Bula do Fenergan produzido pelo laboratorio Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
FENERGAN®
(cloridrato de prometazina)
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Comprimido Revestido 25 mg
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Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
Esta bula sofreu aumento de tamanho para adequação a legislação vigente da ANVISA.
cloridrato de prometazina
APRESENTAÇÃO
Comprimidos revestidos 25 mg: embalagem com 20 comprimidos.
USO ORAL. USO ADULTO.
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém 28,20 mg de cloridrato de prometazina equivalentes a 25 mg de
prometazina base.
Excipientes: amido de milho, lactose monoidratada, açúcar pulverizado amiláceo, sílica hidratada,
talco, estearato de magnésio, copolímero de metacrilato butilado básico, macrogol 6000, dióxido de
titânio, riboflavina.
FENERGAN é indicado no tratamento sintomático de todos os distúrbios incluídos no grupo das reações
anafiláticas e alérgicas Graças à sua atividade antiemética, é utilizado também na prevenção de vômitos do pós-
operatório e de náuseas de viagens.
Pode ser utilizado, ainda, na pré-anestesia e na potencialização de analgésicos, devido à sua ação sedativa.
Estudo randomizado, duplo-cego avaliou a eficácia da prometazina e ondansetrona utilizadas por via
endovenosa em casos agudos de náuseas e vômitos. A prometazina demonstrou ação com 30 minutos após ser
aplicada por via endovenosa e foi eficaz na redução de náuseas e vômitos (Braude, Crandall, 2008). A
prometazina é considerado uma medicação adequada quando se deseja melhorada da náusea e vômito associada
a uma sedação do paciente (Patanwala et al. 2009)
A prometazina tem sido utilizada, por vezes em associação com outros medicamentos, como um medicamento
para sedação em diferentes situações. Estudo realizado por Huf et al (2007) demonstrou que o uso da
prometazina associada ao haloperidol mostrou-se superior ao haloperidol isolado para causar uma rápida
sedação em pacientes com distúrbios psiquiátricos. O uso da prometazina como medicação pré-anestésica
mostrou-se segura e efetiva quando associado a um opióide para uma sedo-analgesia em pacientes submetidos a
ressecção transuretral de próstata com anestesia local (Chander, 2000). O uso da prometazina também tem sido
descrita com boa ação em pacientes sob cuidados paliativos (Rosengarten, 2009) e como medicação associada
ao hidrato de cloral para sedação em pacientes submetidos a tratamento dentário (Dallman, 2001).
A prometazina tem sido demonstrada como uma medicação eficaz na inibição das vias da dor e tem sido
utilizada como uma medicação pré-anestésica. Estudo realizado por Chia et al (2004) demonstrou em um estudo
duplo-cego, randomizado, com mulheres submetidas a histerectomia abdominal total, que o uso pré-operatório
da prometazina reduziu o consumo pós-operatório de morfina, comparado aos pacientes que receberam placebo.
Além disso, os pacientes do grupo da prometazina apresentaram, nas 24 horas iniciais, uma incidência menor de
náuseas e vômitos pós-operatórios.
A prometazina é um anti-histamínico de uso sistêmico que age em nível do sistema respiratório, do sistema
nervoso e da pele. A prometazina é um derivado fenotiazínico de cadeia lateral alifática, que possui atividade
anti-histamínica, sedativa, antiemética e efeito anticolinérgico. A ação geralmente dura de quatro a seis horas.
Como um anti-histamínico, ele age por antagonismo competitivo, mas não bloqueia a liberação de histamina.
A prometazina se caracteriza por apresentar:
Efeito sedativo acentuado de origem histaminérgica e adrenolítica central, nas doses habituais;
Efeito anticolinérgico que explica o aparecimento dos efeitos indesejáveis periféricos;
Efeito adrenolítico periférico, que pode interferir na hemodinâmica (risco de hipotensão ortostática).
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Os anti-histamínicos apresentam em comum a propriedade de se opor, por antagonismo competitivo mais ou
menos reversível, aos efeitos da histamina, principalmente sobre a pele, os vasos e as mucosas conjuntival,
nasal, brônquica e intestinal.
Farmacocinética
A biodisponibilidade da prometazina está compreendida entre 13% e 49%. O tempo para atingir a concentração
plasmática máxima é de 1h 30 min. a 3 horas. O volume de distribuição é elevado em razão da lipossolubilidade
da molécula, de cerca de 15 L/kg. Liga-se fortemente às proteínas plasmáticas (entre 75% e 80%); sua meia-
vida plasmática está compreendida entre 10 e 15 horas após administração oral. Concentra-se nos órgãos de
eliminação: fígado, rins e intestinos. O metabolismo consiste em sulfoxidação seguida de desmetilação. A
depuração renal representa menos de 1% da depuração total, e, em média 1% da quantidade de prometazina
administrada é recuperada sob a forma inalterada na urina. Os metabólitos encontrados na urina, principalmente
o sulfóxido, representam cerca de 20% da dose. A prometazina atravessa a barreira hematoencefálica e a
barreira placentária. Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, ocorre risco de acúmulo dos anti-
histamínicos.
FENERGAN é contraindicado para uso por pacientes com hipersensibilidade conhecida à prometazina ou outros
derivados fenotiazínicos ou a qualquer componente da fórmula, por portadores de discrasias sanguíneas ou com
antecedentes de agranulocitose com outros fenotiazínicos, por pacientes com risco de retenção urinária ligado a
distúrbios uretroprostáticos e por pacientes com glaucoma de ângulo fechado.
FENERGAN não deve ser utilizado em associação ao álcool e sultoprida (Ver item “Interações
Medicamentosas”).
FENERGAN está contraindicado durante a amamentação. (Ver item Advertências e Precauções).
Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos de idade (ver item “Advertências e
Precauções”).
Advertências
.
Considerando os efeitos fotossensibilizantes das fenotiazinas, a exposição à luz solar ou à luz artificial é
desaconselhada durante o tratamento.
Em caso de persistência ou de agravamento dos sintomas alérgicos (dispnéia, edema, lesões cutâneas, etc.) ou de
sinais associados de infecção viral, deve-se reavaliar o paciente e as condutas adotadas.
Houve relatos de casos de abuso de drogas com prometazina. O risco é maior em pacientes com histórico de
abuso de drogas.
Síndrome Neuroléptica Maligna: assim como os neurolépticos, pode ocorrer Síndrome Neuroléptica Maligna
(SNM) caracterizada por hipertermia, distúrbios extrapiramidais, rigidez muscular, estado mental alterado,
instabilidade nervosa autônoma e CPK elevada. Como esta síndrome é potencialmente fatal, a prometazina deve
ser interrompida imediatamente e deve ser iniciado intensivo monitoramento clínico e tratamento sintomático.
Precauções
FENERGAN deve ser usado com precaução em pacientes que estejam em tratamento com tranquilizantes ou
barbitúricos, pois poderá ocorrer potencialização da atividade sedativa.
A vigilância clínica e, eventualmente, eletroencefalográfica, deve ser reforçada em pacientes epilépticos devido
à possibilidade de diminuição do limiar epileptogênico dos fenotiazínicos.
FENERGAN deve ser utilizado com cautela nas seguintes situações:
- Indivíduos (especialmente os idosos) com sensibilidade aumentada à sedação, à hipotensão ortostática e às
vertigens;
- Em pacientes com constipação crônica por causa do risco de íleo paralítico;
- Em eventual hipertrofia prostática;
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- Em indivíduos portadores de determinadas afecções cardiovasculares, por causa dos efeitos taquicardizantes e
hipotensores das fenotiazinas;
- Em casos de insuficiência hepática e/ou insuficiência renal grave por causa do risco de acúmulo;
- Como as demais drogas sedativas ou depressoras do SNC, FENERGAN deve ser evitado em pacientes com
história de apneia noturna;
- Bebidas alcoólicas e medicamentos contendo álcool devem ser evitados durante tratamento com FENERGAN.
A injeção intravenosa deve ser aplicada com extremo cuidado para evitar o extravasamento ou injeção intra-
arterial inadvertida, que pode causar necrose e gangrena periférica. Em caso do paciente se queixar de dor
durante a injeção intravenosa, interromper a injeção imediatamente, pois isto pode ser um sinal de
extravasamento ou injeção intra-arterial inadvertida. A injeção intramuscular também deve ser aplicada com
precaução para evitar a injeção subcutânea inadvertida, que pode levar a necrose local.
Gravidez e amamentação
O médico deve ser informado sobre a ocorrência de gravidez ou caso a paciente esteja amamentando na
vigência do tratamento com FENERGAN ou após o seu término.
Não há dados suficientes sobre a teratogênese da prometazina em animais. Não foram observados efeitos
fetotóxicos nem malformações em recém-nascidos de mães que receberam o produto, em um pequeno número
de mulheres, até o momento. No entanto seriam necessários estudos complementares para avaliar as
consequências da administração da prometazina durante a gestação. Nos recém-nascidos de mães tratadas com
doses elevadas de anti-histamínicos anticolinérgicos tal como a prometazina, foram descritos raramente sinais
digestivos ligados às propriedades atropínicas das fenotiazinas (distensão abdominal, íleo paralítico, atraso na
eliminação de mecônio, dificuldade para se alimentar, taquicardia, efeitos neurológicos, etc.). Por isso, durante a
gravidez FENERGAN só deve ser usado apenas sob orientação médica, avaliando-se sempre a relação risco-
benefício. Um ligeiro aumento do risco de malformações cardiovasculares tem sido colocado em evidência na
espécie humana. Por consequência, recomenda-se que não seja utilizado durante os três primeiros meses de
gestação.
No final da gestação, em casos de tratamento materno prolongado, há possibilidade de ocorrer sonolência ou
hiperexcitabilidade no recém-nascido. Considera-se justificável manter o recém-nascido em observação quanto
às funções neurológicas e digestivas, em caso de administração da prometazina à mãe no final da gestação.
Não se sabe se a prometazina é excretada no leite humano. Considerando a possibilidade de sedação ou de
excitação paradoxal do recém-nascido, e também dos riscos de apneia do sono causadas pelos fenotiazínicos, o
uso deste medicamento é desaconselhado durante a amamentação.
Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Populações especiais
Idosos: os pacientes idosos, em razão das funções hepática e renal reduzidas, podem se mostrar mais suscetíveis
a apresentar reações adversas, particularmente sintomas extrapiramidais, falta de coordenação motora e
tremores, e, por isso, recomenda-se cautela na administração de FENERGAN em idosos.
Crianças e adolescentes: a prometazina não deve ser utilizada em crianças menores de dois anos devido ao risco
de depressão respiratória fatal.
O uso de prometazina deve ser evitado em crianças e adolescentes com sinais e sintomas sugestivos da
Síndrome de Reye.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e
Medicamento-álcool
Associações desaconselhadas:
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A associação com álcool aumenta os efeitos sedativos dos anti-histamínicos H1. A alteração da vigilância pode
tornar perigosa a condução de veículos e operação de máquinas. Por isso recomenda-se evitar a ingestão de
bebidas alcoólicas e de medicamentos contendo álcool durante o tratamento.
Medicamento-medicamento
A associação com sultoprida apresenta um risco maior de alterações do ritmo cardíaco ventricular, por adição
dos efeitos eletrofisiológicos.
Associações a serem consideradas
A ação sedativa da prometazina é aditiva aos efeitos de outros depressores do SNC, como derivados morfínicos
(analgésicos narcóticos e antitussígenos), metadona, clonidina e compostos semelhantes, sedativos, hipnóticos,
antidepressivos tricíclicos e tranquilizantes. Portanto, estes agentes devem ser evitados ou, então, administrados
em doses reduzidas a pacientes em uso de prometazina.
A associação com atropina e outras substâncias atropínicas (antidepressivos imipramínicos, antiparkinsonianos,
anticolinérgicos, antiespasmódicos atropínicos, disopiramida, neurolépticos fenotiazínicos) pode resultar em
efeitos aditivos dos efeitos indesejáveis atropínicos como a retenção urinária, constipação intestinal e secura da
boca. Evitar o uso com IMAO, pois estes prolongam e intensificam os efeitos anticolinérgicos da prometazina.
FENERGAN deve ser mantido protegido da luz.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Líquido límpido, incolor a levemente amarelado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A escolha da forma farmacêutica e da posologia deve ser feita em função do distúrbio a ser tratado e
exclusivamente sob orientação médica. Esquematicamente - e apenas a título de orientação - podem ser
prescritas as seguintes doses:
FENERGAN deve ser reservado aos casos de urgência, devendo ser administrado por via intramuscular, em
doses a serem estabelecidas pelo médico. A administração intravenosa é bem tolerada, mas não é isenta de
riscos. A administração subcutânea e/ou intra-arterial não deve ser utilizada.
Não há estudos dos efeitos de FENERGAN administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e
para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via intramuscular ou
intravenosa conforme recomendado pelo médico.
Reação muito comum (> 1/10)
Reação comum (> 1/100 e ≤ 1/10)
Reação incomum (> 1/1.000 e ≤ 1/100)
Reação rara (> 1/10.000 e ≤1/1.000)
Reação muito rara (≤ 1/10.000)
As reações adversas são originadas das propriedades farmacológicas da prometazina e podem, ou não, estar
relacionadas com a dose administrada.
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Algumas reações indesejadas foram observadas com o uso de FENERGAN. São elas:
Efeitos neurovegetativos:
- Sedação ou sonolência, mais acentuada no início do tratamento.
- Efeitos anticolinérgicos do tipo secura da boca e de outras mucosas, constipação, alterações da acomodação
visual, midríase, palpitações, risco de retenção urinária.
- Bradicardia ou taquicardia, aumento ou diminuição da pressão arterial (mais comum com a forma injetável),
hipotensão ortostática.
- Alterações do equilíbrio, vertigens, diminuição de memória ou da concentração.
- Sintomas extrapiramidais. Falta de coordenação motora, tremores (mais frequentemente no indivíduo
idoso).
- Raramente foram descritos casos de discinesia tardia após administração prolongada de certos anti-
histamínicos.
- Tontura. Confusão mental e alucinações.
- Mais raramente, efeitos do tipo de excitação: agitação, nervosismo, insônia.
- Raramente náuseas e vômitos.
Reações de sensibilização:
- Eritema, eczema, púrpura.
- Edema, mais raramente edema de Quincke.
- Choque anafilático.
- Fotossensibilização.
- Foram relatados casos muito raros de reações alérgicas, incluindo urticária, erupção cutânea, prurido e
anafilaxia.
Efeitos hematológicos:
- Leucopenia, neutropenia e excepcionalmente agranulocitose.
- Trombocitopenia.
- Anemia hemolítica.
Recomenda-se um controle regular da crase sanguínea nos 3 ou 4 primeiros meses de tratamento.
Distúrbios do sistema nervoso:
- Frequência desconhecida: Síndrome Neuroléptica Maligna
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
O quadro clínico resultante da superdose com FENERGAN vai desde leve depressão do SNC e sistema
cardiovascular, até profunda hipotensão, depressão respiratória e perda da consciência. Pode ocorrer agitação,
especialmente em pacientes geriátricos. Convulsões raramente ocorrem. Sinais e sintomas do tipo atropínico,
como boca seca, pupilas fixas e dilatadas, rubor e sintomas gastrointestinais também podem ocorrer.
O tratamento é essencialmente sintomático e de suporte. Lavagem gástrica deve ser feita o mais precocemente
possível. Somente em casos extremos torna-se necessária a monitorização dos sinais vitais. A naloxona reverte
alguns dos efeitos depressivos, mas não todos. Hipotensão severa, em geral, responde à administração de
norepinefrina ou fenilefrina. Epinefrina não deve ser utilizada, já que seu uso em pacientes com bloqueio
adrenérgico parcial pode abaixar ainda mais a pressão arterial. Experiências limitadas com diálise indicam que
ela não é útil nestes casos.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.