Bula do Frademicina produzido pelo laboratorio Laboratorios Pfizer Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Frademicina®
Laboratórios Pfizer Ltda.
solução injetável
300 mg/mL
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03/nov/2014
FRADEMICINA®
cloridrato de lincomicina
I – IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome comercial: Frademicina®
Nome genérico: cloridrato de lincomicina
APRESENTAÇÕES
Frademicina® solução injetável de 300 mg (300 mg/mL) em embalagem contendo 1 ampola de 1 mL.
Frademicina® solução injetável de 600 mg (300 mg/mL) em embalagem contendo 1 ampola de 2 mL.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAVENOSA OU INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada ampola de 1 mL de Frademicina® contém o equivalente a 300 mg de cloridrato de lincomicina.
Cada ampola de 2 mL de Frademicina® contém o equivalente a 600 mg de cloridrato de lincomicina.
Excipientes: álcool benzílico, água para injetáveis.
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II – INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Frademicina® (cloridrato de lincomicina) é indicada no tratamento de infecções graves causadas por bactérias
aeróbias Gram-positivas, incluindo estreptococos, estafilococos (inclusive estafilococos produtores de
penicilinase) e pneumococos.
Frademicina® apresenta eficácia no tratamento de diversas infecções graves causadas por bactérias aeróbias
Gram-positivas, incluindo estreptococos, estafilococos (inclusive estafilococos produtores de penicilinase) e
pneumococos. As taxas de eficácia atingiram 88,8% num estudo de 150 pacientes com infecção de tecidos moles
tratados com Frademicina®.
Referências
Spízek J, Rezanka T. Lincomycin, clindamycin and their applications. Appl Microbiol Biotechnol. 2004 May;
64(4):455-64. Epub 2004 Feb 5.
Greval RS, Goyal SC, Sofat JR. A pilot study of parenteral lincomycin therapy in soft tissue infections. Indian J
Med Sci. 1991 Aug;45(8):209-11, 208.
O cloridrato de lincomicina é um agente antibiótico da classe das lincosamidas.
Propriedades Farmacodinâmicas
Aproximadamente 20% a 30% da dose oral são absorvida. O pico de concentração sérica ocorre 2 a 4 h após a
administração oral e 1 h após a administração intramuscular. A ligação a proteínas plasmáticas é de 72%; os
níveis no fluido cefalorraquidiano são maiores quando as meninges estão inflamadas. O volume de distribuição
do fármaco é de 23 a 38 L; a sua meia-vida de eliminação é de 2 a 11,5 h. O fármaco é metabolizado pelo fígado
e 5% a 10% do fármaco inalterado é excretado na urina, 30% a 40% e 4% a 14% do fármaco inalterado é
excretado nas fezes após administração oral e parenteral, respectivamente.
Frademicina® é contraindicada a pacientes que apresentam hipersensibilidade conhecida à lincomicina, à
clindamicina ou a qualquer outro componente do produto. Não deve ser utilizada no tratamento de infecções
bacterianas leves ou por vírus.
Geral
A formulação injetável de Frademicina® contém álcool benzílico. O conservante álcool benzílico tem sido
associado a eventos adversos graves, incluindo a “Síndrome de Gasping” e à morte em pacientes pediátricos.
Embora doses terapêuticas normais desse medicamento forneçam quantidades de álcool benzílico
substancialmente menores que as relatadas em associação com a “Síndrome de Gasping”, a quantidade mínima
de álcool benzílico que pode causar toxicidade não é conhecida.
O risco de toxicidade do álcool benzílico depende da quantidade administrada e da capacidade hepática de
desintoxicação da substância química. Crianças prematuras e que nasceram com peso baixo estão mais propensas
a desenvolver a toxicidade.
Tem-se relatado colite pseudomembranosa, que pode evoluir de leve a grave (ameaçadora à vida), com o uso de
muitos antibióticos, inclusive lincomicina. Portanto, é importante considerar o diagnóstico em pacientes que
apresentam diarreia subsequente à administração de antibióticos.
Por ser uma terapia associada à colite grave, que pode ser fatal, a lincomicina somente deverá ser utilizada em
infecções graves, nas quais antibióticos menos tóxicos forem inapropriados. A lincomicina não deve ser
empregada em pacientes com infecções não bacterianas, como as infecções virais do trato respiratório superior.
Clostridium difficile associado a diarreia (CDAD) foi relatado com o uso de vários agentes antibacterianos,
incluindo a lincomicina, e pode resultar em diarreia moderada/grave a colite fatal. O tratamento com agentes
antibacterianos altera a flora do cólon e pode permitir o crescimento de C. difficile.
C. difficile produz as toxinas A e B que contribuem para o desenvolvimento da CDAD. Colônias de C. difficile
produtoras de hipertoxina causam aumento da morbidade e mortalidade, uma vez que estas infecções podem ser
refratárias a terapias antimicrobianas e podem necessitar colectomia. A CDAD deve ser considerada em todos os
pacientes que apresentaram diarreia após o uso de antibiótico. O histórico médico cuidadoso é necessário uma
vez que a CDAD foi relatada até dois meses após a administração do agente antimicrobiano.
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Estudos indicam que a toxina produzida por Clostridium difficile é a causa primária da colite associada a
antibióticos. Após o estabelecimento do diagnóstico de colite pseudomembranosa, medidas terapêuticas devem
ser iniciadas. Casos leves de colite pseudomembranosa normalmente respondem à simples descontinuação do
fármaco. Em casos moderados a graves, deve-se considerar a terapia com fluidos e eletrólitos, suplementação de
proteínas e tratamento com antibiótico clinicamente eficaz contra colite por Clostridium difficile.
O aparecimento de diarreia, colite e colite pseudomembranosa foi observado até várias semanas após o término
do tratamento com lincomicina.
Outras causas de colite devem ser também consideradas. A sensibilidade prévia ao fármaco e a outros alérgenos
deve ser cuidadosamente pesquisada.
A colite associada a antibioticoterapia e diarreia ocorre mais frequentemente, e podem ser mais graves, em
pacientes idosos e/ou debilitados. Quando tratados com lincomicina, estes pacientes devem ser cuidadosamente
monitorizados quanto às alterações na frequência intestinal.
Frademicina® deve ser utilizada com cautela em pacientes com histórico de doença gastrintestinal,
principalmente colite.
Como qualquer medicamento, o cloridrato de lincomicina deve ser utilizado com precaução em pacientes com
história de asma brônquica ou alergia significativa.
Certas infecções podem requerer incisões e drenagem, ou outras intervenções cirúrgicas indicadas, além da
terapia com antibióticos.
Frademicina® não deve ser utilizada no tratamento de meningite, pois não penetra adequadamente no fluido
cefalorraquidiano.
No intuito de reduzir o desenvolvimento de bactérias resistentes à medicação e manter a efetividade de
Frademicina® e outros agentes antibacterianos, Frademicina® deve ser utilizada somente para tratar ou prevenir
infecções comprovadas ou altamente suspeitas de ter origem bacteriana.
O uso de antibióticos pode ocasionar crescimento excessivo de microrganismos não sensíveis, especialmente
leveduras. Medidas adicionais deverão ser tomadas, caso apareçam tais infecções. Quando pacientes com
infecções por monilia pré-existentes necessitarem de tratamento com o cloridrato de lincomicina, deverá ser
administrado um tratamento antimonilia adequado.
Frademicina® não é recomendada para uso em recém-nascidos.
A dose de lincomicina deve ser determinada cuidadosamente em pacientes com disfunção renal grave ou
disfunção hepática e os níveis séricos de lincomicina devem ser monitorados durante a terapia com altas doses.
Durante terapia prolongada, recomenda-se monitorar as funções renal, hepática e hematológica.
No caso de administração por infusão, Frademicina® não deve ser administrada na forma de “bolus”, e sim
lentamente (vide item 8. Posologia e Modo de Usar).
Uso durante a Gravidez
O álcool benzílico pode atravessar a placenta, ver item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES subitem Geral.
Não foram observados efeitos adversos na ninhada, desde o nascimento até o desmame, em estudos
desenvolvidos com ratos, utilizando-se doses orais de lincomicina até 1.000 mg/kg (7,5 vezes a dose máxima
humana de 8 g/dia). Não foram observados efeitos teratogênicos em um estudo conduzido em ratos tratados com
doses maiores que 55 vezes a dose mais alta recomendada em humanos adultos (8 g/dia).
Em humanos, a lincomicina atravessa a placenta e resulta em níveis séricos no cordão de cerca de 25% dos
níveis séricos maternos. Não há acúmulo significativo no líquido amniótico. Não há estudos controlados em
mulheres grávidas; porém, não foram demonstrados aumentos em anormalidades congênitas ou atraso no
desenvolvimento em filhos de 302 pacientes tratadas com lincomicina em vários estágios da gravidez, quando
comparado a um grupo controle, até 7 anos após o nascimento. A lincomicina deve apenas ser utilizada na
gravidez se claramente necessário.
Frademicina® é um medicamento classificado na categoria B de risco de gravidez. Portanto, este
medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
-dentista.
Uso durante a Lactação
A lincomicina foi detectada no leite humano em concentrações de 0,5 a 2,4 mcg/mL. Devido ao potencial do
fármaco em causar reações adversas graves em lactentes, a decisão de descontinuar o tratamento deve ser
realizada, considerando-se a importância do fármaco para a mãe.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
O efeito de Frademicina® na habilidade de dirigir ou de operar máquinas não foi estudado, mas, considerando
suas propriedades farmacodinâmicas e perfil de segurança como um todo, é improvável que haja efeitos sobre
essas habilidades.
Demonstrou-se antagonismo entre a lincomicina e a eritromicina in vitro. Devido ao possível significado clínico,
esses dois fármacos não devem ser administrados concomitantemente.
A lincomicina tem propriedades de bloqueio neuromuscular que podem aumentar a ação de outros agentes
bloqueadores neuromusculares. Portanto, deve ser utilizada cuidadosamente em pacientes sob terapia com tais
agentes.
Frademicina® solução injetável deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da
luz e pode ser utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características físicas e organolépticas: solução injetável límpida, incolor e estéril.
Uso em Adultos
Injeção Intramuscular: 600 mg (2 mL) a cada 24 horas. Infecções mais graves: 600 mg (2 mL) a cada 12 horas,
ou mais frequentemente, dependendo da gravidade da infecção.
Infusão Intravenosa: 600 mg a 1 g a cada 8 ou 12 horas. Infecções mais graves: essas doses podem ser
aumentadas. Em infecções que ameacem a vida, doses de até 8 g diárias têm sido administradas. Administrar em
infusão diluída, como descrito na tabela de Diluição e Índices de Infusão.
Uso em Crianças acima de 1 mês de idade
Injeção Intramuscular: 10 mg/kg a cada 24 horas. Infecções mais graves: 10 mg/kg a cada 12 horas ou mais
frequentemente.
Infusão Intravenosa: 10 a 20 mg/kg/dia, dependendo da gravidade da infecção. Administrar como infusão
diluída, como descrito na tabela de Diluição e Índices de Infusão.
Uso em pacientes Idosos
Aos pacientes idosos aplicam-se todas as recomendações acima descritas.
Em infecções por estreptococos beta-hemolíticos, o tratamento deve continuar durante pelo menos 10 dias, para
diminuir a possibilidade de febre reumática ou glomerulonefrite subsequente.
Uso em pacientes com diminuição da função hepática ou renal
Quando Frademicina® é administrada a pacientes com insuficiência renal grave, a dose adequada é de 25% a
30% daquela recomendada para pacientes com função renal normal.
Em pacientes com disfunção hepática ou renal, a meia-vida do cloridrato de lincomicina está aumentada. Deve-
se considerar a diminuição da frequência de administração de lincomicina em pacientes com prejuízo na função
renal ou hepática.
Infecções por Estreptococos Beta-hemolíticos
O tratamento deve continuar por pelo menos 10 dias.
Diluição e Índices de Infusão
Doses de até 1 g devem ser diluídas em pelo menos 100 mL de uma solução adequada, e administradas por
infusão de, pelo menos, 1 hora de duração.
Dose Volume de diluente Tempo de administração
600 mg 100 mL 1 h
1 g 100 mL 1 h
2 g 200 mL 2 h
3 g 300 mL 3 h
4 g 400 mL 4 h
Essas doses devem ser repetidas sempre que for necessário, até o limite da dose diária máxima recomendada de 8
g de lincomicina. Ocorreram reações cardiopulmonares graves com a administração do medicamento de forma
mais rápida e mais concentrada do que o recomendado.
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Frademicina® poderá ser administrada utilizando-se as técnicas de infusão IV direta, por acoplamento ou tubo
em “Y”.
Compatibilidades
Frademicina® é fisicamente compatível por 24 horas, à temperatura ambiente (a menos que haja outra indicação)
com:
Soluções para infusão: dextrose em água, 5% e 10%; dextrose em salina, 5% e 10%; solução de Ringer; lactato
de sódio 1/6 Molar; travert 10% eletrólito n° 1; dextrana fisiológico 6% p/v.
Soluções com vitaminas para infusão: complexo B; complexo B com ácido ascórbico.
Soluções com antibióticos para infusão: penicilina G sódica (satisfatória para 4 horas); cefalotina, cloridrato de
tetraciclina; cefaloridina; colistimetato (satisfatória para 4 horas); ampicilina; meticilina; cloranfenicol; sulfato
de polimixina B.
Incompatibilidades
Frademicina® é fisicamente incompatível com novobiocina, canamicina e fenitoína. Deve ser ressaltado que as
determinações de compatibilidade e incompatibilidade são observações físicas, e não determinações químicas.
Não foi desenvolvida uma avaliação clínica adequada sobre segurança e eficácia dessas combinações.
Tabela de Reações Adversas
Classe de
sistema de
órgãos
Muito
comum
(≥1/10)
Comum
(≥ 1/100 a
< 1/10)
Incomum
(≥ 1/1000 a
< 1/100)
Rara
(≥ 1/10.000
a < 1/1000)
Muito rara
(< 1/10.000)
Frequência não
conhecida
(não pode ser
estimada a partir dos
dados disponíveis)
Infecções e
infestações
Infecção
vaginal
Colite
pseudomembranosa,
Colite por
Clostridium difficile
Distúrbios dos
sistemas
sanguíneo e
linfático
Pancitopenia,
agranulocitose,
anemia aplástica,
neutropenia,
leucopenia, púrpura
trombocitopênica
Distúrbios do
sistema
imunológico
Reação anafilática,
angioedema, doença
do soro
Distúrbios
cardíacos
Parada
cardiorrespiratóriaa
vasculares
Hipotensãob
,
tromboflebitec
gastrointestinais
Diarreia,
náusea,
vômito
Esofagited
desconforto
abdominal
hepatobiliares
Icterícia, teste de
função hepática
anormal
Distúrbios da
pele e do tecido
subcutâneo
Rash,
urticária
Prurido Síndrome de Stevens-
-Johnson, dermatite
bolhosa, dermatite
esfoliativa, eritema
multiforme
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gerais e
condições do
local de
administração
Abscesso estéril no
local da injeçãoe
enduração no local da
injeçãoe
, dor no local
da injeçãoe
, irritação
no local da injeçãoe
a Raros casos foram relatados após administração intravenosa muito rápida.
b Após administração parenteral, particularmente após administração parenteral muito rápida.
c Evento foi relatado com injeção intravenosa.
d Evento foi relatado com preparações orais.
e Relatado com injeção intramuscular.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.