Bula do Farmicina produzido pelo laboratorio Pharlab Indústria Farmacêutica S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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Farmicina
Pharlab Indústria Farmacêutica S.A.
Solução injetável
300 mg/mL
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
FARMICINA
cloridrato de lincomicina
MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA
APRESENTAÇÕES
FARMICINA solução injetável de 600 mg (300 mg/mL) em embalagem contendo 1 e 50 ampolas de 2
mL.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO INJETÁVEL POR VIA INTRAVENOSA OU
INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada ampola de 1 mL de FARMICINA contém o equivalente a 300 mg de lincomicina.
Cada ampola de 2 mL de FARMICINA contém o equivalente a 600 mg de lincomicina.
Excipientes: álcool benzílico e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
FARMICINA (cloridrato de lincomicina) é indicada no tratamento de infecções graves causadas por
bactérias aeróbias Gram-positivas, incluindo estreptococos, estafilococos (inclusive estafilococos
produtores de penicilinase) e pneumococos.
FARMICINA apresenta eficácia no tratamento de diversas infecções graves causadas por bactérias
aeróbias Gram-positivas, incluindo estreptococos, estafilococos (inclusive estafilococos produtores de
penicilinase) e pneumococos. As taxas de eficácia atingiram 88,8% num estudo de 150 pacientes com
infecção de tecidos moles tratados com FARMICINA (Spízek & Rezanka, 2004; Greval et al, 1991).
Referências Bibliográficas
Spízek J, Rezanka T. Lincomycin, clindamycin and their applications. Appl Microbiol Biotechnol. 2004
May; 64(4):455-64. Epub 2004 Feb 5.
Greval RS, Goyal SC, Sofat JR. A pilot study of parenteral lincomycin therapy in soft tissue infections.
Indian J Med Sci. 1991 Aug;45(8):209-11, 208.
O cloridrato de lincomicina é um agente antibiótico da classe das lincosamidas.
Propriedades Farmacodinâmicas
Aproximadamente 20% a 30% da dose oral é absorvida. O pico de concentração sérica ocorre 2 a 4 h
após a administração oral e 1 h após a administração intramuscular. A ligação a proteínas plasmáticas é
de 72%; os níveis no fluido cefalorraquidiano são maiores quando as meninges estão inflamadas. O
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volume de distribuição do fármaco é de 23 a 38 L; a sua meia-vida de eliminação é de 2 a 11,5 h. O
fármaco é metabolizado pelo fígado e 5% a 10% do fármaco inalterado é excretado na urina, 30% a 40%
e 4% a 14% do fármaco inalterado é excretado nas fezes após administração oral e parenteral,
respectivamente.
FARMICINA é contraindicada a pacientes que apresentam hipersensibilidade conhecida à lincomicina, à
clindamicina ou a qualquer outro componente do produto. Não deve ser utilizada no tratamento de
infecções bacterianas leves ou por vírus.
Geral
A formulação injetável de FARMICINA contêm álcool benzílico. O conservante álcool benzílico tem
sido associado a eventos adversos graves, incluindo a “Síndrome de Gasping” e à morte em pacientes
pediátricos.
Embora doses terapêuticas normais desse medicamento forneçam quantidades de álcool benzílico
substancialmente menores que as relatadas em associação com a “Síndrome de Gasping”, a quantidade
mínima de álcool benzílico que pode causar toxicidade não é conhecida.
O risco de toxicidade do álcool benzílico depende da quantidade administrada e da capacidade hepática
de desintoxicação da substância química. Crianças prematuras e que nasceram com peso baixo estão mais
propensas a desenvolver a toxicidade.
Tem-se relatado colite pseudomembranosa, que pode evoluir de leve a grave (ameaçadora à vida), com o
uso de muitos antibióticos, inclusive lincomicina. Portanto, é importante considerar o diagnóstico em
pacientes que apresentam diarreia subsequente à administração de antibióticos.
Por ser uma terapia associada à colite grave, que pode ser fatal, a lincomicina somente deverá ser
utilizada em infecções graves, nas quais antibióticos menos tóxicos forem inapropriados. A lincomicina
não deve ser empregada em pacientes com infecções não bacterianas, como as infecções virais do trato
respiratório superior.
Clostridium difficile associado a diarreia (CDAD) foi relatado com o uso de vários agentes
antibacterianos, incluindo a lincomicina, e pode resultar em diarreia moderada/grave a colite fatal. O
tratamento com agentes antibacterianos altera a flora do cólon e pode permitir o crescimento de C.
difficile.
C. difficile produz as toxinas A e B que contribuem para o desenvolvimento da CDAD. Colônias de C.
difficile produtoras de hipertoxina causam aumento da morbidade e mortalidade, uma vez que estas
infecções podem ser refratárias a terapias antimicrobianas e podem necessitar colectomia. A CDAD deve
ser considerada em todos os pacientes que apresentaram diarreia após o uso de antibiótico. O histórico
médico cuidadoso é necessário uma vez que a CDAD foi relatada até dois meses após a administração do
agente antimicrobiano.
Estudos indicam que a toxina produzida por Clostridium difficile é a causa primária da colite associada a
antibióticos. Após o estabelecimento do diagnóstico de colite pseudomembranosa, medidas terapêuticas
devem ser iniciadas. Casos leves de colite pseudomembranosa normalmente respondem à simples
descontinuação do fármaco. Em casos moderados a graves, deve-se considerar a terapia com fluidos e
eletrólitos, suplementação de proteínas e tratamento com antibiótico clinicamente eficaz contra colite por
Clostridium difficile.
O aparecimento de diarreia, colite e colite pseudomembranosa foi observado até várias semanas após o
término do tratamento com lincomicina.
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Outras causas de colite devem ser também consideradas. A sensibilidade prévia ao fármaco e a outros
alérgenos deve ser cuidadosamente pesquisada.
A colite associada a antibioticoterapia e diarreia ocorrem mais frequentemente, e podem ser mais graves,
em pacientes idosos e/ou debilitados. Quando tratados com lincomicina, estes pacientes devem ser
cuidadosamente monitorizados quanto às alterações na frequência intestinal.
FARMICINA deve ser utilizada com cautela em pacientes com histórico de doença gastrintestinal,
principalmente colite.
Como qualquer medicamento, o cloridrato de lincomicina deve ser utilizado com precaução em pacientes
com história de asma brônquica ou alergia significativa.
Certas infecções podem requerer incisões e drenagem, ou outras intervenções cirúrgicas indicadas, além
da terapia com antibióticos.
FARMICINA não deve ser utilizada no tratamento de meningite, pois não penetra adequadamente no
fluido cefalorraquidiano.
No intuito de reduzir o desenvolvimento de bactérias resistentes à medicação e manter a efetividade de
FARMICINA e outros agentes antibacterianos, FARMICINA deve ser utilizada somente para tratar ou
prevenir infecções comprovadas ou altamente suspeitas de ter origem bacteriana.
O uso de antibióticos pode ocasionar crescimento excessivo de microrganismos não sensíveis,
especialmente leveduras. Medidas adicionais deverão ser tomadas, caso apareçam tais infecções. Quando
pacientes com infecções por monilia pré-existentes necessitarem de tratamento com o cloridrato de
lincomicina, deverá ser administrado um tratamento antimonilia adequado.
FARMICINA não é recomendada para uso em recém-nascidos.
A dose de lincomicina deve ser determinada cuidadosamente em pacientes com disfunção renal grave ou
disfunção hepática e os níveis séricos de lincomicina devem ser monitorados durante a terapia com altas
doses.
Durante terapia prolongada, recomenda-se monitorar as funções renal, hepática e hematológica.
No caso de administração por infusão, FARMICINA não deve ser administrada na forma de “bolus”, e
sim lentamente (vide item 8. Posologia e Modo de Usar).
Uso durante a Gravidez
O álcool benzílico pode atravessar a placenta, ver item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES subitem
Geral.
Não foram observados efeitos adversos na ninhada, desde o nascimento até o desmame, em estudos
desenvolvidos com ratos, utilizando-se doses orais de lincomicina até 1.000 mg/kg (7,5 vezes a dose
máxima humana de 8 g/dia). Não foram observados efeitos teratogênicos em um estudo conduzido em
ratos tratados com doses maiores que 55 vezes a dose mais alta recomendada em humanos adultos (8
g/dia).
Em humanos, a lincomicina atravessa a placenta e resulta em níveis séricos no cordão de cerca de 25%
dos níveis séricos maternos. Não há acúmulo significativo no líquido amniótico. Não há estudos
controlados em mulheres grávidas; porém, não foram demonstrados aumentos em anormalidades
congênitas ou atraso no desenvolvimento em filhos de 302 pacientes tratadas com lincomicina em vários
estágios da gravidez, quando comparado a um grupo controle, até 7 anos após o nascimento. A
lincomicina deve apenas ser utilizada na gravidez se claramente necessário.
FARMICINA é um medicamento classificado na categoria B de risco de gravidez. Portanto, este
medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
Uso durante a Lactação
A lincomicina foi detectada no leite humano em concentrações de 0,5 a 2,4 mcg/mL. Devido ao potencial
do fármaco em causar reações adversas graves em lactentes, a decisão de descontinuar o tratamento deve
ser realizada, considerando-se a importância do fármaco para a mãe.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
O efeito de FARMICINA na habilidade de dirigir ou de operar máquinas não foi estudado, mas,
considerando suas propriedades farmacodinâmicas e perfil de segurança como um todo, é improvável que
Demonstrou-se antagonismo entre a lincomicina e a eritromicina in vitro. Devido ao possível significado
clínico, esses dois fármacos não devem ser administrados concomitantemente.
A lincomicina tem propriedades de bloqueio neuromuscular que podem aumentar a ação de outros
agentes bloqueadores neuromusculares. Portanto, deve ser utilizada cuidadosamente em pacientes sob
terapia com tais agentes.
FARMICINA solução injetável deve ser conservada em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).
O prazo de validade de FARMICINA é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas: ampola de vidro incolor contendo um líquido claro, transparente e
incolor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Uso em Adultos
Injeção Intramuscular: 600 mg (2 mL) a cada 24 horas. Infecções mais graves: 600 mg (2 mL) a cada
12 horas, ou mais frequentemente, dependendo da gravidade da infecção.
Infusão Intravenosa: 600 mg a 1 g a cada 8 ou 12 horas. Infecções mais graves: essas doses podem ser
aumentadas. Em infecções que ameacem a vida, doses de até 8 g diárias têm sido administradas.
Administrar em infusão diluída, como descrito na tabela de Diluição e Índices de Infusão.
Uso em Crianças acima de 1 mês de idade
Injeção Intramuscular: 10 mg/kg a cada 24 horas. Infecções mais graves: 10 mg/kg a cada 12 horas ou
mais frequentemente.
Infusão Intravenosa: 10 a 20 mg/kg/dia, dependendo da gravidade da infecção. Administrar como
infusão diluída, como descrito na tabela de Diluição e Índices de Infusão.
Uso em pacientes Idosos
Aos pacientes idosos aplicam-se todas as recomendações acima descritas.
Em infecções por estreptococos beta-hemolíticos, o tratamento deve continuar durante pelo menos 10
dias, para diminuir a possibilidade de febre reumática ou glomerulonefrite subsequente.
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Uso em pacientes com diminuição da função hepática ou renal
Quando FARMICINA é administrada a pacientes com insuficiência renal grave, a dose adequada é de
25% a 30% daquela recomendada para pacientes com função renal normal.
Em pacientes com disfunção hepática ou renal, a meia-vida do cloridrato de lincomicina está aumentada.
Deve-se considerar a diminuição da frequência de administração de lincomicina em pacientes com
prejuízo na função renal ou hepática.
Infecções por Estreptococos Beta-hemolíticos
O tratamento deve continuar por pelo menos 10 dias.
Diluição e Índices de Infusão
Doses de até 1 g devem ser diluídas em pelo menos 100 mL de uma solução adequada, e administradas
por infusão de, pelo menos, 1 hora de duração.
Dose Volume de diluente Tempo de administração
600 mg 100 mL 1 h
1 g 100 mL 1 h
2 g 200 mL 2 h
3 g 300 mL 3 h
4 g 400 mL 4 h
Essas doses devem ser repetidas sempre que for necessário, até o limite da dose diária máxima
recomendada de 8g de lincomicina. Ocorreram reações cardiopulmonares graves com a administração do
medicamento de forma mais rápida e mais concentrada do que o recomendado.
FARMICINA poderá ser administrada utilizando-se as técnicas de infusão IV direta, por acoplamento ou
tubo em “Y”.
Compatibilidades
FARMICINA é fisicamente compatível por 24 horas, à temperatura ambiente (a menos que haja outra
indicação) com:
Soluções para infusão: dextrose em água, 5% e 10%; dextrose em salina, 5% e 10%; solução de Ringer;
lactato de sódio 1/6 Molar; travert 10% eletrólito n° 1; dextran fisiológico 6% p/v.
Soluções com vitaminas para infusão: complexo B; complexo B com ácido ascórbico.
Soluções com antibióticos para infusão: penicilina G sódica (satisfatória para 4 horas); cefalotina,
cloridrato de tetraciclina; cefaloridina; colistimetato (satisfatória para 4 horas); ampicilina; meticilina;
cloranfenicol; sulfato de polimixina B.
Incompatibilidades
FARMICINA é fisicamente incompatível com novobiocina, canamicina e fenitoína. Deve ser ressaltado
que as determinações de compatibilidade e incompatibilidade são observações físicas, e não
determinações químicas.
Não foi desenvolvida uma avaliação clínica adequada sobre segurança e eficácia dessas combinações.
Tabela de Reações Adversas
Classe de sistema de
órgãos
Muito
comum
(≥1/10)
Comum
(≥ 1/100 a
< 1/10)
Incomum
(≥ 1/1000 a
< 1/100)
Rara
(≥ 1/10.000
a < 1/1000)
Muito rara
(< 1/10.000)
Frequência não conhecida
(não pode ser estimada a partir
dos dados disponíveis)
Infecções e
infestações
Infecção
vaginal
Colite pseudomembranosa, Colite
por Clostridium difficile
Distúrbios dos
sistemas sanguíneo
e linfático
Pancitopenia, agranulocitose,
anemia aplástica, neutropenia,
leucopenia, púrpura
trombocitopênica
Distúrbios do
sistema
imunológico
Reação anafilática, angioedema,
doença do soro
Distúrbios
cardíacos
Parada cardiorrespiratóriaa
vasculares
Hipotensãob
, tromboflebitec
gastrointestinais
Diarreia,
náusea,
vômito
Esofagited, desconforto
abdominal
hepatobiliares
Icterícia, teste de função hepática
anormal
Distúrbios da pele e
do tecido subcutâneo
Rash,
urticária
Prurido Síndrome de Stevens-Johnson,
dermatite bolhosa, dermatite
esfoliativa, eritema multiforme
Distúrbios gerais e
condições do local de
administração
Abscesso estéril no local da
injeçãoe, enduração no local da
injeçãoe, dor no local da injeçãoe,
irritação no local da injeçãoe
a Raros casos foram relatados após administração intravenosa muito rápida.
b Após administração parenteral, particularmente após administração parenteral muito rápida.
c Evento foi relatado com injeção intravenosa.
d Evento foi relatado com preparações orais.
e Relatado com injeção intramuscular.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Hemodiálise ou diálise peritoneal não são meios eficazes para remoção da lincomicina do sangue.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
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