Bula do Femurid para o Profissional

Bula do Femurid produzido pelo laboratorio Laboratório Farmacêutico Elofar Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Femurid
Laboratório Farmacêutico Elofar Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO FEMURID PARA O PROFISSIONAL

MODELO DE BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE

Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Femurid®

carbonato de cálcio

colecalciferol (vit. D)

APRESENTAÇÕES

Comprimidos revestidos com carbonato de cálcio 1.250 mg (correspondente a 500 mg de cálcio elementar) e

colecalciferol 210 U.I. Frasco na apresentação de 60 comprimidos revestidos e embalagens hospitalares com 10, 25 e

50 frascos com 60 comprimidos revestidos cada.

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém:

carbonato de cálcio (correspondente a 500 mg de cálcio elementar) ............................ 1.250 MG

colecalciferol (vitamina D) ............................................................................................. 210 U.I.

Excipientes: crospovidona, povidona, butilidroxitolueno, edetato de sódio, ácido tânico, amido pré-gelatinizado,

dióxido de silício, estearato de magnésio, álcool etílico, advantia preferred HS, dióxido de titânio e água de osmose

reversa.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

FEMURID®

é um suplemento vitamínico e mineral destinado à prevenção e ao tratamento auxiliar da

desmineralização óssea pré e pós-menopausal.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

O cálcio é considerado um composto essencial para a manutenção da saúde em geral e, em particular, do tecido

ósseo. (Osteoporose em mulheres na pós-menopausa. Rev Bras Reumato V 44, n° 6, 426-434, nov/dez, 2004).

Observa-se que tanto a redução da ingestão de cálcio quanto as baixas reservas de vitamina D estão implicadas na

redução da resistência óssea. Pacientes idosos tendem a reduzir a ingestão diária de cálcio e possuir baixas

concentrações de vitamina D e, nesses casos, os suplementos dietéticos com cálcio e vitamina D parecem ser de

grande importância na redução de fraturas, como a fratura de quadril. (Effect of calcium or 25OH Vitamin D dietary

supplementation on bone loss at the hip in men and women over the age of 60. JCEM 85:3011 – 3019, 2000).

Estudos com suplementação de cálcio e vitamina D demonstram resultados positivos na redução destes riscos (Risk

of new vertebral fracture in the year following a fracture. JAMA Jan 17, 2001. 285 (3): 320-323) (Effect of

risedronate on the risk of hip fracture in elderly women. NEJM 2001; 344:333-340). Redução do risco de outras

fraturas, como as não vertebrais também são observadas com a suplementação destes compostos (Treatment of

osteoporosis: current data and prospects. Rev Rhum Ed Fr 1994 Dec 15;61 (10 Pt 2): 155S – 164S) (Risedronate

rapidly reduces the risk for nonvertebral fractures in women with postmenopausal osteoporosis. Calcif Tissue Int,

2004.74:129-135). Estudo de 3 anos realizado com idosos que receberam suplemento diário de 1000mg de cálcio

elementar na forma de carbonato de cálcio e 400UI de vitamina D demonstrou redução de 12% na incidência de

quedas graves (Vitamin D and calcium supplementation prevents severe falls in elderly community-dwelling women:

a pragmatic population-based 3-year intervention study. Aging Clin Exp Res. 2005 Apr; 17(2): 125-32).

O cuidado com as necessidades diárias de cálcio não se resumem aos idosos. A ingestão adequada de cálcio durante a

infância e adolescência é necessária para que o pico de massa óssea seja atingido, reduzindo o risco de fraturas

osteoporóticas durante a vida (Optimizing bone health and calcium intakes of infants, children, and adolescents.

Pediatrics 2006; 117: 578-585).

A Academia Americana de Pediatria, em artigo publicado em 2008, recomendou a ingestão de pelo menos 400 UI de

vitamina D por lactentes, crianças e adolescentes saudáveis a fim de se prevenir o raquitismo e a deficiência de

vitamina D (Pediatrics, 2008).

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

O cálcio é um eletrólito essencial para integridade funcional dos sistemas nervoso, muscular e esquelético. O

esqueleto contém 99% do total do cálcio corporal. O cálcio do esqueleto está em constante troca com o cálcio

plasmático. Uma vez que as funções metabólicas do cálcio são essenciais para a vida, quando existe algum distúrbio

no balanço de cálcio, devido a deficiências na dieta ou outras causas, podem ser utilizadas as reservas de cálcio

presentes nos ossos para atender às necessidades mais vitais do organismo. Portanto, a mineralização normal dos

ossos depende da quantidade total de cálcio no organismo.

As perturbações do metabolismo do cálcio estão intimamente ligadas às alterações do tecido ósseo. Assim, pode-se

distinguir: raquitismo primário, osteomalácia nutricional (raquitismo), má absorção intestinal, diarréia grave

intratável, osteoporose, hipoparatiroidismo. Em cada uma dessas condições observam-se alterações dos níveis

plasmáticos de cálcio, da estrutura e metabolismo ósseo, bem como repercussões funcionais em vários sistemas.

Aproximadamente 1/5 a 1/3 da dose de cálcio administrada por via oral é absorvida no intestino, dependendo da

presença de, por exemplo, fatores dietéticos, pH e presença de vitamina D. A absorção de cálcio está aumentada na

deficiência de cálcio ou quando o paciente está sob dieta de baixo conteúdo de cálcio. A excreção ocorre

principalmente nas fezes e, em menor grau, na urina. O cálcio atravessa a placenta e também é excretado no leite

materno. A vitamina D auxilia na absorção de cálcio pelos ossos. Se não há uma exposição regular ao sol ou se a

alimentação é deficitária em vitamina D, poderá não ocorrer uma absorção regular de cálcio. Portanto, nestes casos, é

recomendável a suplementação vitamínica de vitamina D. A vitamina D é hidroxilada no corpo humano obtendo-se o

1,25 – dihidroxicolecalciferol, ou calcitriol, a forma mais ativa de vitamina D. O calcitriol, que é importante na

regulação da absorção de cálcio no intestino, é produzido nos rins e, durante a gravidez, na unidade fetoplacentária. A

vitamina D necessária para os humanos geralmente é obtida por meio da exposição da pele à quantidade suficiente de

luz solar.

Propriedades Farmacocinéticas

O carbonato de cálcio é convertido em cloreto de cálcio através do ácido gástrico. Parte do cálcio é absorvida no

intestino e a porção não absorvida é excretada nas fezes. A vitamina D também é absorvida no trato gastrintestinal. A

presença da bile é essencial para uma adequada absorção intestinal. A vitamina D liga-se a uma proteína plasmática e

é transportada pelo sangue para o fígado onde passa pela primeira hidroxilação para formar 25-hidroxicolecalciferol e

o 25-hidroxiergocalciferol. Também ocorre metabolismo adicional nos rins. A vitamina D e seus metabólitos são

excretados principalmente na bile e nas fezes. Somente pequenas quantidades são encontradas na urina.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Femurid®

é contraindicado em casos de hipersensibilidade conhecida aos componentes do produto, hipercalcemia,

insuficiência renal grave, sarcoidose e hipercalciúria grave.

Este medicamento é contraindicado para uso por portadores de insuficiência renal grave.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Na hipercalciúria leve, bem como na insuficiência renal crônica, ou quando há propensão à formação de cálculos

renais, deve-se realizar monitorização da excreção urinária de cálcio e, se necessário, a dose deve ser reduzida ou o

tratamento interrompido. Em pacientes com acloridria ou hipocloridria, a absorção de cálcio pode estar reduzida, a

menos que este seja administrado durante as refeições.

Recomenda-se a monitorização regular da concentração de cálcio em pacientes recebendo doses farmacológicas de

vitamina D, especialmente no início do tratamento e caso surjam sintomas sugestivos de toxicidade.

Populações especiais

O uso prolongado de cálcio em idosos pode provocar constipação intestinal.

A vitamina D não deve ser administrada em pacientes com hipercalcemia e deve ser administrada com cautela em

crianças (devido à maior sensibilidade aos seus efeitos), em pacientes com insuficiência renal ou cálculos, ou em

pacientes com doença cardíaca, que apresentam maior risco de dano ao órgão caso ocorra hipercalcemia. As

concentrações plasmáticas de fosfato devem ser controladas durante o tratamento com vitamina D, visando reduzir o

risco de calcificação ectópica.

Recomenda-se a monitorização regular da concentração de cálcio em pacientes recebendo doses farmacológicas da

Gravidez e Lactação

Gestantes e nutrizes somente devem consumir este produto sob orientação de nutricionista ou médico.

Categoria de risco na gravidez: categoria C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Medicamento-medicamento

A administração simultânea com medicamentos que contenham ferro, etidronato, fenitoína ou tetraciclinas deve ser

evitada, pois a absorção dos mesmos é prejudicada. Nestes casos, os medicamentos devem ser ingeridos obedecendo-

se um intervalo de tempo de pelo menos 2-3 horas. Em pacientes que utilizam digitálicos, altas doses de cálcio podem

aumentar o risco de alterações do ritmo cardíaco. Diuréticos tiazídicos aumentam o risco de elevar os níveis de cálcio

no sangue se administrados juntamente com a vitamina D e cálcio. Nestes casos, aconselha-se o controle das

concentrações de cálcio no sangue. Informe seu médico.

Alguns antiepilépticos (ex: carbamazepina, fenobarbital, fenitoína e primidona) podem aumentar a necessidade de

vitamina D.

Medicamento-substâncias químicas

O consumo excessivo de álcool, cafeína ou tabaco pode reduzir a quantidade de cálcio absorvida.

Medicamento-exames laboratoriais

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de FEMURID®

em exames laboratoriais.

Medicamento-alimento

A absorção intestinal de cálcio pode ser reduzida pela ingestão simultânea de certos alimentos (espinafre, ruibarbo,

farelo de trigo e outros cereais). O uso excessivo e prolongado de suplementos de cálcio com leite ou derivados deve

ser evitado.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da umidade.

Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Após aberto, Femurid®

deve ser mantido em sua embalagem original e conservado em temperatura ambiente (15 a

30o

C).

Aspecto físico

Os comprimidos revestidos de Femurid®

são oblongos lisos, branco a bege.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance de crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de usar

Os comprimidos devem ser ingeridos com líquido, por via oral, durante as refeições, ou conforme orientação médica.

Risco de uso por via de administração não recomendada

Não há estudos do efeito de FEMURID®

administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para

eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via oral.

Posologia

A dose recomendada de FEMURID®

é de: 3 comprimidos ao dia por via oral, durante as refeições, ou conforme

orientação médica. Doses maiores devem ser ingeridas de acordo com a prescrição do seu médico.

Posologia diária

recomendada

% IDR (Ingestão Diária

Recomendada)

Adultos e Crianças acima de 12

anos

CÁLCIO

3 comp.

(1500 mg)

(150%)

VITAMINA D

(630 UI)

(315%)

Limite Máximo Diário

Adultos e Crianças acima de 12 anos

Cálcio 1.500 mg

Vitamina D 800 UI

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9.REAÇÕES ADVERSAS

Reação muito comum (>1/10).

Reação comum (> 1/100 e < 1/10).

Reação incomum (> 1/1.000 e <1/100).

Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000).

Ração muito rara (< 1/10.000).

O uso prolongado de cálcio em idosos pode provocar constipação intestinal.

A ingestão excessiva de vitamina D pode causar o desenvolvimento de hipercalcemia e seus efeitos associados,

incluindo hipercalciúria, calcificação ectópica e dano cardiovascular e renal. É conhecido que a suplementação da

dieta com vitamina D pode ser prejudicial para pessoas que já recebem ingestão adequada por meio da própria dieta

alimentar e da exposição à luz solar, visto que a diferença entre as concentrações terapêutica e tóxica é relativamente

pequena. Em casos raros, podem ocorrer distúrbios gastrintestinais leves.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

10. SUPERDOSE

Sintomas: reações gastrintestinais (somente em pacientes que recebem altas doses de vitamina D), sinais e sintomas

de hipercalcemia, ou seja, diminuição do apetite, náusea, vômito, constipação, dor abdominal, fraqueza muscular,

poliúria, sede, sonolência e confusão; em casos severos, coma ou arritmias cardíacas.

Tratamento: suspender o uso; na hipercalcemia severa, instituir infusão de solução de cloreto de sódio; diurese

forçada e fosfato oral.

Em caso de intoxicação ligue 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.