Bula do Fator ix Grifols produzido pelo laboratorio Grifols Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Anexo A
Folha de rosto para a bula
FATOR IX GRIFOLS
Grifols Brasil Ltda.
Pó liofilizado e dissolvente para solução injetável
250 UI, 500 UI, 1000 UI, 1500 UI
PARTE I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
GRIFOLS BRASIL, LTDA.
Fator IX Grifols®
50 UI/ml
FATOR IX DE COAGULAÇÃO HUMANO
Formas farmacêuticas e apresentações:
Apresentado em frasco-ampola de pó liofilizado contendo 250 UI,
500 UI, 1000 UI ou 1500 UI de Fator IX de coagulação humano.
Uma vez reconstituído, o conteúdo de Fator IX humano é de
50 UI/ml (250 UI/5 ml, 500 UI/10 ml, 1000 UI/20 ml ou
1500 UI/30 ml). Os demais componentes são lisina, glicina,
cloreto, sódio, fosfato e citrato.
Cada ampola de dissolvente contém 5 ml, 10 ml, 20 ml ou 30 ml
de água para injetáveis.
Administração:
Intravenosa
USO PEDIÁTRICO E ADULTO
Pó e dissolvente para solução injetável
PARTE II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Fator IX Grifols®
é indicado para o tratamento e profilaxia de
hemorragias em pacientes com hemofilia B (déficit congênito
de fator IX).
Não procede.
O fator IX é uma glicoproteína de cadeia única com peso
molecular aproximado de 68.000 Daltons.
É um fator de coagulação de síntese hepática, dependente de
vitamina K. O fator IX é ativado pelo fator XIa na via intrínseca
da coagulação e pelo complexo fator VII/fator tissular na via
extrínseca. O fator IX ativado, em combinação com o fator VIII
ativado, ativa por sua vez o fator X.
O fator X ativado converte a protrombina em trombina. Na
seqüência, a trombina converte o fibrinogênio em fibrina,
formando-se o coágulo.
A hemofilia B é um trastorno hereditário da coagulação
sangüínea ligado ao sexo, devido à diminuição do nível de
fator IX, o que por sua vez produz hemorragias graves nas
articulações, músculos ou órgãos internos, bem de forma
espontânea ou como conseqüência de um acidente ou trauma
cirúrgico. Mediante uma terapia de reposição aumenta o nível
plasmático de fator IX, e portanto é corrigido temporariamente
a deficiência deste fator sendo controlado e prevenindo as
hemorragias.
Não há experiência procedente de ensaios clínicos em crianças
menores de 6 anos.
Segundo os dados dos ensaios clínicos, a recuperação foi
1,3 ± 0,3 UI/dl:UI/kg e a meia vida terminal 29,1 ± 3,6 h (24 - 34 h)
usando um modelo não-compartimental.
Hipersensibilidade marcada conhecida à substância ativa ou a
qualquer dos excipientes.
Nos pacientes deve ser controlado o desenvolvimento de inibidores
do fator IX. Caso não sejam obtidos os níveis de atividade
plasmática de fator IX esperados, ou caso o sangramento não
seja controlado com a dose adequada, devem ser realizados
ensaios para determinar a presença de inibidores de fator IX.
Em pacientes com elevados níveis de inibidor, pode ser que a
terapia com fator IX não seja efetiva e devam ser consideradas
outras opções terapêuticas. Estas terapias deverão ser realizadas
sob a supervisão de um médico com experiência no tratamento
da hemofilia.
O produto deve ser administrado lentamente, especialmente a
primeira dose (aproximadamente 3 ml/min) por via intravenosa.
Preparação da solução:
1. Levar o produto à temperatura ambiente ou corporal sem
sobrepassar os 37 ºC.
2. Retirar o lacre do frasco-ampola do dissolvente, desinfetando
a tampa com uma solução antisséptica.
3. Extrair do recipiente a agulha de dupla ponta. Separar um
dos protetores que protegem as pontas e perfurar a tampa do
frasco-ampola do dissolvente.
4. Retirar o lacre do frasco-ampola do produto liofilizado,
desinfetando a tampa com uma solução antiséptica.
5. Separar o protetor da outra ponta da agulha.
6. Inverter o frasco-ampola do dissolvente e perfurar o
frasco-ampola do liofilizado, assegurando-se de que seja
transferido todo o dissolvente e evitando a perda de vácuo.
7. Separar o frasco do dissolvente com a agulha de dupla ponta.
Girar suavemente o frasco-ampola procurando não produzir
espuma até a total dissolução. Não agitar.
8. O produto deve ser administrado por via intravenosa, antes
de 3 horas depois de sua reconstituição.
9. Retirar o filtro do blister e inseri-lo na seringa, recarregar
a seringa com ar suficiente para o volume total da solução.
Inserir a agulha no filtro e perfurar o frasco-ampola do
produto reconstituído. Injetar o ar pré-carregado da seringa,
através do filtro, para seguidamente inverter a posição do
frasco-ampola e aspirar o conteúdo na seringa.
10. Preparar a zona de injeção do paciente. Retirar o encaixe
filtro-agulha e injetar o produto via intravenosa utilizando
uma agulha estéril ou o set de infusão fornecido, a uma
velocidade de 3 ml/min.
Todo produto não utilizado e o material de descarte devem ser
eliminados de acordo com os requisitos locais.
Geralmente a solução é clara ou ligeiramente opalescente. Não
utilizar soluções que apresentem turbidez ou sedimentos.
Uma vez reconstituída, a solução deve ser descartada caso
sejam observadas partículas em seu interior ou algum tipo de
descoloração.
Excepcionalmente, foram observadas reações alérgicas ou de
hipersensibilidade (angioedema, sensação de ardor e picada no
lugar de infusão, calafrios, enrijecimento, erupções cutâneas
que podem chegar a urticária generalizada, cefaléia, hipotensão,
sonolência, náuseas, inquietude, taquicardia, opressão torácica,
formigamento, vômitos, dificuldade para respirar) em pacientes
tratados com produtos que contêm fator IX. Em certos casos,
estas reações progrediram até anafilaxia grave, sendo descritos
associação temporal com o desenvolvimento de inibidores de
fator IX.
A experiência de Fator IX Grifols®
no tratamento de pacientes
previamente não tratados é limitada.
Foram descritos casos de aparição de síndrome nefrótica após
tentar a indução de imunotolerância em hemofílicos B com
inibidores contra o fator IX e história de reações alérgicas.
Em raras ocasiões foram observados febre.
Fator IX Grifols®
50 UI/ml
BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE
Alguns pacientes com hemofilia B podem desenvolver anticorpos
neutralizantes contra o fator IX (inibidores), o que ocasiona
uma resposta clínica insuficiente ao tratamento. Em tais casos,
recomenda-se contatar com um centro especializado em hemofilia.
Existe um risco potencial de episódios tromboembólicos depois
da administração de concentrados de fator IX, sendo maior o
risco em preparados de baixa pureza. O uso de concentrados
de fator IX de baixa pureza foi associado com casos de infarto
de miocárdio, coagulação intravascular disseminada, trombose
venosa e tromboembolismo pulmonar. O uso de concentrados de
fator IX de alta pureza raramente foi associado com estas reações
adversas.
Não existem dados robustos sobre a frequência dos efeitos
indesejáveis dos ensaios clínicos e experiência pós-comercialização.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível
em “www.anvisa.com.br”, ou para a Vigilância Sanitária Estadual
ou Municipal.
Não foram comunicados casos de superdosagem com fator IX de
coagulação humana.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 709 2444, se você
precisar de mais orientações sobre como proceder.
PARTE III – DIZERES LEGAIS
N°. Reg. MS: 1.3641.0009.001-0 – 250 UI
N°. Reg. MS: 1.3641.0009.002-9 – 500 UI
N°. Reg. MS: 1.3641.0009.003-7 – 1000 UI
N°. Reg. MS: 1.3641.0009.004-5 – 1500 UI
Responsável técnico: Luiz C. de Almeida CRF/PR: 12968
Fabricado por: Importado e Distribuído por:
Instituto Grifols, S.A. Grifols Brasil, Ltda.
Can Guasch, 2 - Parets del Vallès RuaUmuarama,263-VilaPerneta
08150 Barcelona - ESPANHA 83325-000 - Pinhais - PR
Cond. Portal da Serra
CGC: 02513899/0001-71
SAC: 0800 709 2444
Uso restrito a hospitais
Uso profissional
Venda sob prescrição médica
Esta bula foi aprovada pela ANVISA em 20/12/2010
Instituto Grifols, S.A. Can Guasch, 2
Parets del Vallès 08150 Barcelona - ESPANHA 3042141
coagulação intravascular disseminada (CID). Em pacientes com
enfermidade hepática, pacientes em pós-operatório, neonatos
ou pacientes com risco de acidentes tromboembólicos ou CID
aconselha-se acompanhamento, mediante provas biológicas
adequadas, a possível aparição de sinais de coagulopatia
tromboembólica e de consumo, já que existe um risco potencial
de complicações trombóticas. Em cada uma destas situações
deve ser avaliada a relação risco/beneficio do tratamento com
Fator IX Grifols®
.
Gravidez e lactação:
Não foram realizados estudos de reprodução em animais com
fator IX. Devido à baixa incidência de hemofilia B em mulheres,
se requer experiência acerca do uso de fator IX em gravidez
e lactação. Portanto, durante a gravidez a lactação pode ser
utilizado o fator IX unicamente caso esteja claramente indicado.
Efeitos sobre a capacidade de condução:
Não existe nenhum indício de que o Fator IX Grifols®
possa
Não foram observadas interações de fator IX de coagulação
humano com outros medicamentos.
Incompatibilidades
Fator IX Grifols®
não deve ser mesclado a outros medicamentos.
Somente deve ser utilizado o equipo para injeção que é fornecido
para evitar um possível erro no tratamento como conseqüência
da adsorção de fator IX de coagulação humano à superfície
interna de qualquer outro equipamento para injeção.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO
MEDICAMENTO
O período de validade do Fator IX Grifols®
é de 2 anos quando
conservado entre 2 ºC e 8 ºC.
A solução reconstituída deve ser utilizada imediatamente ou
num prazo máximo de 3 horas.
Conservar entre 2 ºC e 8 ºC (em refrigerador).
Quando é procedida sua administração ambulatorial, o produto
pode ser mantido em temperatura ambiente (não conservar acima
de 25 ºC) durante um único período de 3 meses no máximo.
O produto não deve voltar a ser refrigerado depois de estar
conservado à temperatura ambiente.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem
original.
Antes de usar observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance e da
visão das crianças.
O tratamento deve ser iniciado sob a supervisão de um médico
com experiência no tratamento da hemofilia.
A dosificação e a duração do tratamento dependem da gravidade
da deficiência de fator IX, da localização e o grau da hemorragia
e do estado clínico do paciente.
O número de unidades de fator IX administrada é expressa
em Unidades Internacionais (UI), em relação com o padrão
da Organização Mundial da Saúde (OMS) vigente para
concentrados de fator IX. A atividade plasmática de fator IX
é expressa como uma porcentagem (em relação com o plasma
humano normal) ou em Unidades Internacionais (em relação a
um padrão internacional para fator IX em plasma).
Uma Unidade Internacional (UI) de atividade de fator IX
equivale à quantidade de fator IX em um ml de plasma humano
normal. A estimação da dose necessária de fator IX é baseada
no achado empírico de que uma Unidade Internacional (UI) de
fator IX por kg de peso corporal aumenta a atividade plasmática
de fator IX em um 1,3 ± 0,3% da atividade normal. A dose
necessária é determinada utilizando a fórmula seguinte:
Unidades requeridas = peso corporal (kg) x aumento desejado
de fator IX (%) (UI/dl) x 0,8
A dose e a freqüência de administração devem ser calculadas
segundo a resposta clínica do paciente. Em raras ocasiões se
requer a administração de concentrados de fator IX mais de uma
vez ao dia.
No caso de episódios hemorrágicos como os detalhados a seguir,
a atividade de fator IX não deve ser inferior ao nível plasmático
de atividade estabelecido (em % de plasma normal ou UI/dl) no
período correspondente. Pode ser empregada a seguinte tabela
como guia de dosificação em episódios hemorrágicos e cirurgia:
Grau da hemorragia/
Tipo de cirurgia
Nível de
fator IX
requerido
(%) (UI/dl)
Freqüência de
dosificação (horas)/
Duração da terapia
(dias)
Hemorragia
Hemartroses e
sangramentos muscular
ou oral menores
hemorragia muscular ou
hematoma moderados
Hemorragias com risco
de vida
20 - 40
30 - 60
60 - 100
Repetir a cada 24 horas.
Ao menos 1 dia, até que
o episódio hemorrágico
manifestado por dor se
detenha ou até a cura.
Repetir a infusão a
cada 24 horas durante
3 - 4 dias ou mais até que
a dor e a descapacidade
aguda desapareçam.
Repetir a infusão a cada
8 - 24 horas até que o
risco desapareça.
Cirurgia
Menor
incluindo extrações
dentais
Maior
80 - 100
(pré e pós-
operatório)
A cada 24 horas, ao
menos 1 dia até a cura.
cada 8 - 24 horas até
a adequada cicatrização
d a f e r i d a , e l og o
tratamento durante no
mínimo de 7 dias para
manter um nível de
atividade de fator IX de
30% a 60% (UI/dl).
Recomenda-se a determinação adequada dos níveis plasmáticos
de fator IX durante todo o tratamento a fim de calcular a dose
e a freqüência das infusões a administrar. Particularmente
nas intervenções cirúrgicas maiores, é imprescindível uma
monitorização precisa da terapia de substitução por meio de análise
da coagulação (atividade plasmática de fator IX). A resposta
individual dos pacientes à terapia com fator IX pode variar,
alcançando diferentes níveis de recuperação in vivo e de meia vida.
Na profilaxia rotineira para impedir hemorragias em pacientes
com hemofilia B grave devem ser administradas doses de 20 a 40 UI
de fator IX/kg de peso corporal em intervalos de 3 a 4 dias.
Em alguns casos, especialmente em pacientes jovens, pode ser
necessário encurtar os intervalos de administração ou doses
mais elevadas.
Não se dispõe de dados suficientes procedentes de ensaios
clínicos para recomendar o uso de Fator IX Grifols®
em crianças
menores de 6 anos.