Bula do Gestinol produzido pelo laboratorio Libbs Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
GESTINOL 28®
(gestodeno + etinilestradiol)
Libbs Farmacêutica Ltda.
comprimido revestido
75 mcg + 30 mcg
GEST_V.10-14 1
Gestinol 28®
gestodeno + etinilestradiol
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos contendo 75 mcg de gestodeno e 30 mcg de etinilestradiol. Embalagem com 1 cartela ou 3
cartelas com 28 comprimidos revestidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém 75 mcg de gestodeno e 30 mcg de etinilestradiol.
Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, povidona, croscarmelose sódica, estearato de magnésio,
dióxido de silício, macrogol, hipromelose, corante azul indigotina e edetato dissódico di-hidratado.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Gestinol®
está indicado para contracepção contínua.
Embora, até o momento estudos comparativos não tenham demonstrado aumento da eficácia contraceptiva com o regime
de uso contínuo ou de ciclo estendido, estes regimes diferenciados podem aumentar a eficácia contraceptiva. 1,2
Esta
teoria encontra respaldo nos estudos de avaliação da atividade ovariana. Evidências sugerem que no regime convencional
com pausa a atividade ovariana pode não ser adequadamente suprimida, o que pode aumentar o risco de desenvolvimento
folicular e determinar escape ovulatório. 3,4
Os regimes diferenciados com extensão do uso de pílulas ativas determinam
maior supressão ovariana em comparação ao regime convencional com pausa. 5-7
Um estudo retrospectivo preliminar
demostrou menor taxa de gravidez em usuárias do regime de ciclo estendido em comparação à utilização convencional
com pausa. 8
Estudos epidemiológicos de contraceptivos orais combinados (COCs) confirmam outros benefícios não contraceptivos:
diminuição da incidência de fibroadenomas e de doença fibrocística da mama; diminuição da incidência de doença
inflamatória pélvica aguda; diminuição da incidência de câncer endometrial; diminuição da incidência de câncer de
ovário; diminuição da gravidade de acne; diminuição de cistos ovarianos funcionais; redução da anemia decorrente da
deficiência de ferro, e dismenorreia.
Quando utilizados em regime contínuo, os anticoncepcionais orais melhoram os sintomas relacionados à menstruação,
como dismenorreia, enxaqueca, alteração do humor, inchaço e sensibilidade nas mamas e síndrome pré-menstrual. A
frequência de sangramento inesperado com o regime contínuo de COCs é semelhante à do regime cíclico e diminui com
o prolongamento do uso. 9,10-13
O estudo clínico com Gestinol®
mostrou perfil de sangramento aceitável, com taxa de
amenorreia crescente, atingindo 81% após seis meses de uso. 13
Evidências disponíveis mostram que em mulheres com endometriose os COCs administrados, preferencialmente, no
regime contínuo são eficazes na redução da frequência e intensidade dos sintomas de dor associados à doença, assim
como na diminuição da taxa de recorrência de endometriomas após o tratamento cirúrgico. 14,15
Os dados disponíveis na atualidade demonstram que o uso em regime contínuo de Gestinol®
apresenta perfil de
segurança e tolerabilidade comparável ao regime convencional. 1,2
Referências bibliográficas
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15. LEYLAND, N. et al. Endometriosis: diagnosis and management. J Obstet Gynaecol Can. v.32, n.7 (Suppl 2),
p.S1-32, 2010.
Gestinol®
é um contraceptivo oral monofásico, indicado para a prevenção da gravidez (contracepção contínua), que
combina o componente estrogênico etinilestradiol com o componente progestagênico gestodeno.
Farmacologia Clínica
age primariamente inibindo a ovulação por supressão da liberação de gonadotrofinas e promove alterações no
muco cervical (que aumentam a dificuldade de penetração do esperma no útero). Adicionalmente, alterações no
endométrio reduzem a probabilidade de nidação. Quando correta e constantemente ingeridos, a taxa provável de falha
dos COCs é de 0,1% por ano, entretanto, a falha durante uso típico é de 5% por ano para todos os tipos de contraceptivos
orais. A eficácia da maioria dos métodos de contracepção depende da precisão com que eles são usados. A falha do
método é mais comum se os comprimidos de COCs forem esquecidos.
Farmacocinética:
- gestodeno: Absorção: o gestodeno é rapida e completamente absorvido pelo trato gastrintestinal. A concentração
máxima de 4 ng/mL de gestodeno é atingida aproximadamente uma hora após a ingestão, e sua biodisponibilidade é de
aproximadamente 99%. Biotransformação: o gestodeno é completamente biotransformado por redução do grupo 3-ceto
e da dupla ligação delta-4 e por inúmeras hidroxilações. Nenhum metabólito farmacologicamente ativo do gestodeno é
conhecido. Distribuição: o gestodeno associa-se à albumina sérica e às SHBG. Somente uma pequena fração (< 1%) do
gestodeno total está presente na forma livre, e 50% a 70% estão ligados às SHBG. O volume de distribuição aparente do
gestodeno é de 0,7 L/kg. A farmacocinética do gestodeno é influenciada pelos níveis de SHBG, que aumentam com a
coadministração de etinilestradiol. Excreção: o gestodeno é eliminado em duas fases. A fase de eliminação é
caracterizada por uma meia-vida de 16-18 horas. O gestodeno é completamente biotransformado e eliminado pela urina e
bile. Os metabólitos de gestodeno são excretados na urina (50%) e nas fezes (33%) com uma meia-vida de eliminação de
aproximadamente um dia.
- etinilestradiol: Absorção: o etinilestradiol é rapida e completamente absorvido pelo trato gastrintestinal. Após
administração única, os níveis de etinilestradiol são alcançados dentro de uma a duas horas. Biotransformação: sofre
intensa biotransformação de primeira passagem. A biodisponibilidade média está em torno de 45% com significante
variação individual. O etinilestradiol é primariamente biotransformado por hidroxilação aromática, mas uma grande
variedade de metabólitos hidroxilados e metilados é formada, estando presente como metabólitos livres ou conjugados
com glicuronídios e sulfatos. Os metabólitos do etinilestradiol são farmacologicamente ativos, e a meia-vida de
eliminação dos metabólitos é de aproximadamente um dia. A curva de disposição mostra duas fases com meias-vidas de
uma a três horas e de dez a 20 horas aproximadamente. Distribuição: o etinilestradiol liga-se fortemente à albumina e
induz o aumento da concentração plasmática das globulinas de ligação dos hormônios sexuais (SHBG). Depois de
repetida administração oral, a concentração sanguínea do etinilestradiol aumenta em torno de 30%-50%. Excreção: o
etinilestradiol conjugado é excretado pela bile e sujeito à recirculação êntero-hepática. Cerca de 40% do fármaco é
excretado na urina e 60%, eliminado nas fezes. A meia-vida de eliminação do etinilestradiol é de aproximadamente 10
horas.
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Os COCs não devem ser utilizados por mulheres que apresentem qualquer uma das seguintes condições: trombose
venosa profunda (história anterior ou atual), tromboembolismo (história anterior ou atual), doença cerebrovascular ou
arterial-coronariana, valvulopatias trombogênicas, distúrbios trombogênicos, trombofilias hereditárias ou adquiridas,
cefaleia com sintomas neurológicos focais tais como aura, diabetes com alterações vasculares, hipertensão não
controlada, carcinoma da mama conhecido ou suspeito ou outra neoplasia estrogênio dependente conhecida ou suspeita;
adenomas ou carcinomas hepáticos ou doença hepática ativa, desde que a função hepática não tenha retornado ao normal,
sangramento vaginal de etiologia a esclarecer, pancreatite associada à hipertrigliceridemia severa (historia anterior ou
atual), gravidez confirmada ou suspeita e hipersensibilidade a qualquer um dos componentes de Gestinol®
.
Gravidez - categoria de risco X
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o
tratamento
Precauções
Exame físico e acompanhamento
Antes de iniciar o tratamento, deve ser realizado minucioso histórico individual e familiar e exame clínico, que incluirá,
entre outros, medida de pressão arterial, pesquisa da glicosúria e, se necessário, hepatograma, além de minucioso exame
ginecológico, incluindo mamas e citologia cervical oncológica.
A possibilidade de gestação deve ser excluída. Em tratamento prolongado, recomenda-se controle médico semestral por
causa das contraindicações e dos fatores de risco do medicamento.
Efeitos sobre os carboidratos e lipídios
Relatou-se intolerância à glicose em usuárias de COCs. Por isso, pacientes com intolerância à glicose ou diabetes
mellitus devem ser acompanhadas criteriosamente enquanto estiverem recebendo COCs. (veja Contraindicações).
Uma pequena parcela das usuárias de COCs pode apresentar alterações lipídicas adversas. Métodos de controle da
natalidade não-hormonais devem ser considerados em mulheres com dislipidemias nãocontroladas. Hipertrigliceridemia
persistente pode ocorrer em uma pequena parcela das usuárias de COCs. Elevações de triglicérides plasmáticos em
usuárias de COCs podem resultar em pancreatite e outras complicações.
Relatou-se aumento dos níveis séricos de lipoproteínas de alta densidade (HDL-colesterol) com o uso de estrogênios,
enquanto que com progestogênios relatou-se diminuição dos níveis. Alguns progestogênios podem aumentar os níveis de
lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e tornar o controle das hiperlipidemias mais difícil. O efeito resultante de um
COC depende do equilíbrio atingido entre as doses de estrogênio e progestogênio e da natureza e quantidade absoluta dos
progestogênios utilizados no contraceptivo. A dose dos dois hormônios deve ser levada em consideração na escolha de
um COC.
Mulheres em tratamento para hiperlipidemias devem ser rigorosamente monitoradas se optarem pelo uso de COCs.
Sangramento genital
Podem ocorrer, em casos isolados, sangramento de escape e spotting, principalmente durante o início da utilização de
Gestinol®
, mas, geralmente, estes cessam espontaneamente. A paciente deve, entretanto, continuar o tratamento com
em caso de sangramento irregular.
Caso o sangramento persista ou recorra, diagnóstico apropriado faz-se necessário para excluir causas orgânicas.
Algumas mulheres podem apresentar amenorreia pós-pílula (possivelmente com anovulação) ou oligomenorréia,
particularmente quando essas condições são preexistentes.
Depressão
Mulheres utilizando COCs com história de depressão devem ser observadas criteriosamente e o medicamento, suspenso
se a depressão reaparecer em grau severo. As pacientes que ficarem significantemente deprimidas durante o tratamento
com COCs devem interromper o uso do medicamento e utilizar um método contraceptivo alternativo, na tentativa de
determinar se o sintoma está relacionado ao medicamento.
Outras
As pacientes devem ser informadas que este medicamento não protege contra infecção por HIV (AIDS) ou outras
doenças sexualmente transmissíveis.
Diarréia e/ou vômitos podem reduzir a absorção do hormônio, resultando na diminuição das concentrações séricas (ver
itens “Orientação em caso de vômitos e/ou diarreia” e “Interações Medicamentosas”).
Recomenda-se a interrupção do tratamento contraceptivo com Gestinol®
nos seguintes casos: aparecimento pela primeira
vez de cefaleias semelhantes às da enxaqueca ou cefaleias com frequência e intensidade fora do habitual; repentinas
perturbações visuais ou auditivas; sinais precursores de tromboflebites ou de tromboembolias; angina de peito; cirurgias
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eletivas (quatro semanas antes da data prevista); imobilização forçada (acidentes, etc.); icterícia; hepatite; prurido
generalizado; hipertensão e gravidez. Vômito ou diarreia podem diminuir a eficácia dos contraceptivos orais.
Gravidez: Se ocorrer gravidez durante o tratamento com COC, as próximas administrações devem ser interrompidas.
Estudos epidemiológicos abrangentes não revelaram aumento do risco de defeitos congênitos em bebês de mulheres que
utilizaram COCs antes da gravidez. Os estudos não sugerem efeito teratogênico, especialmente no que diz respeito a
anomalias cardíacas e defeitos de redução dos membros, quando os contraceptivos orais são tomados inadvertidamente
durante o início da gravidez.
Lactação: fica a critério médico a conveniência do uso de Gestinol®
durante o período de lactação. Os contraceptivos
orais administrados no período pós-parto podem interferir na lactação diminuindo a quantidade e alterando a composição
do leite materno. Pequenas quantidades dos componentes hormonais são excretadas no leite de lactantes. Poucos efeitos
adversos foram relatados em lactentes, incluindo icterícia e aumento das mamas. Em geral, não deve ser recomendado o
uso de COCs até que a lactante tenha deixado totalmente de amamentar a criança.
Advertências
Fumar aumenta o risco de efeitos colaterais cardiovasculares sérios decorrentes do uso de COCs. Este risco
aumenta com a idade e com o consumo intenso (em estudos epidemiológicos, fumar 15 ou mais cigarros por dia foi
associado a risco significantemente maior) e é bastante acentuado em mulheres com mais de 35 anos de idade.
Mulheres que tomam contraceptivos orais combinados devem ser firmemente aconselhadas a não fumar.
Tromboembolismo e trombose venosa e arterial
O uso de COCs está associado ao aumento do risco de eventos tromboembólicos e trombóticos venosos e arteriais. A
redução da exposição a estrogênios e progestogênios está em conformidade com os bons princípios da terapêutica. Para
qualquer combinação específica de estrogênio/progestagênio, a posologia prescrita deve ser a que contenha a menor
quantidade de estrogênio e progestagênio compatível com baixo índice de falhas e com as necessidades individuais de
cada paciente.
A introdução do tratamento com contraceptivos orais combinados em novas usuárias deve ser feita com formulações com
menos de 50 mcg de estrogênio.
- Tromboembolismo e trombose venosa: o uso de COCs aumenta o risco de eventos tromboembólicos e trombóticos
venosos (como trombose venosa profunda e embolia pulmonar). Usuárias de qualquer COC apresentam risco aumentado
de eventos tromboembólicos e trombóticos venosos em comparação a não usuárias. O aumento do risco é maior durante
o primeiro ano em que uma mulher usa um COC. Esse risco aumentado é menor do que o risco de eventos
tromboembólicos e trombóticos venosos associados à gravidez, estimado em 60 casos por 100.000 mulheres/ano. O
tromboembolismo venoso (TEV) é fatal em 1% a 2% dos casos.
Estudos epidemiológicos têm demonstrado que a incidência de tromboembolismo venoso em usuárias de contraceptivos
orais de estrogênio de baixa concentração (<50mcg etinilestradiol) varia cerca de 20 a 40 casos por 100.000
mulheres/ano; esta estimativa de risco varia de acordo com o progestogênio. Isso se compara com 5 a 10 casos por
100,000 mulheres/ano não usuárias.
Em estudos epidemiológicos, observou-se que mulheres usuárias de COCs com etinilestradiol, na maior parte das vezes
na dose de 30 mcg, e um progestagênio, como gestodeno, apresentam aumento do risco de eventos tromboembólicos e
trombóticos venosos em comparação às que usam COC com menos de 50 mcg de etinilestradiol e o progestagênio
levonorgestrel. Os dados de alguns estudos adicionais não demonstraram aumento do risco. Para COCs com 30 mcg de
etinilestradiol combinado com desogestrel ou gestodeno em comparação aos que contêm menos de 50 mcg de
etinilestradiol e levonorgestrel, estimou-se que o risco relativo global de eventos tromboembólicos e trombóticos venosos
varia entre 1,5 e 2,0. A incidência de eventos tromboembólicos e trombóticos venosos para COCs que contêm
levonorgestrel com menos de 50 mcg de etinilestradiol é de aproximadamente 20 casos por 100.000 mulheres/ano. Para
COCs contendo 30 mcg de etinilestradiol combinado a desogestrel ou gestodeno, a incidência é de aproximadamente 30-
40 casos por 100.000 mulheres-ano, ou seja, 10-20 casos adicionais por 100.000 mulheres-ano.
Todas essas informações devem ser levadas em consideração ao prescrever este COC e ao aconselhar uma paciente na
escolha de métodos contraceptivos. O risco de eventos tromboembólicos e trombóticos venosos é ainda maior em
mulheres com condições predisponentes para tromboembolismo e trombose venosa. Deve-se ter cuidado ao prescrever
COCs para pacientes que apresentam as seguintes condições: algumas trombofilias hereditárias ou adquiridas (a presença
de trombofilia hereditária pode ser indicada pela história familiar de eventos tromboembólicos/trombóticos venosos);
obesidade; cirurgia ou trauma com maior risco de trombose; parto recente ou aborto no segundo trimestre; imobilização
prolongada; idade avançada.
Outros fatores de risco, que representam contraindicações para o uso de COCs estão apresentados no item
“Contraindicações”.
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Relatou-se aumento de duas a quatro vezes do risco relativo de complicações tromboembólicas pós-operatórias com o
uso de COCs. O risco relativo de trombose venosa em mulheres predispostas é duas vezes maior do que nas que não
apresentam essas condições. Se possível, os COCs devem ser descontinuados nas quatro semanas anteriores e nas duas
posteriores à cirurgia eletiva associada ao aumento do risco de trombose e durante imobilização prolongada. Como o pós-
parto imediato está associado ao aumento do risco de tromboembolismo, o tratamento com COCs não deve começar
antes do 28° dia após o parto ou aborto no segundo trimestre.
- Tromboembolismo e trombose arterial: o uso de COCs aumenta o risco de eventos tromboembólicos e trombóticos
arteriais. Entre os eventos relatados, estão infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (AVCs isquêmicos e
hemorrágicos, ataque isquêmico transitório). Para informações sobre trombose vascular retiniana ver item “Lesões
oculares”. O risco de acidente cerebrovascular pode ser maior em usuárias de COC que sofrem de enxaqueca
(particularmente enxaqueca com aura). Com relação à trombose arterial, seu risco relativo parece aumentar quando,
concomitantemente, existem outros fatores, tais como tabagismo (principalmente em mulheres acima de 35 anos), idade
avançada, hipertensão arterial, obesidade, diabetes, trombofilias hereditárias e adquiridas, hiperlipidemias, histórico
familiar de tromboembolismo arterial.
Lesões oculares: houve relatos de casos de trombose retiniana vascular com o uso de COCs que pode resultar em
perda total ou parcial da visão. Se houver sinais ou sintomas de alterações visuais, início de proptose ou diplopia,
papiledema ou lesões vasculares retinianas, deve-se interromper o uso dos COCs e avaliar imediatamente a causa.
Pressão arterial: relatou-se aumento da pressão arterial em mulheres em tratamento com COCs. Na maioria das
pacientes, a pressão arterial volta ao valor basal com a interrupção da administração do COC e, aparentemente, não há
diferença na ocorrência de hipertensão entre mulheres que já usaram e as que nunca tomaram COCs. Em mulheres com
hipertensão, histórico de hipertensão ou doenças relacionadas à hipertensão (incluindo algumas doenças renais), pode ser
preferível utilizar outro método contraceptivo. Se pacientes hipertensas escolherem o tratamento com COCs, deverão ser
monitoradas rigorosamente e, se ocorrer aumento significativo da pressão arterial, deve-se interromper o uso do COC. O
uso de COC é contraindicado em mulheres com hipertensão não controlada (ver item “Contraindicações”).
Neoplasia dos órgãos reprodutores: - Carcinoma Cervical: o fator de risco mais importante para o câncer cervical
é a persistente infecção por papiloma vírus humano. Alguns estudos sugerem que o uso de COC pode estar associado ao
aumento do risco de neoplasia cervical intraepitelial ou câncer cervical invasivo em algumas populações de mulheres. No
entanto, ainda há controvérsia sobre o grau em que essas descobertas podem estar relacionadas a diferenças de
comportamento sexual e outros fatores. Nos casos de sangramento genital não diagnosticado, estão indicadas medidas
diagnósticas adequadas. - Câncer de mama: os fatores de risco estabelecidos para o desenvolvimento do câncer de
mama incluem aumento da idade, histórico familiar, obesidade, nuliparidade e idade tardia para a primeira gravidez. Uma
meta-análise de 54 estudos epidemiológicos relatou que o risco relativo (RR = 1,24) de diagnóstico de câncer de mama é
ligeiramente maior em mulheres que utilizam COCs do que em mulheres que nunca utilizaram. O aumento do risco
desaparece gradualmente no transcorrer de dez anos após a interrupção do uso de COCs. Esses estudos não fornecem
evidências de relação causal. O padrão observado de aumento do risco de diagnóstico de câncer de mama pode ser
consequência da detecção mais precoce desse câncer em usuárias de COCs (devido à monitoração clínica mais regular),
dos efeitos biológicos dos COCs ou da combinação de ambos. Como o câncer de mama é raro em mulheres com menos
de 40 anos, o número excedente de diagnósticos de câncer de mama em usuárias de COCs atuais e recentes é pequeno em
relação ao risco de câncer de mama ao longo da vida. O câncer de mama diagnosticado em mulheres que já utilizaram
COCs tende a ser menos avançado clinicamente do que o diagnosticado em mulheres que nunca os utilizaram.
Neoplasia hepática/doença hepática: os adenomas hepáticos, em casos muito raros, e o carcinoma hepatocelular,
em casos extremamente raros, podem estar associados ao uso de COC. Aparentemente, o risco aumenta com o tempo de
uso do medicamento. A ruptura dos adenomas hepáticos pode causar morte por hemorragia intra-abdominal. Mulheres
com história de colestase relacionada ao COC e as que desenvolveram colestase durante a gravidez são mais propensas a
apresentar essa condição com o uso de COC. Se essas pacientes receberem COC, deverão ser rigorosamente monitoradas
e, se a condição reaparecer, o tratamento com o medicamento deverá ser interrompido.
Foi relatada lesão hepatocelular com o uso de COCs. A identificação precoce da lesão hepatocelular associada ao uso de
COC pode reduzir a gravidade da hepatotoxicidade quando o contraceptivo oral combinado é descontinuado. Se a lesão
hepatocelular for diagnosticada, a paciente deve interromper o uso do COC, utilizar um método de controle da natalidade
não-hormonal e consultar seu médico.
Enxaqueca/Cefaleia: início ou exacerbação da enxaqueca ou desenvolvimento de cefaleia com padrão novo que seja
recorrente, persistente ou grave exigem a descontinuação do COC e a avaliação da causa. O risco de acidente
cerebrovascular pode ser maior em usuárias de COC que sofrem de enxaqueca (particularmente enxaqueca com aura).
Em qualquer uma dessas circunstâncias, o médico deverá ser informado.
Imune: - Angioedema: os estrogênios exógenos podem induzir ou exacerbar os sintomas de angioedema,
particularmente em mulheres com angioedema hereditário.
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Interações com exames laboratoriais: o uso de contraceptivos orais pode influenciar no resultado de alguns testes
laboratoriais, incluindo parâmetros bioquímicos da função hepática (a diminuição da bilirrubina e da fosfatase alcalina),
da tireoide (aumento dos níveis totais de T3 e T4 devido ao aumento da globulina de ligação ao hormônio tireoidiano –
TBG, diminuição da captação de T3 livre), adrenal (aumento do cortisol plasmático, aumento da globulina de ligação ao
cortisol, diminuição do sulfato de desidroepiandrosterona – DHEAS), função renal (aumento da creatinina plasmática e
depuração de creatinina), níveis plasmáticos de proteínas de ligação e fração lipídio/lipoproteica, parâmetros do
metabolismo de carboidratos e parâmetros de coagulação (aumento da protrombina e dos fatores VII, VIII, IX e X,
redução da antitrombina III), fibrinólise e diminuição dos níveis séricos de folato. Uma pequena parcela das usuárias de
COCs pode apresentar hipertrigliceridemia persistente.
Uso em idosos: Gestinol®
Interações entre etinilestradiol e outras substâncias podem diminuir ou aumentar as concentrações séricas de
etinilestradiol.
Concentrações séricas mais baixas de etinilestradiol podem causar maior incidência de sangramento de escape e
irregularidades menstruais e, possivelmente, podem reduzir a eficácia do contraceptivo oral combinado.
Durante o uso concomitante de outros medicamentos que contenham etinilestradiol e substâncias que podem diminuir as
concentrações séricas de etinilestradiol, recomenda-se que um método anticoncepcional não hormonal (como
preservativos e espermicidas) seja utilizado além da ingestão regular de Gestinol®
. No caso de uso prolongado dessas
substâncias, os COCs não devem ser considerados os contraceptivos primários.
Após a descontinuação das substâncias que podem diminuir as concentrações séricas de etinilestradiol, recomenda-se o
uso de um método anticoncepcional não hormonal por, no mínimo, 7 dias. Aconselha-se o uso prolongado do método
alternativo após a descontinuação das substâncias que resultaram na indução das enzimas microssomais hepáticas,
levando a uma diminuição das concentrações séricas de etinilestradiol. Às vezes, pode levar várias semanas até a indução
enzimática desaparecer completamente, dependendo da dose, duração do uso e taxa de eliminação da substância indutora.
A seguir, alguns exemplos das substâncias que podem diminuir as concentrações séricas de etinilestradiol:
Qualquer substância que reduza o tempo do trânsito gastrintestinal e, portanto, a absorção do etinilestradiol.
Substâncias indutoras das enzimas microssomais hepáticas, como rifampicina, rifabutina, barbitúricos, primidona,
fenilbutazona, fenitoína, dexametasona, griseofulvina, topiramato, oxcarbazepina, carbamazepina, modafinila.
Hypericum perforatum, também conhecido como erva-de-são-joão, e ritonavir (possivelmente por indução das
enzimas microssomais hepáticas), pois, apesar de o ritonavir ser um inibidor do citocromo P450 3A4, diminui as
concentrações de etinilestradiol.
Alguns inibidores de protease, antibióticos (por exemplo, ampicilina e outras penicilinas, tetraciclinas e
cloranfenicol), por diminuição da circulação êntero-hepática de estrogênios.
A seguir, alguns exemplos de substâncias que podem aumentar as concentrações séricas de etinilestradiol:
atorvastatina.
Inibidores competitivos de sulfatações na parede gastrintestinal, como o ácido ascórbico (vitamina C) e o
paracetamol (acetaminofeno).
Substâncias que inibem as isoenzimas 3A4 do citocromo P450, como indinavir, fluconazol e troleandomicina. A
troleandomicina pode aumentar o risco de colestase intra-hepática durante a administração concomitante com COCs.
A seguir, alguns exemplos de substâncias que podem ter as concentrações séricas alteradas por causa da presença de
COCs:
O etinilestradiol pode interferir no metabolismo de outros fármacos por inibição das enzimas microssomais hepáticas
ou indução da conjugação hepática do fármaco, sobretudo a glicuronização. Consequentemente, as concentrações
plasmáticas e teciduais podem aumentar (por exemplo, ciclosporina, teofilina, corticosteroide) ou diminuir (por
exemplo, a lamotrigina).
Os estrogênios podem aumentar os efeitos dos glicocorticoides.
Em pacientes tratadas com flunarizina, relatou-se que o uso de contraceptivos orais aumenta o risco de galactorreia.
Os anticoagulantes (por exemplo, hidroxicumarínicos) podem ter seu efeito reduzido com a administração de COCs.
Os antidepressivos tricíclicos (por exemplo, a imipramina e desmetilimipramina) podem ter seu metabolismo inibido,
elevando as concentrações plasmáticas e causando o acúmulo destas.
Alterações no metabolismo oxidativo do diazepam e clordiazepóxido, resultando no acúmulo plasmático do fármaco
inalterado. Mulheres em tratamento com esses benzodiazepínicos durante longos períodos devem ser monitoradas
devido ao aumento dos efeitos sedativos.
As bulas dos medicamentos usados concomitantemente devem ser consultadas para identificar possíveis interações.
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Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (15ºC a 30°C), protegido da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Os comprimidos são circulares, azuis, biconvexos, sem sulcos, sem gravações e revestidos.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A cartela de Gestinol®
contém 28 comprimidos revestidos. O tratamento deve ser iniciado no primeiro dia da
menstruação, ingerindo-se um comprimido ao dia, sempre no mesmo horário. A cartela seguinte deve ser iniciada após o
término da cartela anterior e o tratamento deve ser mantido de forma ininterrupta. A pausa é a critério médico.
Gestinol®
é eficaz a partir do primeiro dia de tratamento se os comprimidos forem tomados a partir do primeiro dia do
ciclo, como descrito.
Como começar a tomar Gestinol®
Sem uso anterior de contraceptivo hormonal (no mês anterior): o primeiro comprimido deve ser tomado no primeiro
dia do ciclo natural (ou seja, no primeiro dia de sangramento menstrual). Pode-se iniciar o tratamento entre o segundo e o
sétimo dia, mas recomenda-se a utilização de método contraceptivo não hormonal (como preservativo e espermicida) nos
primeiros sete dias de administração durante o primeiro ciclo.
Quando se passa a usar Gestinol®
no lugar de outro contraceptivo oral: deve-se começar a tomar Gestinol®
de
preferência no dia seguinte ao último comprimido ativo do COC anterior ter sido ingerido ou, no máximo, no dia
seguinte ao intervalo habitual sem comprimido ou com comprimido inerte do COC anterior.
no lugar de outro método com apenas progestagênio (minipílulas, injetável,
implante): pode-se interromper a minipílula em qualquer dia e deve-se começar a tomar Gestinol®
no dia seguinte.
Deve-se tomar Gestinol®
no dia da remoção do implante ou, no caso de utilização de contraceptivo injetável, deve-se
esperar o dia programado para a próxima injeção. Em todas essas situações, a paciente deve ser orientada a utilizar outro
método não hormonal de contracepção durante os sete primeiros dias de administração dos comprimidos.
Após aborto no primeiro trimestre: pode-se começar a tomar Gestinol®
imediatamente. Não são necessários outros
métodos contraceptivos.
Após parto ou aborto no segundo trimestre: como o pós-parto imediato está associado ao aumento do risco de
tromboembolismo, o tratamento com COCs deve começar três a seis semanas após o parto em mães não lactantes ou
após aborto no segundo trimestre. Deve-se orientar a paciente a utilizar outro método não hormonal de contracepção
durante os sete primeiros dias de administração dos comprimidos. Entretanto, se tiver ocorrido relação sexual, a
possibilidade de gravidez antes do início da utilização do COC deverá ser descartada ou deve-se esperar pelo primeiro
período menstrual espontâneo.
Esquecimento de dose: se a paciente esquecer de tomar um comprimido no horário habitual, mas o atraso for menor do
que 12 horas, deverá tomá-lo assim que se lembrar. Os comprimidos seguintes devem ser tomados no horário habitual.
Nos casos em que houver transcorrido mais de 12 horas ou se tiverem sido esquecidos mais de um comprimido, a
proteção contraceptiva poderá estar reduzida. O comprimido esquecido deverá ser tomado tão logo seja lembrado,
mesmo que isso signifique tomar dois comprimidos em um único dia. Os comprimidos seguintes deverão ser tomados no
horário habitual. Adicionalmente, devem ser empregados métodos contraceptivos de barreira (por exemplo, diafragma ou
preservativo masculino) por sete dias. Não devem ser utilizados os métodos da tabelinha ou da temperatura.
Orientação em caso de vômitos e/ou diarreia: se ocorrerem vômitos ou diarreia severa dentro de quatro horas após a
ingestão de Gestinol®
, as substâncias ativas poderão não ser absorvidas adequadamente. A paciente deve ser orientada a
ingerir um comprimido adicional de Gestinol®
e continuar o tratamento a fim de evitar sangramento prematuro por
privação; utilizando adicionalmente um método contraceptivo não hormonal, com exceção dos métodos de ritmo
(tabelinha) e da temperatura, durante os próximos sete dias.
Proteção contraceptiva adicional: quando for necessária a utilização de proteção contraceptiva adicional, devem ser
utilizados métodos contraceptivos de barreira (por exemplo, diafragma ou preservativo masculino). Não devem ser
utilizados os métodos da tabelinha ou da temperatura como proteção contraceptiva adicional, pois os contraceptivos orais
modificam as variações de temperatura e do muco cervical.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
As reações adversas estão relacionadas de acordo com sua frequência:
O uso de contraceptivos orais combinados tem sido associado a aumento dos seguintes riscos:
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- Eventos tromboembólicos e trombóticos arteriais e venosos, incluindo infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral,
ataque isquêmico transitório, trombose venosa e embolia pulmonar;
- Neoplasias cervical intra-epitelial e câncer cervical;
- Diagnóstico de câncer de mama;
- Tumores hepáticos benignos (p. ex., hiperplasia nodular focal, adenoma hepático).
Ver também item “Precauções” e “Advertências”.
Reação muito comum ou muito frequente (≥ 10%): cefaleia, enxaqueca e sangramento de escape/spotting.
Reação comum ou frequente (≥ 1% e < 10%): vaginite, candidíase, alterações de humor, depressão, alteração de
libido, nervosismo, tontura, náuseas, vômitos, dor abdominal, acne, reações nas mamas (dor, sensibilidade, aumento e
secreção), dismenorreia, alteração da secreção e ectrópio cervical, retenção hídrica/edema, alterações do peso (ganho ou
perda).
Reação incomum ou infrequente (≥ 0,1% e < 1%): alterações do apetite (aumento ou diminuição), cólicas abdominais,
distensão, erupções cutâneas, cloasma/melasma (principalmente em mulheres com histórico de cloasma na gravidez,
mulheres com tendência a cloasma devem evitar exposição ao sol ou à radiação ultravioleta durante o tratamento com
COCs), que pode persistir; hirsutismo, alopecia, aumento da pressão arterial, alterações dos níveis séricos de lipídios,
hipertrigliceridemia.
Reação rara (≥ 0,01% e < 0,1%): reações anafiláticas/anafilactóides, incluindo casos muito raros de urticária,
angioedema e reações graves com sintomas respiratórios e circulatórios, intolerância à glicose, intolerância a lentes de
contato, icterícia colestática, eritema nodoso, diminuição dos níveis séricos de folato***.
Reação muito rara (< 0,01%): exacerbação do lúpus eritematoso sistêmico, exacerbação da porfiria, exacerbação da
coreia, neurite óptica*, trombose vascular retiniana, piora das varizes (veias varicosas), pancreatite, colite isquêmica,
adenomas hepáticos, carcinomas hepatocelulares, doença biliar, incluindo cálculos biliares**, eritema multiforme,
síndrome hemolítico urêmica.
Reações desconhecidas (frequência não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis): inflamatória intestinal
(Doença de Crohn, colite ulcerativa), lesão hepatocelular,distúrbios gástricos, oligomenorreia.
* A neurite óptica pode resultar em perda parcial ou total da visão.
** Os contraceptivos orais combinados podem piorar doenças biliares preexistentes e podem acelerar o desenvolvimento
dessa doença em mulheres anteriormente assintomáticas.
*** Pode haver diminuição dos níveis séricos de folato com o tratamento com contraceptivo oral combinado. Isso pode
ser clinicamente significativo se a mulher engravidar logo após descontinuar os contraceptivos orais combinados.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.