Bula do Farmanguinhos Rifampicina+Isoniazida+Pirazinamida+Etambutol para o Profissional

Bula do Farmanguinhos Rifampicina+Isoniazida+Pirazinamida+Etambutol produzido pelo laboratorio Fundação Oswaldo Cruz
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Farmanguinhos Rifampicina+Isoniazida+Pirazinamida+Etambutol
Fundação Oswaldo Cruz - Profissional

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BULA COMPLETA DO FARMANGUINHOS RIFAMPICINA+ISONIAZIDA+PIRAZINAMIDA+ETAMBUTOL PARA O PROFISSIONAL

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FARMANGUINHOS

RIFAMPICINA+ISONIAZIDA+PIRAZINAMIDA+ETAMBUTOL

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ - FARMANGUINHOS

COMPRIMIDOS REVESTIDOS

150 mg + 75 mg + 400 mg + 275 mg

BULA DO PROFISSIONAL DA SAÚDE

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APRESENTAÇÃO

Comprimidos revestidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol (150

mg + 75 mg + 400 mg + 275 mg) em embalagem com 15 blisteres contendo 6 comprimidos revestidos cada.

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém:

rifampicina U.S.P. ..........................150 mg

isoniazida U.S.P. ..............................75 mg

pirazinamida U.S.P. ........................400 mg

cloridrato de etambutol U.S.P. .........275 mg

excipientes*q.s.p. ......................1 comp rev

*celulose microcristalina, crospovidona, amido pré-gelatinizado, ácido ascórbico, água purificada, gelatina,

dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, opadry 80w56578 brown.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é indicado para a fase inicial da tuberculose, causada por Mycobacterium tuberculosis.

Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol é uma Combinação de Dose Fixa

(FDC) de quatro princípios ativos contra tuberculose rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol,

desenvolvidos de acordo com as recomendações da OMS, que oferece a facilidade de administração e facilita

a adesão do paciente ao tratamento da tuberculose.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Um grande estudo multinacional randomizado, de grupos paralelos, aberto e de não inferioridade foi

conduzido em 11 locais na África, Ásia e América Latina entre 2003 e 2008 (Ensaio de Estudo C). Um total

de 1585 adultos com tuberculose pulmonar recém-diagnosticada confirmada por baciloscopia foram

randomizados para receber o tratamento diário com 4 drogas (rifampicina, isoniazida, pirazinamida e

cloridrato de etambutol) dado em um comprimido de combinação de dose fixa (FDC) (n=798 pacientes) ou

separadamente (n= 787), na fase intensiva de 8 semanas de tratamento. O resultado favorável do tratamento

foi definido como cultura com o resultado negativo 18 meses após a randomização e não tendo sido já

classificado como desfavorável. A não inferioridade era dependente de resultados consistentes de uma

análise por protocolo e por intenção de tratar modificada, com 2 modelos diferentes para o último,

classificando todas as alterações do tratamento ou a recusa em continuar o tratamento (por exemplo,

insuficiência/recidiva bacteriológica, eventos adversos, inadimplência, resistência a drogas) como

desfavorável (modelo 1) e classificando as alterações de tratamento por outros motivos que não sejam

resultados terapêuticos em função do seu resultado bacteriológico de 18 meses, caso disponível (modelo 2

post hoc). A margem pré-especificada de não inferioridade foi de 4 %. Na análise por protocolo, 555 dos 591

pacientes (93,9%) apresentaram um resultado favorável no grupo FDC contra 548 de 579 (94,6%) no grupo

de drogas separadas (diferença de riscos, - 0,7% [intervalo de confiança {CI} 90%, - 3,0% a 1,5 % ]). Na

análise de modelo 1, 570 dos 684 pacientes (83,3%) apresentaram um resultado favorável no grupo FDC

contra 563 de 664 (84,8%) no grupo de medicamentos separados (diferença de riscos, - 1,5% [Cl 90%, -

4,7% a 1,8%]). Na análise de modelo 2 post-hoc, 591 dos 658 pacientes (89,8%) no grupo FDC e 589 de 647

(91,0%) no grupo de drogas separadas teve um resultado favorável (diferença de riscos, - 1,2% [CI 90%, -

3,9% a 1,5%]). Eventos adversos relacionados aos medicamentos do ensaio foram distribuídos de forma

similar entre os grupos de tratamento. O Estudo C concluiu que, comparado a um regime de medicamentos

administrados separadamente, um regime FDC de 4 drogas para tratamento da tuberculose satisfez os

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critérios pré-específicos de não inferioridade em 2 de 3 análises. Embora os resultados não demonstrem

plena não inferioridade dos FDCs em comparação com drogas únicas dadas separadamente, utilizando a

definição estrita aplicada neste ensaio, o uso de FDCs foi considerado preferível devido às potenciais

vantagens associadas à administração de FDCs comparado com fórmulas de drogas separadas.

O uso de comprimidos em combinações de dose fixa (FDCs) contra a tuberculose é recomendado pela OMS

e pela União Internacional contra a Tuberculose e Doenças Pulmonares (IUATLD) como uma etapa

adicional para garantir o correto tratamento da tuberculose. As quatro drogas FDC

rifampicina/isoniazida/pirazinamida/cloridrato de etambutol, respectivamente, 150mg/ 75mg/ 400mg/

275mg, estão incluídas na lista modelo de medicamentos essenciais da OMS. As diretrizes para o tratamento

farmacológico da tuberculose, introduzido no Brasil pelo Ministério da Saúde em 2009, recomendam para

todos os casos novos de tuberculose pulmonar e extrapulmonar, bem como para todos os casos de

reincidência e retratamento devido a abandono, o uso de uma combinação de dose fixa em comprimido único

de rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol durante dois meses e, na segunda fase, uma combinação

de isoniazida e rifampicina por mais quatro meses.

Referências utilizadas nos estudos acima:

• Tratamento de tuberculose: diretrizes 4.ª edição, OMS, disponível em:

http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241547833_eng.pdf

• Orientação Rápida, Tratamento da Tuberculose em Crianças, 2010, disponível no site:

Http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241500449_eng.pdf

• As instruções de dosagem da OMS para o uso de medicamentos TB da combinação de dose fixa

atualmente disponível para crianças. 2009. Disponível em:

http://www.who.int/tb/challenges/interim_paediatric_fdc_dosing_instructions_sept09.pdf

• BjørnBlomberg, Sergio Spinaci, Bernard Fourie E Richard Laing. A lógica para recomendar os

comprimidos de doses fixas combinadas para tratamento de tuberculose. Boletim da Organização

Mundial de Saúde, 2001, 79: 61-68.

• Lista Modelo da OMS de Medicamentos Essenciais, 18a

Lista.

http://www.who.int/medicines/publications/essentialmedicines/18th_EML_Final_web_8Jul13.pdf

• Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância

Epidemiológica. Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Nota técnica sobre as mudanças no

tratamento da tuberculose no Brasil para adultos e adolescentes - versão 2. Brasília: Ministério da

Saúde; 2009.

• Conde MB, Melo FA, Marques AM, Cardoso NC, Pinheiro VG DalcinPde T, et al. III Diretrizes

para Tuberculose da Sociedade Brasileira de Pneumologia. J Bras Pneumol. 2009;35(10):1018-48.

• Lienhardt C1, Cook SV, Burgos M, Yorke-Edwards V, Rigouts L, Anyo G, Kim SJ, Jindani UM,

Enarson DA, Nunn AJ; Grupo de Ensaio Estudo C. Eficácia e segurança de um regime de

combinação de dose fixa de 4-drogas em comparação com drogas separadas para o tratamento de

tuberculose pulmonar: o ensaio randomizado e controlado do estudo C. JAMA. 2011,

13;305(14):1415-23.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

Mecanismo de Ação

Rifampicina: A rifampicina inibe a atividade RNA polimerase DNA dependente em organismos sensíveis a

Mycobacterium tuberculosis. Especificamente, ela interage com a RNA polimerase bacteriana, mas não inibe

a enzima de mamíferos.

Isoniazida: A isoniazida inibe a biossíntese dos ácidos micólicos, que são os principais componentes da

parede celular da Mycobacterium tuberculosis.

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Pirazinamida: O exato mecanismo de ação pelo qual a pirazinamida inibe o crescimento da Mycobacterium

tuberculosis é desconhecido.

Etambutol: o etambutol difunde-se no crescimento ativo de células da Mycobacterium sp., como os bacilos

da tuberculose. O etambutol parece inibir a síntese de um ou mais dos seus metabólitos, causando assim o

comprometimento do metabolismo celular, a detenção de multiplicação e morte celular.

Atividade Antibacteriana

Rifampicina: A Escherichia coli, Pseudomonas sp., Proteus indol negativo e indol positivo, Klebsiella sp.,

Staphylococcus aureus e estafilococos coagulase negativa, Neisseria meningitidis, Haemophilus influenzae,

Legionella sp., M. tuberculosis, M. kansasii, M. intracellulare e M. avium.

Isoniazida: Ela exerce ação bactericida contra a M. tuberculosis em concentrações de 0,05-2,0 mg/L. Outras

micobactérias são geralmente resistentes, embora algumas cepas de M. kansasii sejam sensíveis.

Pirazinamida: Sua atividade contra M. tuberculosis é altamente dependente do pH. É quase inativo em pH

neutro; em pH 5,5 o MIC é 16-32 mg/L. Outras micobactérias são resistentes. Sua ação, que depende da

conversão intracelular para ácido pirazinóico é bactericida para M. tuberculosis, mas evidentemente não para

outras micobactérias.

Etambutol: M. tuberculosis, M. fortuitum, M. kansasii, M. intracellulare, M. avium, M. ulcerans (algumas

cepas) e M. marinum (algumas cepas).

Propriedades farmacocinéticas

Farmacocinética e Metabolismo:

Rifampicina: A administração oral de rifampicina produz um pico de concentração plasmática em cerca de 2

a 4 horas. A meia-vida da rifampicina varia entre 1,5 a 5 horas e é aumentada na presença de disfunção

hepática, que pode ser reduzida em pacientes que receberam isoniazida simultaneamente que são

inativadores lentos desta droga. Até 30% de uma dose de rifampicina é excretada na urina; menos da metade

do mesmo pode ser antibiótico inalterado. O ajuste de dose não é necessário em pacientes com função renal

comprometida.

Isoniazida: O pico das concentrações plasmáticas de 3 a 5 mcg/mL se desenvolve 1 a 2 horas após a

ingestão oral de doses normais. De 75 a 95% de uma dose de isoniazida é excretada na urina dentro de 24

horas como metabólitos. Os principais produtos excretados pelo homem são o resultado da acetilação

enzimática (acetilisoniazida) e da hidrólise enzimática (ácido nicotínico). A taxa de acetilação altera

consideravelmente as concentrações da droga, que são alcançadas no plasma e em sua meia-vida em

circulação. A meia-vida da droga pode ser prolongada na presença de insuficiência hepática.

Pirazinamida: A pirazinamida é bem absorvida pelo trato gastrintestinal e atinge o pico das concentrações

plasmáticas dentro de 2 horas. As concentrações plasmáticas geralmente variam de 30 a 50 mcg/mL, com

doses de 20 a 25 mg/kg. É amplamente distribuída nos tecidos e fluidos corporais, incluindo o fígado, os

pulmões e o líquido cefalorraquidiano. Está associado em aproximadamente 10% a proteínas plasmáticas. A

meia-vida plasmática da pirazinamida é de 9 a 10 horas em pacientes com função renal e função hepática

normais. A meia-vida da droga pode ser prolongada em pacientes com disfunções renal ou hepática. Dentro

de 24 horas, cerca de 70% de uma dose oral de pirazinamida é excretada pela urina, principalmente por

filtração glomerular. Cerca de 4% a 14% da dose é excretada como droga inalterada; o restante é excretado

como metabólitos.

Etambutol: Após a administração oral, 75% a 80% do etambutol é absorvido pelo trato gastrintestinal. Uma

dose única de 15 mg/kg produz uma concentração plasmática de cerca de 5 mcg/mL em 2 a 4 horas. A droga

possui uma meia-vida de 3 a 4 horas. Dentro de 24 horas, dois terços de uma dose de etambutol ingerida são

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excretados inalterados pela urina; até 15% são excretados sob a forma de dois metabólitos, um aldeído e um

ácido dicarboxílico derivado. O clearance renal de etambutol é de aproximadamente 7 mL/min/kg, e a droga

é excretada por secreção tubular, além de filtração glomerular. Após a administração da dose única de 1

comprimido dos comprimidos USP (droga de teste) de rifampicina 150 mg/isoniazida 75 mg/pirazinamida

400 mg/cloridrato de etambutol 275 mg em voluntários sadios, utilizado para comparar a biodisponibilidade

deste produto com as drogas de referência individual, o valor médio (±DP) Cmáx para etambutol foi de 2979,5

ng/mL (± 1202 ng/mL), e o valor correspondente de AUC 0-t foi de 15161, 8 ng/mL/hora (± 4036,5

ng/mL/hora). Isto foi comparável ao C máx (2813,4 ± 1133,2 ng/mL), e AUC 0-t (14892,5 ± 3960,3

ng/mL/hora), da formulação de etambutol de referência com testes resultantes contra a relação da droga de

referência para Cmáx e AUC 0-t sendo 104,45% e 100,97% respectivamente.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Rifampicina: A rifampicina é contraindicada em pacientes com histórico de hipersensibilidade a qualquer

uma das rifampicinas.

Isoniazida: Lesão hepática anterior associada à isoniazida; reações adversas graves à isoniazida, como febre,

calafrios e artrite; doença hepática aguda de qualquer etiologia, histórico de reação de hipersensibilidade à

isoniazida, incluindo hepatite medicamentosa.

Pirazinamida: A pirazinamida é contraindicada em pacientes que são conhecidos por serem hipersensíveis à

pirazinamida. Os pacientes devem ter um valor basal de ácido úrico sérico e determinações de função

hepática. Os pacientes com doença hepática pré-existente ou aqueles pacientes com risco aumentado de

hepatites relacionado ao uso de drogas (ex: alcoólatras) devem ser acompanhados de perto.

Por conter pirazinamida, rifampicina, isoniazida e cloridrato de etambutol, o uso deste medicamento deve ser

interrompido e não deve ser reiniciado se houver sinais de dano hepatocelular ou hiperuricemia

acompanhada de artrite gotosa aguda. Caso ocorra uma hiperuricemia acompanhada por artrite gotosa aguda

sem disfunção hepática, o paciente deve ser transferido para um esquema que não contenha pirazinamida.

Etambutol: O etambutol é contraindicado em pacientes que são conhecidos por serem hipersensíveis a esta

droga. É também contraindicado para pacientes com neurite óptica conhecida, salvo julgamento clínico

determinando que ele possa ser usado.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Rifampicina

A rifampicina não é recomendada para terapia intermitente; o paciente deve ser alertado sobre a interrupção

intencional ou acidental do esquema de dosagem diária já que foram relatadas reações raras de

hipersensibilidade renal quando a terapia foi retomada em tais casos.

Vem sendo observado que a rifampicina aumenta os requisitos para drogas anticoagulantes do tipo cumarina.

A causa do fenômeno é desconhecida. Em pacientes recebendo anticoagulantes e rifampicina

simultaneamente, é recomendável que o tempo de protrombina seja realizado diariamente ou tão

frequentemente quanto necessário para estabelecer e manter a necessária dose de anticoagulante.

Urina, fezes, saliva, muco, suor e lágrimas podem ser de cor vermelha-alaranjada pela rifampicina e seus

metabólitos. Lentes de contato gelatinosas podem ficar permanentemente manchadas. Os indivíduos a serem

tratados devem estar cientes destas possibilidades. Foi relatado que a confiabilidade dos anticoncepcionais

orais pode ser afetada em alguns pacientes sendo tratados contra tuberculose com a rifampicina em

combinação com pelo menos outra droga antituberculose. Em tais casos, considerar medidas contraceptivas

alternativas pode se tornar necessário.

Também foi relatado que a rifampicina, dada em combinação com outras drogas antituberculosas, pode

diminuir a atividade farmacológica de metasona, hipoglicemiantes orais, digitoxina, quinidina, disopiramida,

dapsona e corticosteróides. Nestes casos, é recomendado o ajuste da dosagem das drogas interativas.

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Os níveis terapêuticos de rifampicina mostraram-se inibidores de ensaios microbiológicos padrão para soro

folato e vitamina B12. Os métodos alternativos devem ser considerados ao determinar as concentrações de

folato e vitamina B12 na presença da rifampicina.

Já que foi relatado que a rifampicina atravessa a barreira placentária e aparece no sangue do cordão umbilical

e no leite materno, os recém-nascidos de mães tratadas com rifampicina devem ser cuidadosamente

observados para verificar se há qualquer evidência de efeitos adversos.

Isoniazida

Todos os medicamentos devem ser interrompidos e deve ser feita uma avaliação do paciente ao primeiro

sinal de reação de hipersensibilidade.

O uso de isoniazida deve ser cuidadosamente monitorado no seguinte:

1) Pacientes que estejam recebendo fenitoína (difenilidantoína) simultaneamente. A isoniazida pode reduzir

a excreção de fenitoína ou pode aumentar seus efeitos. Para evitar a intoxicação por fenitoína, deve ser feita

a regulação adequada da dose anticonvulsivante.

2) Usuários diários de álcool. A ingestão diária de álcool pode estar associada a uma maior incidência de

hepatite por isoniazida.

3) Paciente com doença hepática crônica ou grave disfunção renal. Durante o tratamento com isoniazida, é

recomendado o exame periódico de oftalmoscopia na ocorrência dos sintomas visuais.

Pirazinamida

A pirazinamida inibe a excreção renal de uratos, resultando muitas vezes em hiperuricemia que geralmente é

assintomática.

A pirazinamida também provoca a hiperuricemia, que é acompanhada por artrite gotosa aguda.

Etambutol

Os efeitos no feto das combinações do etambutol com outros tuberculostáticos não são conhecidos. Enquanto

a administração desta droga em pacientes humanas grávidas não produziu qualquer efeito perceptível sobre o

feto, o possível potencial teratogênico em mulheres capazes de ter filhos deve ser cuidadosamente ponderado

em relação aos benefícios da terapia. Há relatos publicados de cinco mulheres que receberam a droga durante

a gravidez sem aparentes efeitos adversos sobre o feto.

O etambutol não é recomendado para uso em pacientes que não conseguem reconhecer e relatar efeitos

colaterais visuais ou alterações na visão (por exemplo: crianças, pacientes inconscientes). Os pacientes com

perda da função renal precisam de dosagem reduzida conforme determinado pelos níveis séricos de

etambutol, uma vez que a principal via de excreção desta droga é pelos rins.

Uma vez que este medicamento pode ter efeitos adversos na visão, o exame físico deve incluir

oftalmoscopia, perimetria do dedo e teste de discriminação de cores. Em pacientes com defeitos visuais, tais

como catarata, condições inflamatórias dos olhos recorrentes, neurite óptica e retinopatia diabética, a

avaliação das alterações da acuidade visual é mais difícil, e deve-se tomar cuidado para certificar-se de que

as variações na visão não são devido às condições de doença precedente. Em tais pacientes, é esperado e

possível que haja deterioração uma vez que a avaliação das alterações visuais é difícil. Como com qualquer

droga potente, a avaliação periódica das funções do sistema de órgãos, incluindo renal, hepática e

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A rifampicina é um potente indutor do sistema enzimático do citocromo P450 hepático e intestinal, bem

como da glucuronidação e do sistema de transporte glicoproteína P. A coadministração de rifampicina com

drogas que sofrem biotransformação através dessas vias metabólicas é susceptível de acelerar a eliminação

destas drogas. Os efeitos atingem seu máximo após cerca de 10 dias de tratamento com rifampicina, e

gradualmente volta ao normal dentro de 2 semanas ou mais após a descontinuação. Isso deve ser levado em

consideração quando houver tratamento em conjunto com outras drogas. Para manter níveis sanguíneos

terapêuticos ideais, as doses de drogas metabolizadas por essas enzimas podem precisar de ajuste ao iniciar

ou parar o uso concomitante com Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol.

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A isoniazida inibe as isoenzimas do citocromo CYP2C19 e CYP3A4 in vitro. Assim, ele poderá aumentar a

exposição às drogas eliminadas principalmente através dessas vias. No entanto, estes efeitos são susceptíveis

de ser compensados por indução enzimática hepática devido à rifampicina nos comprimidos de rifampicina

150 mg/isoniazida 75 mg/pirazinamida 400 mg/cloridrato de etambutol 275 mg. Na medida em que tem sido

investigado, o efeito líquido da rifampicina e isoniazida na depuração da droga será um aumento devido à

rifampicina em vez de uma diminuição devido à isoniazida.

O uso concomitante com outros fármacos hepatotóxicos e neurotóxicos pode aumentar a hepatotoxicidade e

neurotoxicidade da isoniazida, e deve ser evitado.

Com algumas exceções (veja abaixo), o etambutol e a pirazinamida são considerados muito menos

susceptíveis de interagir farmacocineticamente com outras drogas. O cotratamento utilizando pirazinamida

com outras drogas potencialmente hepatotóxicas deve ser evitado.

Devido principalmente à rifampicina, os comprimidos de rifampicina 150 mg/isoniazida 75 mg/pirazinamida

400 mg/cloridrato de etambutol 275 mg podem interagir com um grande número de outras drogas,

principalmente por reduzir a exposição aos agentes coadministrados, reduzindo sua eficácia e aumentando o

risco de falha terapêutica. Para um grande número de medicamentos importantes, não há dados disponíveis

de interação com a rifampicina. No entanto, reduções clinicamente significativas na exposição à droga

podem ocorrer. Ao coprescrever qualquer fármaco juntamente com os comprimidos de rifampicina 150

mg/isoniazida 75 mg/pirazinamida 400 mg/cloridrato de etambutol 275 mg, a possibilidade de uma interação

droga-droga deve ser considerada. A seguinte lista de interações medicamentosas com os Comprimidos de

rifampicina 150 mg/isoniazida 75 mg/pirazinamida 400 mg/cloridrato de etambutol 275 mg não é exaustiva,

mas é uma seleção das interações de suposta importância. O âmbito de aplicação da tabela é em grande parte

baseado na Lista Modelo de medicamentos essenciais da OMS.

Outras interações

As interações entre os comprimidos USP de rifampicina 150 mg/isoniazida 75 mg/pirazinamida 400

mg/cloridrato de etambutol 275 mg e outros medicamentos são listadas abaixo (o aumento da exposição é

mostrado como "↑", a diminuição da exposição como "↓", nenhuma mudança como "↔" ).

Drogas por Área

Terapêutica

Interação Recomendações sobre a coadministração

INFECÇÃO

Medicamentos antirretrovirais: análogos de nucleosídeos

Zidovudina +

Rifampicina

Zidovudina AUC ↓ 47% O significado clínico da diminuição da exposição

da zidovudina é desconhecido. As modificações da

dose de zidovudina nesta situação não foram

formalmente avaliadas.

Estavudina Didanosina Lamivudina Emtricitabina Nenhuma interação esperada

Fumarato de disoproxil

tenofovir disoproxil +

Tenofovir AUC ↓ 13% Nenhum ajuste de dose necessário.

Abacavir + Rifampicina Faltam dados empíricos, mas a

rifampicina pode diminuir a

exposição do abacavir através

de indução de glicuronidação.

A eficácia do abacavir deve ser acompanhada de

perto no cotratamento.

Medicamentos antirretrovirais: não análogos de nucleosídeo

Efavirenz + Rifampicina Efavirenz AUC ↓ 26% Quando houver cotratamento com os comprimidos

de rifampicina 150 mg/isoniazida 75

mg/pirazinamida 400 mg/cloridrato de etambutol

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275 mg, considere aumentar a dose de efavirenz

em 800 mg diariamente.

Nevirapina + Rifampicina Nevirapina AUC ↓ 58% O uso concomitante dos comprimidos de

rifampicina 150 mg/isoniazida 75

275 mg e nevirapina não é recomendado porque

não foram estabelecidas doses adequadas de

nevirapina nem a segurança desta combinação.

Etravirina + Rifampicina A rifampicina é susceptível de

reduzir significativamente a

exposição à etravirina.

O cotratamento dos comprimidos de rifampicina

150 mg/isoniazida 75 mg/pirazinamida 400

mg/cloridrato de etambutol 275 mg e etravirina

devem ser evitados.

Medicamentos antirretrovirais: inibidores de protease

Fosamprenavir +

Saquinavir

Indinavir

Ritonavir

Nelfinavir

Lopinavir

Atazanavir

Tipranavir

Darunavir

A exposição do inibidor de

protease será reduzida a nível

subterapêutico devido à

interação com a rifampicina.

As tentativas de aumentar as

doses ou aumentar a

potencialização do ritonavir

são mal-toleradas com uma

taxa elevada de

hepatotoxicidade.

Os comprimidos de rifampicina 150 mg/isoniazida

75 mg/pirazinamida 400 mg/cloridrato de

etambutol 275 mg não devem ser coadministrados

com inibidores de protease do HIV.

Medicamentos antirretrovirais: outros

Raltegravir +

Raltegravir AUC ↓ 40% Evitar cotratamento. Se for considerado

necessário, a dose de raltegravir deve ser

aumentada para 800 mg duas vezes ao dia.

Maraviroc + Rifampicina Maraviroc AUC ↓ 63% Evitar cotratamento. Se for considerado

necessário, a dose de maraviroc deve ser

aumentada para 600 mg duas vezes ao dia.

Antifúngicos

Cetoconazol +

Cetoconazol AUC ↓ 80% A coadministração deve ser evitada. Se for

considerada indispensável, um aumento da dose

de cetoconazol pode ser necessário.

Fluconazol + Rifampicina Fluconazol AUC ↓ 23% Monitorar efeitos terapêuticos. Um aumento da

dose de fluconazol pode ser necessário.

Itraconazol +

Itraconazol AUC ↓ > 64- 88% A coadministração deve ser evitada.

Voriconazol +

Voriconazol AUC ↓ 96% A coadministração é contraindicada. Se

necessário, a rifabutina deve substituir a

rifampicina.

Agentes antibacterianos e antituberculóticos

Claritromicina +

Concentração de claritromicina

sérica média ↓ 85 %. Níveis de

claritromicina 14-OH

inalterados.

A coadministração deve ser evitada.

Cloranfenicol +

Os relatos de casos indicam >

60- 80% de redução da

exposição de cloranfenicol.

Ciprofloxacina +

Nenhuma interação

significativa.

Nenhum ajuste de dose necessário.

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Ofloxacina +

Pirazinamida

Levofloxacina

O cotratamento com

pirazinamida e qualquer um

desses fluoroquinolonas tem

sido associado com níveis

elevados de eventos adversos

(ex: hepáticos,

gastrointestinais,

musculoesqueléticos), levando

à interrupção da terapia.

mg/cloridrato de etambutol 275 mg e qualquer um

destes agentes não é recomendado. No entanto, se

for considerado necessário, o paciente deve ser

cuidadosamente monitorado quanto à toxicidade.

Doxiciclina +

Doxiciclina AUC ↓ 50- 60% Caso o cotratamento seja considerado necessário,

a dose de doxiciclina deve ser duplicada.

Metronidazol +

Metronidazol intravenoso

AUC ↓ 33%

A relevância clínica da interação é desconhecida.

Nenhum ajuste de dose é recomendado. Monitorar

eficácia.

Sulfametoxazol +

Sulfametoxazol AUC ↓ 23% A interação provavelmente não é clinicamente

significativa. Monitorar eficácia.

Trimetoprima +

Trimetoprima AUC ↓ 47% Monitorar eficácia. Um aumento da dose de

trimetoprima pode ser necessário.

Etionamida + Rifampicina A rifampicina e a etionamida não devem ser

coadministradas devido a um risco aumentado de

Medicamentos Antimaláricos

Cloroquina +

Os dados empíricos não estão

disponíveis. Uma vez que a

cloroquina sofre metabolismo

hepático polimórfico, níveis

inferiores acontecem

provavelmente durante a

coterapia com rifampicina.

Evitar coadministração.

Atovaquona +

Atovaquona AUC ↓ 50%

Rifampicina AUC ↑ 30%

Mefloquina +

Mefloquina AUC ↓ 68% Evitar coadministração.

Amodiaquina +

amodiaquina sofre

metabolismo hepático, é

provável que a depuração seja

aumentada quando for feito o

cotratamento com rifampicina.

Quinina + Rifampicina Quinina AUC ↓ ≈ 80 %.

Isto tem sido associado a taxas

significativamente maiores de

recrudescimento.

A coadministração deve ser evitada. Caso a

coadministração seja considerada necessária, um

aumento da dose de quinina deve ser considerado.

Lumefantrina +

lumefantrina é metabolizada

pelo CYP3A, níveis mais

baixos são esperados no

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Artemisinina e derivados

+ Rifampicina

disponíveis. Durante

cotratamento com rifampicina,

níveis mais baixos de

artemisinina e seus derivados

podem ser esperados.

DROGAS ANALGÉSICAS, ANTIPIRÉTICAS E ANTI-INFLAMATÓRIAS NÃO-ESTEROIDAIS

Morfina + Rifampicina Morfina oral AUC ↓ 30% O cotratamento deve ser evitado. Se necessário,

monitorar efeitos clínicos e aumentar dose se

houver necessidade.

Codeína + Rifampicina Os níveis plasmáticos de

morfina, a fração ativa da

codeína, são susceptíveis de

ser substancialmente

reduzidos.

Monitorar o efeito clínico e aumentar a dose de

codeína caso necessário.

Metadona + Rifampicina Metadona AUC ↓ 33- 66% Monitorar quanto a possíveis efeitos da suspensão,

e aumentar a dose de metadona, conforme

apropriado.

Paracetamol +

A rifampicina pode aumentar a

glucuronidação do

paracetamol e diminuir seus

efeitos. A coadministração

pode aumentar o risco de

hepatotoxicidade, mas os

dados são inconclusivos.

A coadministração dos comprimidos de

275 mg e paracetamol deve ser evitada.

Paracetamol + Isoniazida O uso concomitante com isoniazida pode

aumentar hepatotoxicidade.

ANTICONVULSIVANTES

Carbamazepina +

É esperado que a rifampicina

diminua a concentração sérica

de carbamazepina.

275 mg e carbamazepina deve ser evitada.

Carbamazepina + isoniazida O risco de hepatotoxicidade com isoniazida parece

ser maior no cotratamento com carbamazepina.

Fenobarbital +

O fenobarbital e a rifampicina

são fortes indutores

enzimáticos hepáticos, e cada

droga pode reduzir as

concentrações plasmáticas da

outra.

275 mg e fenobarbital deve ser realizada com

cautela, incluindo a monitorização dos efeitos

clínicos e, se possível, as concentrações no plasma

da droga.

Fenobarbital + Isoniazida O cotratamento com fenobarbital e isoniazida

pode aumentar o risco de hepatotoxicidade.

Fenitoína + Rifampicina Fenitoína intravenosa AUC ↓

42%

O cotratamento com comprimidos de rifampicina

mg/cloridrato de etambutol 275 mg e fenitoína

deve ser evitado.

Fenitoína + Isoniazida O cotratamento com fenitoína e isoniazida pode

resultar em um risco aumentado de

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Ácido valpróico +

Embora faltem estudos de

interação, o ácido valpróico é

eliminado por metabolismo

hepático, inclusive

glucuronidação. A redução nos

níveis plasmáticos de ácido

valpróico é provável com uso

concomitante.

O cotratamento deve ser evitado. Se necessário, a

eficácia terapêutica e, caso possível, as

concentrações plasmáticas de ácido valpróico

devem ser cuidadosamente monitoradas.

Lamotrigina +

Lamotrigina AUC ↓ 45% O cotratamento deve ser evitado. Se for

considerado necessário, aumentar a dose de

lamotrigina conforme apropriado.

IMUNOSSUPRESSORES

Ciclosporina +

Diversos estudos e relatos de

casos têm mostrado um

aumento considerável na

depuração da ciclosporina

quando coadministrado com

A coadministração deve ser evitada. Caso seja

considerado necessário, as concentrações no

plasma da droga ciclosporina devem ser

monitoradas e as doses adaptadas em

conformidade (3-5 vezes de aumento da dose de

ciclosporina foram necessários).

Tacrolimo + Rifampicina Tacrolimo intravenoso AUC ↓

35 %; 70% oral ↓

275 mg e tacrolimo deve ser evitada. Se

considerar necessário, a concentração no plasma

do fármaco tacrolimo deve ser monitorada e a

dose aumentada de modo adequado.

MEDICAMENTOS CARDIOVASCULARES

Varfarina + Rifampicina

+ Isoniazida

Varfarina AUC ↓ 85%.

Uma maior resposta

anticoagulante foi relatada para

a varfarina quando

coadministrada com

isoniazida.

Atenolol + Rifampicina Atenolol AUC ↓ 19% Nenhum ajuste de dose necessário.

Verapamil + Rifampicina S-verapamil oral CL/F ↑ 32

vezes. Com S-verapamil

intravenoso, O CL ↑ 1.3 -vezes

com verapamil por via oral. Se o verapamil for

administrado por via intravenosa, o efeito

terapêutico deve ser cuidadosamente monitorado e

o ajuste da dose pode ser necessário.

Digoxina + Rifampicina Digoxina oral AUC ↓ 30% Ao coadministrar os comprimidos de rifampicina

mg/cloridrato de etambutol 275 mg com digoxina,

a eficácia clínica e a concentração plasmática da

digoxina devem ser monitoradas. Um aumento da

dose pode ser necessário.

Lidocaína + Rifampicina Lidocaína intravenosa CL ↑

15%

Amlodipina +

A amlodipina, assim como

outros bloqueadores dos canais

Monitorar eficácia.

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de cálcio, é metabolizada pela

CYP3A. É esperada menor

exposição em cotratamento

com a rifampicina.

Enalapril + Rifampicina Nenhuma interação esperada. Nenhum ajuste de dose necessário.

Sinvastatina +

Sinvastatina AUC ↓ 87%

Ácido Sinvastatina AUC ↓

93%

A coadministração não é recomendada.

MEDICAMENTOS GASTROINTESTINAIS

Ranitidina + Rifampicina Ranitidina AUC ↓ 52% Monitorar a eficácia da ranitidina e aumentar a

dose, caso necessário.

Antiácidos + Etambutol

Os antiácidos podem reduzir a

biodisponibilidade de

rifampicina em até um terço.

O hidróxido de alumínio

prejudica a absorção de

etambutol e isoniazida.

A importância clínica disto é desconhecida.

As drogas supressoras de ácido ou antiácidos que

não contêm hidróxido de alumínio devem ser

utilizadas caso o cotratamento com os

comprimidos de rifampicina 150 mg/isoniazida 75

275 mg seja necessário.

etambutol 275 mg devem ser tomados pelo menos

1 hora antes dos antiácidos

MEDICAMENTOS PSICOTERAPÊUTICOS

Diazepam + Rifampicina Diazepam AUC ↓ > 70% O cotratamento não é recomendado. Caso

necessário, as doses de diazepam podem ser

aumentadas se houver necessidade.

Clorpromazina +

A rifampicina pode reduzir a

exposição de clorpromazina.

Além disso, a clorpromazina

pode prejudicar o metabolismo

da isoniazida.

A coadministração deve ser evitada. Se for

considerado necessário, os pacientes devem ser

monitorados cuidadosamente quanto à toxicidade

Haloperidol +

A depuração do haloperidol é

consideravelmente aumentada

pela rifampicina.

Caso o cotratamento com o haloperidol seja

considerado necessário, monitorar a eficácia

clínica do haloperidol. Um aumento da dose pode

ser necessário.

Amitriptilina +

Os relatos de casos

(sustentados por considerações

teóricas) sugerem que a

rifampicina aumenta

consideravelmente a

depuração de amitriptilina.

O cotratamento deve ser evitado. Se necessário,

monitorar eficácia e, se possível, as concentrações

plasmáticas da amitriptilina.

HORMÔNIOS, OUTROS MEDICAMENTOS ENDÓCRINOS E ANTICONCEPCIONAIS

A prednisolona e outros

corticosteróides

administrados

sistemicamente +

Prednisolona AUC ↓ 66%.

A exposição da prednisolona é

susceptível de ser

substancialmente diminuída

quando há cotratamento com

rifampicina. O mesmo aplica-

se igualmente a outros

corticosteróides.

275 mg com corticosteróides deve ser evitada.

Caso necessário, o estado clínico do paciente deve

ser cuidadosamente monitorado e as doses de

corticosteróide ajustadas conforme a necessidade.

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Glibenclamida +

Glibenclamida AUC ↓ 34%

Monitorar rigorosamente a concentração de

glicose no sangue. Um aumento da dose de

glibenclamida pode ser necessário.

Insulina Nenhuma interação esperada.

Levotiroxina +

Os relatos de casos indicam

que a rifampicina pode

diminuir o efeito da

levotiroxina.

Os níveis da tirotrofina (hormônio estimulador da

tireóide, TSH) devem ser monitorados.

Etinilestradiol +

Etinilestradiol AUC ↓ 66% A coadministração dos comprimidos de

275 mg pode estar associada a um menor efeito

contraceptivo. Uma barreira ou outros métodos

não hormonais de contracepção devem ser

utilizados.

Noretisterona +

Noretisterona AUC ↓ 51% A coadministração dos comprimidos de

OUTROS

Praziquantel +

Praziquantel AUC ↓ 80- 99% O cotratamento com rifampicina 150

mg/isoniazida 75 mg/pirazinamida 400

mg/cloridrato de etambutol 275 mg deve ser

evitado.

Dissulfiram + Isoniazida

+ Etambutol

O uso concomitante de

dissulfiram e isoniazida pode

aumentar a incidência de

efeitos colaterais no sistema

nervoso central e o uso

concomitante com etambutol

toxicidade ocular.

A redução da dose ou descontinuação do

dissulfiram pode ser necessária durante o

tratamento com os comprimidos de rifampicina

mg/cloridrato de etambutol 275 mg.

Enflurano + Isoniazida A isoniazida pode aumentar a

formação de metabólito de

enflurano do fluoreto

inorgânico potencialmente

nefrotóxico.

Evitar a coadministração dos comprimidos de

275 mg com o enflurano.

Probenecida +

pirazinamida

Há uma complexa interação

farmacocinética e

farmacodinâmica em duas vias

entre a pirazinamida e a

probenecida.

A dose apropriada de probenecida no

cotratamento não foi estabelecida. Portanto, o uso

concomitante com os comprimidos de rifampicina

Alopurinol +

Ácido pirazinoico metabólito

principal (ativo) da

pirazinamida AUC ↑ 70%.

Uma vez que o ácido

pirazinoico inibe a eliminação

de urato, o alopurinol não é

275 mg com alopurinol.

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efetivo no tratamento de

hiperuricemia associado à

pirazinamida.

Interações com alimentos e bebidas

Álcool: o uso concomitante com álcool diário pode aumentar a incidência de hepatotoxicidade induzida pela

isoniazida. Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto a sinais de hepatotoxicidade e

devem ser firmemente aconselhados a restringir a ingestão de bebidas alcoólicas.

Queijos e peixes (alimentos ricos em histamina e tiramina): a isoniazida pode inibir a monoamina oxidase e

a diamina oxidase, por conseguinte, interferindo no metabolismo de histamina e tiramina. Isso pode resultar

em vermelhidão ou prurido da pele, sensação de calor, batimentos cardíacos rápidos ou acelerados, sudorese

intensa, calafrios ou sensação de umidade, cefaleia e atordoamento.

Interações com testes laboratoriais

A isoniazida pode causar uma falsa resposta positiva nos testes de glicose e sulfato de cobre; testes

enzimáticos de glicose não são afetados. A pirazinamida pode interferir nos testes de determinação de

cetonas urinárias que utilizam o método de nitroprussiato de sódio. A rifampicina pode interferir com

métodos microbiológicos, métodos de medição da concentração de ácido fólico e cianocobalamina (vitamina

B12) no plasma por competir com BSP e bilirrubina. O teste de BSP realizado pela manhã antes de tomar a

rifampicina evita a reação falso-positiva.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol deve ser conservado em

temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe

alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Características físicas

Comprimido revestido de cor marrom, sulcado (com fenda) de um dos lados e com o outro lado liso.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Os comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol devem ser

ministrados em dose única diária. A dose depende do peso corporal. A dose normal é a seguinte:

Peso corporal do paciente Dose

30-39 kg 2 comprimidos em uma dose única diária

40-54 kg 3 comprimidos em uma dose única diária

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55-70 kg 4 comprimidos em uma dose única diária

Acima de 70 kg 5 comprimidos em uma dose única diária

Dose para crianças: para crianças com peso entre 21-30 kg, a dose diária é de 2 comprimidos em dose

única. Os comprimidos devem ser utilizados apenas por crianças que possam engolir comprimidos sólidos.

Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol não deve ser usado em regimes de

tratamento intermitentes. Os comprimidos devem ser tomados de estômago vazio (pelo menos uma hora

antes ou duas horas após uma refeição). A biodisponibilidade pode ser reduzida se for tomado com

alimentos, por exemplo, para melhorar a tolerância gastrointestinal. Se um dos princípios ativos deste

medicamento (rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol) precisar ser descontinuado ou se a dose

precisar ser reduzida, os ativos devem ser utilizados em apresentações separadas.

Comprometimento renal

Uma vez que o ajuste da dose pode ser necessário em pacientes com comprometimento renal (depuração de

creatinina ≤ 50 mL/minuto), é recomendável que apresentações separadas de rifampicina, isoniazida,

pirazinamida e etambutol sejam administradas.

Comprometimento hepático

Dados limitados indicam que a farmacocinética de isoniazida e rifampicina é alterada em pacientes com

comprometimento hepático. Portanto, os pacientes com comprometimento hepático devem ser rigorosamente

observados quanto a sinais de toxicidade. Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida +

etambutol não deve ser usado em pacientes com doença hepática aguda.

Crianças, adolescentes e pacientes com peso inferior a 20 kg

Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol não é um medicamento adequado

para pacientes com peso corporal abaixo de 20 kg, uma vez que os ajustes necessários de dose não podem ser

feitos.

Idosos

Nenhum regime de dosagem especial é necessário, mas insuficiência renal ou hepática deve ser levada em

consideração. A suplementação de piridoxina (vitamina B6) pode ser útil.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Os eventos adversos preocupantes com a rifampicina é a hepatotoxicidade, particularmente reações

colestáticas e reações cutâneas. A rifampicina pode provocar hiperbilirrubinemia subclínica, conjugada ou

icterícia sem dano hepatocelular, mas ocasionalmente provoca danos hepatocelulares. Ela também pode

potencializar a hepatotoxicidade dos outros medicamentos antituberculose.

Os eventos adversos preocupantes com a isoniazida são efeitos neurotóxicos periféricos e centrais, e

hepatotoxicidade. A hepatite grave, e às vezes fatal, associada à terapia com isoniazida foi relatada. A

maioria dos casos ocorreu dentro dos três primeiros meses de terapia, mas a hepatotoxicidade também pode

se desenvolver após um tratamento mais longo.

Os eventos adversos preocupantes da pirazinamida são os danos hepáticos, variando desde aumentos

assintomáticos de transaminases séricas a disfunções hepáticas sintomáticas e, em raros casos, insuficiência

hepática fatal.

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O evento adverso preocupante do etambutol é a neurite retrobulbar com diminuição da acuidade visual. A

frequência depende da dose e da duração da terapia. Ela foi relatada em até 3% dos pacientes recebendo

etambutol 20 mg/kg diariamente. Os sinais típicos iniciais incluem o comprometimento da visão das cores

(daltonismo vermelho-verde) e constrição do campo visual (escotoma central ou periférico). Estas alterações

são geralmente reversíveis ao suspender o tratamento. Para evitar atrofia óptica irreversível, a acuidade

visual deve ser monitorada regularmente e o etambutol deve ser descontinuado imediatamente caso ocorram

distúrbios visuais.

Os eventos adversos possivelmente relacionados ao tratamento estão listados abaixo por sistema corporal,

classe de órgão e frequência. Eles não são baseados adequadamente nos ensaios clínicos controlados

aleatórios, mas em dados publicados, gerados principalmente durante o uso após aprovação. Portanto, muitas

vezes a frequência não pode ser dada. As frequências são definidas como: muito comum (>1/10), comum

(>1/100 e <1/10), incomum (>1/1.000 e <1/100), rara (>1/10.000 e <1/1.000), muito rara (< 1/10.000), e

"não conhecida" (a frequência não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).

Distúrbios do sistema nervoso

Muito comum: neuropatia periférica, geralmente precedida por parestesia dos pés e das mãos. A frequência

depende da dose e das condições predisponentes, tais como desnutrição, alcoolismo ou diabetes. Ela tem sido

relatada em 3,5 a 17% dos pacientes tratados com isoniazida. A administração concomitante de piridoxina

reduz enormemente este risco.

Incomum: dor de cabeça, letargia, ataxia, dificuldade de concentração, tonturas, crises convulsivas,

encefalopatia tóxica.

Frequência não conhecida: tremor, vertigem, hiperreflexia, insônia.

Transtornos psiquiátricos

Incomum: comprometimento da memória, psicose tóxica.

Raro: hiperatividade, euforia.

Frequência não conhecida: confusão, desorientação, alucinação.

Distúrbios gastrointestinais

Comum: diarreia, dor abdominal, náusea, anorexia, vômitos.

Raro: gastrite erosiva, colite pseudomembranosa.

Muito raro: pancreatite.

Frequência não conhecida: gosto metálico, boca seca, flatulência, constipação.

Distúrbios hepatobiliares

Muito comum: elevação transitória das transaminases séricas.

Incomum: elevados níveis séricos de bilirrubinas e fosfatase alcalina, hepatite, distúrbios renais e urinários.

Raro: insuficiência renal aguda, nefrite intersticial.

Frequência não conhecida: retenção urinária.

Distúrbios metabólicos e nutricionais

Muito comum: hiperuricemia, especialmente em pacientes com gota.

Muito raro: porfiria agravada.

Frequência não conhecida: hiperglicemia, acidose metabólica, pelagra.

Distúrbios Gerais

Muito comum: rubor

Comum: descoloração avermelhada dos fluidos e secreções corporais, tais como urina, escarro, lágrimas,

saliva e suor.

Frequência não conhecida: reações alérgicas com manifestações cutâneas, prurido, febre, leucopenia,

anafilaxia, pneumonite alérgica, neutropenia, eosinofilia, vasculite, linfadenopatia, síndrome reumática,

síndrome lúpus-símile, hipotensão, choque.

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Distúrbios do sangue e sistema linfático

Frequência não conhecida: anemia (hemolítica, sideroblástica ou aplástica), trombocitopenia, leucopenia,

neutropenia, eosinofilia, agranulocitose, coagulação sanguínea afetada.

Distúrbios torácicos, respiratórios e mediastinos

Frequência não conhecida: pneumonite, dispneia.

Distúrbios musculoesqueléticos

Muito comum: artralgia.

Frequência não conhecida: Podagra, distúrbios da pele e do tecido subcutâneo.

Comum: eritema, exantema, prurido com ou sem exantema, urticária.

Raro: fotossensibilidade, dermatite esfoliativa, reações penfigóides, púrpura.

Frequência não conhecida: Síndrome de Lyell, Síndrome de Stevens-Johnson.

Distúrbios oculares

Comum: vermelhidão ocular, descoloração permanente de lentes de contato gelatinosas, distúrbios visuais

devido à neurite óptica (neurite retrobulbar).

Raro: conjuntivite exsudativa.

Sistema reprodutivo e distúrbios mamários

Comum: distúrbios do ciclo menstrual.

Raro: ginecomastia.

Gravidez e lactação

Gravidez: Nenhum evento adverso no feto foi relatado com o uso de isoniazida, etambutol ou pirazinamida.

O uso de rifampicina no terceiro trimestre foi associado à hemorragia pós-parto na mãe e no bebê.

Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol deve ser usado na gravidez apenas

se os benefícios compensarem os riscos. Caso Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida +

etambutol seja usado nas últimas semanas da gravidez, a mãe e o recém-nascido devem receber vitamina K.

Aleitamento materno: A rifampicina, a isoniazida, a pirazinamida e o etambutol passam para o leite materno.

No entanto, as concentrações no leite materno são tão baixas que a amamentação não pode ser confiável para

a profilaxia adequada de tuberculose ou tratamento de lactentes. Nenhum efeito adverso foi relatado em

bebês.

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova associação no País e, embora as pesquisas

tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem

ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos.

Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

O tratamento da superdosagem consiste na lavagem gástrica e no tratamento sintomático e de suporte.

Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.

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Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.