Bula do Furp-Estreptomicina produzido pelo laboratorio Fundação para o Remédio Popular - Furp
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
FURP-ESTREPTOMICINA_PO SOL INJ_BPROF_REV02
FURP-ESTREPTOMICINA
Fundação para o Remédio Popular – FURP
Pó para Solução Injetável
200 mg/mL
BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE
FURP-ESTREPTOMICINA 200 mg/mL Pó para Solução Injetável
sulfato de estreptomicina
APRESENTAÇÕES
Pó para solução injetável
� Caixa com 50 frascos-ampola – Frasco-ampola com pó para solução injetável na concentração de 1 g,
acompanhada de caixa com 50 ampolas de 5 mL de água para injeção.
� Caixa com 50 frascos-ampola – Frasco-ampola com pó para solução injetável na concentração de 1 g.
USO INJETÁVEL – VIA INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola contém 1,2529 g de sulfato de estreptomicina, equivalente a 1 g de estreptomicina.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é destinado ao tratamento da tuberculose e brucelose. Na tuberculose, usa-se nos casos de falência de
esquema preferencial e sempre é associado a um ou mais fármacos para diminuir o risco de resistência. Para tratar
brucelose, usa-se em associação com doxiciclina.
Há estudos clássicos indicando a atividade da estreptomicina nas indicações citadas. Vide:
1 - Manual Técnico para o Controle da Tuberculose 2002 - Ministério da Saúde - Série A - Cadernos de Atenção
Básica. Normas e Manuais Técnicos nº
148.
2 – Martindale. The Complete Drug Reference – Pharmaceutical Press London 1999; 32 ed: pg. 249-250.
FARMACODINÂMICA
FURP-ESTREPTOMICINA contém estreptomicina, um antibiótico aminoglicosídeo, obtido do Streptomyces griseus,
particularmente ativo contra o Mycobacterium tuberculosis, e contra outras bactérias gram-positivas e várias gram-
negativas incluindo Yersinia pestis, Brucella spp e Franciella tularensis, porém sem atividade contra Pseudomonas
aeruginosa. Tem ação bactericida durante o estágio de multiplicação dos microrganismos sensíveis aos componentes
presentes neste medicamento; liga-se com a unidade 30S do ribossoma bacteriano alterando a síntese das proteínas
bacterianas.
FARMACOCINÉTICA
A absorção por via intramuscular é rápida. Distribui-se bem por todos os tecidos, com exceção do líquido
cefalorraquidiano e atravessa a placenta. O pico de concentração sanguínea é alcançado em cerca de uma hora. Sua
meia vida é de 2,5 horas. Cerca de um terço da estreptomicina circulante está ligada à proteína plasmática. A eliminação
é essencialmente renal: 60% a 95% são eliminados sob a forma inalterada na urina em 24 horas. Pequenas quantidades
são eliminadas no suor, saliva e leite materno.
FURP-ESTREPTOMICINA é contraindicada em caso de história de hipersensibilidade à estreptomicina, a qualquer
outro componente da fórmula e a outros antibióticos aminoglicosídeos.
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Pacientes com insuficiência renal estão propensos às reações neurotóxicas que compreendem os distúrbios dos nervos
da visão, audição e nervos periféricos, além de outras perturbações cerebrais (aracnoidite e encefalopatia). A função
renal deve ser avaliada nos casos suspeitos e, havendo alteração, deve-se ajustar as doses.
Pacientes idosos, obesos ou desidratados são mais propensos à toxicidade sobre a audição.
O uso prolongado e doses altas (doses acumuladas acima de 100 g) são desaconselhados pelo risco aumentado de
toxicidade renal e auditiva. Recomendam-se exames audiométricos periódicos e avaliação médica. De modo geral, os
sintomas vestibulares surgem antes da perda auditiva e são reversíveis com a interrupção do tratamento. Zumbido e
sensação de ouvido cheio são sinais precoces de dano no sistema auditivo. A perda de audição para tons altos
geralmente é permanente.
USO DURANTE A GRAVIDEZ
Não deve ser utilizado durante a gravidez, exceto sob orientação médica.
Como a estreptomicina atravessa a barreira placentária, o médico deve avaliar bem a relação benefício/risco antes de
indicar o uso. Há relato de distúrbio do oitavo par craniano fetal.
Categoria de risco na gravidez: D
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente
seu médico em caso de suspeita de gravidez.
USO DURANTE A AMAMENTAÇÃO
FURP-ESTREPTOMICINA, da mesma forma que outros antibióticos desta classe, é excretada pelo leite materno,
portanto, deve-se ter cuidado quando for administrada a mulheres que estão amamentando. Sua administração somente
deve ser realizada segundo critério médico.
USO EM CRIANÇAS
Crianças não devem receber doses acima da recomendação pelo risco de depressão respiratória e coma, descritos em
A estreptomicina pode interagir com outros medicamentos. Fármacos neurotóxicos ou nefrotóxicos como ciclosporina,
agentes usados em quimioterapia, neomicina, canamicina, gentamicina, cefaloridina, paramomicina, polimixina B,
colistina e tobramicina podem acentuar a toxicidade da estreptomicina.
Anestésicos e relaxantes musculares introduzidos após a administração de estreptomicina podem conduzir ao bloqueio
neuromuscular.
A toxina botulínica pode ter sua ação aumentada.
A estreptomicina reduz o efeito de neostigmina e piridostigmina.
Diuréticos potencialmente ototóxicos como a furosemida e ácido etacrínico não devem ser administrados com a
estreptomicina.
Conserve este medicamento em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz e umidade.
Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico: pó cristalino branco ou quase branco.
Características organolépticas: inodoro ou com no máximo um leve odor.
Aspecto após reconstituição: solução límpida, incolor a levemente amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
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CUIDADOS DE ADMINISTRAÇÃO
Aconselha-se observar o Manual Técnico para o Controle da Tuberculose – Ministério da Saúde – Serie A – Normas e
Manuais Técnicos nº 148 – Cadernos de Atenção Básica ou edições subsequentes.
PREPARO DO MEDICAMENTO
Usando-se técnica asséptica, o conteúdo em pó do frasco deve ser diluído com 5 mL de água para injeção, obtendo-se
uma solução límpida, incolor a levemente amarelada.
O volume final do produto após reconstituição é cerca de 5,8 mL.
A solução pronta contém 216 mg de sulfato de estreptomicina por mL, equivalente a 172 mg de estreptomicina.
Após reconstituição usar imediatamente por via intramuscular profunda.
A duração do tratamento é de três meses, sempre em associação com outros medicamentos.
Recomenda-se, a critério médico, as seguintes dosagens:
Crianças
Nas crianças com até 20 kg de peso corporal usa-se 20 mg/kg/dia. Pacientes com peso corporal superior a 20 kg até 35
kg devem receber 500 mg ao dia. Aqueles que têm mais de 35 kg devem receber 1.000 mg ao dia.
Adultos
Adultos devem receber 1.000 mg ao dia.
Idosos
Não há recomendações posológicas especiais para este grupo etário.
Em situações especiais, pode ser aplicada por via endovenosa, diluída em 50 ou 100 mL de soro fisiológico, correndo
por um mínimo de meia hora.
Reações cuja frequência é desconhecida.
Reações comuns: náuseas, vômitos, vertigens, parestesias de face, erupções cutâneas, febre, urticária, angioedema.
Com menor frequência surge surdez, visão dupla, dermatite esfoliativa, efeitos tóxicos nos rins, redução das três séries
sanguíneas e reações alérgicas graves, podendo provocar choque.
Os sintomas vestibulares estão relacionados diretamente com dose empregada e geralmente são reversíveis com
suspensão da medicação. Os sintomas geralmente desaparecem entre dois e três meses após a interrupção do uso.
Ocorrem com maior frequência nos idosos e nos pacientes com insuficiência renal.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
As manifestações são náuseas, vômitos, vertigens, erupções cutâneas, febre e sinais de toxicidade auditiva, renal e do
sistema neuromuscular. O tratamento é sintomático e de manutenção. Deve-se monitorizar a função respiratória e a
renal. A diálise peritoneal e a hemodiálise colaboram para eliminar o fármaco nas pessoas com insuficiência renal, mas
não têm utilidade se a função renal está adequada.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.