Bula do Gadovist produzido pelo laboratorio Bayer S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Gadovist®
Bayer S.A.
Solução injetável
604,72 mg/mL
Gadovist®®®®
gadobutrol
APRESENTAÇÕES
Cartucho com frasco-ampola contendo 15 mL de Gadovist®
na concentração de 604,72
mg/mL de gadobutrol.
VIA INTRAVENOSA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO A PARTIR DE 2 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada mL de solução injetável contém 604,72 mg de gadobutrol (equivalente a 1,0 mmol).
Excipientes: calciobutrol sódico, trometamol, ácido clorídrico e água para injetáveis
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
Este medicamento é somente para uso diagnóstico e de administração intravenosa.
Gadovist®
(gadobutrol) é indicado para adultos, adolescentes e crianças com 2 anos de
idade ou mais para realce de contraste em Imagem por Ressonância Magnética (IRM) no
corpo todo, incluindo:
Realce de contraste em Imagem por Ressonância Magnética (IRM) cranial e espinhal
Após a administração de Gadovist®
(gadobutrol), podem ser obtidas melhores informações
diagnósticas, em comparação a exploração de IRM sem meio de contraste, em áreas com a
barreira hematoencefálica ausente ou penetrável, devido a uma perfusão alterada ou a uma
expansão do espaço extracelular como, por exemplo, no caso de tumores do tipo primário e
secundário, doenças inflamatórias ou desmielinizantes.
Indicações especiais em IRM espinhal: diferenciação de tumores intra e extramedulares,
exibição de áreas tumorais sólidas em siringe conhecida, determinação de tumor
intramedular disseminado.
A solução 1,0 mmol/mL de Gadovist®
(gadobutrol) é especialmente adequada para
indicações de doses elevadas, tais como: casos onde a exclusão ou exibição de focos
adicionais podem influenciar a terapia ou monitoramento do paciente, para detecção de
lesões muito pequenas e para visualização de lesões que não realçam prontamente com
meio de contraste.
(gadobutrol) é igualmente adequada em estudos de
perfusão: para o diagnóstico de acidente vascular cerebral, para detecção de isquemia
cerebral focal e perfusão de tumor.
Realce de contraste em Imagem por Ressonância Magnética (IRM) da cabeça e
região do pescoço
Realce de contraste em Imagem por Ressonância Magnética (IRM) do espaço
torácico
Realce de contraste em Imagem por Ressonância Magnética (IRM) da mama
Realce de contraste em Imagem por Ressonância Magnética (IRM) do abdome (por
exemplo, pâncreas, fígado e baço)
Realce de contraste em Imagem por Ressonância Magnética (IRM) da pelve (por
exemplo, próstata, bexiga e útero)
retroperitoneal (por exemplo, rins)
Realce de contraste em Imagem por Ressonância Magnética (IRM) das extremidades
e sistema musculoesquelético
Realce de contraste em Imagem por Ressonância Magnética (IRM) cardíaco,
incluindo avaliação da perfusão miocárdica sob condições de estresse farmacológico
e diagnóstico de viabilidade (“realce tardio”)
Realce de contraste em Angiografia por Ressonância Magnética (ARM-RC)
Realce de contraste em Imagem por Ressonância Magnética (IRM) cranial e
espinhal
A experiência clínica com gadobutrol em imagem cranial e espinhal, incluindo perfusão
cerebral, foi obtida em seis estudos. No total, foram incluídos 852 pacientes, dos quais 822
foram avaliados quanto à eficácia. Demonstrar um aumento adequado do sinal de áreas
acometidas do cérebro ou espinha em Imagens por Ressonância Magnética ponderadas em
T1 e perda adequada do sinal em sequências de imagem de perfusão ponderadas em T2*
após injeção intravenosa de gadobutrol foram objetivos comuns com relação à eficácia.
Todos os estudos utilizaram exame não realçado (sem meio de contraste) e a maioria dos
estudos também utilizou como comparador um meio de contraste extracelular aprovado
para Ressonância Magnética.
Eficácia técnica: Independente da concentração de gadobutrol, as lesões craniais e
espinhais foram realçadas na maioria dos pacientes com imagens ponderadas em T1 após
administração do meio de contraste. O realce resultou em um claro aumento dose-
dependente na razão sinal-ruído e contraste-ruído sem saturação do efeito até 0,3 mmol/Kg.
Em estudos de perfusão utilizando sequências rápidas de gradiente eco (GRE) em T2*
, foi
observada uma perda de sinal, conforme esperado, demonstrando uma dependência clara da
dose. Foram obtidos resultados suficientes com a dose de 0,3 mmol/kg a 1,0 mmol/mL de
concentração.
Eficácia do diagnóstico - acurácia: pode ser demonstrada uma melhora relacionada à dose
para todos estes parâmetros após administração de gadobutrol em comparação ao exame
não realçado em todos os estudos realizados com imagens convencionais ponderadas em
T1. Foram obtidas informações adicionais com relação ao tamanho e à demarcação da lesão
em 46% a 97% dos pacientes. Com relação aos parâmetros visuais avaliados, estudos
comparativos com Omniscan e Prohance revelaram que o potencial diagnóstico do
gadobutrol para detecção de lesão é, pelo menos, equivalente.
Confiança diagnóstica: A confiança diagnóstica foi avaliada em alguns estudos e foi
demonstrado que após uma dose inicial de 0,1 mmol/kg de gadobutrol, houve um aumento
na confiança de 85% a 90% em comparação à Imagem por Ressonância Magnética não
realçada. O grau de melhora da confiança diagnóstica foi medido em dois estudos, com
classificação de “excelente” ou “bom” dada a 61% e 43% dos pacientes respectivamente,
sem diferença entre o gadobutrol e a gadodiamida.
Eficácia terapêutica: Foi relatada alteração na conduta clínica ou terapia após
administração de 0,1 mmol/Kg em 15,7% e 18,2% dos pacientes, em dois estudos
respectivamente. Análise detalhada dos subgrupos revelou que a maioria das alterações foi
observada na dose padrão em pacientes com tumores espinhais (25%), esclerose múltipla
(25%) e com lesões que não puderam ser avaliadas sem contraste (34%). Para tumores
cerebrais primários, uma alteração na condução do paciente ou da terapia foi relatada em
13,7% dos pacientes. Em pacientes com metástase, foi relatada uma alteração em 12,5% a
uma dose de 0,1 mmol/Kg.
Realce de contraste em Imagem por Ressonância Magnética de outras regiões
do corpo: fígado, rins
Os resultados de três estudos clínicos envolvendo 1.234 pacientes (dois pivotais e um
estudo aberto) demonstraram não-inferioridade do Gadovist®
(gadobutrol) comparado ao
Magnevistan®
(gadopentetato de dimeglumina) para diagnóstico de lesões malignas no
fígado e rins em Imagens por Ressonância Magnética realçada por contraste com uma dose
de 0,1 mmol/Kg de peso corpóreo. As variáveis primárias de eficácia foram acurácia e
aumento da acurácia diagnóstica de exames de Imagem por Ressonância Magnética pré-
contraste à combinação de exames de Imagem por Ressonância Magnética pré e pós-
contraste. A eficácia foi mensurada em estudos clínicos e leituras cegas. Outras avaliações
de dois estudos pivotais para sustentar a eficácia comparável de Gadovist®
(gadobutrol) e
(gadopentetato de dimeglumina) em Imagem por Ressonância Magnética
realçada por contraste foram extensão da lesão, subclassificação da lesão, eficácia técnica e
impacto terapêutico. O padrão de referência para cada estudo foi avaliado por um Painel de
Verdade independente ou contra um Padrão de Verdade pré-definido e independente.
Os resultados dos dois estudos pivotais estão resumidos na tabela abaixo:
Objetivo: Demonstrar a não-inferioridade de Gadovist®
com relação ao Magnevistan®
em
Imagem por Ressonância Magnética realçada por contraste do corpo (fígado e rins) em
comparação a um Padrão de Verdade.
Limite (∆) de não-inferioridade (equivalência) estabelece um Intervalo de confiança 95%
de > -0,1 (10%) para acurácia e > -0,04 (4%) + para aumento da acurácia diagnóstica.
Resultado: Desempenho de Gadovist®
é comparável ao Magnevistan®
em ambos os
estudos*
Dados de avaliação clínica Acurácia
Gadovist®
-
Aumento da acurácia
diagnóstica
Estudo 304562 Fígado
N = 497 pacientes
n = 250
n = 247
-0,039
95% IC [-0,098, 0,021]
-0,001
95% IC [-0,068, 0,065]
Estudo 304561 Rim
N = 626 lesões
n = 308
n = 318
-0,079
95% IC [-0,149, 0,009]
Dados de leituras cegas
Maioria das leituras cegas
-0,041
95% IC [-0,096, 0,014]
0,006
95% IC [-0,056, 0,067]
Média das leituras cegas
-0,037
95% IC [-0,094, 0,021]
0,011
95% IC [-0,038, 0,060]
*
não-inferioridade foi comprovada pelo Estudo 304561 Rim
Realce de contraste em Angiografia por Ressonância Magnética (ARM-RC)
A experiência clínica com Gadovist®
(gadobutrol) 1,0M em Angiografia por Ressonância
Magnética contrastada foi obtida em dois estudos clínicos controlados de fase III, nos quais
a comparação era feita com o padrão ouro, angiografia de subtração digital intra-arterial
(ASD i.a.). No total, 383 pacientes foram incluídos nestes estudos, dos quais 362 foram
avaliados com relação à eficácia. O critério de eficácia nos dois estudos caracterizou o
desempenho diagnóstico de Gadovist®
(gadobutrol) 1,0M com avaliação realizada no local
assim como fora do local com leitores múltiplos, independentes que foram cegos para toda
informação clínica.
O objetivo primário foi demonstrar a taxa de concordância entre estas duas modalidades
para grupos de diagnóstico clinicamente relevantes de segmento de vaso definido
previamente. Em um estudo, o segmento de vaso avaliado para a variável primária de
eficácia, de acordo com o algoritmo pré-definido, foi a artéria ilíaca externa ou comum em
82 pacientes, artéria carótida interna em 60 pacientes, segmento aórtico em 20 pacientes,
artéria renal em 10 pacientes e artéria subclávia e mesentérica em dois pacientes cada,
fornecendo, dessa forma, boa representação de todos os vasos maiores. O outro estudo se
concentrou nas artérias periféricas, também a artéria ilíaca externa ou femoral superficial,
cobrindo assim os mais importantes segmentos abaixo do joelho.
Em ambos os estudos, a avaliação clínica, assim como todos os três leitores cegos,
alcançaram o nível pré-definido de significância estatística para o limite inferior de
Intervalo de Confiança 95% para a taxa de concordância dos grupos de diagnóstico
clinicamente relevantes entre ARM-RC e ASD i.a. para os segmentos de vaso definidos
previamente.
Resultados da análise de eficácia primária para os dois estudos pivotais de ARM-RC
Artérias do corpo (Relatório A04519 –
Estudo 97099)
Artérias periféricas (Relatório A02885 –
Estudo 99011)
N Con-
cor-
dân-
cia
%
Limite
inferior
95% IC
superior
Clíni
co
176 96,6 92,7 98,7 Clíni
186 94,1 89,7 97,0
BR1 173 90,2 84,7 94,2 BR1 178 86,0 80,0 90,7
BR2 171 86,6 80,5 91,3 BR2 179 86,6 80,7 91,2
BR3 174 87,9 82,1 92,4 BR3 181 87,9 82,2 92,2
BR 1-3 = leitores cegos 1-3
Resultados de eficácia na população pediátrica
Foi conduzido um estudo fase I/III, dose única, com 140 pacientes pediátricos (idade entre
2 e 17 anos) programados para IRM-C do Sistema Nervoso Central (SNC), fígado e rins ou
ARM-C. Foi demonstrada a eficácia diagnóstica e o aumento na confiança do diagnóstico
para todos os parâmetros avaliados neste estudo e não houve diferença entre os grupos de
idade. Gadovist®
(gadobutrol) foi bem tolerado neste estudo apresentando mesmo perfil de
segurança que em adultos.
Propriedades farmacodinâmicas
Gadovist®
(gadobutrol) é um meio de contraste paramagnético para uso em imagem por
ressonância magnética (IRM). O efeito de realce de contraste é mediado pelo gadobutrol,
um complexo neutro (não-iônico), formado pela ligação entre o gadolínio (III) e o ácido di-
hidroxi-hidroximetilpropil-tetra-azaciclododecano-triacético (butrol), um ligante
macrocíclico.
Quando sequências de imagem ponderadas em T1 são utilizadas em imagem por
ressonância magnética com próton, o íon gadolínio induzido, reduzindo o tempo de
relaxamento do “spin-lattice” do núcleo dos átomos excitados, leva a um aumento da
intensidade do sinal e, portanto, aumenta o contraste da imagem de certos tecidos.
Entretanto, em sequências ponderadas em T2, a indução de flutuações do campo magnético
local, através do amplo impulso magnético do gadolínio e em altas concentrações (durante
a injeção em bolo), conduz a uma diminuição do sinal.
O gadobutrol leva a uma diminuição distinta dos tempos de relaxamento, mesmo na
presença de concentrações baixas. Em pH=7, uma força de campo magnético de 0,47 T e a
40°C, a atividade de relaxamento (r1), determinada a partir da influência sobre o tempo de
relaxamento (T1) “spin-lattice” dos prótons no plasma, é de cerca de 5,6 L/(mmol x seg) e a
atividade de relaxamento (r2), determinada a partir da influência sobre o tempo de
relaxamento (T2) “spin-spin”, é de cerca de 6,5 L/(mmol x seg). A atividade de relaxamento
exibe apenas leve dependência da força do campo magnético.
O ligante macrocíclico e o íon paramagnético gadolínio formam um complexo estável, com
uma estabilidade in vivo e in vitro extremamente alta (constante de estabilidade
termodinâmica: log K = 21–22). O gadobutrol é um composto altamente solúvel em água e
extremamente hidrofílico, com um coeficiente de partição (cerca de 0,006) entre o n-
butanol e o tampão a pH=7,6. A substância não apresenta qualquer interação inibitória com
enzimas.
As propriedades físico-químicas da solução 1,0 mmol/mL de Gadovist®
(gadobutrol) estão
listadas abaixo:
Osmolaridade a 37ºC 1117 mOsm/l de solução
Osmolalidade a 37ºC 1603 mOsm/kg H2O
pH da solução 6,6- 8,0
Viscosidade a 37ºC 4,96 mPa.s
Propriedades farmacocinéticas
No organismo, gadobutrol se comporta como qualquer outro componente biologicamente
inerte e altamente hidrofílico, excretado via renal (por exemplo, manitol ou inulina).
- Absorção e distribuição
O gadobutrol é rapidamente distribuído nos espaços extracelulares. A ligação a proteínas é
insignificante.
Após uma dose de gadobutrol de 0,1 mmol /kg de peso corpóreo, uma média de 0,59 mmol
de gadobutrol/L de plasma foi obtida 2 minutos após a injeção e 0,3 mmol de gadobutrol/L
de plasma após 60 minutos da administração.
Investigações em animais
Em ratos, foi demonstrado que gadobutrol não atravessa a barreira hematoencefálica
intacta. Em coelhos, gadobutrol transpõe a barreira placentária de forma insignificante,
0,01% da dose foi encontrada nos fetos.
Em ratas lactantes, menos que 0,1% da dose total administrada foi excretada no leite
materno.
Em ratos, a absorção após administração oral foi muito pequena e quantificada em
aproximadamente 5% baseada na fração da dose excretada na urina.
Não foi observada nenhuma circulação entero-hepática.
- Metabolismo
O gadobutrol não é metabolizado.
- Eliminação
O gadobutrol é eliminado do plasma com uma meia-vida terminal média de 1,81 horas
(intervalo de 1,33 – 2,13 horas).
O gadobutrol é excretado de forma inalterada através dos rins. A eliminação extrarrenal é
O clearance renal do gadobutrol é de 1,1 a 1,7 mL/min/kg em indivíduos sadios e, portanto,
comparável ao clearance renal da inulina, apontando para o fato que gadobutrol é eliminado
por filtração glomerular.
Mais de 50% da dose foi excretada através da urina, dentro de 2 horas após administração
intravenosa.
O gadobutrol foi completamente excretado dentro de 24 horas. Menos que 0,1% foi
eliminado através das fezes.
- Linearidade / Não-linearidade
A farmacocinética do gadobutrol em humanos foi proporcional à dose (por exemplo, Cmax,
AUC) e dose independente (por exemplo, Vss, t1/2), respectivamente.
Informações adicionais para populações especiais
- Pacientes geriátricos (65 anos ou mais)
Devido às alterações fisiológicas na função renal devido à idade, em voluntários sadios
idosos (65 anos ou mais) a exposição sistêmica e a meia-vida terminal ficaram aumentadas
em aproximadamente 33% (homens), 54% (mulheres) e 33% (homens), 58% (mulheres),
respectivamente. O clearance plasmático é reduzido aproximadamente em 25% (homens) e
em 35% (mulheres), respectivamente.
A recuperação na urina da dose administrada foi completa após 24 horas em todos
voluntários e não houve diferença entre voluntários sadios idosos e não-idosos.
- Pacientes pediátricos
A farmacocinética do gadobutrol na população pediátrica com idade entre 2 e 17 anos e em
adultos é comparável (veja item “Posologia e Modo de usar”).
- Pacientes com insuficiência renal
Em pacientes com insuficiência renal, a meia-vida sérica de Gadovist® (gadobutrol) é
prolongada de acordo com a redução da filtração glomerular.
A meia-vida terminal média foi prolongada para 5,8 horas em pacientes com insuficiência
renal leve a moderada (80 > CLCR > 30 mL/min) e para 17,6 horas em pacientes com
insuficiência renal grave não submetidos à diálise (CLCR < 30 mL/min).
A depuração sérica média foi reduzida para 0,49 mL/min/kg em pacientes com
insuficiência renal leve a moderada (80 > CLCR > 30 mL/min) e para 0,16 mL/min/kg em
pacientes com insuficiência renal grave não submetidos à diálise (CLCR < 30 mL/min).
A recuperação completa na urina foi observada, no período de 72 horas, em pacientes com
insuficiência renal leve a moderada. Nos pacientes com insuficiência renal grave, cerca de
80% da dose administrada foi recuperada na urina no período de cinco dias (vide itens
“Posologia e Modo de Usar” e “Advertências e Precauções”). Se a função renal estiver
gravemente reduzida, pode ser necessário o tratamento com hemodiálise. Em pacientes que
requeiram diálise, o gadobutrol foi quase completamente removido do soro após a terceira
diálise.
Dados de segurança pré-clínicos
Dados pré-clínicos não revelam risco especial em humanos, com base em estudos
convencionais de toxicidade sistêmica, genotoxicidade e potencial sensibilização por
contato.
Toxicidade reprodutiva
Estudos de toxicologia reprodutiva com doses intravenosas repetidas causaram atraso no
desenvolvimento embrionário em ratos e coelhos e um aumento na embrioletalidade nos
ratos, coelhos e macacos, em doses de 8 a 16 vezes (baseado na área de superfície corpórea)
ou de 25 a 50 vezes (baseado na área de superfície corpórea) acima da dose de diagnóstico
em humanos. Não se sabe se esses efeitos podem ser induzidos também pela administração
única.
Tolerância local
Estudos experimentais de tolerância local com Gadovist®
(gadobutrol), com aplicação
única paravenosa, subcutânea assim como intramuscular, indicaram que pode ocorrer no
local da administração leve intolerância local após administração paravenosa inadvertida.
Farmacologia de segurança
Nos estudos farmacológicos pré-clínicos de segurança cardiovascular, dependendo da dose
administrada, foram observados aumentos transitórios da pressão arterial e da contratilidade
miocárdica.
Esses efeitos não foram observados em humanos.
Gadovist® (gadobutrol) é contraindicado para:
- pessoas que apresentem hipersensibilidade ao gadobutrol ou a qualquer um dos
componentes do produto;
- mulheres grávidas ou que estejam amamentando.
Estados pronunciados de excitação, ansiedade e dor podem aumentar o risco de
ocorrência de reações adversas ou intensificar as reações relacionadas ao meio de
contraste.
Hipersensibilidade
É necessária uma cuidadosa avaliação do risco/benefício em pacientes com conhecida
hipersensibilidade ao Gadovist® (gadobutrol).
Como com outros meios de contraste intravenosos, Gadovist® (gadobutrol) pode ser
associado com reações de hipersensibilidade/anafilactoides ou outras reações
idiossincráticas, caracterizadas por manifestações cutâneas, respiratórias ou
cardiovasculares e até reações graves, incluindo choque.
O risco de reações de hipersensibilidade é maior nos casos de:
- reação anterior a meios de contraste;
- histórico de asma brônquica;
- histórico de alergias.
Em pacientes com disposição alérgica, a decisão de utilizar Gadovist® (gadobutrol)
deve ser tomada após cuidadosa avaliação do risco/benefício.
A maioria dessas reações ocorre dentro de meia hora após administração. Portanto,
recomenda-se a observação do paciente após o procedimento.
São necessários medicamentos para o tratamento de reações de hipersensibilidade,
assim como prontidão para instituição de medidas de emergência.
Raramente foram observadas reações tardias (após horas e até vários dias) (veja item
“Reações Adversas”).
Pacientes que apresentaram tais reações durante o tratamento com beta-bloqueadores
podem ser resistentes ao tratamento com beta-agonistas.
Insuficiência renal
ANTES DE ADMINISTRAR GADOVIST® (GADOBUTROL), TODOS OS
PACIENTES DEVEM SER EXAMINADOS CUIDADOSAMENTE QUANTO A
INSUFICIÊNCIA RENAL, ATRAVÉS DE HISTÓRICO E/OU TESTES
LABORATORIAIS.
Deve-se avaliar cuidadosamente os riscos e benefícios nos pacientes com insuficiência
renal grave, pois nesses casos, a eliminação do meio de contraste é demorada.
Em pacientes com insuficiência renal deve-se garantir um intervalo de tempo
suficiente para eliminação do meio de contraste do organismo antes de administrá-lo
novamente, uma vez que o gadobutrol é excretado por via renal. Geralmente, a
recuperação completa na urina foi observada em pacientes com insuficiência renal
leve ou moderada dentro de 72 horas. Em pacientes com insuficiência renal grave,
pelo menos 80% da dose administrada foi recuperada na urina dentro de cinco dias
(veja item “Propriedades farmacocinéticas”). Gadovist® (gadobutrol) pode ser
removido do organismo através de hemodiálise. Após três sessões de diálise,
aproximadamente 98% do meio de contraste é removido do organismo. Nos pacientes
que estiverem recebendo hemodiálise na ocasião da administração de Gadovist®
(gadobutrol) deve-se considerar uma imediata hemodiálise após a administração de
Gadovist® (gadobutrol) para aumentar a eliminação do meio de contraste.
Há relatos de fibrose nefrogênica sistêmica (FNS) associado ao uso de meios de
contraste contendo gadolínio, incluindo Gadovist® (gadobutrol) em pacientes com:
- insuficiência renal grave crônica ou aguda (TFG < 30 mL/min/1,73 m2) ou
- insuficiência renal aguda de qualquer gravidade devido à síndrome hepatorrenal
ou em período perioperatório de transplante de fígado.
Portanto, nesses pacientes Gadovist® (gadobutrol) deve ser usado somente após uma
cuidadosa avaliação da relação risco-benefício (veja item “Reações Adversas”).
Convulsões
Da mesma forma como ocorre com outros meios de contraste contendo gadolínio
quelado, é necessário tomar precauções especiais com pacientes que apresentam um
baixo limiar para convulsão.
Gravidez e lactação
- Gravidez
Não existem dados de estudos clínicos do uso de Gadovist® (gadobutrol) em gestantes.
Estudos em animais com doses clinicamente relevantes não demonstraram toxicidade
reprodutiva após administração repetida (veja item “Dados de segurança pré-
clínicos”).
O risco potencial em humanos é desconhecido.
Gadovist® (gadobutrol) não deve ser utilizado durante a gestação, a menos que
claramente necessário (veja item “Contraindicações”).
“Categoria C: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica.”
- Lactação
Não se sabe se há a passagem de Gadovist® (gadobutrol) para o leite materno humano.
Há evidência, a partir de dados de estudos pré-clínicos, que o gadobutrol é excretado
no leite materno em quantidades mínimas (menos de 0,1% da dose intravenosa
administrada) e que a via de absorção do trato gastrintestinal é pobre
(aproximadamente 5% da dose administrada por via oral foi excretada na urina)
(veja item “Propriedades farmacocinéticas”).
Não é esperado nenhum efeito para os bebês com doses clínicas.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas Não são
conhecidos efeitos do gadobutrol sobre a capacidade de dirigir veículos ou de operar
Não foram conduzidos estudos de interação com outros medicamentos.
Gadovist®
(gadobutrol) deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC).
O prazo de validade de Gadovist®
(gadobutrol) é de 36 meses a partir da data de sua
fabricação, impressa na embalagem externa.
Após abertura do frasco, Gadovist®
(gadobutrol) permanece estável por 24 horas à 20ºC -
25ºC, e deve ser descartado após esse período. Se a temperatura ambiente for superior à
25ºC, Gadovist®
(gadobutrol) deve ser utilizado imediatamente após aberto.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua
embalagem original.”
Características organolépticas
(gadobutrol) é uma solução límpida.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
Método de administração
Este medicamento é para administração intravenosa apenas. Para instruções adicionais veja
“Instruções de uso/manuseio”.
A dose necessária é administrada por injeção em bolo. Para estudo de perfusão cerebral, é
recomendável o uso de um injetor.
O realce de contraste de IRM pode ser iniciado em seguida (logo após a injeção,
dependendo das sequências de pulso usadas e do protocolo para exame). O sinal de realce
ideal é observado durante a primeira passagem arterial para ARM-RC e dentro do período
de cerca de 15 minutos após a injeção de Gadovist®
(gadobutrol) para outras indicações
(dependendo do tipo de lesão/tecido).
As sequências ponderadas em T1 escaneadas são particularmente adequadas para exames de
realce de contraste. Para estudos de perfusão cerebral, são recomendadas as sequências
ponderadas em T2.
Deve-se observar as regras gerais de segurança normalmente utilizadas em IRM, por
exemplo, exclusão de marca-passo cardíaco e implantes ferro-magnéticos.
Dose
- Adultos
A dose depende da indicação. É geralmente suficiente uma dose única de injeção
intravenosa de 0,1 mmol de Gadovist®
(gadobutrol) por kg de peso corpóreo (equivalente a
0,1 mL de Gadovist®
(gadobutrol) por kg de peso corpóreo). A quantidade total de 0,3
mmol de Gadovist®
(gadobutrol) por kg de peso corpóreo (equivalente a 0,3 mL de
Gadovist®
(gadobutrol) por kg de peso corpóreo) pode ser administrada como dose
máxima.
- IRM corpo todo (exceto ARM)
Em geral, a administração de 0,1 mL/kg de peso corpóreo de Gadovist® (gadobutrol) é
suficiente para responder as questões clínicas.
- Recomendações adicionais de dose para IRM cranial e espinhal
Se uma forte suspeita clínica de lesão persistir apesar da obtenção de IRM com realce de
contraste normal ou quando uma informação mais exata sobre número, tamanho ou
extensão das lesões puder influenciar a conduta ou a terapia do paciente, uma nova injeção
de Gadovist® (gadobutrol) de 0,1 ou de até 0,2 mL/kg de peso corpóreo no período de 30
minutos após a primeira injeção, pode aumentar a capacidade de diagnóstico do exame.
Para exclusão de metástases ou de tumores recorrentes, a injeção de Gadovist® (gadobutrol)
de 0,3 mL/kg de peso corpóreo frequentemente resulta em uma elevada confiança
diagnóstica. Isto também se aplica a lesões com pouca vascularização e/ou pequeno espaço
extracelular ou quando são utilizadas sequências escaneadas ponderadas em T1
relativamente menos pesadas.
Para estudos de perfusão cerebral: são recomendadas sequências ponderadas em T2, em
combinação com IRM cranial e espinhal, para detecção de lesões em massa e para detecção
de isquemia focal sem suspeita de lesões em massa.
Para estes exames, recomenda-se o uso de um injetor: Gadovist® (gadobutrol) 0,3 mL/kg de
peso corpóreo (3 a 5 mL/seg).
- ARM-RC
Imagem de um campo de visão:
7,5 mL para peso corpóreo abaixo de 75 kg
10 mL para peso corpóreo de 75 kg ou acima
(correspondendo a 0,1 – 0,15 mmol/kg de peso corpóreo)
Imagem de mais de um campo de visão:
15 mL para peso corpóreo abaixo de 75 kg
20 mL para peso corpóreo de 75 kg ou acima
(correspondendo a 0,2 – 0,3 mmol/kg de peso corpóreo)
Instruções de uso/manuseio:
Este medicamento deve ser visualmente inspecionado antes do uso.
(gadobutrol) não deve ser utilizado em caso de descoloração intensa, ocorrência
de material particulado ou embalagem com defeito.
(gadobutrol) deve ser transferido para a seringa imediatamente antes do uso.
A rolha de borracha nunca deve ser perfurada mais de uma vez.
Qualquer solução de meio de contraste não utilizada em um exame deve ser descartada.
Na ausência de estudos de compatibilidade, este produto não deve ser misturado com outros
produtos medicinais.
Uso restrito a hospitais e clínicas médicas especializadas.
Populações especiais
- Pacientes geriátricos (65 anos ou mais)
Nos estudos clínicos, não foram observadas diferenças, no geral, na segurança e efetividade
entre pacientes idosos (65 anos ou mais) e jovens. Outras experiências clínicas reportadas
não identificaram diferenças nas respostas entre pacientes idosos e jovens. Nenhum ajuste
de dose é considerado necessário.
- Crianças
Para crianças com 2 anos de idade ou mais e adolescentes a dose recomendada é de 0,1
(gadobutrol) por kg de peso corpóreo (equivalente a 0,1 mL de
(gadobutrol) por kg de peso corpóreo) para todas as indicações (veja item:
“Indicações”).
(gadobutrol) não é recomendado para uso em crianças abaixo de 2 anos de idade
devido a falta de dados de segurança e eficácia.
- Pacientes com insuficiência hepática
Nenhum ajuste de dose é considerado necessário, uma vez que o gadobutrol é eliminado
exclusivamente pelos rins na sua forma inalterada (veja item “Propriedades
farmacocinéticas”).
- Pacientes com insuficiência renal
A eliminação do gadobutrol é prolongada em pacientes com insuficiência renal. Entretanto,
para garantir imagens úteis para o diagnóstico, nenhum ajuste de dose é recomendado (veja
os itens “Advertências e Precauções” e “Propriedades farmacocinéticas”).
Resumo do perfil de segurança
O perfil geral de segurança de Gadovist® (gadobutrol) é baseado em dados de mais de
5.700 pacientes em estudos clínicos e de acompanhamento pós-comercialização.
As reações adversas observadas com mais frequência (≥ 0,5%) em pacientes
recebendo Gadovist® (gadobutrol) são: cefaleia, náusea e tontura.
As reações adversas mais graves observadas em pacientes recebendo Gadovist®
(gadobutrol) são: parada cardíaca e reação anafilactoide grave.
Raramente foram observadas reações alérgicas tardias (após horas a até vários dias).
A maioria das reações adversas foi de intensidade leve a moderada.
Lista tabulada das reações adversas
As reações adversas observadas com Gadovist® (gadobutrol) estão representadas na
tabela a seguir e são classificadas pelo sistema corpóreo MedDRA (MedDRA versão
14.1). Foi utilizado o termo MedDRA mais apropriado para descrever determinada
reação e seus sinônimos e condições relacionadas.
As reações adversas de estudos clínicos são classificadas de acordo com a frequência.
As frequências são definidas de acordo com a seguinte convenção:
- frequente: ≥ 1/100 a < 1/10
- pouco frequente: ≥ 1/1.000 a < 1/100
- raro: ≥ 1/10.000 a < 1/1.000
As reações adversas identificadas somente durante o acompanhamento pós-
comercialização, para as quais não é possível estimar a frequência, estão listadas como
“desconhecida”.
Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas estão listadas da mais grave
para menos grave.
Tabela 1: Reações adversas relatadas em estudos clínicos ou durante o
acompanhamento pós-comercialização em pacientes tratados com Gadovist®
(gadobutrol)
Classificação
por sistema
corpóreo
Frequente Pouco frequente Raro Desconhecida
Distúrbios no
sistema
imunológico
Hipersensibilida
de/ Reação
anafilactoide*#
(p. ex. choque
anafilactoide§*,
colapso
circulatório§*,
parada
respiratória§*,
edema
pulmonar§,
broncoespasmo§,
cianose§, inchaço
orofaríngeo§*,
edema laríngeo§,
hipotensão*,
pressão
sanguínea
aumentada§, dor
no peito§,
urticária, edema
facial,
angioedema§,
conjuntivite§,
edema de
pálpebra, rubor,
hiperidrose§,
tosse§, espirro§,
sensação de
queimação§,
palidez§)
nervoso
Cefaleia Tontura
Disgeusia
Parestesia
Perda da consciência*
Convulsão
Parosmia
Distúrbios
cardíacos
Taquicardia
Palpitação
Parada
cardíaca*
respiratórios,
torácico e
mediastinal
Dispneia*
gastrointestin
ais
Náusea Vômito Boca seca
cutâneos e
nos tecidos
subcutâneos
Eritema
Prurido
(incluindo
prurido
generalizado)
Rash (incluindo
rash prurítico,
papular,
macular e
Fibrose
nefrogênica
sistêmica
(FNS)
gerais e
Reação no local
da injeção()
Mal-estar
Sensação de frio
condições no
local da
administraçã
o
Sensação de
calor
* foram reportados casos com risco para a vida do paciente e/ou fatais em
consequência dessas reações adversas
# Nenhuma das reações adversas individuais listadas como hipersensibilidade/ reação
anafilactoide identificadas nos estudos clínicos atingiram frequência maior que rara
(exceto para urticária)
§ Hipersensibilidade/Reações anafilactoides identificadas somente durante o
acompanhamento pós-comercialização (frequência desconhecida)
() Reações no local da injeção (vários tipos) incluem os seguintes eventos:
extravasamento no local da injeção, queimação no local da injeção, resfriamento no
local da injeção, sensação de calor no local da injeção, eritema ou rash no local de
injeção, dor no local da injeção, hematoma no local da injeção.
“Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham
indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado
corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse
caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.”