Bula do Furp-Haloperidol produzido pelo laboratorio Fundação para o Remédio Popular - Furp
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
FURP-HALOPERIDOL_COM_BPROF_REV00
FURP-HALOPERIDOL
Fundação para o Remédio Popular – FURP
Comprimido
5 mg
BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE
FURP-HALOPERIDOL 5 mg Comprimido
haloperidol
APRESENTAÇÃO
Comprimido simples
Caixa com 500 comprimidos - Embalagem com 20 comprimidos de 5 mg.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém 5 mg de haloperidol.
Excipientes: amido, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, manitol, talco e corante azul de indigotina sódica.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Como agente antipsicótico: em delírios e alucinações na esquizofrenia aguda e crônica. Na paranoia, na confusão
mental aguda e no alcoolismo (Síndrome de Korsakoff).
Como um agente antiagitação psicomotor: mania, demência, alcoolismo, oligofrenia. Agitação e agressividade no idoso.
Distúrbios graves do comportamento e nas psicoses infantis acompanhadas de excitação psicomotora. Movimentos
coreiformes. Soluços, tiques, disartria. Estados impulsivos e agressivos. Síndrome de Gilles de la Tourette.
Como antiemético: náuseas e vômitos incoercíveis de várias origens, quando outras terapêuticas mais específicas não
foram suficientemente eficazes.
Um estudo duplo-cego envolvendo 105 pacientes sofrendo de episódios graves de náusea e vômito devido a desordens
gastrintestinais foi realizado para verificar a eficácia do haloperidol em comparação com placebo por um período de 12
horas de estudo. Cinquenta e cinco pacientes receberam uma única injeção intramuscular de haloperidol (1,0 mg/mL) e
50 pacientes receberam placebo. Entre os pacientes recebendo haloperidol 89% obtiveram uma resposta marcante ou
moderada, enquanto apenas 38% daqueles recebendo placebo obtiveram o mesmo grau de alívio.
Em um estudo duplo-cego, randomizado, controlado com placebo durante 6 semanas (fase A), 2-3 mg/dia de
haloperidol (dose padrão), e 0,50-0,75 mg/dia de haloperidol (dose baixa), foram comparados em 71 pacientes com
Doença de Alzheimer. Para os 60 pacientes que completaram a fase A, a dose padrão de haloperidol foi eficaz e
superior à dose baixa e ao placebo na Escala Breve de Avaliação Psiquiátrica e Fatores Psicóticos e na agitação
psicomotora. A taxa de resposta de acordo com os 3 critérios foi maior com a dose padrão (55-60%) do que com a
dose baixa (25-35%) e com o placebo (25-30%).
A eficácia do haloperidol em reduzir os sintomas exibidos por crianças e adolescentes com distúrbios emocionais foi
avaliada em 100 pacientes psiquiátricos hospitalizados (53 crianças e 47 adolescentes), em um estudo aberto
controlado. Cinquenta e quatro pacientes apresentavam retardo mental. A administração foi feita na forma de um
líquido sem sabor, cor e odor utilizando dose média inicial de 2,0 e 1,9 mg/dia para pacientes com retardo e sem
retardo, respectivamente, por um período médio de 42 dias. A eficácia do haloperidol foi de 95% considerando os
pacientes sem retardo e 87% para os considerados com retardo mental.
Foi realizado um estudo aberto de curta duração para avaliar a segurança e a eficácia de haloperidol no controle dos
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sintomas de esquizofrenia aguda. Foram selecionados 25 pacientes (idade média de 26 anos) os quais receberam doses
iniciais variando de 2,5-10 mg de haloperidol por via intramuscular avaliando-se os efeitos a cada 30 minutos. A
dose média utilizada durante o período de 6 horas de estudo foi de 22,5 mg, ocorrendo melhora marcante em 6 casos,
moderada em 11 e menos efetiva em 5. Em um estudo duplo-cego com pacientes esquizofrênicos, foi administrado
haloperidol na forma de comprimidos e um controle (placebo) por um período de 6 semanas, com um esquema de doses
variando de 1,0-6,0 mg. O haloperidol demonstrou ser significativamente mais efetivo que o controle na melhora dos
sintomas (p entre 0,01 e 0,025).
Referências
1. Christman R.S., et al. Low-Dose Haloperidol as Antiemetic Treatment in Gastrointestinal Disorders: A Double-Blind
Study. Current Therapeutic Research, 1974; 16(11): 1171-1176.
2. Devanand D.P., et al. A Randomized, Placebo-Controlled Dose-Comparison Trial of Haloperidol for Psychosis and
Disruptive Behaviors in Alzheimer’s Disease. Am J Psychiatry, 1998; 155: 1512-1520.
3. Vann L.J. Haloperidol in the Treatment of Behavioural Disorders in Children and Adolescents.Canada Psychiat. Ass.
J., 1969; 14(2): 217-220.
4. Hopkin, J.T. et al. Injectable Haloperidol in the Control of Acute Schizophrenia: Efficacy and Safety. Current
Therapeutic Research, 1980; 27(4): 620-626.
5. Rees L., et al. A Study of the Value of Haloperidol in the Management and Treatment of Schizophrenic and
Maniac Patients. International Journal of Neuropsychiatry, 1965; 1(3): 263-266.
Mecanismo de ação
FURP-HALOPERIDOL é um antipsicótico do grupo das butirofenonas. Ele é um bloqueador potente dos receptores
dopaminérgicos centrais, classificado como um antipsicótico muito incisivo. O haloperidol não tem atividade anti-
histamínica ou anticolinérgica.
Propriedades Farmacodinâmicas
Como consequência direta do bloqueio dopaminérgico, FURP-HALOPERIDOL apresenta uma ação incisiva sobre os
delírios e alucinações (provavelmente a nível mesocortical e límbico) e uma ação sobre os gânglios da base (via nigro-
estriatal). FURP-HALOPERIDOL causa sedação psicomotora eficiente, o que explica seus efeitos favoráveis na mania,
agitação psicomotora e outras síndromes de agitação.
A atividade em nível dos gânglios da base é provavelmente responsável pelos efeitos extrapiramidais (distonia,
acatisia e parkinsonismo).
Os efeitos antidopaminérgicos periféricos explicam a ação contra náuseas e vômitos (via quimiorreceptores - zona do
gatilho), o relaxamento dos esfíncteres gastrintestinais e o aumento na liberação de prolactina (através da inibição da
atividade do PIF - Fator de Inibição da Prolactina) em nível de adeno-hipófise.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção: após a administração oral, a biodisponibilidade da droga é de 60 % a 70 %. Os níveis do pico plasmático
do haloperidol ocorrem entre 2 a 6 horas após a dose oral e cerca de 20 minutos após a administração intramuscular.
Distribuição: 92% se ligam à proteínas plasmáticas. O volume de distribuição no estado de equilíbrio (VDss) é
grande (7,9 ± 2,5 L/kg). O haloperidol atravessa a barreira hematoencefálica facilmente.
Metabolismo: O haloperidol é metabolizado por muitas rotas, incluindo o sistema enzimático do citocromo P450
(particularmente CYP 3A4 ou CYP 2D6) e glicuronidação.
Eliminação: a meia-vida plasmática (eliminação terminal) é de 24 horas (variando de 12 a 38 horas) após a
administração oral e de 21 horas (variando de 13 a 36 horas) após a administração intramuscular. A excreção ocorre 60%
com as fezes e 40% com a urina. Cerca de 1% do haloperidol ingerido é excretado inalterado com a urina.
Concentração terapêutica: foi sugerido que a concentração plasmática de haloperidol varia de 4 mcg/L até o limite de
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20 a 25 mcg/L para se obter uma resposta terapêutica.
Dados pré-clínicos de segurança: Dados não-clínicos baseados nos estudos convencionais de toxicidade de doses
repetidas, genotoxicidade, carcinogenicidade não revelam riscos para humanos. O haloperidol mostrou diminuir a
fertilidade em roedores, limitada teratogenicidade assim como efeitos embriotóxicos.
O haloperidol tem demonstrado bloquear os canais cardíacos de hERG em muitos estudos “in vitro” publicados. Em um
número de estudos “in vivo” a administração IV do haloperidol em alguns modelos animais causou prolongamento
significativo do intervalo QTc nas doses de cerca de 0,3 mg/kg IV, fornecendo Cmáx 3 a 7 vezes maior que a
concentração eficaz em humanos de 4 a 20 ng/mL. Essas doses intravenosas que prolongam o intervalo QTc não
causaram arritmias. Em alguns estudos, doses maiores que 1 a 5 mg/kg de haloperidol IV causaram prolongamento do
intervalo QTc e/ou arritmia ventricular com Cmáx plasmático de 19 a 68 vezes maior do que a concentração plasmática
efetiva em humanos.
Estados comatosos, depressão do Sistema Nervoso Central (SNC) devido a bebidas alcoólicas ou outras drogas
depressoras, Doença de Parkinson, hipersensibilidade ao haloperidol ou aos outros excipientes da fórmula, lesão nos
gânglios de base. Afecções neurológicas acompanhadas de sintomas piramidais ou extrapiramidais, encefalopatia
orgânica grave, formas graves de nefro e cardiopatia, depressão endógena, primeiro trimestre de gestação.
Mortalidade
Raros casos de morte súbita têm sido reportados em pacientes psiquiátricos que recebem antipsicóticos, incluindo
haloperidol.
Pacientes idosos com demência relacionada à psicose tratados com medicamentos antipsicóticos possuem aumento no
risco de morte. Análise dos 17 estudos clínicos placebos controlados (duração modal de 10 semanas), mostrou que
grande parte dos pacientes que tomam antipsicóticos atípicos apresentaram risco de morte relacionado ao medicamento
entre 1,6 a 1,7 vezes maior do que o grupo de pacientes tratados com placebo. Durante o período de 10 semanas de
estudo controlado, a taxa de morte dos pacientes tratados com o medicamento foi de cerca de 4,5%, comparada com a
taxa de cerca de 2,6% no grupo do placebo. Embora as causas das mortes tenham sido variadas, a maioria das mortes
parecem ter sido por razões cardiovasculares (como por exemplo, insuficiência cardíaca, morte súbita) ou infecção
(pneumonia). Estudos observacionais sugerem que de maneira similar aos medicamentos antipsicóticos atípicos, o
tratamento com antipsicóticos convencionais podem aumentar a mortalidade. Não está clara a extensão em que os
achados do aumento da mortalidade em estudos observacionais podem ser atribuídos ao medicamento antipsicótico em
oposição a algumas características do paciente.
Efeitos cardiovasculares
Relatos muito raros de prolongamento do intervalo QT e/ou arritmias ventriculares em adição aos raros casos de morte
súbita têm sido relatados com haloperidol. Eles parecem ocorrer com maior frequência em altas doses e em pacientes
predispostos.
Como um prolongamento do intervalo QT tem sido observado durante o tratamento com haloperidol, recomenda-se
cautela em pacientes com condições de intervalo QT prolongado (Síndrome do QT longo, hipopotassemia, desequilíbrio
eletrolítico, fármacos que sabidamente prolongam o intervalo QT, doenças cardiovasculares, ou histórico familiar de
prolongamento do intervalo QT), principalmente quando haloperidol é administrado parenteralmente. O risco de
prolongamento do intervalo QT e/ou arritmia ventricular pode ser aumentado em casos de doses mais elevadas, ou com
o uso parenteral, particularmente na administração intravenosa. Monitoramento contínuo do eletrocardiograma deve ser
feito para prolongamento do intervalo QT e arritmias cardíacas sérias, se haloperidol for administrado por via
intravenosa.
Taquicardia e hipotensão também têm sido relatadas em pacientes ocasionais.
Síndrome Neuroléptica Maligna
Como outros medicamentos antipsicóticos, FURP-HALOPERIDOL tem sido relacionado com Síndrome Neuroléptica
Maligna, resposta idiossincrática rara caracterizada por hipertermia, rigidez muscular generalizada, instabilidade
autonômica e alteração da consciência. Hipertermia é geralmente um sinal precoce desta síndrome. O tratamento
antipsicótico deve ser descontinuado imediatamente e instituídos terapia de suporte adequada e cuidadoso
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monitoramento.
Discinesia Tardia
Como em todos agentes antipsicóticos, discinesia tardia pode aparecer em alguns pacientes em uso prolongado ou após
a descontinuação. Esta síndrome é principalmente caracterizada por movimentos involuntários rítmicos da língua, face,
boca ou maxilares. As manifestações podem ser permanentes em alguns pacientes. A síndrome pode ser mascarada
quando o tratamento é reinstituído, quando há aumento na dose ou quando há a troca para outro medicamento
antipsicótico. O tratamento deve ser descontinuado assim que possível.
Sintomas extrapiramidais
É comum de todos agentes antipsicóticos, a ocorrência de sintomas extrapiramidais, tais como tremor, rigidez,
hipersalivação, bradicinesia, acatisia e distonia aguda.
Medicamentos antiparkinsonianos do tipo anticolinérgicos podem ser prescritos se necessário, mas não devem ser
prescritos rotineiramente como medida preventiva. Se a administração concomitante de medicamentos
antiparkinsonianos é requerida, esta deve ser mantida após a interrupção do tratamento com FURP-HALOPERIDOL,
se sua excreção for mais rápida do que a de FURP-HALOPERIDOL a fim de evitar o desenvolvimento ou piora dos
sintomas extrapiramidais. O médico precisa estar ciente quanto a um possível aumento da pressão intraocular quando
anticolinérgicos, incluindo agentes antiparkinsonianos, são administrados concomitantemente com FURP-
HALOPERIDOL.
Convulsões
Foi relatado que haloperidol pode provocar convulsões. Ele deve ser usado com cuidado em situações predispondo a
convulsões (abstinência alcoólica e doença cerebral) e em pacientes epilépticos.
Hepatobiliares
Como FURP-HALOPERIDOL é metabolizado pelo fígado, deve-se ter cautela em pacientes com doença hepática. Casos
isolados de anormalidades na função hepática ou hepatite, mais frequentemente colestática, foram relatados.
Sistema endócrino
A tiroxina facilita a toxicidade do haloperidol. A terapia antipsicótica em pacientes com hipertiroidismo deve ser
administrada apenas com bastante cautela e precisa sempre ser acompanhada por terapia para manter o estado
tiroidiano.
Efeitos hormonais dos medicamentos antipsicóticos incluem: hiperprolactinemia, que pode causar galactorreia,
ginecomastia, oligorreia ou amenorreia. Casos muito raros de hipoglicemia e síndrome de secreção inapropriada de
ADH foram relatados.
Tromboembolismo venoso
Casos de tromboembolismo venoso (TEV) foram relatados com medicamentos antipsicóticos. Já que pacientes tratados
com antipsicóticos frequentemente apresentam fatores de risco adquiridos para TEV, todos os possíveis fatores de risco
para TEV devem ser identificados antes e durante o tratamento com FURP-HALOPERIDOL e medidas preventivas
devem ser tomadas.
Considerações adicionais
Na esquizofrenia, a resposta ao tratamento pode não ser imediata. Igualmente, se o tratamento é interrompido, o
reaparecimento dos sintomas pode não ser aparente por várias semanas ou meses. Sintomas de abstinência aguda
incluindo náusea, vômito e insônia são raros, mesmo após interrupção abrupta de altas doses de antipsicóticos. A
interrupção do tratamento deve ser gradual devido ao risco de recaídas. Como para todos os agentes antipsicóticos.
FURP-HALOPERIDOL não deve ser usado isoladamente em casos em que a depressão é predominante. Ele deve ser
combinado com antidepressivos para tratar aquelas condições onde a depressão e a psicose coexistem.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
FURP-HALOPERIDOL pode reduzir a capacidade de atenção, principalmente no início do tratamento e com doses
maiores, redução essa que pode ser potencializada pela ingestão de bebidas alcoólicas. Durante o tratamento, o paciente
não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Gravidez (Categoria C) e Lactação
Gravidez
Recém-nascidos expostos a medicamentos antipsicóticos (incluindo haloperidol) durante o terceiro trimestre de gravidez
correm o risco de apresentar sintomas extrapiramidais e/ou de retirada, que podem variar em severidade após o parto.
Estes sintomas em recém-nascidos podem incluir agitação, hipertonia, hipotonia, tremor, sonolência, dificuldade
respiratória ou transtornos alimentares.
Em estudos populacionais amplos, nenhum aumento significativo nas anormalidades fetais foi associado com o uso de
haloperidol. Foram descritos casos isolados de malformação fetal após exposição ao haloperidol, a maioria associados
a outros medicamentos. Estudos em animais demonstraram efeito teratogênico do haloperidol. FURP-HALOPERIDOL
poderá ser usado durante a gravidez, quando os benefícios forem claramente superiores aos potenciais riscos fetais.
Lactação
FURP-HALOPERIDOL é excretado no leite materno. Se a sua administração é considerada essencial para a mãe, os
benefícios da amamentação devem ser balanceados com os riscos potenciais. Sintomas extrapiramidais têm sido
observados em lactentes de mulheres tratadas com haloperidol.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas, sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso em Idosos, crianças e outros grupos de risco
Como os pacientes idosos são sensíveis aos efeitos de FURP-HALOPERIDOL, recomenda-se prudência na posologia a
fim de se evitar efeitos secundários extrapiramidais e possíveis alterações do apetite e do sono.
Sintomas extrapiramidais têm sido observados em lactentes de mulheres tratadas com haloperidol.
Como FURP-HALOPERIDOL é metabolizado no fígado, sua utilização em pacientes com doença hepática deve ser
feita com cuidado.
Como com outros antipsicóticos, deve-se ter cautela ao prescrever haloperidol a pacientes que utilizem medicamentos
que prolonguem o intervalo QT.
O haloperidol é metabolizado por muitas vias, incluindo glicuronidação e por enzimas do sistema do citocromo P450
(particularmente CYP 3A4 ou CYP 2D6). A inibição destas rotas do metabolismo por outras drogas ou a diminuição
da atividade enzimática da CYP2D6 pode resultar em um aumento das concentrações de haloperidol e o aumento do
risco de ocorrer eventos adversos, incluindo prolongamento do intervalo QT. Em estudos farmacocinéticos, o aumento
leve ou moderado da concentração de haloperidol foi relatado quando o haloperidol foi administrado concomitantemente
com drogas caracterizadas como substratos ou inibidoras das isoenzimas CYP3A4 ou CYP2D6, tais como: itraconazol,
nefazodona, buspirona, venlafaxina, alprazolam, fluvoxamina, quinidina, fluoxetina, sertralina, clorpromazina e
prometazina. A diminuição da atividade enzimática da CYP2D6 pode resultar no aumento da concentração do haloperidol.
O aumento do QTc foi observado quando o haloperidol foi dado em associação com os inibidores metabólicos do
cetoconazol (400 mg/dia) e paroxetina (20 mg/dia). Pode ser necessário reduzir a dose do haloperidol.
Deve-se ter cautela quando utilizar associações que causem desequilíbrio eletrolítico.
Efeitos de outros medicamentos sobre o haloperidol
O uso prolongado de agentes indutores enzimáticos tais como carbamazepina, fenobarbital e rifampicina, em associação ao
FURP-HALOPERIDOL, pode reduzir significativamente os níveis plasmáticos do haloperidol. Neste caso, a dose de
FURP-HALOPERIDOL deverá ser reajustada, quando necessário. Após interrupção do tratamento com tais fármacos,
pode ser necessária a redução das doses de FURP-HALOPERIDOL.
O valproato de sódio, medicamento sabidamente inibidor da glicuronidação, não afeta a concentração plasmática do
haloperidol.
Efeito do haloperidol em outros medicamentos
Como é o caso para todos os antipsicóticos, FURP-HALOPERIDOL pode aumentar a depressão do SNC causada por
outros depressores centrais, como bebidas alcoólicas, hipnóticos, sedativos e analgésicos potentes. Um aumento dos
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efeitos centrais foi relatado quando haloperidol é associado à metildopa.
FURP-HALOPERIDOL pode antagonizar a ação da adrenalina e outros agentes simpatomiméticos e reverter os efeitos
hipotensores dos agentes bloqueadores adrenérgicos, tais como a guanetidina.
FURP-HALOPERIDOL pode prejudicar o efeito antiparkinsoniano da levodopa.
O haloperidol é um inibidor da CYP 2D6. FURP-HALOPERIDOL inibe o metabolismo de antidepressivos tricíclicos,
aumentando os níveis plasmáticos destes medicamentos.
Outras formas de interação
Em raros casos os seguintes sintomas foram relatados durante uso concomitante de lítio e haloperidol: encefalopatia,
sintomas extrapiramidais, discinesia tardia, síndrome neuroléptica maligna, distúrbios do tronco cerebral, síndrome
cerebral aguda e coma. Muitos destes sintomas foram reversíveis. Não está estabelecido ainda se estes casos
representam uma entidade clínica distinta.
De qualquer forma, recomenda-se que naqueles pacientes que estejam sendo tratados concomitantemente com lítio e
FURP-HALOPERIDOL, o tratamento seja interrompido imediatamente no caso de ocorrência de tais sintomas.
Antagonismo ao efeito anticoagulante da fenidiona foi relatado.
Conserve este medicamento em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz e umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico: comprimidos redondos de cor azul claro.
Características organolépticas: comprimidos sem odor ou sabor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de usar
As doses sugeridas a seguir são doses médias e devem ser adequadas de acordo com a resposta do paciente.
Frequentemente, isto implica em titulação da dose para cima na fase aguda e redução gradual na fase de manutenção, a
fim de determinar a dose mínima eficaz. Doses maiores devem ser administradas apenas em pacientes que não
respondem bem às doses menores.
Posologia
Adultos
Dose inicial de 0,5 a 2 mg, 2 a 3 vezes ao dia (estas doses poderão exigir outra concentração, por exemplo, comprimido
de 1 mg , disponível no mercado), podendo ser aumentada progressivamente em função da resposta terapêutica e da
tolerabilidade.
Dose de manutenção, entre 1 e 15 mg ao dia (dependendo da dose poderá ser necessária outra concentração, por
exemplo, comprimido de 1 mg, disponível no mercado), deve contudo ser reduzida até o nível mais baixo de
efetividade.
Pacientes idosos geralmente requerem doses menores.
Pacientes gravemente perturbados ou inadequadamente controlados podem requerer, às vezes, posologia mais elevada.
Em alguns casos a resposta ótima pode exigir dose diária acima de 100 mg, principalmente em pacientes de alta
resistência. Entretanto, não está demonstrada a segurança de tais doses em administração prolongada.
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Nesta seção, as reações adversas são apresentadas. As reações adversas são eventos adversos considerados razoavelmente
associados ao uso de haloperidol, com base na avaliação abrangente das informações disponíveis de evento adverso.
Uma relação causal com o haloperidol não pode ser estabelecida de forma confiável em casos individuais. Além disso,
como os estudos clínicos são conduzidos sob condições amplamente variadas, as taxas de reações adversas observadas
dos estudos clínicos de um medicamento não podem ser diretamente comparadas às taxas dos estudos clínicos de
outro medicamento e podem não refletir as taxas observadas na prática clínica.
Dados de estudos clínicos
Dados de estudos clínicos duplo-cegos, controlados por placebo – reações adversas relatadas com incidência > 1
%.
A segurança de haloperidol (2-20mg/dia) foi avaliada em 566 indivíduos (dos quais 284 foram tratados com
haloperidol, 282 receberam placebo) que participaram de 3 estudos clínicos duplo-cegos, controlados por placebo, dois
para o tratamento de esquizofrenia e o terceiro no tratamento do distúrbio bipolar.
As reações adversas relatadas por > 1% dos indivíduos tratados com haloperidol nestes estudos estão na Tabela 1.
Tabela 1. Reações adversas relatadas por > 1% dos indivíduos tratados com haloperidol em
três estudos duplo-cegos, paralelos, controlados por placebo, com haloperidol
Sistemas/ Classes de órgãos
Reações adversas
Distúrbios do sistema nervoso
central
Haloperidol
(n=284)
%
Placebo
(n=282)
Distúrbios extrapiramidais 34,2 8,5
Hipercinesia 10,2 2,5
Tremor 8,1 3,6
Hipertonia 7,4 0,7
Distonia 6,3 0,4
Sonolência 5,3 1,1
Bradicinesia 4,2 0,4
Distúrbios oftalmológicos
Distúrbios visuais 1,8 0,4
Distúrbios gastrintestinais
Constipação 4,2 1,8
Boca seca 1,8 0,4
Hipersecreção salivar 1,2 0,7
Dados de estudos controlados com comparador ativo – Reações Adversas relatadas com incidência ≥ 1%.
Dezesseis estudos duplo-cegos controlados com comparador ativo foram selecionados para determinar a incidência
das reações adversas. Nestes 16 estudos, 1295 indivíduos foram tratados com 1-45 mg/dia de haloperidol para o
tratamento da esquizofrenia. As reações adversas relatadas por > 1% dos indivíduos tratados com haloperidol,
observadas nos estudos clínicos controlados com comparador ativo estão listadas na Tabela 2.
Tabela 2. Reações adversas relatadas por > 1% dos indivíduos tratados com haloperidol
nos 16 estudos duplo-cegos controlados com comparador ativo de haloperidol
Sistemas /Classes de órgãos
haloperidol
(n=1295)
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Tontura 4,8
Acatisia 2,9
Discinesia 2,5
Hipocinesia 2,2
Dicinesia tardia 1,62
Crise oculógira 1,24
Distúrbios vasculares
Hipotensão ortostática 6,6
Hipotensão 1,47
Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas
Disfunção erétil 1,0
Investigações
Aumento de peso 7,8
Dados de estudos controlados por placebo e com comparador ativo – Reações Adversas relatadas com incidência <
1%.
Reações adversas adicionais que ocorreram em < 1% dos indivíduos tratados com haloperidol em qualquer um dos estudos
clínicos anteriormente mencionados estão listados na Tabela 3.
Tabela 3. Reações adversas relatadas por < 1% dos indivíduos tratados com
haloperidol no estudo clínico controlado com placebo ou comparador
Distúrbios endócrinos
Hiperprolactinemia
Distúrbios psiquiátricos
Diminuição da libido
Perda da libido
Inquietação
Disfunções motoras
Contração muscular involuntária
Síndrome neuroléptica maligna
Nistagmo
Parkinsonismo
Sedação
Visão embaçada
Distúrbios cardíacos
Taquicardia
Distúrbios do tecido conectivo e musculoesquelético
Trismo
Torcicolo
Rigidez muscular
Espasmo muscular
Rigidez musculoesquelética
Contração muscular
Amenorreia
Desconforto nas mamas
Dor nas mamas
Galactorreia
Dismenorreia
Disfunção sexual
Distúrbios menstruais
Menorragia
Distúrbios gerais e condições no local da aplicação
Distúrbios da marcha
Dados pós-comercialização
Eventos adversos inicialmente identificados como reações adversas durante a experiência pós-comercialização com
haloperidol estão apresentados a seguir, por frequência da categoria estimada a partir de taxas de relatos espontâneos.
A revisão pós-comercialização foi baseada na revisão de todos os casos que foram relatados com o uso de haloperidol
(em ambos haloperidol e decanoato de haloperidol).
Reação muito rara (< 1/10000), incluindo casos isolados:
- Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático: agranulocitose, pancitopenia, trombocitopenia, leucopenia e neutropenia.
- Distúrbios do sistema imunológico: reação anafilática, hipersensibilidade.
- Distúrbios endócrinos: secreção inapropriada do hormônio antidiurético.
- Distúrbios do metabolismo e nutricionais: hipoglicemia.
- Distúrbios psiquiátricos: transtorno psicótico, agitação, estado confusional, depressão e insônia.
- Distúrbios do sistema nervoso: convulsão e cefaleia.
- Distúrbios cardíacos: Torsade de Pointes, fibrilação ventricular, taquicardia ventricular, extrassístole.
- Distúrbios do mediastino, respiratório e torácico: broncoespasmo, laringoespasmo, edema de laringe, dispneia.
- Distúrbios gastrintestinais: vômito e náusea.
- Distúrbios hepatobiliares: insuficiência hepática aguda, hepatite, colestase, icterícia, anormalidade no teste da função
hepática.
- Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: vasculite leucocitoclástica, dermatite esfoliativa, urticária, reação de
fotossensibilidade, erupção cutânea, prurido, hiperidrose.
- Distúrbios renais e urinários: retenção urinária.
- Gravidez, puerpério e condições perinatais: síndrome neonatal de retirada do medicamento.
- Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas: priapismo e ginecomastia.
- Distúrbios gerais e condições no local de aplicação: morte súbita, edema de face, edema, hipotermia e hipertermia.
- Investigações: prolongamento do intervalo QT, perda de peso.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
Sinais e Sintomas
Geralmente, os sintomas de superdose de haloperidol constituem uma exacerbação dos efeitos farmacológicos e reações
adversas já referidas, predominando as reações graves do tipo extrapiramidal, hipotensão e sedação. A reação
extrapiramidal é manifestada por rigidez muscular e por tremor generalizado ou localizado. Pode ocorrer hipertensão,
em vez de hipotensão.
Em casos extremos, o paciente pode apresentar-se comatoso, com depressão respiratória e hipotensão, às vezes grave
o suficiente para determinar um estado de choque. Existe também um risco de arritmias ventriculares possivelmente
associadas a um prolongamento do intervalo QT.
Tratamento
Como não existem antídotos específicos, o tratamento é principalmente de suporte. Carvão ativado pode ser
administrado. Para pacientes comatosos, as vias aéreas devem ser restabelecidas através do uso de uma via orofaríngea
ou tubo endotraqueal.
ECG e sinais vitais devem ser monitorizados até que estejam normais. Arritmias cardíacas severas deverão ser tratadas
com medidas antiarrítmicas adequadas.
Hipotensão e colapso circulatório devem ser controlados com infusão de soro, plasma ou albumina concentrada e agentes
vasopressores (dopamina, noradrenalina). Não utilizar adrenalina, que pode causar hipotensão grave quando usada com
FURP-HALOPERIDOL.
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Em casos de reações extrapiramidais importantes, administrar medicação antiparkinsoniana (por exemplo, mesilato de
benzatropina, 1 a 2 mg IM ou IV) por via parenteral.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.