Bula do Furosemida produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
furosemida
Biosintética Farmacêutica Ltda.
comprimidos
40 mg
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BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Furosemida 40 mg: Embalagem com 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
furosemida...............................................................................................................40 mg
Excipientes: lactose monoidratada, povidona, amido, talco e estearato de magnésio.
II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Furosemida é indicada nos casos de hipertensão arterial leve a m oderada, edema devido a distúrbios
cardíacos, hepáticos e renais e edema devido a queimaduras.
O uso da Furosemida tem indicação desde o período neonatal (Benitz et al, 199 5) até a idade adulta
(Avery,1981) nos casos de edema das mais variadas formas, insuficiência cardíaca, indução de diurese e
crises hipertensivas.
O estudo de Magrini F et al. (1987) confirma a eficácia de furosemida nos casos de insuficiência cardíaca
e aumento da resistência vascular coronariana. O estudo de Paterna S. et al (1999) também mostrou, com
muita propriedade, a eficácia e a boa tolerabilidade de furosemida no tratamento de 30 pacientes adultos,
com idades entre 65 e 85 a nos portadores de insuficiência cardíaca congestiva. Este efeito também foi
demonstrado no estudo de Gottlieb SS et al. (1998).
O benefício e a segu rança do uso de furosemida em 46 crianças que foram submetidas a ci rurgias
cardíacas e usaram de forma contínua o medicamento furosemida foram confirmadas no est udo
randomizado de Klinge JM ET al. (1997).
O estudo randomizado de Van der Vorst MM et al ( 2006), envolvendo 44 pacientes portadores de
insuficiência cardíaca nos graus III e IV, demonstrou que furosemida via oral tam bém é eficaz, mesmo
em quadros graves, como os envolvidos no estudo. Assim como no estudo de Paterna S et al (1999),
Eterno FT et al. (1998) confirmaram que o uso de diuréticos como a furosemida melhora a compensação
cardíaca, reduz edemas e melhora, em curto prazo, a capacidade física e a qualidade de vida dos
pacientes.
Mecanismo de ação
A furosemida é um diurético de alça que produz um efeito diurético potente com início de ação rápido e
de curta duração. A f urosemida bloqueia o si stema cotransportador de Na+K+ 2Cl- localizado na
membrana celular luminal do ramo ascendente da alça de Henle; portanto, a eficácia da ação salurética da
furosemida depende do fármaco alcançar o lúmen tubular via um mecanismo de transporte aniônico. A
ação diurética resulta da inibição da reabsorção de cloreto de sódio neste segmento da alça de He nle.
Como resultado, a excreção fracionada de sódio pode alcançar 35% da filtração glomerular de sódio. Os
efeitos secundários do aumento da excreção de sódio são excreção urinária aumentada (devido ao
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gradiente osmótico) e a umento da secreção tubular distal de potássio. A excreção de í ons cálcio e
magnésio também é aumentada.
A furosemida interrompe o mecanismo de retorno (feedback) do túbulo glomerular da mácula densa, com
o resultado de não atenuação da atividade salurética. A furosemida causa estimulação dose-dependente do
sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Na insuficiência cardíaca, a furosemida produz uma redução aguda da pré-carga cardíaca (pela dilatação
da capacidade venosa). Este efeito vascular precoce parece ser mediado por prostaglandina e pressupõe
uma função renal adequada com ativação do sistema renina-angiotensina e sí ntese de prostaglandina
intacta. Além disso, devido ao seu e feito natriurético, a furosemida reduz a r eatividade vascular das
catecolaminas, que é elevada em pacientes hipertensos.
A eficácia a nti-hipertensiva da furosemida é atribuí da ao aumento da excreção de sódio, redução do
volume sanguíneo e redução da resposta do músculo liso vascular ao estímulo vasoconstritor.
Propriedades farmacodinâmicas
O efeito diurético da furosemida ocorre dentro de 15 minutos após a administração da dose intravenosa e
dentro de 1 hora após a administração da dose oral.
O aumento dose-dependente da diurese e natriurese foi demonstrado em indivíduos sadios recebendo
doses de furosemida de 10 mg até 100 mg. A duração da ação é de aproximadamente 3 horas após uma
dose intravenosa de 20 mg e de 3 a 6 horas após uma dose oral de 40 mg em indivíduos sadios.
O efeito da furosemida é reduzido, caso ocorra diminuição da secreção tubular ou da ligação da albumina
intratubular ao fármaco.
Propriedades farmacocinéticas
A furosemida é rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal. O Tmáx é de 1 a 1,5 horas para os
comprimidos de 40 mg. A absorção do fármaco demonstra grande variabilidade intra e interindividual.
A biodisponibilidade da furosemida em voluntários sadios é de aproximadamente 50% a 70% para os
comprimidos. Em pacientes, a biodisponibilidade do fármaco é influenciada por vários fatores incluindo
doenças de base, e pode ser reduzida a 30% (por exemplo, na síndrome nefrótica).
A influência da administração concomitante de alimentos na absorção da furosemida depende da forma
farmacêutica.
O volume de distribuição de furosemida é d e 0,1 a 0,2 litros por kg de peso corpóreo. O volume de
distribuição pode ser maior dependendo da doença de base.
A furosemida liga-se fortemente às proteínas plasmáticas (mais de 98%), principalmente à albumina.
A furosemida é eliminada principalm ente na forma de fármaco inalterado, primariamente pela secreção
no túbulo proximal. Após administração intravenosa, 60 a 70% da dose de furosemida é excretada desta
forma. O m etabólito glucurônico da furosemida equivale a 10 a 20% das substâncias recuperadas na
urina. O restante da dose é excretado nas fezes, provavelmente após secreção biliar.
A furosemida é excretada no leite materno. A furosemida atravessa a barreira placentária e é transferida
ao feto lentamente. Por esta razão, observa-se no feto e no recém-nascido as mesmas concentrações de
furosemida que na mãe.
Populações especiais
Insuficiência renal
A biodisponibilidade da furosemida não é alterada em pacientes com insuficiência renal terminal. Em
insuficiência renal, a elim inação de furosemida é diminuída e a meia-vida prolongada; a m eia-vida
terminal pode ser de até 24 horas em pacientes com insuficiência renal severa.
Na síndrome nefrótica, a redução na concentração das proteínas plasmáticas leva à concent rações mais
altas de furosemida livre. Por outro lado, a eficácia de furosem ida é reduzida nestes pacientes devido à
ligação intratubular da albumina e diminuição da secreção tubular.
A furosemida é pouco dialisável em pacientes s ob hemodiálise, diálise peritoneal e CAPD (Diálise
Peritonial Ambulatorial Contínua)
Insuficiência Hepática
Em insuficiência he pática, a meia-vida de furosem ida é aum entada em 30% a 90%, princi palmente
devido ao maior volume de distribuição. Além disso, neste grupo de pacientes existe uma ampla variação
em todos os parâmetros farmacocinéticos.
Idosos, insuficiência cardíaca congestiva e hipertensão severa Em pacientes com insuficiência cardíaca
congestiva, hipertensão severa ou em pacientes idosos, a eliminação de furosemida é diminuída devido à
redução na função renal.
Pacientes pediátricos
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Em crianças prem aturas ou nascidas à term o, dependendo da maturidade dos ri ns, a eliminação de
furosemida pode estar diminuída. O metabolismo do fármaco também é reduzido caso a capacidade de
glucuronização da criança esteja prejudicada. A meia-vida terminal é menor do que 12 horas em crianças
com mais de 33 semanas de idade pós -concepção. Em crianças com 2 meses ou mais, o “clearance”
terminal é o mesmo dos adultos.
Furosemida não deve ser usado em pacientes com:
- insuficiência renal com anúria;
- pré-coma e coma associado à encefalopatia hepática;
- hipopotassemia severa;
- hiponatremia severa;
- hipovolemia (com ou sem hipotensão) ou desidratação;
- hipersensibilidade à furosemida, às sulfonamidas ou a qualquer componente da fórmula.
Este medicamento é contraindicado para uso por lactantes.
Não há contraindicação relativa a faixas etárias.
O fluxo urinário deve ser assegurado. Em pacientes com obstrução parcial do fluxo urinário (por
exemplo: em pacientes com alterações de esvaziamento da bexiga, hiperplasia prostática ou estreitamento
da uretra), a pr odução aumentada de urina pode provocar ou agravar a doe nça. Deste modo, estes
pacientes necessitam de monitorização cuidadosa, especialmente durante a fase inicial do tratamento.
O tratamento com furosemida necessita de superv isão médica regular. O monitoramento cuidadoso é
particularmente necessário em pacientes com:
- hipotensão
- indesejável diminuição pronunciada na pressão arterial constituir-se-ia em um risco especial (ex.:
estenoses significantes de artérias coronárias ou de vasos cerebrais);
- diabetes mellitus latente ou manifesta;
- gota ou hiperuricemia (controle regular de ácido úrico);
- síndrome hepatorenal, isto é, comprometimento da função renal associado com doença hepática severa;
- hipoproteinemia, ex.: associada à síndrome nefrótica (o efeito da furosemida pode ser atenuado e sua
ototoxicidade potencializada). É recomendada a titulação cuidadosa das doses da furosemida.
Durante tratamento com furosemida é ge ralmente recomendada a mon itorização regular dos níveis de
sódio, potássio e creatinina séricos; é necessária monitorização particularmente cuidadosa em casos de
pacientes com alto risco de desenvolvimento de alterações eletrolíticas ou em caso de perda adicional
significativa de fluidos (por exemplo, devido a vômitos, diarreia ou suor intenso). Hipovolemia ou
desidratação, bem como qualquer altera ção eletrolítica ou áci do – base signific ativas devem ser
corrigidas. Isto pode requerer a descontinuação temporária da furosemida.
Gravidez e lactação
A furosemida atravessa a barreira placentária. Portanto, não deve ser administrada durante a gra videz a
menos que estritamente indicada e por curtos períodos de tempo. O tratamento durante a gravidez requer
monitorização do crescimento fetal.
A furosemida passa para o leite e pode inibir a lactação. As mulheres não devem amamentar se estiverem
sendo tratadas com furosemida.
Categoria de risco na gravidez: categoria C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião dentista.
Populações especiais
Pacientes idosos
A eliminação de furosemida é diminuída devido à redução na função renal.
A ação diurética da furosemida pode levar ou contribuir para hipovolemia e desidratação, especialmente
em pacientes idosos. A depl eção grave de fluidos pode levar a hemoconcentração com tendência ao
desenvolvimento de tromboses.
Crianças
O monitoramento cuidadoso é necessário em crianças prematuras devido ao possível desenvolvimento de
nefrolitíase e nefrocalcinose; a fu nção renal deverá ser monitorizada e d everá ser realizad a uma
ultrassonografia renal.
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Caso a furosemida seja administrada a crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida, pode
aumentar o risco de persistência de ducto de Botallo.
Alterações na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas
Alguns efeitos adversos (como queda acentuada indesejável da pressão sanguínea) podem prejudicar a
capacidade do paciente em se concentrar e reagir e, portanto, constitui um risco em situações em que suas
habilidades são especialmente importantes, como dirigir ou operar máquinas.
Sensibilidade cruzada
Pacientes hipersensíveis (alérgicos) a antibióticos do tipo sulfonamidas ou sulfoniluréias podem
apresentar sensibilidade cruzada com o medicamento.
Medicamento – Medicamento
Associações desaconselhadas
Hidrato de cloral: sensação de calor, perspiração, agitação, náusea, aumento da pressã o arterial e
taquicardia podem ocorrer em casos isolados após a a dministração intravenosa da furosemida dentro de
24 horas da ingestão de hidrato de cloral. Portanto, não é recomendado o uso concomitante de furosemida
e hidrato de cloral.
Antibióticos aminoglicosídicos e ou tros medicamentos que podem causar ototoxicidade: a fu rosemida
pode potencializar a o totoxicidade de antibióticos aminoglicosídicos e de outros fármacos ototóxicos,
visto que os efeitos resultantes sobre a a udição podem ser irreversíveis. Esta combinação de fármacos
deve ser restrita à indicação médica.
Precauções de uso
Cisplatina: existe risco de ototoxicidade quando da administração concomitante de cis platina e
furosemida. Além disto, a nefrotoxicidade da cisplatina pode ser aumentada caso a furosemida não seja
administrada em baixas doses (por exemplo, 40 mg em pacientes com função renal normal) e com
balanço de fluidos positivo quando utilizada para obter-se diurese forçada durante o tratamento com
cisplatina.
Sucralfato: a administração concomitante de furosemida por via oral e sucralfato deve ser evitada, pois o
sucralfato reduz a abs orção intestinal da furos emida e, consequentemente, seu efeit o. Aguardar pelo
menos um período de 2 horas entre uma administração e outra.
Sais de lítio: a furosemida diminui a excreção de sais de lítio e pode causar aumento dos níveis séricos de
lítio, resultando em au mento do risco de toxicidade do lítio, incluindo aumento do risco de efeitos
cardiotóxicos e neurotóxicos do lítio. Desta forma, recomenda-se que os níveis séricos de lítio sejam
cuidadosamente monitorizados em pacientes que recebem esta combinação.
Medicamentos inibidores da ECA: pacient es que estã o recebendo di uréticos podem sofrer hipotensão
severa e deterioração da função renal, incluindo casos de insuficiência renal, especialmente quando um
inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II é administrado ou tem sua dose aumentada
pela primeira vez. Deve-se considerar a interrupção da administração da furosemida temporariamente ou
ao menos reduzir a dose de furosemida por 3 dias antes de iniciar o tratamento com ou antes de aumentar
a dose de um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II.
Risperidona: em estudos placebo controlados com risperidona em pacientes idosos com demência, uma
maior incidência de mortalidade foi observada em pacientes tratados com furo semida mais risperidona
(7,3%: idade média de 89 anos, entre 75 – 97 anos) quando comparados com pacientes tratados somente
com risperidona (3,1%
: idade média de 84 anos, entre 70 – 96 anos) ou somente furosemida (4,1%, idade média de 80 anos,
entre 67-90 anos). O uso concomitante de risperidona com outros diuréticos (principalmente diuréticos
tiazídicos usados em baixa dose) não foi associado com achados semelhantes.
Não foi identificado um mecanismo patofisiológico para explicar este achado, e não foi observado um
padrão consistente para a causa das mortes. Todavia, cautela deve ser adotada e os riscos e benefícios
desta combinação ou co-tratamento com outros diuréticos potentes devem ser co nsiderados antes da
decisão de us o. Não h ouve aumento na incidência de mortalidade entre pacientes usando outros
diuréticos, assim como em tratamento concomitante com risperidona. Independentemente do tratamento,
a desidratação foi um fator de risco geral de mortalidade e, portanto, deve ser evitada em pacientes idosos
com demência.
Associações a considerar
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Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs): agentes anti-inflamatórios não esteroidais (incluindo ácido
acetilsalicílico) podem atenuar a ação da furosemida e sua administração concomitante pode ca usar
insuficiência renal aguda no caso de hi povolemia ou desidratação pré-existente. Em pacientes com
hipovolemia ou desidratação, a administração de AINEs pode causar uma diminuição aguda da função
renal. A toxicidade do salicilato pode ser aumentada pela furosemida.
Fenitoína: pode ocorre r diminuição do efeito da furosemida após administração concomitante de
fenitoína.
Fármacos nefrotóxicos: a furosemida pode potencializar os efeitos nocivos de fármacos nefrotóxicos nos
rins.
Corticosteroides, carbenoxolona, alcaçuz e laxantes : o uso concomitante de furosemida com
corticosteroides, carbenoxolona e alcaçuz em grandes quantidades e o uso prolongado de laxantes, pode
aumentar o risco de desenvolvimento de hipopotassemia.
Outros medicamentos, por exemplo, preparações de digitálicos e medicamentos que induzem a síndrome
de prolongamento do intervalo QT: alg umas alterações eletrolíticas (por exemplo, hipopotassemia,
hipomagnesemia) podem aumentar a toxicidade destes fármacos.
Se agentes anti-hipertensivos, diuréticos ou outros fármacos que potencialmente diminuem a press ão
sanguínea são administrados concomitantemente com a furosemida, uma queda m ais pronunciada da
pressão sanguínea pode ser esperada.
Probenecida, metotrexato e outros fármacos que, as sim como a furosemida, são secreta dos
significativamente por via tubular renal, podem reduzir o efei to da furosemida. Por outro lado, a
furosemida pode diminuir a eliminação renal desses fármacos. Em caso de tratamento com altas doses
(em particular, de ambos furosemida e outros fármacos), pode haver aumento dos níveis séricos e dos
riscos de efeitos adversos devido à furosemida ou à medicação concomitante.
Antidiabéticos e medicamentos hipertensores simpatomiméticos (ex:epinefrina, norepinefrina): Os efeitos
destes fármacos podem ser reduzidos quando administrados com furosemida.
Teofilina ou relaxantes musculares do tipo curare: os efeito s destes fármacos podem aumentar quando
administrados com furosemida.
Cefalosporinas: insuficiência renal pode se desenvolver em pacientes recebendo simultaneamente
tratamento com furosemida e altas doses de certas cefalosporinas.
Ciclosporina A: o uso concomitante de ciclosporina A e furosemida está associado com aumento do risco
de artrite gotosa subsequente à hiperuricemia induzida por furosemida e à insuficiência da ciclosporina na
excreção renal de urato.
Radiocontraste: pacientes de alto risco para nefropatia por radiocontraste tratados com furosemida
demonstraram maior incidência de deteriorização na função renal após receberem radiocontraste quando
comparados à pacientes de alto risco que receberam somente hidratação intravenosa antes de receberem
radiocontraste.
Medicamento – Alimento
Pode ocorrer alteração da absorção de furosemida quando a dministrada com alimentos, portanto,
recomenda-se que os comprimidos sejam tomados com o estômago vazio.
Medicamento – Exame laboratoriais
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de furosemida em exames laboratoriais.
Este medicamento se apresenta na forma de comprimido circular branco, biplano e com vinco em um dos
lados.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.
Desde que res peitados os c uidados de a rmazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24
meses a contar da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A dose deve ser a menor possível para atingir o efeito desejado.
Os comprimidos devem ser ingeridos com líquido, por via oral e com o estômago vazio.
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É vantajoso tomar a dose diária de uma só vez, escolhendo-se o horário mais prático, de tal forma que não
fique perturbado o ritmo normal de vida do paciente pela rapidez da diurese.
A menos que seja prescrito de modo diferente, recomenda-se o seguinte esquema:
Adultos:
O tratamento geralmente é iniciado com 20 a 80 mg por dia. A dose de manutenção é de 20 a 40 mg por
dia.
A dose máxima depende da resposta do paciente.
A duração do tratamento é determinada pelo médico.
Crianças:
Se possível, a furosemida deve ser administrada por via oral para lactentes e cria nças abaixo de 15 anos
de idade.
A posologia recomendada é de 2 mg/kg de peso corporal, até um máximo de 40 mg por dia. A duração do
tratamento é determinada pelo médico.
Não há estudos dos efeitos de f urosemida administrado por vias não recomendadas. Portanto, por
segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
A seguinte taxa de frequência é utilizada, quando aplicável:
Reação muito comum (> 1/10)
Reação comum (> 1/100 e _ 1/10)
Reação incomum (> 1/1.000 e _ 1/100)
Reação rara (> 1/10.000 e _1/1.000)
Reação muito rara (_ 1/10.000)
Desconhecido: não pode ser estimada por dados disponíveis.
Distúrbios metabólico e nutricional (ver item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES)
Muito Comum: distúrbios eletrolíticos (incluindo sintomáticos), desidratação e hi povolemia,
especialmente em pacientes idosos, aumento nos níveis séricos de creatinina e triglicérides.
Comum: hiponatremia, hipocloremia, hipocalemia, aumento nos níveis séricos de colesterol e ácido úrico,
crises de gota e aumento no volume de urinário.
Incomum: tolerância à g licose diminuída; o diabetes mellitus latente pode se m anifestar. (Ver it em
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Desconhecido: hipocalcemia, hipomagnesemia, aumento nos níveis séricos de ureia e alcal ose
metabólica, Síndrome de Bartter no contexto de uso inadequado e/ou a longo prazo da furosemida.
Distúrbios vasculares
Muito comum (para infusão intravenosa): hipotensão incluindo hipotensão ortostática (ver item
Raro: vasculite.
Desconhecido: trombose
Distúrbios renal e urinário
Comum: aumento no volume urinário
Raro: nefrite tubulointersticial
Desconhecido: aumento nos níveis de sódio e cl oreto na urina; retenção urinária (em pacientes com
obstrução parcial do fluxo urin ário); nefrocalcinose/nefrolitíase em crianças prematuras (ver item
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES), falência renal (ver item INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Distúrbios gastrintestinais
Incomum: náuseas.
Raro: vômitos, diarreia.
Muito raro: pancreatite aguda.
Distúrbios hepato-biliares
Muito raro: colestase, aumento nas transaminases.
Distúrbios auditivos e labirinto
Incomum: alterações na audição, embora geralmente de caráter transitório, particularmente em pacientes
com insuficiência renal, hipoproteinemia (por e xemplo: síndrome nefrótica) e/ou quando furosemida
intravenosa for administrada rapidamente. Casos de surdez, algumas vezes irreversível, foram reportados
após administração oral ou IV de furosemida.
Muito raro: tinido.
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Distúrbios no tecido subcutâneo e pele
Incomum: prurido, urticária, rash es, dermatites bolhosas, eritema multiforme, penfigoide, dermatite
esfoliativa, púrpura, reação de fotossensibilidade.
Desconhecido: síndrome de St evens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, PEGA (Pustulose
Exantemática Generalizada Aguda) e DRESS (rash ao fármaco com eosinofilia e sintomas sistêmicos)
Distúrbios do sistema imune
Raro: reações anafiláticas ou anafilactoides severas (por exemplo, com choque).
Distúrbios do sistema nervoso
Raro: parestesia.
Comum: encefalopatia he pática em pacientes com insuficiência hepatocelular (ver item
CONTRAINDICAÇÕES).
Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo
Comum: hemoconcentração
Incomum: trombocitopenia.
Raro: leucopenia, eosinofilia.
Muito raro: agranulocitose, anemia aplástica ou anemia hemolítica.
Distúrbios congênito e genético/familiar
Desconhecido: risco aumentado de persistência do ducto arterioso quando furosemida for administrada a
crianças
prematuras durante as primeiras semanas de vida.
Distúrbios gerais
Raro: febre.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.