Bula do Gabapentina (Portaria 344/98- Lista C1) produzido pelo laboratorio Actavis Farmaceutica Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
gabapentina
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS DE IDADE
Dor neuropática: uso adulto acima de 18 anos de idade.
Epilepsia: uso adulto e pediátrico acima de 12 anos de idade.
APRESENTAÇÕES:
Embalagens com 30 cápsulas de 300 mg e 400 mg.
COMPOSIÇÃO:
Cada cápsula de 300 mg contém:
gabapentina .........................................................................................................................................................................................................300 mg
Cada cápsula de 400 mg contém:
gabapentina .........................................................................................................................................................................................................400 mg
Excipientes (qsp para 1 cápsula): lactose monoidratada, amido e talco.
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Epilepsia
Gabapentina é indicada como monoterapia no tratamento de crises parciais com ou sem generalização secundária, em adultos e em crianças a
partir de 12 anos de idade. A segurança e eficácia da monoterapia em crianças com menos de 12 anos de idade não foram estabelecidas (vide item
8 – “Posologia e Modo de Usar – Pacientes Adultos e Pediátricos a Partir de 12 Anos de Idade”).
Gabapentina também é indicada como terapêutica adjuvante no tratamento de crises parciais com ou sem generalização secundária em adultos e
em crianças a partir de 12 anos de idade.
Dor Neuropática
Gabapentina é indicada para o tratamento da dor neuropática em adultos a partir de 18 anos de idade. A segurança e eficácia em pacientes com
menos de 18 anos não foi estabelecida.
Neuralgia pós-herpética
Gabapentina foi avaliada para o controle da neuralgia pós-herpética (NPH) em 2 estudos multicêntricos, randomizados, duplo-cegos, controlados
por placebo, com N=563 pacientes na população de intenção de tratamento (ITT) (Tabela 1). Os pacientes eram admitidos no estudo se
continuassem sentindo dor por mais de 3 meses após a cura da erupção cutânea por herpes zoster.
TABELA 1
Estudos Controlados de NPH: Duração, Doses e Número de Pacientes.
Estudo
Duração do
Gabapentina (mg/dia)a
Dose-Alvo
Pacientes tratados com
gabapentina
placebo
1 8 semanas 3.600 113 116
2 7 semanas 1.800, 2.400 223 111
Total 336 227
a
Dividido em 3 doses (3vezes/dia)
Cada estudo incluiu uma fase inicial de 1 semana, durante a qual os pacientes foram selecionados quanto à elegibilidade e uma fase duplo-cega
de 7 ou 8 semanas de duração (3 ou 4 semanas de titulação e 4 semanas de dose fixa). Os pacientes iniciaram o tratamento com titulação até o
máximo de 900 mg/dia de gabapentina durante 3 dias. As doses foram então tituladas em incrementos de 600 a 1.200 mg/dia, a intervalos de 3 a 7
dias até a dose-alvo, por 3 a 4 semanas. No Estudo 1, os pacientes continuariam recebendo as doses mais baixas se não conseguissem atingir a
dose-alvo. Durante a fase inicial e o tratamento, os pacientes registraram a dor em um diário por meio de uma escala numérica de gradação da dor
de 11 pontos, variando de 0 (sem dor) a 10 (pior dor possível). Foi exigida para randomização uma pontuação média de dor durante a fase inicial
de no mínimo 4 (o valor médio de dor na fase inicial para os Estudos 1 e 2 combinados foi de 6,4). As análises foram conduzidas utilizando-se a
população de intenção de tratamento (todos os pacientes randomizados que receberam pelo menos uma dose do medicamento em estudo).
Os dois estudos apresentaram diferenças significativas em comparação ao placebo em todas as doses testadas.
Foi observada uma redução significativa nas pontuações médias semanais de dor durante a Semana 1 nos dois estudos e as diferenças
significativas foram mantidas até o final do tratamento. Foram observados efeitos comparáveis em todos os braços ativos de tratamento. O
modelo farmacocinético/ farmacodinâmico forneceu evidências confirmatórias da eficácia em todas as doses.
A proporção de pacientes que responderam ao tratamento (pacientes que relataram melhora de pelo menos 50% no desfecho da pontuação da dor
em comparação com a fase inicial) foi calculada para cada estudo.
Epilepsia
A eficácia de gabapentina como terapia adjuvante (adicionado a outros antiepilépticos) foi estabelecida em estudos multicêntricos, controlados
por placebo, duplo-cegos, de grupos paralelos conduzidos em pacientes adultos e pediátricos (a partir de 3 anos de idade) com crises parciais
refratárias.
Evidências da eficácia foram obtidas em três estudos conduzidos em 705 pacientes (a partir de12 anos de idade). Os pacientes admitidos nos
estudos apresentavam história de pelo menos 4 crises parciais por mês apesar de receberem um ou mais fármacos anticonvulsivantes em níveis
terapêuticos e foram avaliados com seus respectivos esquemas terapêuticos antiepilépticos estabelecidos durante um período inicial de 12
semanas (6 semanas no estudo de pacientes pediátricos). Nos pacientes que continuaram a apresentar pelo menos 2 (ou 4 em alguns estudos)
crises por mês, gabapentina ou placebo foram então adicionados à terapia existente durante um período de tratamento de 12 semanas. A eficácia
foi avaliada principalmente com base na porcentagem de pacientes com redução igual ou superior a 50% na frequência de crises com o
tratamento em relação ao basal (“taxa de pacientes responsivos”) e uma medida derivada denominada razão de resposta, uma medida da alteração
definida como (T - B) / (T + B), em que B é a frequência de crises do paciente na fase inicial e T é a frequência de crises do paciente durante o
tratamento. A razão de resposta distribui-se no intervalo de -1 a +1. O valor zero indica que não ocorreu alteração, ao passo que a eliminação
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completa das crises receberia um valor de -1 e o aumento das taxas de crises receberia valores positivos. A razão de resposta de -0,33
corresponde a uma redução de 50% na frequência de crises. Os resultados apresentados a seguir são para todas as crises parciais na população de
intenção de tratamento (todos os pacientes que receberam qualquer dose de tratamento) em cada estudo, a menos que indicado de outra forma.
Um estudo comparou gabapentina 1.200 mg/dia divididos em 3 doses ao dia com o placebo. A taxa de pacientes responsivos foi de 23% (14/61)
no grupo que recebeu gabapentina e de 9% (6/66) no grupo que recebeu placebo.
A diferença entre os grupos foi estatisticamente significativa. A razão de resposta também foi melhor no grupo gabapentina (-0,199) do que no
grupo placebo (-0,044), uma diferença que também atingiu significância estatística.
Um segundo estudo comparou 1.200 mg/dia de gabapentina (N=101) divididos em 3 doses ao dia com o placebo (N=98). Grupos menores de
doses adicionais de gabapentina (600 mg/dia, N=53; 1.800 mg/dia, N=54) também foram estudados para obter informações sobre a resposta à
dose. A taxa de pacientes responsivos foi mais alta no grupo gabapentina 1.200 mg/dia (16%) do que no grupo placebo (8%), porém a diferença
não foi estatisticamente significativa. A taxa de pacientes responsivos com 600 mg (17%) também não foi significativamente maior do que a do
placebo, porém a taxa do grupo responsivo de 1.800 mg (26%) foi significativamente superior em relação ao grupo placebo. A razão de resposta
foi melhor para o grupo gabapentina de 1.200 mg/dia (-0,103) do que para o placebo (-0,022); porém esta diferença também não foi significativa
(p = 0,224). Foi observada resposta melhor nos grupos que recebiam gabapentina 600 mg/dia (-0,105) e 1.800 mg/dia (-0,222) do que no que
recebia 1.200 mg/dia, com o grupo de 1.800 mg/dia atingindo significância estatística em comparação ao placebo.
Um terceiro estudo comparou gabapentina 900 mg/dia divididos em 3 doses ao dia (N=111) e placebo (N=109).
Um grupo adicional de gabapentina 1.200 mg/dia (N=52) forneceu dados de dose-resposta. Foi observada diferença estatisticamente significativa
na taxa de pacientes responsivos para o grupo gabapentina de 900 mg/dia (22%) em comparação ao grupo placebo (10%). A razão de resposta
também foi significativamente superior para o grupo gabapentina 900 mg/dia (-0,119) em comparação ao placebo (-0,027), assim como ocorreu
no grupo gabapentina de 1.200 mg/dia (-0,184) em comparação ao placebo.
Também foram realizadas análises em cada estudo para examinar o efeito de gabapentina sobre a prevenção das crises tônico-clônicas
secundárias generalizadas. Os pacientes que experimentaram tais crises na fase inicial ou no período de tratamento nos três estudos controlados
por placebo foram incluídos nestas análises. Houve várias comparações de razões de resposta que apresentaram vantagem estatisticamente
significativa para gabapentina em comparação ao placebo e tendências favoráveis para quase todas as comparações.
A análise da taxa de pacientes responsivos utilizando dados combinados dos três estudos e de todas as doses (N=162, gabapentina; N=89,
placebo) também demonstrou uma vantagem significativa para gabapentina sobre o placebo na redução da frequência de crises tônico-clônicas
secundárias generalizadas.
Em dois dos três estudos controlados, foi utilizada mais do que uma dose de gabapentina. Dentro de cada estudo, os resultados não apresentaram
uma resposta consistentemente elevada em relação à dose. No entanto, observando os estudos, fica evidente uma tendência para o aumento da
eficácia com o aumento da dose (ver Figura 1).
Figura 1. Taxa de pacientes responsivos recebendo gabapentina, expressa como uma diferença em relação ao placebo por dose e estudo: estudos
de terapia adjuvante em pacientes 12 anos apresentando crises parciais.
Na figura 1, está traçada a magnitude do efeito do tratamento, medida no eixo Y como a diferença na proporção de pacientes designados a receber
gabapentina e placebo que atingiram redução igual ou superior a 50% na frequência de crises em relação à frequência inicial e à dose diária
administrada de gabapentina (eixo X).
Embora não tenha sido realizada análise formal por sexo, as estimativas de resposta (razão de resposta) dos estudos clínicos (398 homens, 307
mulheres) indicam que não existem diferenças importantes relativas ao sexo dos pacientes. Não houve padrão consistente indicativo de que a
idade apresentasse qualquer efeito sobre a resposta à gabapentina. Não houve número suficiente de pacientes de outras raças além da Caucasiana
que possibilitasse uma comparação de eficácia entre os grupos étnicos.
Referência Bibliográfica
Physicians’ Desk Reference®
. Medical Economics Company 2004; 58: 2559 – 2564.
Propriedades Farmacodinâmicas
A gabapentina penetra rapidamente no cérebro e previne convulsões em uma série de modelos animais de epilepsia. A gabapentina não possui
afinidade pelos receptores GABAA ou GABAB nem altera o metabolismo de GABA. Não se liga a outros receptores neurotransmissores do
cérebro e não interage com os canais de sódio. A gabapentina liga-se com alta afinidade à subunidade α2δ (alfa-2-delta) dos canais de cálcio
voltagem-dependentes e é proposto que a ligação à subunidade α2δ esteja envolvida nos efeitos anticonvulsivantes da gabapentina em animais. A
triagem alargada não sugere outro alvo do fármaco além de α2δ. Evidências de vários modelos pré-clínicos atestam que a atividade farmacológica
da gabapentina pode ser mediada pela ligação à α2δ através da redução da liberação de neurotransmissores excitatórios em regiões do sistema
nervoso central. Tal atividade pode sustentar a atividade anticonvulsivante da gabapentina. A relevância dessas ações da gabapentina sobre os
efeitos anticonvulsivantes em humanos ainda não foi estabelecida. A gabapentina também apresenta eficácia em vários modelos pré-clínicos
animais de dor. Propõe-se que a ligação específica da gabapentina à subunidade α2δ resulta em várias ações diferentes que podem ser
responsáveis pela ação analgésica em modelos animais. Os efeitos analgésicos da gabapentina podem ocorrer na medula espinhal, bem como em
centros cerebrais superiores por meio de interações com as vias descendentes inibitórias da dor. A relevância dessas propriedades pré-clínicas
para a ação terapêutica em humanos é desconhecida.
Propriedades Farmacocinéticas
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A biodisponibilidade da gabapentina não é proporcional à dose. Isto é, quando a dose aumenta, a biodisponibilidade diminui. Os picos de
concentração plasmática de gabapentina são observados de 2 a 3 horas após a administração oral. A biodisponibilidade absoluta de gabapentina
cápsula é de aproximadamente 60%. A alimentação, incluindo dietas ricas em gorduras, não tem efeito sobre a farmacocinética da gabapentina.
A eliminação da gabapentina plasmática é melhor descrita pela farmacocinética linear. A meia-vida de eliminação da gabapentina independe da
dose e é, em média, de 5 a 7 horas.
A farmacocinética da gabapentina não é afetada por administrações múltiplas e as concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio são
previsíveis a partir dos dados de dose única. Embora as concentrações plasmáticas da gabapentina nos ensaios clínicos tenham estado geralmente
entre 2 g/mL e 20 g/mL, tais concentrações não permitem prever a segurança ou a eficácia. As concentrações plasmáticas de gabapentina são
proporcionais às doses de 300 mg ou de 400 mg, administradas a cada 8 horas. Os parâmetros farmacocinéticos estão descritos na Tabela 2.
TABELA 2
Resumo dos parâmetros farmacocinéticos médios (% DP) da gabapentina, no estado de equilíbrio,
após administração a cada 8 horas
Parâmetro Farmacocinético
300 mg
(N = 7)
400 mg
(N = 11)
Cmáx (g/mL) 4,02 (24) 5,50 (21)
tmáx (h) 2,7 (18) 2,1 (47)
t1/2 (h) 5,2 (12) 6,1 (ND)
AUC (0-) (g.h/mL) 24,8 (24) 33,3 (20)
Ae% NA (NA) 63,6 (14)
% DP = Desvio padrão;
ND = Não determinado;
NA = Não disponível;
Ae% = porcentagem de gabapentina inalterada que é excretada pela urina.
A gabapentina não se liga às proteínas plasmáticas e possui um volume de distribuição equivalente a 57,7 litros.
Em pacientes com epilepsia, as concentrações de gabapentina no líquido cefalorraquidiano (LCR) são correspondentes a aproximadamente 20%
da concentração plasmática no estado de equilíbrio. A gabapentina é eliminada exclusivamente por excreção renal. Não há evidência da
ocorrência de metabolismo em seres humanos. A gabapentina não induz as enzimas oxidases hepáticas de função mista, responsáveis pelo
metabolismo dos fármacos.
Em pacientes idosos e em pacientes com insuficiência renal, o clearance plasmático da gabapentina é reduzido.
A constante da taxa de eliminação, o clearance plasmático e o clearance renal da gabapentina são diretamente proporcionais ao clearance da
creatinina.
A gabapentina é removida do plasma por hemodiálise. Recomenda-se um ajuste da dose em pacientes com função renal comprometida ou sob
hemodiálise (vide item 8. “Posologia e Modo de Usar - Ajuste de Dose na Insuficiência Renal em Pacientes com Dor Neuropática ou Epilepsia” e
“Ajuste de Dose em Pacientes sob Hemodiálise”).
Em um estudo farmacocinético com 24 lactentes e crianças saudáveis, pacientes entre 1 mês e 48 meses de idade, alcançou exposição de
aproximadamente 30% menor (AUC) do que a observada em pacientes pediátricos com mais de 5 anos de idade. A Cmáx foi menor e o clearance
por peso corporal foi maior em lactentes e em crianças.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Carcinogênese
A gabapentina foi administrada na dieta de camundongos, nas doses de 200, 600 e 2000 mg/kg/dia e de ratos, nas doses de 250, 1000 e 2000
mg/kg/dia, durante 2 anos. Um aumento estatisticamente significativo na incidência de tumores de células acinares pancreáticas foi observado
somente em ratos machos que receberam a dose mais elevada. Os picos das concentrações plasmáticas do fármaco em ratos, com a dose de 2000
mg/kg/dia, foram 10 vezes maiores que as concentrações plasmáticas em humanos que receberam a dose de 3600 mg/dia. Os tumores de células
acinares pancreáticas em ratos machos foram neoplasias de baixo grau, que não afetaram a sobrevida, não originaram metástases ou invadiram os
tecidos vizinhos e foram semelhantes aos observados nos animais controles. Não está clara a relevância destes tumores de células acinares
pancreáticas de ratos machos ao risco carcinogênico em humanos.
Mutagênese
A gabapentina não demonstrou potencial genotóxico. Não se mostrou mutagênica in vitro, em testes padrões empregando células de mamíferos
ou bacterianas. Também não induziu aberrações estruturais dos cromossomos em células de mamíferos in vitro ou in vivo e não induziu a
formação de micronúcleos na medula óssea de hamsters.
Alterações da Fertilidade
Não foram observados efeitos adversos sobre a fertilidade ou sobre a reprodução em ratos, em doses de até 2000 mg/kg (aproximadamente 5
vezes a dose humana diária máxima na base de mg/m2
).
Teratogênese
Comparando-se aos controles, a gabapentina não aumentou a incidência de malformações na prole de camundongos, ratos ou coelhos em doses
de até 50, 30 e 25 vezes, respectivamente, a dose humana diária de 3600 mg (4, 5 ou 8 vezes, respectivamente, a dose diária humana na base de
mg/m2
A gabapentina induziu ossificação tardia do crânio, das vértebras e das patas dianteiras e traseiras de roedores, indicando um atraso do
crescimento fetal. Estes efeitos ocorreram quando fêmeas prenhas de camundongo receberam doses orais de 1000 ou de 3000 mg/kg/dia durante a
organogênese e em ratas nas quais foram administradas doses de 500, 1000, ou 2000 mg/kg/dia antes e durante o acasalamento e durante toda a
gestação.
Estas doses são de aproximadamente 1 a 5 vezes a dose recomendada de 3600 mg para humanos na base de mg/m2
.
Não foram observados efeitos em fêmeas prenhas de camundongo que receberam 500 mg/kg/dia (aproximadamente metade da dose diária
humana na base de mg/m2
Foi observado um aumento na incidência de hidroureter e/ou hidronefrose em ratas que receberam 2000 mg/kg/dia em um estudo de reprodução
geral e de fertilidade; 1500 mg/kg/dia em um estudo de teratogênese; e 500, 1000 e 2000 mg/kg/dia em um estudo peri e pós-natal. A
significância destes resultados é desconhecida, mas foi associada ao retardo no desenvolvimento. Estas doses também são aproximadamente 1 a 5
vezes a dose humana de 3600 mg na base de mg/m2
Em um estudo de teratogênese em coelhos, observou-se um aumento na incidência de perda fetal pós-implantação, em doses de 60, 300 e 1500
mg/kg/dia durante a organogênese. Estas doses são aproximadamente ¼ a 8 vezes a dose diária humana de 3600 mg na base de mg/m2
Gabapentina é contraindicada a pacientes com hipersensibilidade à gabapentina ou a outros componentes da fórmula.
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Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.
Gerais
Embora não haja evidência de crises de rebote com a gabapentina, a suspensão abrupta de anticonvulsivantes em pacientes epilépticos pode
precipitar o estado de mal epiléptico (vide item 8. “Posologia e Modo de Usar”). Quando por julgamento clínico houver a necessidade de redução
de dose, descontinuação ou substituição por um fármaco anticonvulsivante alternativo, isto deve ser feito gradualmente, durante no mínimo uma
semana.
Geralmente, gabapentina não é considerada eficaz no tratamento de crises de ausência.
O tratamento com gabapentina tem sido associado com tonturas e sonolência, que podem aumentar a ocorrência de lesões acidentais (quedas). Há
também relatos, na pós-comercialização, de confusão, perda de consciência e comprometimento mental. Assim, os pacientes devem ser avisados
para tomarem precauções até que estejam familiarizados com os potenciais efeitos da medicação.
Pacientes que necessitem de tratamento concomitante com opioides podem apresentar aumentos das concentrações de gabapentina. Os pacientes
devem ser observados cuidadosamente sobre sinais de depressão do sistema nervoso central (SNC), como sonolência, sedação e depressão
respiratória e as doses de gabapentina ou de opioides devem ser reduzidas apropriadamente (vide item 6. “Interações Medicamentosas”).
Não se deve ultrapassar o intervalo de 12 horas entre as doses de gabapentina para prevenir a reincidência de convulsões.
Casos de abuso e dependência foram relatados no banco de dados pós-comercialização. Como acontece com qualquer medicamento ativo no
sistema nervoso central (SNC), avalie cuidadosamente os pacientes quanto a um histórico de abuso de medicamentos e observe-os quanto a
possíveis sinais de abuso de gabapentina.
Reações de hipersensibilidade sistêmica fatal grave, como rash com eosinofilia e sintomas sistêmicos, tem sido relatados em pacientes tomando
antiepilépticos incluindo gabapentina.
É importante notar que manifestações precoces de hipersensibilidade, tais como febre ou linfadenopatia, podem estar presentes mesmo que o rash
não esteja. Caso esses sinais ou sintomas estejam presentes, o paciente deve ser avaliado imediatamente. A gabapentina deve ser descontinuada se
uma etiologia alternativa para os sinais ou sintomas não puder ser estabelecida.
Fertilidade
Não há efeito sobre a fertilidade em estudos com animais. (vide item 3. “Características farmacológicas” – “Dados de segurança pré-clínicos”).
Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de diabetes.
Uso Durante a Gravidez e Lactação
Uso Durante a Gravidez
Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Devido aos estudos de reprodução em animais nem sempre serem um
indicativo da resposta em humanos, gabapentina deve ser utilizada durante a gravidez apenas se o potencial benefício para a paciente justificar o
possível risco para o feto (vide item 3. “Características Farmacológicas” – “Dados de Segurança Pré-Clínicos” – “Teratogênese”).
Uso Durante a Lactação
A gabapentina é excretada no leite materno. Devido ao efeito no lactente ser desconhecido, deve-se ter cuidado ao administrar gabapentina em
lactantes. Gabapentina deve ser utilizada em lactantes apenas se os benefícios superarem os riscos para o bebê.
Gabapentina é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por
mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
O paciente só poderá executar estas atividades caso saiba que o medicamento não afeta as suas habilidades.
Uso em Pacientes Pediátricos
Epilepsia
Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia da monoterapia em crianças menores de 12 anos (vide item 8. “Posologia e Modo de Usar”).
Dor Neuropática
Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia em pacientes menores de 18 anos.
USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO
Uso em idosos: vide item 8. “Posologia e Modo de Usar”.
Uso em crianças: vide item 5. “Advertências e Precauções”.
Uso durante a gravidez e lactação: gabapentina deve ser utilizada em lactantes e/ou grávidas apenas se os benefícios superarem os riscos (vide
item 5. “Advertências e Precauções”).
Uso em pacientes com insuficiência renal ou sob hemodiálise: vide item 8. “Posologia e Modo de Usar”.
Existem relatos espontâneos e casos na literatura sobre depressão respiratória e/ou sedação associados ao uso de gabapentina e de opioides. Em
alguns desses relatos, os autores consideraram essa como sendo uma preocupação particular com a combinação de gabapentina e opioides,
especialmente em pacientes idosos.
Morfina
Em estudos envolvendo voluntários sadios (N=12), quando uma cápsula de liberação controlada de 60 mg de morfina foi administrada 2 horas
antes de uma cápsula de 600 mg de gabapentina, a AUC média da gabapentina aumentou em 44% comparada a gabapentina administrada sem
morfina. Isto foi associado a um aumento no limiar de dor (cold-pressor test). O significado clínico destas alterações não foi definido. Os valores
dos parâmetros farmacocinéticos não foram afetados pela administração da gabapentina 2 horas após a de morfina. Os efeitos colaterais
observados, mediados por opioides associados à administração da gabapentina e da morfina não foram significativamente diferentes dos
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associados à morfina e ao placebo. A magnitude da interação em outras doses não é conhecida (vide item 5. “Advertências e Precauções –
Geral”).
Não foram observadas interações entre a gabapentina e o fenobarbital, a fenitoína, o ácido valproico ou a carbamazepina. Os perfis
farmacocinéticos da gabapentina no estado de equilíbrio são similares para indivíduos sadios e para pacientes epilépticos recebendo estes
medicamentos anticonvulsivantes.
A coadministração de gabapentina com contraceptivos orais contendo noretindrona e/ou etinilestradiol não influencia a farmacocinética no
estado de equilíbrio de qualquer um dos componentes.
A coadministração de gabapentina com antiácidos contendo alumínio e magnésio reduz a biodisponibilidade da gabapentina em cerca de 20%.
Recomenda-se que a gabapentina seja administrada 2 horas após o uso de antiácidos.
A excreção renal da gabapentina não é alterada pela probenecida.
Uma leve redução na excreção renal de gabapentina, que é observada quando este fármaco é coadministrado com cimetidina, parece não ter
importância clínica.
Exames Laboratoriais
Foram relatados resultados falso-positivos no teste Ames N-Multistix SG®
quando a gabapentina foi associada a outros fármacos
anticonvulsivantes. Para se determinar a proteinúria, recomenda-se o procedimento mais específico de precipitação do ácido sulfossalicílico.
Gabapentina cápsulas deve ser conservada em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e umidade.
O produto tem prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
Características físicas e organolépticas do produto:
Gabapentina 300 mg apresenta-se na forma de cápsulas de gelatina dura, amarelas, contendo um pó de coloração branca a quase branca.
Gabapentina 400 mg apresenta-se na forma de cápsulas de gelatina dura, laranjas, contendo um pó de coloração branca a quase branca.
Gabapentina é administrada por via oral, com quantidade suficiente de líquido para deglutição, podendo ser ingerido com ou sem alimentos.
Cada cápsula de gabapentina 300 mg ou 400 mg contém o equivalente a 300 mg ou 400 mg de gabapentina, respectivamente.
Geral
Quando por julgamento clínico houver a necessidade de redução de dose, descontinuação ou substituição por um fármaco alternativo, isto deve
ser feito gradualmente, durante no mínimo uma semana.
Epilepsia
Adultos e Pacientes pediátricos a partir de 12 anos de idade
Em estudos clínicos, a faixa de dose eficaz variou de 900mg/dia a 3600 mg/dia. O tratamento pode ser iniciado com a administração de 300 mg, 3
vezes ao dia no 1º dia, ou ajustando-se a dose (Tabela 3). Então, a dose pode ser aumentada em 3 doses igualmente divididas até um máximo de
3600 mg/dia. Doses de até 4800 mg/dia foram bem toleradas em estudos clínicos abertos, em longo prazo. O intervalo máximo entre as doses no
esquema de 3 vezes ao dia não deve ultrapassar 12 horas, para prevenir a reincidência de convulsões.
TABELA 3
Esquema de Dosagem - Titulação Inicial
Dose Dia 1 Dia 2 Dia 3
MANHÃ ------ 300 mg 300 mg
TARDE ------ ------ 300 mg
NOITE 300 mg 300 mg 300 mg
Dor Neuropática
Adultos
A dose inicial é de 900 mg/dia, administrada em 3 doses igualmente divididas e aumentada se necessário com base na resposta ao tratamento até
uma dose máxima de 3600 mg/dia. O tratamento deve ser iniciado titulando-se a dose (Tabela 3).
Ajuste de dose na insuficiência renal em pacientes com dor neuropática ou epilepsia
O ajuste da dose é recomendado a pacientes com comprometimento de função renal (Tabela 4) e/ou em pacientes sob hemodiálise.
TABELA 4
Doses de gabapentina baseadas na função renal de adultos
Clearance da creatinina (mL/min) Dose Diária Total a
(mg/dia)
80 900 – 3600
50 – 79 600 – 1800
30 – 49 300 – 900
15 – 29 150b
– 600
< 15 150b
– 300
a
a dose diária total deve ser administrada conforme a posologia de 3 vezes ao dia. As doses usadas para tratar os pacientes com
função renal normal (clearance da creatinina > 80 mL/min) variam de 900mg/dia a 3600 mg/dia. As doses devem ser reduzidas em
pacientes com insuficiência renal (clearance da creatinina < 79 mL/min).
b
deve ser administrado 300 mg, em dias alternados.
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Ajuste de Dose em Pacientes Idosos
As mesmas doses recomendadas para adultos, tanto para epilepsia como para dor neuropática, podem ser administradas em pacientes idosos. Para
pacientes com função renal comprometida, a dose deve ser ajustada conforme a Tabela 4.
Ajuste de Dose em Pacientes sob Hemodiálise
Para os pacientes submetidos à hemodiálise que nunca receberam gabapentina, é recomendada uma dose de ataque de 300 mg a 400 mg e,
posteriormente doses de 200 mg a 300 mg de gabapentina após cada 4 horas de hemodiálise.
Dose Omitida
Caso o paciente esqueça de administrar gabapentina no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e utilizar a próxima. Neste caso, o
paciente não deve utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas.
O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Epilepsia
A segurança de gabapentina foi avaliada em mais de 2000 indivíduos e em pacientes participantes de estudos de terapêutica de associação. O
fármaco foi bem tolerado. Deste total, 543 pacientes participaram de estudos clínicos controlados. Como gabapentina foi frequentemente
administrada em associação a outros fármacos anticonvulsivantes, não foi possível determinar qual(is) fármaco(s) foi(ram) responsável(is) pelos
eventos adversos.
Gabapentina também foi avaliada como monoterapia em mais de 600 pacientes. Os eventos adversos observados foram geralmente de intensidade
leve a moderada.
Incidência em Estudos Clínicos Controlados da Terapêutica de Associação
A Tabela 5 lista os sinais e sintomas que surgiram com o tratamento em pelo menos 1% dos pacientes com crises parciais que participaram de
estudos placebo-controlados como terapêutica de associação. Nestes estudos, tanto a gabapentina quanto o placebo foram administrados a
pacientes recebendo outros fármacos anticonvulsivantes.
Os eventos adversos mais frequentemente relatados foram considerados de intensidade leve a moderada.
TABELA 5
Resumo dos sinais e sintomas que surgiram com o tratamento em ≥ 1% dos pacientes tratados com
gabapentina em estudos placebo-controlados na terapia de associação
COSTART
Sistema / Eventos Adversos (EA)
gabapentina a
(N = 543)
nº de pacientes %
placebo a
(N = 378)
Geral
Dor abdominal 10 1,8 9 2,4
Dor lombar 10 1,8 2 0,5
Fadiga 60 11,0 19 5,0
Febre 7 1,3 5 1,3
Cefaleia 44 8,1 34 9,0
Infecção viral 7 1,3 8 2,1
Cardiovascular
Vasodilatação 6 1,1 1 0,3
Digestivo
Constipação 8 1,5 3 0,8
Anormalidades dentárias 8 1,5 1 0,3
Diarreia 7 1,3 8 2,1
Dispepsia 12 2,2 2 0,5
Aumento do apetite 6 1,1 3 0,8
Boca ou garganta seca 9 1,7 2 0,5
Náusea e/ou vômito 33 6,1 27 7,1
Hematológico e Linfático
Leucopenia 6 1,1 2 0,5
Diminuição da contagem de glóbulos brancos 6 1,1 2 0,5
Metabólico e Nutricional
Edema periférico 9 1,7 2 0,5
Ganho de peso 16 2,9 6 1,6
Musculoesquelético
Fratura 6 1,1 3 0,8
Mialgia 11 2,0 7 1,9
Nervoso
Amnésia 12 2,2 0 0,0
Ataxia 68 12,5 21 5,6
Confusão 9 1,7 7 1,9
Coordenação anormal 6 1,1 1 0,3
Depressão 10 1,8 4 1,1
Tontura 93 17,1 26 6,9
Disartria 13 2,4 2 0,5
Instabilidade emocional 6 1,1 5 1,3
Insônia 6 1,1 7 1,9
Nervosismo 13 2,4 7 1,9
Nistagmo 45 8,3 15 4,0
Sonolência 105 19,3 33 8,7
7
Pensamento anormal 9 1,7 5 1,3
Tremor 37 6,8 12 3,2
Abalos musculares 7 1,3 2 0,5
Respiratório
Tosse 10 1,8 5 1,3
Faringite 15 2,8 6 1,6
Rinite 22 4,1 14 3,7
Pele e Anexos
Escoriação 7 1,3 0 0,0
Acne 6 1,1 5 1,3
Prurido 7 1,3 2 0,5
Rash 8 1,5 6 1,6
Sentidos Especiais
Ambliopia 23 4,2 4 1,1
Diplopia 32 5,9 7 1,9
Urogenital
Impotência 8 1,5 4 1,1
a
inclui tratamento concomitante com fármacos anticonvulsivantes.
Outros eventos adversos observados durante todos os estudos clínicos
Terapêutica de Associação
São resumidos a seguir os eventos que ocorreram em pelo menos 1% dos participantes do estudo com epilepsia, que receberam gabapentina em
terapêutica de associação em qualquer estudo clínico e que não foram descritos no item anterior, como sinais e sintomas que frequentemente
ocorreram durante os estudos placebo-controlados.
Geral: astenia, mal-estar, edema facial.
Sistema cardiovascular: hipertensão.
Sistema digestivo: flatulência, anorexia, gengivite.
Sistemas hematológico e linfático: púrpura mais frequentemente descrita como contusões resultantes de trauma.
Sistema musculoesquelético: artralgia.
Sistema nervoso: vertigem; hipercinesia; aumento, diminuição ou ausência de reflexos; parestesia; ansiedade; hostilidade.
Sistema respiratório: pneumonia.
Sistema urogenital: infecção do trato urinário.
Sentidos especiais: visão anormal, mais frequentemente descrita como um distúrbio da visão.
Monoterapia
Não foram relatados eventos adversos inesperados ou novos durante os estudos clínicos em monoterapia.
Tonturas, ataxia, sonolência, parestesia e nistagmo correlacionaram-se à dose ao se comparar 300 mg/dia a 3600 mg/dia.
Uso em Pacientes Idosos:
Cinquenta e nove indivíduos com idade a partir de 65 anos receberam gabapentina em estudos clínicos pré-comercialização. Os efeitos adversos
relatados entre estes pacientes não diferiram do tipo de efeitos adversos relatados por indivíduos mais jovens. Para pacientes com a função renal
comprometida, deve ser feito o ajuste da dose (vide item 8. “Posologia e Modo de Usar - Ajuste de Dose na Insuficiência Renal em Pacientes
com Dor Neuropática ou Epilepsia” e “Ajuste de Dose em Pacientes sob Hemodiálise”).
Interrupção do Tratamento Devido a Eventos Adversos
Aproximadamente 7% dos mais de 2000 voluntários sadios e pacientes com epilepsia, espasticidade ou enxaqueca, que receberam gabapentina
em estudos clínicos, descontinuaram o tratamento devido a eventos adversos.
Em todos os estudos clínicos, os eventos que ocorreram mais frequentemente e que contribuíram para a descontinuação do tratamento com a
gabapentina incluíram sonolência, ataxia, tontura, fadiga e náusea e/ou vômito. Quase todos os participantes tiveram queixas múltiplas e
nenhuma delas pôde ser caracterizada como primária.
Em estudos anteriores à comercialização, aproximadamente 8% dos 659 pacientes que receberam gabapentina como monoterapia ou passaram
para a monoterapia, descontinuaram o tratamento devido a um evento adverso.
Os eventos adversos mais comumente associados com a descontinuação foram tontura, nervosismo, ganho de peso, náusea e/ou vômito e
sonolência.
Dor Neuropática
TABELA 6
Resumo dos sinais e sintomas que surgiram com o tratamento em 1% de pacientes tratados com
gabapentina em estudos de dor neuropática placebo-controlados
Sistema/Eventos Adversos
gabapentina
(N = 821)
placebo
(N = 537)
Dor abdominal 23 2,8 17 3,2
Lesão acidental 32 3,9 17 3,2
Astenia 41 5,0 25 4,7
Dor lombar 19 2,3 8 1,5
Sintomas de gripe 21 2,6 14 2,6
Cefaleia 45 5,5 33 6,1
Infecção 38 4,6 40 7,4
Dor 30 3,7 36 6,7
Constipação 19 2,3 9 1,7
Diarreia 46 5,6 24 4,5
8
Boca seca 27 3,3 5 0,9
Dispepsia 16 1,9 10 1,9
Flatulência 14 1,7 6 1,1
Náusea 45 5,5 29 5,4
Vômito 16 1,9 13 2,4
Edema periférico 44 5,4 14 2,6
Ganho de peso 14 1,7 0 0,0
Alteração da marcha 9 1,1 0 0,0
Amnésia 15 1,8 3 0,6
Ataxia 19 2,3 0 0,0
Confusão 15 1,8 5 0,9
Tontura 173 21,1 35 6,5
Hipestesia 11 1,3 3 0,6
Sonolência 132 16,1 27 5,0
Pensamento anormal 12 1,5 0 0,0
Tremor 9 1,1 6 1,1
Vertigem 8 1,0 2 0,4
Dispneia 9 1,1 3 0,6
Faringite 15 1,8 7 1,3
Rash 14 1,7 4 0,7
Ambliopia 15 1,8 2 0,4
Experiência Pós-Comercialização
Foram relatadas mortes súbitas inexplicadas em que a relação causal com o tratamento com gabapentina não foi estabelecida. Os eventos
adversos adicionais relatados pós-comercialização incluem aumento da creatina fosfoquinase sérica, rabdomiólises, insuficiência renal aguda,
reação alérgica incluindo urticária, alopecia, angioedema, hiperglicemia e hipoglicemia (mais frequente em pacientes diabéticos), hipertrofia da
mama, dor no peito, DRESS, elevação nos testes de função hepática, eritema multiforme, queda, edema generalizado, ginecomastia, alucinações,
hepatite, hipersensibilidade incluindo reações sistêmicas, icterícia, perda de consciência, distúrbios de movimento tais como coreoatetose,
discinesia e distonia, mioclonia, palpitação, pancreatite, disfunção sexual (incluindo alterações na libido, distúrbios de ejaculação e anorgasmia),
síndrome de Stevens-Johnson, trombocitopenia, tinido e incontinência urinária.
Também foram relatados eventos adversos após a descontinuação abrupta de gabapentina. Os eventos mais frequentemente relatados foram
ansiedade, insônia, náusea, dor e sudorese.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.