Bula do Furp-Hioscina produzido pelo laboratorio Fundação para o Remédio Popular - Furp
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
FURP-HIOSCINA_COM REV_BPROF_REV01
FURP-HIOSCINA
Fundação para o Remédio Popular – FURP
Comprimido Revestido
10 mg
BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE
FURP-HIOSCINA 10 mg Comprimido Revestido
butilbrometo de escopolamina
APRESENTAÇÃO
Caixa com 500 comprimidos revestidos - Embalagem com 10 comprimidos de 10 mg.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 6 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém 10 mg de butilbrometo de escopolamina.
(Corresponde a 6,89 mg de escopolamina.)
Excipientes: ácido tartárico, amido, celulose microfina, dióxido de silício, manitol, povidona, estearato de magnésio,
macrogol 6.000, talco, dióxido de titânio e Eudragit E-100.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
FURP-HIOSCINA é indicada para o tratamento sintomático de cólicas dos tratos gastrintestinal e geniturinário, assim
como cólicas e discinesias das vias biliares.
Em estudo da eficácia de butilbrometo de escopolamina para alívio da dor e desconforto abdominal na síndrome do
intestino irritável, a avaliação da melhora dos sintomas pelo médico ocorreu em 76% dos pacientes (em um total de
137) em comparação a 64% dos pacientes no grupo placebo (em um total de 142 pacientes). Esta diferença foi
estatisticamente significante (p<0,001)1
.
1. Schäffer E, Ewe K Behandlung der Colon irritable Fortschr Med 1990; 108: 488-492.
FARMACODINÂMICA
FURP-HIOSCINA exerce atividade espasmolítica sobre a musculatura lisa do trato gastrintestinal, geniturinário e vias
biliares. O butilbrometo de escopolamina, como um derivado de amônio quaternário, não atravessa a barreira
hematoencefálica e, deste modo, não produz efeitos colaterais anticolinérgicos sobre o Sistema Nervoso Central. A ação
anticolinérgica periférica resulta de uma ação bloqueadora sobre os gânglios intramurais das vísceras ocas, assim como
de uma atividade antimuscarínica.
FARMACOCINÉTICA
Absorção
Como um composto de amônio quaternário, o butilbrometo de escopolamina é altamente polar e, por isso, é absorvido
parcialmente após a administração oral (8%). Após a administração oral de doses únicas no intervalo de 20 a 400 mg de
butilbrometo de escopolamina, foram encontrados picos médios de concentração plasmática entre 0,11 ng/mL e 2,04
ng/mL em aproximadamente 2 horas. Neste mesmo intervalo de dose, os valores médios de AUC0-tz observados
variaram de 0,37 a 10,7 ng.h/mL. O valor mediano de biodisponibilidade absoluta para a forma farmacêutica
comprimido revestido, contendo 100 mg de butilbrometo de escopolamina é menor do que 1%.
Distribuição
Devido a sua alta afinidade pelos receptores muscarínicos e nicotínicos, o butilbrometo de escopolamina é distribuído
principalmente nas células musculares das regiões abdominal e pélvica, assim como nos gânglios intramurais dos
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órgãos abdominais. A ligação do butilbrometo de escopolamina às proteínas plasmáticas (albumina) é de
aproximadamente 4,4%.
Estudos em animais demonstraram que o butilbrometo de escopolamina não atravessa a barreira hematoencefálica, mas
não há dados clínicos disponíveis sobre este efeito. Observou-se que o butilbrometo de escopolamina (1mM) pode
interagir com o transporte de colina (1,4 nM) em células epiteliais da placenta humana in vitro.
Seu início de ação no aparelho digestivo se dá entre 20 a 80 minutos após administração oral.
Metabolismo e eliminação
Após a administração oral de doses únicas entre 100 e 400 mg, a meia-vida terminal de eliminação variou entre 6,2 a
10,6 horas. A principal rota metabólica é a hidrólise da ligação éster. O butilbrometo de escopolamina administrado por
via oral é excretado nas fezes e na urina. Estudos em homens demonstraram que 2 a 5% de doses marcadas por
radioisótopos são eliminadas pela via renal após administração oral. Aproximadamente 90% da atividade radioativa
recuperada pode ser encontrada nas fezes após a administração oral. A excreção urinária de butilbrometo de
escopolamina é menor do que 0,1% da dose. As depurações médias aparentes após doses orais de 100 a 400 mg variou
de 881 a 1420 L/min, enquanto que os volumes de distribuição correspondentes para o mesmo intervalo de dose variou
de 6,13 a 11,3 x 105
L, provavelmente devido à baixa disponibilidade sistêmica. Os metabólitos excretados pela via
renal ligam-se fracamente aos receptores muscarínicos e, por essa razão, acredita-se que não contribuem para o efeito
do butilbrometo de escopolamina.
FURP-HIOSCINA é contraindicada nos seguintes casos:
- pacientes com hipersensibilidade conhecida ao butilbrometo de escopolamina ou a qualquer componente da fórmula
- miastenia gravis
- megacólon
Nos casos de condições hereditárias raras que possam ser incompatíveis com qualquer excipiente da formulação, o uso
de FURP-HIOSCINA é contraindicado.
FURP-HIOSCINA não é indicada na diarreia aguda ou persistente da criança.
FURP-HIOSCINA é contraindicada para uso por idosos especialmente sensíveis aos efeitos secundários dos
antimuscarínicos, como secura da boca e retenção urinária.
Caso a dor abdominal severa e de causa desconhecida persista ou piore, ou esteja associada a sintomas como febre,
náusea, vômito, alteração da motilidade gastrintestinal, aumento da sensibilidade abdominal, queda da pressão arterial,
desmaio, ou presença de sangue nas fezes, o paciente deve procurar o médico imediatamente.
Devido ao risco potencial de complicações anticolinérgicas, deve-se tomar precaução especial nos pacientes propensos
a glaucoma de ângulo fechado, assim como em pacientes suscetíveis a obstruções intestinais ou urinárias e em pacientes
propensos a taquiarritmias.
Até o momento não foram conduzidos estudos sobre os efeitos na capacidade de dirigir e operar máquinas.
Fertilidade, Gravidez e Lactação
Existem poucos dados disponíveis sobre o uso de butilbrometo de escopolamina em mulheres grávidas.
Em relação à toxicidade reprodutiva, estudos em animais não indicaram efeitos nocivos diretos ou indiretos.
FURP-HIOSCINA está classificado na categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Não há informações suficientes sobre a excreção de FURP-HIOSCINA e seus metabólitos no leite humano.
Como medida de precaução, é preferível evitar o uso de FURP-HIOSCINA durante a gravidez e a lactação.
FURP-HIOSCINA pode intensificar a ação anticolinérgica de medicamentos tais como antidepressivos tricíclicos
(amitriptilina, imipramina, nortriptilina), e tetracíclicos (mirtazapina, mianserina), anti-histamínicos (prometazina,
dexclorfeniramina, hidroxizina), antipsicóticos (clorpromazina, flufenazina, haloperidol), quinidina, amantadina,
disopiramida e outros anticolinérgicos (como tiotrópio, ipratrópio compostos similares à atropina).
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O uso concomitante de antagonistas da dopamina, como a metoclopramida, pode resultar numa diminuição da atividade
de ambos os fármacos no trato gastrintestinal.
FURP-HIOSCINA pode aumentar a ação taquicárdica dos agentes beta-adrenérgicos (como salbutamol, fenoterol,
almeterol).
Conserve este medicamento em temperatura ambiente (15 °C a 30 °C), protegido da luz e umidade.
Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico: comprimido revestido redondo branco.
Características organolépticas: comprimido sem odor ou sabor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Os comprimidos revestidos devem ser ingeridos inteiros, por via oral, com um pouco de líquido.
A dose recomendada para adultos e crianças acima de 6 anos é de 1 a 2 comprimidos (10-20 mg), 3 a 5 vezes ao dia.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
FURP-HIOSCINA não deve ser administrada de forma contínua ou por períodos prolongados sem que a causa da dor
abdominal seja investigada.
Muitos dos efeitos indesejáveis de FURP-HIOSCINA podem ser atribuídos às propriedades anticolinérgicas.
Em geral, os eventos são leves e desaparecem espontaneamente.
– Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100): reações cutâneas, urticária, prurido, taquicardia, boca seca, disidrose.
– Reações raras (>1/10.000 e < 1/1.000): retenção urinária.
– Reações com frequência desconhecida*: hipersensibilidade, reações anafiláticas, dispneia, choque anafilático, rash,
eritema.
* = Essas reações adversas foram observadas em experiência pós-comercialização. A frequência não é maior do que
incomum (3/1.368), mas pode ser menor, com 95% de certeza. Não é possível uma estimativa precisa da frequência,
uma vez que as reações adversas não ocorreram no banco de dados do estudo clínico com 1.368 pacientes.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
Sintomas
Em caso de superdose, podem ser observados efeitos anticolinérgicos.
Tratamento
Fármacos parassimpaticomiméticos devem ser administrados, se necessário. Em casos de glaucoma, o oftalmologista
deve ser consultado com urgência. Complicações cardiovasculares devem ser tratadas conforme os princípios
terapêuticos habituais. Em caso de parada respiratória, intubação e respiração artificial devem ser consideradas. Se
houver retenção urinária pode ser necessário o cateterismo vesical.
Adicionalmente, medidas de suporte apropriadas devem ser usadas quando necessário.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.