Bula do Floxacin produzido pelo laboratorio Merck Sharp e Dohme Farmaceutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Floxacin®
(norfloxacino), MSD
Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda.
Comprimidos Revestidos
400 mg
1 de 9
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
FLOXACIN
®
APRESENTAÇÕES
é apresentado na forma de comprimidos revestidos de 400 mg de norfloxacino
acondicionados em caixas com 6 e 14 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Ingrediente ativo: cada comprimido contém 400 mg de norfloxacino.
Ingredientes inativos: celulose microcristalina, croscarmelose sódica, estearato de magnésio,
hipromelose, hiprolose, dióxido de titânio e talco.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
FLOXACIN
®
é um agente bactericida de amplo espectro indicado para tratamento e profilaxia das
seguintes afecções:
Tratamento
• Infecções altas e baixas, complicadas e não complicadas, agudas e crônicas do trato urinário.
Estas infecções incluem: cistite, pielite, cistopielite, pielonefrite, prostatite crônica, epididimite e
aquelas associadas com cirurgia urológica, bexiga neurogênica ou nefrolitíase, causadas por
bactérias suscetíveis a FLOXACIN
.
• Gastroenterites bacterianas agudas causadas por germes sensíveis.
• Uretrite, faringite, proctite ou cervicite gonocócicas causadas por cepas de Neisseria gonorrhoeae
produtoras e não produtoras de penicilinase.
• Febre tifoide.
Infecções causadas por organismos multirresistentes foram tratadas com sucesso com doses usuais
de FLOXACIN
Profilaxia
• Sepse em pacientes com neutropenia intensa
+
. FLOXACIN
suprime a flora intestinal endógena
aeróbia, o que pode causar sepse em pacientes neutropênicos (por exemplo: pacientes com
leucemia que estão sendo submetidos a quimioterapia).
• Gastroenterite bacteriana.
Em estudos clínicos, neutropenia intensa foi definida como número de neutrófilos ≤ 100/mm
3
durante
uma semana ou mais.
A eficácia de um curso de 7 a 10 dias de norfloxacino 800 mg (400 mg 2x/dia) para tratamento de
infecções complicadas e não complicadas do trato urinário (ITU), devido a uma grande variedade de
bactérias aeróbias sensíveis, foi demonstrada em vários estudos clínicos.
A eficácia de um curso de 3 dias com norfloxacino 800 mg (400 mg 2x/dia) para o tratamento de ITU
não complicada foi demonstrada em cinco estudos clínicos. Três dos cinco estudos clínicos foram
abertos, randomizados, com comparador ativo e avaliaram norfloxacino 400 mg 2x/dia por 3 dias
versus sulfametoxazol-trimetoprima (TMPS) 160 mg/800 mg 2x/dia por 10 dias. Nesses 3 estudos, um
total de 309 pacientes foram considerados avaliáveis para eficácia (165 no grupo norfloxacino, 144 no
grupo TMPS). Os resultados mostraram que ambos os grupos apresentaram resultados de eficácia
semelhantes para erradicação bacteriana e os resultados demonstraram que 99% dos pacientes
tratados com norfloxacino e 100% dos pacientes tratados com TMPS apresentaram cura ou melhora
clínica.
Os outros dois dos cinco estudos clínicos foram estudos duplo-cegos, randomizados, controlados e
compararam um curso de 3 dias com norfloxacino 800 mg (400 mg 2x/dia) versus um ciclo de 7 dias
2 de 9
com norfloxacino 800 mg (400 mg 2x/dia) no tratamento sintomático de infecção não complicada do
trato urinário. No total, 373 pacientes foram considerados avaliáveis para eficácia (193 pacientes no
grupo de tratamento de 3 dias e 180 pacientes no grupo de tratamento de 10 dias). Os resultados dos
estudos demonstraram que a erradicação bacteriológica ocorreu em 93,8% e 96,6% dos pacientes
nos grupos de tratamento de 3 e 7 dias, respectivamente. A porcentagem de pacientes considerados
curados ou com melhora clínica foi semelhante (96%) nos dois grupos de tratamento.
A eficácia de um curso de 10 dias com norfloxacino 800 mg (400 mg 2x/dia) para o tratamento de ITU
superior e inferior foi demonstrada em um estudo clínico aberto, randomizado, com comparador ativo
que avaliou norfloxacino 400 mg por 10 dias versus TMPS 160 mg/800 mg 2x/dia por 10 dias. No
total, 323 pacientes foram avaliados quanto à eficácia (164 pacientes no grupo norfloxacino e 159
pacientes no grupo TMPS). Significativamente os 360 patógenos isolados nesse estudo foram mais
sensíveis ao norfloxacino do que à TMPS (96,2% versus 83,4%, p <0,001). Uma porcentagem
significativamente maior de pacientes tratados com norfloxacino apresentou um desfecho
bacteriológico de erradicação do que de pacientes tratados com TMPS (95% versus 89%, p <0,05). A
porcentagem de pacientes com desfechos clínicos de cura ou melhora foi semelhante nos grupos de
tratamento de norfloxacino (93%) e TMPS (94%).
A eficácia de um curso de 5 dias com norfloxacino 800 mg para o tratamento de gastrenterite
bacteriana aguda foi demonstrada em um estudo clínico aberto, randomizado, de comparador ativo,
que avaliou norfloxacino 800 (400 mg 2x/dia) e 1.200 mg (400 mg 3x/dia) versus TMPS 320/1.600 mg
(2 comprimidos de 80/400 mg 2x/dia) por 5 dias. No total, 159 pacientes foram avaliados quanto à
eficácia (56 pacientes no grupo norfloxacino 800 mg, 48 pacientes no grupo norfloxacino 1.200 mg e
55 pacientes no grupo TMPS). Significativamente os 177 patógenos isolados nesse estudo foram
mais sensíveis ao norfloxacino do que à TMPS (99% versus 91%, p <0,01). Noventa e oito por cento
(98%) dos pacientes tratados com norfloxacino 800 mg e 100% dos pacientes tratados com o
norfloxacino 1.200 mg, em comparação com 95% dos pacientes tratados com TMPS, apresentaram
erradicação bacteriológica (não estatisticamente significativo). Noventa e oito por cento (98%) dos
pacientes tratados com norfloxacino 800 mg ou 1.200 mg apresentaram cura clínica em comparação
com 87% dos pacientes tratados com TMPS (não estatisticamente significativo).
A eficácia de um curso de 14 dias de norfloxacino 1.200 mg para o tratamento da febre tifoide aguda
foi demonstrada em um estudo clínico aberto, randomizado, de comparador ativo, que avaliou
norfloxacino 1.200 mg (400 mg 3x/dia) versus cloranfenicol 50 mg/kg/dia (máximo de 3 g/dia) por 14
dias. No total, 173 pacientes foram avaliados quanto à eficácia (90 pacientes do grupo norfloxacino e
83 pacientes do grupo cloranfenicol). O Staphylococcus typhi foi erradicado em 83 (92%) do grupo
norfloxacino e 79 (95%) do grupo cloranfenicol (não estatisticamente significativo). Oitenta e oito por
cento (88%) dos pacientes avaliáveis no grupo norfloxacino e 95% dos pacientes avaliáveis no grupo
cloranfenicol apresentaram um desfecho clínico de cura (não estatisticamente significativo). O tempo
mediano para alívio da febre e sintomas foi de 7 dias e 6 dias para os grupos norfloxacino e
cloranfenicol, respectivamente.
A eficácia de uma dose única de norfloxacino 800 mg para tratamento de gonorreia, incluindo as
formas extrageniturinárias e cepas de Nesseria gonorrhoeae produtoras de penicilinase, em 140
pacientes foi demonstrada por dados não comparativos. A erradicação bacteriológica foi obtida em
95% dos pacientes e a melhora clínica foi observada em 98% dos pacientes.
FLOXACIN®
é um ácido quinolino-carboxílico com ação antibacteriana para administração oral.
Farmacocinética
Absorção: FLOXACIN
®
é rapidamente absorvido após administração oral. Em voluntários saudáveis,
pelo menos 30-40% de uma dose oral de FLOXACIN
é absorvida. Isso resulta em uma concentração
sérica de 1,5 μg/mL alcançada aproximadamente uma hora após a administração de uma dose de
400 mg. A média da meia-vida sérica é de 3 a 4 horas e independe da dose.
Em voluntários idosos (65-75 anos com função renal normal para a idade), o norfloxacino é eliminado
mais lentamente em razão da leve diminuição da função renal. A absorção, entretanto, mostra-se
inalterada: a meia-vida do norfloxacino em idosos é de 4 horas. A função renal diminuída não afeta a
absorção da medicação.
Distribuição: seguem as concentrações médias de norfloxacino em vários fluidos e tecidos, medidas
de 1 a 4 horas após duas doses de 400 mg, exceto naquele indicado:
Parênquima renal 7,3 μg/g
Próstata 2,5 μg/g
3 de 9
Fluido seminal 2,7 μg/mL
Testículo 1,6 μg/g
Útero/colo do útero 3,0 μg/g
Vagina 4,3 μg/g
Tubas uterinas 1,9 μg/g
Tecido da vesícula biliar 1.8 μg/g
+
Bile 6,9 μg/mL depois de duas doses de 200 mg
Medido após 4 a 6 horas após uma dose de 400 mg.
A ligação a proteínas é menor que 15%.
Eliminação: o norfloxacino é eliminado por meio de excreção biliar e renal. Após dose única de 400
mg de FLOXACIN
a atividade antimicrobiana média equivalente para 278, 773 e 82 μg de
norfloxacino/mg de fezes foi obtida em 12, 24 e 48 horas, respectivamente.
A excreção renal ocorre por filtração glomerular e secreção tubular, evidenciada pelo clearance renal
alto (aproximadamente 275 mL/min). Após dose única de 400 mg, as concentrações urinárias
alcançaram um valor de 200 μg/mL ou mais em voluntários saudáveis, permanecendo acima de 30
μg/mL por pelo menos 12 horas. Nas primeiras 24 horas, 33% a 48% da medicação é recuperada na
urina.
inalterada, a meia-vida do norfloxacino em idosos é de 4 horas.
Após administração de dose única de 400 mg de norfloxacino para pacientes com clearance de
creatinina maior que 30 mL/min/1,73m
2
, a distribuição da medicação é similar à dos voluntários
saudáveis. Em pacientes com clearance de creatinina menor que 30 mL/min/1,73m
, a eliminação
renal de norfloxacino diminui significativamente e a meia-vida é de aproximadamente 8 horas.
O norfloxacino aparece na urina como norfloxacino e mais seis metabólitos ativos de menor potencial
antimicrobiano. O composto precursor responde por mais de 70% da eliminação total. A potência
bactericida de FLOXACIN
não é afetada pelo pH da urina.
MICROBIOLOGIA
FLOXACIN
tem amplo espectro de atividade antibacteriana contra patógenos aeróbios Gram-
positivos e Gram-negativos. O átomo de flúor na posição 6 proporciona maior potência contra
organismos Gram-negativos e o núcleo piperazínico na posição 7 é responsável pela atividade
antipseudomonas.
inibe a síntese do ácido desoxirribonucleico bacteriano e é bactericida. Três eventos
específicos foram atribuídos a FLOXACIN
em células de Escherichia coli em nível molecular:
1) inibição da girase do DNA, que catalisa a reação de superespiralamento do DNA dependente de
ATP;
2) inibição do relaxamento do DNA superespiralado;
3) promoção da ruptura do DNA duplo-filamentar.
A resistência ao norfloxacino em razão de mutação espontânea é uma ocorrência rara (varia de 10
-9
a
10
-12
). Resistência ao norfloxacino durante a terapia ocorreu em menos de 1% dos pacientes tratados
e foi maior para os seguintes micro-organismos: Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae,
Acinetobacter spp., enterococos e Stafilococcus aureus resistente à meticilina. Por causa de sua
estrutura específica, FLOXACIN
geralmente é ativo contra organismos resistentes a outros ácidos
orgânicos, tais como ácido nalidíxico, oxolínico e pipemídico, cinoxacino e flumequina. Micro-
organismos resistentes ao norfloxacino in vitro são também resistentes a esses ácidos orgânicos.
Estudos preliminares indicam que micro-organismos resistentes ao norfloxacino também o são, em
geral, ao pefloxacino, ofloxacino, ciprofloxacino e enoxacino. Não ocorre resistência cruzada entre
norfloxacino e outros agentes antibacterianos de estrutura diferente, tais como penicilinas,
cefalosporinas, tetraciclinas, macrolídeos, aminociclitóis, sulfonamidas, 2,4-diaminopirimidinas e
combinações (por exemplo: cotrimoxazol).
A análise da experiência clínica global com FLOXACIN
demonstrou forte correlação entre os
resultados dos testes de sensibilidade conduzidos in vitro e a eficácia clínica e bacteriológica do
agente em seres humanos.
é ativo in vitro contra as seguintes bactérias:
Bactérias encontradas em infecções do trato urinário:
Enterobacteriaceae: Citrobacter spp., Citrobacter koseri (antes conhecido como Citrobacter
diversus), Citrobacter freundii, Edwardsiella tarda, Enterobacter spp., Enterobacter aerogenes,
4 de 9
Enterobacter agglomerans, Enterobacter cloacae, Escherichia coli, Hafnia alvei, Klebsiella spp.,
Klebsiella oxytoca, Klebsiella pneumoniae, Morganella morganii, Proteus spp. (indol positivo), Proteus
mirabilis, Proteus vulgaris, Providencia spp., Providencia rettgeri, Providencia stuartii, Serratia spp.,
Serratia marcescens.
Pseudomonadaceae: Pseudomonas aeruginosa, Pseudomonas cepacia, Pseudomonas fluorescens
e Pseudomonas stutzeri.
Outras: Flavobacterium spp.
Cocos Gram-positivos: Enterococcus faecalis, Staphylococcus spp., Staphylococcus coagulase-
negativo, Staphylococcus aureus (incluindo os produtores de penicilinase e a maioria das cepas
resistentes à meticilina), Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus saprophyticus, estreptococos
do grupo G, Streptococcus agalactiae e estreptococos do grupo Viridans.
Bactérias associadas à gastroenterite aguda: Aeromonas hydrophila, Campylobacter fetus subsp.
jejuni, Escherichia coli enterotoxigênica, Plesiomonas shigelloides, Salmonella spp., Salmonella typhi,
Shigella boydii, Shigella flexneri, Shigella sonnei, Shigella spp., Shigella dysenteriae, Vibrio cholerae,
Vibrio parahaemolyticus e Yersinia enterocolitica.
Além dessas, FLOXACIN®
é ativo contra Bacillus cereus, Neisseria gonorrhoeae, Ureaplasma
urealyticum, Haemophilus influenzae e Haemophilus ducreyi.
não é ativo contra anaeróbios, incluindo Actinomyces spp., Fusobacterium spp.,
Bacteroides spp. e Clostridium spp., exceto C. perfringens.
Hipersensibilidade a qualquer componente do produto ou antibacterianos quinolônicos quimicamente
relacionados.
A exemplo do que ocorre com outros ácidos orgânicos, FLOXACIN
®
deve ser usado com cautela em
indivíduos com histórico de convulsões ou de fatores que sabidamente predispõem a convulsões.
Convulsões em pacientes que receberam FLOXACIN
foram relatadas raramente.
Foram observadas reações de fotossensibilidade em pacientes excessivamente expostos à luz do sol
enquanto recebiam alguns agentes dessa classe de medicamentos. Deve-se evitar luz solar excessiva
e descontinuar a terapia se ocorrer fotossensibilidade.
A exemplo do que ocorre com outras quinolonas, tendinite e/ou ruptura de tendão foram observadas
raramente em pacientes que tomaram FLOXACIN
, principalmente em associação com
corticosteroides. Se o paciente apresentar sintomas de tendinite e/ou ruptura de tendão, FLOXACIN
deve ser descontinuado imediatamente e o paciente deve ser aconselhado a procurar tratamento
médico apropriado.
Raramente, foram relatadas reações hemolíticas em pacientes com deficiências latentes ou
manifestas da atividade da glicose-6-fosfato desidrogenase que tomaram antibacteriano quinolônico,
incluindo FLOXACIN
(veja REAÇÕES ADVERSAS).
Quinolonas, incluindo FLOXACIN
, podem exacerbar os sinais de miastenia grave e causar fraqueza
dos músculos respiratórios, o que pode ser fatal. Deve-se ter cautela ao utilizar quinolonas, incluindo
FLOXACIN
, em pacientes com miastenia grave (veja REAÇÕES ADVERSAS).
Algumas quinolonas foram associadas com o prolongamento do intervalo QT no eletrocardiograma e
em casos não muito frequentes de arritmia. Durante os estudos de pós-comercialização, foram
relatados casos extremamente raros de torsades de pointes em pacientes para os quais foi
administrado norfloxacino. Esses relatos geralmente envolveram pacientes que apresentam outra
condição médica e a relação com norfloxacino não foi estabelecida. Entre os medicamentos que
causam prolongamento do intervalo QT, o risco de arritmias pode ser reduzido ao se evitar o uso na
presença de hipocalemia, bradicardia significante ou tratamento concomitante com agentes
antiarrítmicos classe Ia e III. . As quinolonas também devem ser utilizadas com cautela em pacientes
que estejam utilizando cisaprida, eritromicina, antipsicóticos, antidepressivos tricíclicos ou que
possuam algum histórico pessoal ou familiar de prolongamento QTc.
Colite pseudomembranosa foi relatada com quase todos os antibacterianos, incluindo FLOXACIN
, e
pode apresentar gravidade variando de leve a potencialmente fatal, portanto é importante considerar
esse diagnóstico em pacientes que estejam com diarreia subsequente à administração de agentes
antibacterianos. Os estudos indicam que uma toxina produzida por Clostridium difficile é uma causa
primária de “colite associada a antibiótico”.
5 de 9
Se houver suspeita ou confirmação de diarreia associada ao Clostridium difficile (CDAD), pode ser
que o uso de antibiótico não direcionado contra C. difficile tenha de ser descontinuado. Se
clinicamente indicado, deve-se instituir controle hidroeletrolítico apropriado, suplementação proteica,
antibioticoterapia contra C. difficile, bem como avaliação cirúrgica.
Gravidez e lactação: categoria de risco C. A segurança do uso de FLOXACIN
em grávidas não foi
estabelecida e, consequentemente, os benefícios do tratamento com FLOXACIN
devem ser pesados
contra os possíveis riscos. FLOXACIN
foi detectado no sangue do cordão umbilical e no líquido
amniótico.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Após a administração de uma dose de 200 mg a nutrizes, não se detectou norfloxacino no leite
humano; entretanto, como a dose estudada foi baixa e muitas medicações são secretadas no leite
humano, deve-se ter cautela quando FLOXACIN
for administrado a nutrizes.
Uso pediátrico: a segurança e a eficácia em crianças não foram estabelecidas, portanto FLOXACIN
é contraindicado para menores de 18 anos.
Insuficiência renal: FLOXACIN
pode ser usado em pacientes com insuficiência renal; entretanto,
como FLOXACIN
é excretado principalmente pelos rins, seus níveis urinários podem ser
significativamente comprometidos em casos de disfunção renal grave (veja POSOLOGIA E MODO
DE USAR).
Dirigir e operar máquinas: FLOXACIN
pode causar tontura e vertigem, portanto os pacientes
devem estar atentos a como reagem ao norfloxacino antes de dirigir, operar máquinas ou realizar
A administração concomitante de probenecida não afeta as concentrações séricas de FLOXACIN
®
,
entretanto a excreção urinária da medicação diminui.
A exemplo do que ocorre com outros ácidos orgânicos antibacterianos, foi demonstrado antagonismo
in vitro entre FLOXACIN
e nitrofurantoína.
As quinolonas, incluindo o norfloxacino, inibem a CYP1A2 in vitro. O uso concomitante com
medicamentos metabolizados pela CYP1A2 (por exemplo: cafeína, clozapina, ropinirol, tacrina,
teofilina, tizanidina) pode resultar em aumento das concentrações do fármaco substrato quando
administrado em doses usuais. Os pacientes que tomarem algum desses medicamentos
concomitantemente com norfloxacino devem ser monitorados com atenção.
Foram relatados níveis plasmáticos aumentados de teofilina durante o uso concomitante de
quinolonas. São raros os relatos de efeitos adversos relacionados a teofilina em pacientes tratados
concomitantemente com teofilina e norfloxacino, portanto a monitoração dos níveis plasmáticos de
teofilina deve ser considerada e, se necessário, sua posologia deve ser ajustada.
Níveis plasmáticos elevados de ciclosporina, quando utilizada concomitantemente com norfloxacino,
também foram relatados, portanto os níveis séricos de ciclosporina devem ser monitorados e os
ajustes posológicos apropriados devem ser realizados se essas medicações forem usadas
simultaneamente.
Quinolonas, incluindo o norfloxacino, podem potencializar os efeitos de anticoagulantes orais,
incluindo varfarina ou seus derivados e fluindiona ou agentes similares. Quando esses produtos são
administrados concomitantemente, o tempo de protrombina ou outros testes de coagulação
apropriados devem ser rigorosamente monitorados.
A administração concomitante de quinolonas, incluindo norfloxacino, com gliburida (agente
sulfonilureia), tem, em raros casos, resultado em hipoglicemia grave. Dessa forma, é recomendado o
monitoramento de glicose quando esses agentes são coadministrados.
Polivitamínicos, produtos contendo ferro ou zinco, antiácidos, sucralfatos e didanosina (em
comprimidos mastigáveis, tamponados ou em pó para solução oral pediátrica) não devem ser
administrados ao mesmo tempo ou em um intervalo inferior a duas horas da administração de
norfloxacino, pois esses medicamentos podem interferir na absorção e resultar em níveis mais baixos
de norfloxacino no plasma e na urina.
Algumas quinolonas, incluindo o norfloxacino, também demonstraram interferir no metabolismo da
cafeína. Isto pode levar à redução da depuração da cafeína e ao prolongamento de sua meia-vida
plasmática, podendo resultar em acúmulo de cafeína no plasma quando produtos contendo cafeína
são consumidos ao tomar norfloxacino.
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A administração concomitante de medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (AINE) com
quinolona, incluindo norfloxacino, pode aumentar o risco de estimulação do SNC e convulsões. Assim
sendo, FLOXACIN
deve ser usado com cautela em indivíduos que recebem AINE
concomitantemente.
Dados em animais mostram que as quinolonas, em combinação com fenbufeno, podem levar a
convulsões, portanto a administração concomitante de quinolonas e fenbufeno deve ser evitada.
Não deve ser conservado em temperaturas superiores a 40
o
C. Prazo de validade: 30 meses após a
data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aparência: comprimido oval, branco a esbranquiçado, com 705 em uma face e a outra plana.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
FLOXACIN
®
deve ser ingerido com um copo de água, no mínimo uma hora antes ou duas horas
depois das refeições ou da ingestão de leite. Polivitamínicos, outros produtos contendo ferro ou zinco,
antiácidos contendo magnésio e alumínio, sucralfato ou didanosina (em comprimidos mastigáveis
tamponados ou em pó pediátrico para solução oral) devem ser tomados somente duas horas depois
da administração de FLOXACIN
.
Deve-se testar a sensibilidade do agente causal a FLOXACIN
, entretanto a terapia pode ser iniciada
antes dos resultados do antibiograma.
Tratamento:
DIAGNÓSTICO POSOLOGIA DURAÇÃO DO TRATAMENTO
Infecção do trato urinário 400 mg 12/12 h 7 – 10 dias
Cistite aguda não complicada 400 mg 12/12 h 3 – 7 dias
Infecção do trato urinário crônica recidivante
+
400 mg 12/12 h até 12 semanas
++
Gastroenterite bacteriana aguda 400 mg 12/12 h 5 dias
Uretrite, faringite, proctite ou cervicite
gonocócica agudas
800 mg dose única
Febre tifoide 400 mg 8/8 h 14 dias
Se for obtida supressão adequada nas primeiras 4 semanas de tratamento, a dose de FLOXACIN
pode ser reduzida para 400 mg ao dia.
O tratamento com duração de 4 semanas tem se mostrado bastante eficaz nos casos de prostatite
crônica.
Profilaxia:
Sepse decorrente de neutropenia 400 mg 8/8 h
Enquanto a neutropenia se
mantiver
Gastroenterite bacteriana 400 mg/dia
Iniciar 24h antes da chegada e
continuar 48h após a saída de
áreas endêmicas
Até o momento, não há dados disponíveis para recomendar o tratamento por mais de 8 semanas.
Insuficiência renal
é adequado para o tratamento de pacientes com insuficiência renal. Em estudos
envolvendo pacientes com depuração plasmática de creatinina inferior a 30 mL/min/1,73m², mas que
não requeriam hemodiálise, a meia-vida plasmática de FLOXACIN
foi de aproximadamente 8 horas.
Estudos clínicos não mostraram diferenças na meia-vida média de FLOXACIN
em pacientes com
depuração plasmática de creatinina inferior a 10 mL/min/1,73m² em comparação com aqueles com
depuração plasmática de 10-30 mL/min/1,73m². Portanto, para esses pacientes, a dose recomendada
é de 1 comprimido de 400 mg uma vez ao dia. Nessa posologia, as concentrações nos fluidos e
tecidos corporais apropriados excedem as CIMs da maioria dos patógenos sensíveis ao norfloxacino.
Não há dados suficientes para recomendar uma posologia para tratamento de gonorreia em pacientes
com depuração plasmática de creatinina de 30 mL/min/1,73 m² ou menos.
não foi estudado em pacientes com febre tifoide com depuração plasmática de creatinina
inferior a 30 mL/min/1,73 m².
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FLOXACIN
®
é geralmente bem tolerado. Nos estudos clínicos, FLOXACIN
foi avaliado quanto à
segurança em aproximadamente 2.900 indivíduos. As seguintes reações adversas foram relatadas
nos estudos clínicos ou durante a experiência pós-comercialização:
Comum (≥1/100, <1/10), incomum (≥1/1.000, <1/100), raro (≥1/10.000, <1/1.000), muito raro
(<1/10.000) e desconhecidos (não podem ser estimados pelos dados disponíveis).
Infecções e infestações:
Incomum: candidíase vaginal
Distúrbios do sangue e sistema linfático:
Incomum: eosinofilia, leucopenia, neutropenia
Raro: trombocitopenia
Muito raro: anemia hemolítica, algumas vezes associada à deficiência de glicose-6-fosfato
desidrogenase, agranulocitose
Distúrbios do sistema imune:
Muito raro: hipersensibilidade, anafilaxia
Distúrbios metabólicos e nutricionais:
Incomum: anorexia
Distúrbios psiquiátricos:
Incomum: depressão, distúrbios do sono
Raro: desorientação, nervosismo, irritabilidade, ansiedade, euforia, alucinação, distúrbios psíquicos,
confusão
Muito raro: reações psicóticas
Distúrbios do sistema nervoso:
Incomum: cefaleia, tontura, parestesia, hipoestesia, disgeusia
Raro: tremores
Muito raro: polineuropatia, síndrome de Guillain-Barré, convulsões, mioclonia, exacerbação de
miastenia grave
Distúrbios oculares:
Raro: epífora, distúrbios visuais
Desconhecido: descolamento de retina
Distúrbios do ouvido e labirinto:
Raro: zumbido
Muito raro: perda de audição
Distúrbios vasculares:
Muito raro: vasculite
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino:
Raro: dispneia
Distúrbios gastrintestinais:
Comum: náuseas
Incomum: diarreia, dor abdominal/cólicas abdominais, azia
Muito raro: pancreatite, colite pseudomembranosa
Distúrbios hepatobiliares:
Raro: icterícia
Muito raro: hepatite, icterícia colestática
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo:
Incomum: erupção cutânea, prurido, urticária
Raro: fotossensibilidade
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Muito raro: eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, dermatite esfoliativa, necrólise
epidérmica tóxica, angioedema
Desconhecido: vasculite leucocitoclástica, erupção cutânea causada por medicamento com eusinofilia
e sintomas sistêmicos.
Distúrbios músculo-esqueléticos e do tecido conjuntivo:
Raro: artralgia, mialgia
Muito raro: tendinite, artrite
Desconhecido: espasmos musculares
Distúrbios renais e urinários:
Muito raro: nefrite intersticial, insuficiência renal
Investigações:
Comum: elevação de ALT (TGP), elevação de AST (TGO)
Muito raro: creatina quinase (CK) elevada
Lesão, envenenamento e complicações de procedimentos:
Muito raro: ruptura de tendão
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
Nenhuma letalidade significante foi observada em ratos e camundongos machos e fêmeas com doses
únicas de até 4g/kg.
Na ocorrência de uma superdose aguda, o estômago deve ser esvaziado por indução ao vômito ou
por lavagem gástrica; o paciente deve ser cuidadosamente observado e tratamento sintomático e de
suporte devem ser administrados. Deve-se manter hidratação adequada.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
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