equilíbrio são atingidas em 8 a 10 dias. As concentrações plasmáticas do metabólito
ativo no platô variam entre 24-26 ng/mL.
A ligação de cloxazolam e seu metabólito ativo, CND, às proteínas plasmáticas, é de 96% e 94%,
respectivamente.
Passagem para o leite
Os dados disponíveis em animais demonstraram que cloxazolam é excretado no leite de ratas. A
extrapolação dos resultados em ratos para o homem indica que o lactente pode receber no máximo 0,1% da dose
do adulto, quando a mãe está em tratamento com cloxazolam. No entanto, não se pode excluir o risco para o
lactente (veja “Gravidez e Lactação”).
Eliminação
O fármaco é excretado principalmente por via biliar e apenas uma pequena porcentagem da dose (cerca de
18%) é eliminada por via renal. O metabólito ativo, CND, é eliminado em um padrão biexponencial com
uma meia vida de eliminação lenta de cerca de 66 horas. A administração crônica de cloxazolam indica que
não há acúmulo da droga e que não há impacto sobre o seu próprio metabolismo.
Populações especiais
Pacientes pediátricos
A farmacocinética de cloxazolam não foi estudada nessa população.
Pacientes com disfunção hepática
O principal metabólito ativo de cloxazolam (CND) foi administrado por via oral a 6 pacientes com disfunção
hepática e por via intravenosa a 2 pacientes com disfunção hepática. Há uma grande variabilidade nos dados,
mas a maioria dos pacientes com doença hepática mostrou depuração total de CND mais lenta e meia-vida
de eliminação prolongada. Embora esses dados tenham sido obtidos após a administração do principal
metabólito ativo de cloxazolam, deve-se ter cautela ao administrar cloxazolam nesta população.
Pacientes com disfunção renal
A farmacocinética de cloxazolam não foi estudada nessa população, mas a meia-vida de eliminação pode ser
aumentada e, portanto, deve-se ter cautela ao administrar cloxazolam nesta população.
Dados de segurança pré-clínica
Estudos agudos, subcrônicos e crônicos em roedores e cães demonstraram que cloxazolam tem um baixo
grau de toxicidade.
A administração de cloxazolam em ratos não demonstrou efeito na fertilidade masculina ou feminina e não
houve indicação de efeitos teratogênicos em camundongos, ratas e coelhas grávidas. A diminuição da sobrevida
perinatal em ratos foi atribuída ao efeito tranquilizante de cloxazolam sobre a mãe durante o parto e o período
pós-natal precoce, uma vez que não se observou nenhum efeito na sobrevivência da prole quando o tratamento foi
interrompido antes do parto. Estudos pré-clínicos com cloxazolam não demonstraram indicação de potencial
mutagênico ou carcinogênico.
Estados comatosos
Depressão grave do sistema nervoso central;
Miastenia grave;
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História de hipersensibilidade a derivados benzodiazepínicos ou a componentes da fórmula;
Insuficiência respiratória grave;
Síndrome da apneia do sono;
Insuficiência hepática grave.
Tolerância
Pode ocorrer alguma redução do efeito hipnótico dos benzodiazepínicos após o uso repetido por algumas
semanas.
Dependência e abstinência
O uso de benzodiazepínicos pode causar o desenvolvimento de dependência física e psicológica a essas drogas.
O risco de dependência aumenta com doses mais elevadas e com duração maior do tratamento, sendo mais
alta em pacientes com histórico de abuso de álcool e drogas.
Quando se desenvolve a dependência, a interrupção abrupta do tratamento pode estar associado com a
síndrome de abstinência. Isso pode incluir cefaleia, mialgia, ansiedade extrema, tensão, disforia, agitação,
confusão, irritabilidade, sudorese, náusea, vômito e espasmos abdominais. Em casos graves, os seguintes
sintomas podem ocorrer: desrealização, despersonalização, hiperacusia, torpor e parestesias das extremidades,
hipersensibilidade à luz, barulho e contato físico, tremor, alucinações ou convulsões.
Insônia rebote e/ou ansiedade rebote podem ocorrer após a interrupção do tratamento com benzodiazepínico.
Isso pode estar associado a outros sintomas, tais como alterações de humor, ansiedade ou distúrbios do sono e
inquietação.
Considerando que o risco da síndrome de abstinência/rebote é maior após a interrupção abrupta da droga,
recomenda-se redução gradual da dose.
Duração do tratamento
A duração do tratamento deve ser tão curta quanto possível (veja “Posologia”), dependendo da indicação
terapêutica, mas não deve exceder quatro semanas para insônia e quatro a seis semanas para ansiedade,
incluindo o tempo para a redução gradual da dose. A terapia não deve ser prolongada sem uma reavaliação da
necessidade de continuação do tratamento.
Pode ser útil informar o paciente que o tratamento será de curta duração e explicar claramente como a redução
gradual da dose será realizada. Também é importante que o paciente seja informado que o fenômeno rebote
pode ocorrer durante a redução da dose e, assim, minimizar a potencial ansiedade caso isso ocorra.
Risco de dano fetal
Os benzodiazepínicos podem potencialmente causar danos fetais quando administrado a mulheres grávidas
(veja “Gravidez e Lactação”). Baseado na experiência com essa classe de drogas, assume-se que cloxazolam
seja capaz de causar um aumento do risco de anomalias congênitas quando administrado a mulheres
grávidas durante o primeiro trimestre. Portanto, o uso de cloxazolam durante o primeiro trimestre da gravidez
deve ser evitado.
Deve-se considerar a possibilidade de que mulheres em idade fértil possam estar grávidas quando do início do
tratamento. As pacientes que engravidarem durante o tratamento com cloxazolam ou que pretendem engravidar
devem ser informadas sobre o risco potencial ao feto e aconselhadas a interromper o tratamento.
Amnésia
Amnésia anterógrada ocorreu com doses terapêuticas de benzodiazepínicos. Isso ocorre mais frequentemente
várias horas após a ingestão da droga. Para reduzir esse risco, os pacientes devem assegurar a possibilidade de
dormir sem interrupções, durante sete a oito horas (veja “Reações Adversas”).
Reações psiquiátricas e paradoxais
Reações como nervosismo, agitação, irritabilidade, agressividade, ilusão, ataques de raiva, pesadelos,
alucinações, psicoses, comportamento inapropriado e outros efeitos adversos comportamentais estão associadas
ao tratamento com benzodiazepínicos (veja “Reações Adversas”). Na ocorrência de alguma dessas reações, o
tratamento deve ser interrompido.
Essas reações ocorrem com maior frequência ou gravidade nos pacientes idosos.
Pacientes especiais
Não se recomenda o uso de cloxazolam em crianças.
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Os pacientes idosos podem ser mais suscetíveis aos efeitos dos benzodiazepínicos, incluindo cloxazolam.
Em estudos epidemiológicos, o uso de benzodiazepínicos demonstrou associação significativa com quedas e
fraturas de quadril nos idosos. Portanto, esses pacientes devem ser monitorados frequentemente e a dose deve
ser cuidadosamente ajustada de acordo a resposta ao tratamento (veja “Posologia”).
Devido ao risco de depressão respiratória, os benzodiazepínicos devem ser usadas com extrema cautela em
pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica ou infarto do miocárdio.
Na presença de disfunção hepática ou renal, síndrome cerebral crônica ou glaucoma de ângulo fechado, os
pacientes devem ser cuidadosamente monitorizados e, se necessário, a dose de cloxazolam deve ser reduzida
(veja “Posologia” e “Propriedades Farmacocinéticas”)
Durante o uso de benzodiazepínicos, incluindo cloxazolam, pode ocorrer surgimento ou piora de depressão pré-
existente. Os benzodiazepínicos não devem ser usadas como monoterapia no tratamento da depressão ou
ansiedade associada à depressão, pois isso pode levar ao suicídio.
Os benzodiazepínicos devem ser usadas com extrema cautela em pacientes com histórico de abuso de álcool e
drogas.
Gravidez e Lactação
Gravidez
Os benzodiazepínicos podem potencialmente causar danos fetais quando administrada em mulheres grávidas.
Experimentos em animais com c l o x a z o l a m não revelaram efeitos adversos no feto (veja “Dados de
segurança pré- clinica”). Entretanto, os dados sobre o uso de cloxazolam em mulheres grávidas são limitados.
Com base na experiência com outros benzodiazepínicos, assume-se que cloxazolam seja capaz de causar um
aumento do risco de anomalias congênitas quando administrado a mulheres grávidas durante o primeiro
trimestre.
Se o medicamento for prescrito a uma mulher em idade fértil, deve-se orientar a contatar o seu médico para
interrupção do tratamento, no caso de intenção de engravidar ou suspeita de gravidez.
Os recém-nascidos de mães que tomaram benzodiazepínicos cronicamente durante a última fase da gravidez
podem desenvolver dependência física e podem de algum modo estar sob risco de desenvolvimento de sintomas
de abstinência no período pós-natal. Hipotonia neonatal, hipotermia, baixo peso ao nascimento e problemas
respiratórios foram relatados em crianças nascidas de mães que receberam benzodiazepínicos.
O fármaco demonstrou evidências positivas de risco fetal humano, no entanto os benefícios potenciais para a
mulher podem, eventualmente, justificar o risco, como por exemplo, em caso de doenças graves que ameaçam a
vida, e para as quais não existam outras drogas mais seguras.
Este medicamento pertence à categoria de risco D de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Lactação
É provável que cloxazolam seja excretado no leite materno (veja “Propriedades Farmacocinéticas”). Devido ao
potencial para reações adversas graves nos lactentes de cloxazolam (ou tumorigenicidade em animais), deve-
se decidir quanto à interrupção da lactação ou do tratamento, tendo em vista a importância do medicamento para
a mãe.
Relatou-se que a administração crônica de benzodiazepínicos em lactantes causa letargia, perda de peso e
diminuição do reflexo de sucção nos seus lactentes.
Condução e operação de máquinas
Especialmente em doses elevadas, cloxazolam, como todos os medicamentos de ação central, pode
comprometer as reações do paciente (ex.: condução de veículos e operação de máquinas).
Sedação, amnésia, prejuízo da concentração, diplopia e distúrbio da função muscular podem afetar
negativamente a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas.
O efeito sedativo pode ser aumentado quando utilizado simultaneamente com o álcool. Isso afeta a
capacidade de conduzir e utilizar máquinas (veja “Interações Medicamentosas”).
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e
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Cloxazolam pode potencializar os efeitos inibidores centrais dos neurolépticos (antipsicóticos), antidepressivos,
ansiolíticos, sedativos, hipnóticos, narcóticos, analgésicos, medicamentos antiepiléticos, anestésicos e
sedativos anti-histamínicos. Essa potencialização pode ser utilizada terapeuticamente, especialmente pela
combinação de cloxazolam com antidepressivos. Deve-se ter cautela ao administrar cloxazolam em associação
com depressores do sistema nervoso central. No caso dos analgésicos narcóticos, pode-se desenvolver maior
euforia, levando ao aumento da dependência psicológica.
A administração concomitante de cloxazolam e medicamentos hipertensivos (ex., clonidina, pindolol, di-
hidralazina, diuréticos e metoprolol) não apresentou quaisquer alterações significativas na pressão arterial,
reações adversas e ECG. A administração concomitante de medicamentos anticoagulantes e cloxazolam (ex.
femprocumona) não apresentou quaisquer alterações significativas no tempo de protrombina.
A ingestão concomitante de álcool não é recomendada (Veja “Precauções e Advertências”). O efeito sedativo
pode ser aumentado quando utilizado simultaneamente com o álcool. Isso afeta a habilidade de conduzir e utilizar
máquinas. Substâncias que inibem certas enzimas hepáticas (principalmente citocromo P450) podem
aumentar a atividade dos benzodiazepínicos. Este efeito também se aplica aos benzodiazepínicos que são
metabolizadas apenas por conjugação, mesmo em menor grau.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Proteger da umidade.
O prazo de validade deste medicamento é de 11 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas
Cloxazolam 1 mg e 2 mg: Comprimido circular de cor creme, biconvexo, sem vinco.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dose inicial
Pacientes com distúrbios de grau leve ou moderado, 1 a 3 mg ao dia, fracionados em 2 ou 3 tomadas diárias.
Pacientes com distúrbios de grau moderado ou severo, 2 a 6 mg ao dia, fracionados em 2 ou 3 tomadas diárias.
Dose de manutenção
As doses devem ser ajustadas progressivamente de acordo com a resposta terapêutica.
Para casos leves a moderados: de 2 a 6 mg, fracionados em 2 ou 3 doses, sendo a maior dose administrada à
noite. Para casos graves, de 6 a 12 mg ao dia, fracionados em 2 ou 3 tomadas, sendo a maior dose administrada à
noite.
Não se deve exceder a dose máxima recomendada (12 mg/dia).
Uma acentuada melhora (após 2 a 6 semanas) deve permitir a redução gradual da posologia ou até a retirada
completa do medicamento.
O tratamento deve ser o mais curto possível. Como com todos os benzodiazepínicos de ação prolongada, os
pacientes tratados com cloxazolam devem ser regularmente monitorizados no início do tratamento, permitindo
redução da dose ou da frequência de administração, caso necessário, para evitar uma superdose devido à
possibilidade de acúmulo de metabólitos de cloxazolam (veja “Propriedades Farmacocinéticas”). O tratamento
não deve ser prolongado sem reavaliação da necessidade de uma terapia continuada.
Distúrbios emocionais, como ansiedade, tensão
Normalmente, a duração do tratamento não deve exceder 4-6 semanas, incluindo a redução gradual da dose.
Distúrbios do sono, tais como dificuldade em dormir, insônias e despertar precoce
Normalmente, a duração do tratamento varia de alguns dias a duas semanas, e máximo de quatro semanas,
incluindo um período de redução gradual da dose.
Pré-anestesia
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São recomendados 0,1 mg/kg de peso corpóreo, uma ou duas horas antes da cirurgia. Em casos de acentuada
ansiedade, a mesma dose poderá ser administrada na noite precedente à intervenção cirúrgica.
População Alvo Geral População adulta Populações especiais
Na presença de síndrome cerebral crônica ou glaucoma de ângulo fechado, os pacientes devem ser
cuidadosamente monitorizados e, se necessário, a dose de cloxazolam deve ser reduzida.
Insuficiência renal
A experiência clínica em pacientes com insuficiência renal é limitada (veja “Propriedades Farmacocinéticas”).
Estes pacientes devem ser cuidadosamente monitorizados e, se necessário, a dose de cloxazolam deve ser
reduzida.
Insuficiência hepática
A experiência clínica em pacientes com insuficiência hepática é limitada (veja “Propriedades
Farmacocinéticas”). Estes pacientes devem ser cuidadosamente monitorizados e, se necessário, a dose de
cloxazolam deve ser reduzida.
Cloxazolam é contraindicado nos casos de insuficiência hepática grave (veja “Contraindicações”).
Pacientes pediátricos
A experiência clínica com cloxazolam ainda está limitada. Portanto, o uso de cloxazolam em crianças não é
recomendado.
Observação: Em crianças com menos de 15 anos, a experiência clínica com cloxazolam ainda está limitada.
Pacientes geriátricos
Os pacientes idosos podem ser mais suscetíveis aos efeitos dos benzodiazepínicos, incluindo cloxazolam. Efeitos
adversos graves, incluindo queda e prejuízo cognitivo, podem ocorrer durante o uso de benzodiazepínicos nesta
população. Portanto, estes pacientes devem ser monitorados frequentemente e a dose deve ser cuidadosamente
ajustada, de acordo com a resposta ao tratamento.
Não há evidência de que os pacientes idosos requeiram uma posologia diferente da utilizada em pacientes
adultos.
Método de administração
Administração oral. O comprimido deve ser tomado com água, em doses fracionadas.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Resumo do perfil de segurança
Os seguintes eventos adversos são os mais comumente observados: sonolência, fadiga, cefaleia, tontura,
hipotonia muscular, ataxia e distúrbio de acomodação. Estes efeitos ocorrem principalmente no início do
tratamento e geralmente desaparecem com a continuação do tratamento. Outros efeitos adversos como distúrbios
gastrointestinais, distúrbios da libido ou reações cutâneas foram relatados ocasionalmente.
Resumo dos eventos adversos em ensaios clínicos
Tabela 1 – Eventos adversos relatados mais frequentemente do que o placebo em ensaios clínicos
Distúrbios do metabolismo e nutrição
Muito comum Diminuição do apetite
Distúrbios do sistema nervoso
Muito comum Sonolência, cefaleia, tontura
Distúrbios oculares
Comum Distúrbios de acomodação
Distúrbios vasculares
Comum Hipotensão ortostática
Distúrbios gastrintestinais
Muito comum Constipação, boca seca
Distúrbios cutâneo e do tecido subcutâneo
Comum Hiperidrose
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conectivo
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Comum Hipotonia
Distúrbios gerais e condições do local de administração
Muito comum Fadiga
Listagem das reações adversas provenientes de relatos espontâneos de pós-comercialização
As seguintes reações adversas foram identificadas com base nos relatos espontâneos de pós-comercialização e
estão organizadas por classes de sistemas de órgãos. Como estas reações são relatadas voluntariamente por uma
população do tamanho incerto, não é possível estimar com certeza a sua frequência:
Distúrbios psiquiátricos: nervosismo, ansiedade, agitação, depressão, diminuição da libido, estado confusional,
alucinação, ilusão, comportamento anormal, dependência à droga, distúrbios do sono.
Distúrbios do sistema nervoso: tremor, sedação, amnésia, deterioração da memória e mental, ataxia. Distúrbios
oculares: visão prejudicada e embaçada.
Distúrbios gastrintestinais: dor abdominal, vômitos.
Distúrbios cutâneos e subcutâneos: rash, angioedema, urticária.
Distúrbios do tecido conectivo e musculoesquelético: dor musculoesquelética. Distúrbios da mama e sistema
reprodutivo: disfunção erétil.
Distúrbios gerais: mal-estar, irritabilidade.
Investigações: aumento de peso.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.