Bula do Gonal f produzido pelo laboratorio Merck S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
GONAL-f®
alfafolitropina
Merck S/A
Solução injetável
(NOVAS CANETAS APLICADORAS)
900 UI (66 µg) / 1,5 mL
450 UI (33 µg) / 0,75 mL
300 UI (22 µg) / 0,5 mL
Apresentações
Solução injetável para uso subcutâneo em canetas pré-carregadas.
900 UI (66 µg) / 1,5 mL: 1 caneta pré-carregada com cartucho contendo 1,5 mL de solução injetável
de alfafolitropina e 20 agulhas;
450 UI (33 µg) / 0,75 mL: 1 caneta pré-carregada com cartucho contendo 0,75 mL de solução injetável
de alfafolitropina e 12 agulhas;
300 UI (22 µg) / 0,5 mL: 1 caneta pré-carregada com cartucho contendo 0,5 mL de solução injetável
de alfafolitropina e 8 agulhas.
USO SUBCUTÂNEO
USO ADULTO
Composição
Cada cartucho de GONAL-f®
solução injetável contém:
900 UI / 1,5 mL
(66 µg / 1,5 mL)
450 UI / 0,75 mL
(33 µg / 0,75 mL)
300 UI / 0,5 mL
(22 µg / 1,5 mL)
alfafolitropina 66,69 µg 33,34 µg 22,23 µg
poloxamer 188 0,15 mg 0,075 mg 0,05 mg
sacarose 90 mg 45 mg 30 mg
metionina 0,15 mg 0,075 mg 0,05 mg
fosfato de sódio dibásico di-hidratado 1,665 mg 0,8325 mg 0,555 mg
fosfato de sódio monobásico monoidratado 0,675 mg 0,3375 mg 0,225 mg
metacresol 4,5 mg 2,25 mg 1,5 mg
ácido o-fosfórico 85% q.s. q.s. q.s.
hidróxido de sódio q.s. q.s. q.s.
água para injeção q.s. 1,5 mL q.s. 0,75 mL q.s. 0,5 mL
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
(I) Anovulação (incluindo a Síndrome do Ovário Policístico, SOP) em mulheres que não
responderam ao tratamento com citrato de clomifeno.
GONAL-f®
, seguido de Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG), é recomendado para o
estímulo do desenvolvimento folicular e ovulação em mulheres com disfunção hipotalâmica-
pituitária que apresentam oligomenorreia ou amenorreia. A maioria destas pacientes apresenta
doença ovariana policística (SOP).
(II) GONAL-f®
está indicado para o estímulo do desenvolvimento multifolicular em pacientes
que passam por uma superovulação em técnicas de reprodução assistida (ART), como
fertilização in vitro (IVF), transferência intrafalopiana de gameta (GIFT) e transferência
intrafalopiana de zigoto (ZIFT).
em associação com uma preparação de hormônio luteinizante (LH) é
recomendado para a estimulação do desenvolvimento folicular em mulheres com insuficiência
grave de LH e FSH. Nos ensaios clínicos, essas pacientes foram definidas pelo nível sérico de
LH endógeno menor que 1,2 UI/l.
(III) GONAL-f®
está indicado para estimular a produção de espermatozoides no homem
infértil devido à deficiência hormonal e deve ser utilizado em combinação com a
gonadotrofina coriônica humana (hCG).
está indicado para estimular a produção de espermatozoides no homem com
hipogonadismo hipogonadotrófico congênito ou adquirido, em associação terapêutica com a
Eficácia e segurança clínicas na mulher
Nos ensaios clínicos, as pacientes com deficiência grave de FSH e de LH foram selecionadas
por um nível sérico de LH endógena < 1,2 UI/l, avaliada num laboratório central. Contudo,
deve levar-se em consideração que existem variações nas medições de LH realizadas em
diferentes laboratórios.
Em ensaios clínicos que compararam a r-hFSH (alfafolitropina) e a FSH urinária na ART (ver
tabela abaixo) e na indução da ovulação, GONAL-f®
foi mais potente do que a FSH urinária
em termos da diminuição da dose total e de um menor período de tratamento necessário para
iniciar a maturação folicular.
Na ART, GONAL-f ®
numa dose total mais baixa e num período de tratamento menor do que
a FSH urinária, resultou num número superior de ovócitos obtidos quando comparado com a
FSH urinária.
Resultados do estudo GF 8407 (estudo aleatório, paralelo, de comparação de eficácia e segurança do GONAL-f®
com a FSH urinária em técnicas de reprodução assistida)
GONAL-f®
(n = 130)
FSH urinária
(n=116)
Número de ovócitos obtidos 11,0 ± 5,9 8,8 ± 4,8
Dias necessários de estimulação FSH 11,7 ± 1,9 14,5 ± 3,3
Dose total necessária de FSH (número de ampolas 75 UI FSH) 27,6 ± 10,2 40,7 ± 13,6
Necessidade de aumento de dose (%) 56,2 85,3
As diferenças entre os dois grupos foram estatisticamente significativas (p < 0,05) para todos
os critérios listados.
Eficácia e segurança no homem
Em homens com insuficiência em FSH, GONAL-f®
administrado concomitantemente com
hCG durante pelo menos 4 meses, induz a espermatogênese.
Farmacodinâmica
Na mulher, o efeito mais importante resultante da administração parenteral de FSH é o
desenvolvimento de folículos de Graaf maduros. Em mulheres com anovulação, o objetivo da
terapêutica com GONAL-f®
é o de desenvolver um único folículo de Graaf maduro do qual se
libertará o óvulo após a administração de hCG.
Farmacocinética
Após administração intravenosa, a alfafolitropina distribui-se no fluido do espaço extracelular
com uma meia-vida inicial de cerca de 2 horas e é eliminada com uma meia-vida terminal de
cerca de um dia. O volume de distribuição no estado de equilíbrio e o clearance total são de
10 l e 0,6 l/h, respectivamente. Um oitavo da dose de alfafolitropina é excretado na urina.
Após administração subcutânea, a biodisponibilidade absoluta é de cerca de 70%. Após
administração repetida, a alfafolitropina triplica a acumulação, atingindo o estado de
equilíbrio em 3-4 dias. Nas mulheres cuja secreção de gonadotrofinas endógenas se encontra
suprimida, a alfafolitropina mostrou, no entanto, estimular eficazmente o desenvolvimento
folicular e a esteroidogênese, apesar dos níveis não mensuráveis de LH.
Dados pré-clínicos de segurança
Dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos
convencionais de toxicidade de dose simples e repetida e de genotoxicidade.
Foi relatada diminuição da fertilidade em ratos expostos a doses farmacológicas de
alfafolitropina (≥ 40 UI/kg/dia) durante períodos longos, através de fecundidade reduzida.
Administrada em doses elevadas (≥ 5 UI/kg/dia), a alfafolitropina provocou uma diminuição
no número de fetos viáveis sem ser teratogênica, e distocia similar àquela observada com a
gonadotrofina menopáusica urinária (hMG). Contudo, como GONAL-f®
não é indicado na
gravidez, estes dados têm relevância clínica limitada.
hipersensibilidade à alfafolitropina, ao FSH ou a qualquer um dos excipientes
tumores do hipotálamo ou da hipófise
Na mulher:
hipertrofia ou cistos ovarianos não causados pela Síndrome do Ovário Policístico
hemorragias ginecológicas de etiologia desconhecida
carcinoma do útero, ovário ou mama
GONAL-f®
não deve ser utilizado nas situações em que não é possível a obtenção de uma
resposta eficaz, tais como:
Na mulher
- insuficiência ovariana primária
- malformações dos órgãos sexuais incompatíveis com a gravidez
- tumores fibroides do útero incompatíveis com a gravidez
No homem:
- insuficiência testicular primária
Este medicamento é contraindicado para uso por grávidas.
A alfafolitropina, princípio ativo do GONAL-f®
, é uma substância gonadotrófica potente
capaz de causar reações adversas leves a graves, só devendo ser utilizada por médicos bem
familiarizados com problemas de fertilidade e seu tratamento.
O tratamento com gonadotrofinas requer o compromisso dos médicos e dos outros
profissionais de saúde, assim como a existência de equipamento de monitorização adequado.
Na mulher, a utilização segura e eficaz do GONAL-f®
requer uma monitorização regular por
ultrassom da resposta ovariana, isoladamente ou, de preferência, em conjunto com a avaliação
dos níveis de estradiol. Pode haver um certo grau de variabilidade na resposta individual ao
FSH, podendo ocorrer em algumas pacientes uma resposta insuficiente e noutras uma resposta
exagerada. Tanto no homem como na mulher, deve ser utilizada a dose mais baixa eficaz, em
relação ao objetivo do tratamento.
Porfiria
Os pacientes com porfiria ou história familiar de porfiria devem ser cuidadosamente
monitorizados durante o tratamento com GONAL-f®
. O agravamento ou a primeira
manifestação desta condição pode requerer a interrupção do tratamento.
Tratamento na mulher
Antes do início do tratamento, deve ser avaliada a infertilidade do casal, e estudadas as
possíveis contraindicações de uma gravidez. Em particular, situações como hipotiroidismo,
insuficiência da suprarrenal, hiperprolactinemia deverão ser rastreadas e instituído tratamento
específico, se apropriado.
Nas mulheres submetidas a estimulação do crescimento folicular, quer como tratamento de
infertilidade anovulatória quer como técnicas de ART, pode ocorrer um aumento do volume
ovariano ou o desenvolvimento de hiperestimulação. A adesão à dose recomendada de
GONAL-f®
e ao esquema de administração, além de uma cuidadosa monitorização da
terapêutica minimizam a incidência de tais efeitos. Para uma interpretação exata dos índices
de desenvolvimento e maturação foliculares, o médico deve ter experiência na interpretação
dos testes relevantes.
Nos ensaios clínicos, GONAL-f®
demonstrou aumentar a sensibilidade ovariana quando
administrado com alfalutropina. Se um aumento da dose de FSH for considerado adequado, o
ajuste da dose deve ser efetuado, preferencialmente, após intervalos de 7-14 dias com
incrementos de 37,5-75 UI.
Não foi efetuada uma comparação direta de GONAL-f®
/LH versus a gonadotrofina
menopáusica humana (hMG). A comparação com dados históricos sugere que a taxa de
ovulação obtida com GONAL-f®
/LH é similar àquela que foi obtida com a hMG.
Síndrome de Hiperestimulação Ovariana (OHSS)
Um certo grau de hipertrofia dos ovários é um efeito esperado da estimulação ovariana
controlada. É observada com maior frequência em mulheres com Síndrome do Ovário
Policístico e regride geralmente sem tratamento.
Em contraste com a hipertrofia ovariana não complicada, a OHSS é uma condição que se
pode manifestar com níveis crescentes de gravidade. É caracterizada por um aumento
marcado do volume do ovário, níveis plasmáticos elevados de esteroides sexuais e um
aumento da permeabilidade vascular que pode resultar numa acumulação de fluidos nas
cavidades peritoneal, pleural e, raramente, pericárdica.
Em casos graves de OHSS pode observar-se a seguinte sintomatologia: dor e distensão
abdominais, aumento do volume ovariano com gravidade, aumento de peso, dispneia, oligúria
e sintomas gastrointestinais, incluindo náuseas, vômitos e diarreia. Uma avaliação clínica
pode revelar hipovolemia, hemoconcentração, desequilíbrio eletrolítico, ascite,
hemoperitoneu, derrame pleural, hidrotórax ou dificuldade pulmonar aguda. Muito raramente,
uma OHSS grave pode ser complicada por torção ovariana ou eventos tromboembólicos como
embolia pulmonar, acidente vascular cerebral isquêmico ou infarto do miocárdio.
Fatores de risco independentes de desenvolvimento da OHSS incluem Síndrome do Ovário
Policístico, níveis de estradiol sérico absolutos elevados ou que aumentam rapidamente (p.
ex., > 900 pg/ml ou > 3.300 pmol/l na anovulação; > 3.000 pg/ml ou > 11.000 pmol/l na
ART) e um grande número de folículos ovarianos em desenvolvimento (p. ex., > 3 folículos
de ≥ 14 mm de diâmetro na anovulação; ≥ 20 folículos de ≥ 12 mm de diâmetro na ART).
A adesão à dose e ao regime de administração recomendados de GONAL-f®
pode minimizar
o risco de hiperestimulação ovariana. Recomenda-se que seja efetuada monitorização dos
ciclos de estimulação por ultrassom e por medições dos níveis de estradiol para identificar
precocemente os fatores de risco.
Há evidência de que a hCG desempenha um papel importante no desencadeamento de uma
OHSS e que a síndrome pode ser mais grave e prolongada se ocorrer uma gravidez. Portanto,
se ocorrerem sinais de hiperestimulação ovariana, tais como um nível do estradiol sérico >
5.500 pg/ml ou > 20.200 pmol/l e/ou ≥ 40 folículos no total, recomenda-se que a hCG seja
suspensa e a paciente aconselhada a abster-se de ter relações sexuais ou a utilizar métodos
contraceptivos de barreira durante pelo menos 4 dias. A OHSS pode progredir rapidamente
(em 24 horas) ou num período de vários dias até se tornar em um caso clínico grave. Ocorre
com mais frequência após o tratamento hormonal ter sido interrompido e atinge o seu máximo
cerca de sete a dez dias após o tratamento. Portanto, as pacientes devem ser acompanhadas
durante pelo menos duas semanas após a administração de hCG.
Na ART, a aspiração de todos os folículos antes da ovulação pode reduzir a incidência de
hiperestimulação.
Geralmente, a OHSS leve ou moderada regride espontaneamente. Se ocorrer OHSS grave,
recomenda-se que o tratamento com gonadotrofinas seja suspenso caso ainda esteja em curso,
que a paciente seja hospitalizada e que seja iniciada a terapêutica apropriada.
Gravidez múltipla
Em mulheres submetidas à indução da ovulação, a incidência de gravidez múltipla está
aumentada em comparação com a concepção natural. A maioria das concepções múltiplas é
de gêmeos. A gravidez múltipla, especialmente de número elevado, acarreta um risco
acrescido de resultados adversos maternos e perinatais.
A fim de minimizar o risco de gravidez múltipla, recomenda-se uma monitorização cuidadosa
da resposta ovariana.
O risco de gravidez múltipla, em mulheres submetidas a técnicas de ART, está relacionado
principalmente com o número e qualidade de embriões recolocados, e com a idade da
paciente.
As pacientes devem ser avisadas do risco potencial de nascimentos múltiplos antes de
iniciarem o tratamento.
Aborto espontâneo
A incidência de perda da gravidez por aborto é mais elevada em pacientes submetidas à
estimulação do crescimento folicular para indução da ovulação ou a técnicas de ART do que
após concepção natural.
Gravidez ectópica
Mulheres com história de doença tubária apresentam risco de desenvolvimento de uma
gravidez ectópica, quer a gravidez ocorra por concepção espontânea ou com tratamentos de
fertilidade. Foi notificado que a prevalência de gravidez ectópica após ART é mais elevada do
que a prevalência na população em geral.
Neoplasias do sistema reprodutor
Foram reportadas neoplasias do ovário e de outros órgãos do sistema reprodutor, sejam
benignas ou malignas, em mulheres submetidas a regimes medicamentosos múltiplos para o
tratamento da infertilidade. Não se encontra estabelecido se o tratamento com gonadotrofinas
aumenta o risco destes tumores em mulheres inférteis.
Malformações congênitas
A prevalência de malformações congênitas após técnicas de ART poderá ser ligeiramente
superior em relação às concepções espontâneas. Pensa-se que tal fato possa ser originado
pelas diferenças nas características dos progenitores (p. ex., idade materna, características do
esperma) e pelas gestações múltiplas.
Eventos tromboembólicos
Em mulheres com doença tromboembólica ativa ou recente, ou em mulheres com fatores de
risco de eventos tromboembólicos geralmente reconhecidos, tais como antecedentes pessoais
ou familiares, o tratamento com gonadotrofinas pode aumentar o risco de agravamento ou de
ocorrência destes acontecimentos. Nestas mulheres, o benefício da administração de
gonadotrofinas deverá ser avaliado em relação aos riscos. Deverá ser enfatizado, no entanto,
que a própria gravidez, assim como, a OHSS também acarretam um risco aumentado de
acontecimentos tromboembólicos.
Tratamento no homem
Valores elevados de FSH endógeno são indicativos de insuficiência testicular primária. Estes
pacientes não respondem ao tratamento com GONAL-f®
/hCG. GONAL-f®
não deve ser
utilizado em situações nas quais não é possível obter uma resposta eficaz.
Como parte da avaliação da resposta, recomenda-se a análise do esperma 4 a 6 meses após o
início do tratamento.
Gravidez e lactação
Gravidez
Não há indicação para a utilização de GONAL-f®
durante a gravidez. Uma quantidade
limitada de dados em gestações expostas (menos de 300) indicam ausência de malformações
ou toxicidade fetal/neonatal com alfafolitropina.
Não se observou qualquer efeito teratogênico em estudos em animais. Em caso de exposição
durante a gravidez, os dados clínicos não são suficientes para excluir um efeito teratogênico
de GONAL-f®
.
Lactação
não é indicado durante a amamentação.
Categoria de risco X. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou
que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e utilizar máquinas
É de esperar que os efeitos de GONAL-f®
sobre a capacidade de dirigir e utilizar máquinas
sejam nulos ou desprezíveis.
Teor de sódio
contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por dose, ou seja, é praticamente
isento de sódio.
O uso concomitante de GONAL-f®
com outros medicamentos utilizados na estimulação da
ovulação (p. ex., hCG, citrato de clomifeno), pode potencializar a resposta folicular, enquanto
a utilização simultânea de um agonista ou antagonista da GnRH, indutor da dessensibilização
hipofisária, pode aumentar a dose de GONAL-f®
necessária para provocar uma resposta
ovariana adequada. Não foram relatadas outras interações clinicamente significativas durante
a terapêutica com GONAL-f®
.
GONAL-f®
nas apresentações de 900 UI/1,5 mL, 450 UI/0,75 mL e 300 UI/0,5 mL deve ser
guardado sob refrigeração entre 2°C e 8°C, protegido da luz. Não congelar. GONAL-f®
,
quando mantido sob os cuidados de armazenamento especificados, é válido até a data
impressa na embalagem (24 meses após a data de fabricação).
Durante o período de validade, este produto pode ser guardado abaixo de 25°C por até 28
dias, protegido da luz, e descartado após esse período. Anote na caneta pré-carregada de
a data do primeiro dia de uso. Jogue fora a caneta depois de passados 28 dias da
primeira abertura, mesmo que ainda contenha medicamento. No final do tratamento, qualquer
solução não utilizada deve ser descartada.
é apresentado como uma solução límpida e incolor em caneta pré-carregada
pronta para uso. Não utilize GONAL-f®
se verificar quaisquer sinais visíveis de deterioração,
se o líquido contiver partículas ou se não estiver límpido.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A terapêutica com GONAL-f®
deve ser iniciada sob a supervisão de um médico com
experiência no tratamento de distúrbios da fertilidade.
Deve ser entregue aos pacientes o número correto de canetas para o seu ciclo de tratamento e
estes devem ser orientados sobre como utilizar as técnicas de injeção apropriadas.
Posologia
As doses recomendadas de GONAL-f®
são as utilizadas com o FSH urinário. A avaliação
clínica de GONAL-f®
indica que as doses diárias, os regimes posológicos e os métodos de
monitorização do tratamento não devem diferir dos correntemente utilizados com os
medicamentos contendo FSH urinário.
Ensaios clínicos comparativos demonstraram que, em média, as pacientes necessitam de uma
dose cumulativa mais baixa e uma menor duração de tratamento com GONAL-f®
em
comparação com o FSH urinário. Assim, considera-se apropriado administrar uma dose total
mais baixa de GONAL-f®
do que aquela geralmente usada para o FSH urinário, não apenas
para otimizar o desenvolvimento folicular como também para minimizar o risco de
hiperestimulação ovariana não pretendida.
Foi demonstrada bioequivalência entre doses equivalentes da apresentação monodose e da
apresentação multidose de GONAL-f®
.
Recomenda-se a adesão às doses iniciais recomendadas a seguir.
Mulheres com anovulação (incluindo Síndrome do Ovário Policístico)
GONAL-f®
deve ser administrado segundo um esquema de injeções diárias. Nas mulheres
menstruadas o tratamento deve ser iniciado nos primeiros sete dias do ciclo menstrual.
Um regime posológico habitualmente empregado se inicia com administrações diárias de 75-
150 UI de FSH, aumentando de preferência em 37,5, ou 75 UI com sete ou, de preferência,
quatorze dias de intervalo, se necessário, de modo a obter uma resposta adequada mas não
excessiva. O tratamento deve ser adaptado à resposta individual de cada paciente avaliada
pela medição do tamanho dos folículos por ultrassom e/ou pela secreção de estrogênios. A
dose máxima diária não é normalmente superior a 225 UI de FSH. Se a paciente não
responder adequadamente após quatro semanas de tratamento, o ciclo deve ser abandonado e
a paciente deve ser submetida à avaliação adicional após a qual pode recomeçar o tratamento
com uma dose inicial mais alta do que a do ciclo abandonado.
Quando se obtém uma resposta ótima, deve ser administrada uma única injeção de 250
microgramas de gonadotrofina coriônica alfa humana recombinante (r-hCG) ou de 5.000 UI
até 10.000 UI de hCG, 24-48 horas após a última injeção de GONAL-f®
. Recomenda-se que a
paciente tenha relações sexuais no dia da administração de hCG, bem como no dia seguinte.
Como alternativa, pode ser efetuada uma inseminação intrauterina (IIU).
Caso se obtenha uma resposta excessiva, o tratamento deve ser interrompido e suspensa a
hCG. O tratamento deve ser reiniciado no ciclo seguinte, com uma dose inferior àquela do
cicloanterior.
Mulheres submetidas à estimulação ovariana para o desenvolvimento folicular múltiplo
prévio à fertilização in vitro ou outras técnicas de reprodução assistida.
O esquema posológico habitualmente usado para indução da superovulação envolve a
administração diária de 150-225 UI de GONAL-f®
, com início no 2º ou 3º dia do ciclo. O
tratamento prossegue até se obter um desenvolvimento folicular adequado (avaliado por
monitorização das concentrações séricas de estrogênios e/ou ultrassom), sendo a dose ajustada
de acordo com a resposta da paciente, não ultrapassando normalmente as 450 UI diárias. Em
geral, obtém-se um desenvolvimento folicular adequado em média no décimo dia do
tratamento (intervalo de 5 a 20 dias).
Uma única injeção de 250 microgramas de r-hCG ou de 5.000 UI até 10.000 UI de hCG é
administrada 24-48 horas após a última injeção de GONAL-f®
para a indução da maturação
folicular final.
A subrregulação com um agonista ou um antagonista do hormônio liberador das
gonadotrofinas (GnRH) é usualmente utilizada com o fim de suprimir o aumento de LH
endógeno e de controlar os níveis tônicos de LH. Segundo um protocolo habitual, a
terapêutica com GONAL-f®
é iniciada aproximadamente duas semanas após o início do
tratamento com o agonista, prosseguindo-se com ambos até se obter um desenvolvimento
folicular adequado. Por exemplo, após duas semanas de tratamento com um agonista,
administram-se 150-225 UI de GONAL-f®
nos primeiros sete dias. A dose é então ajustada de
acordo com a resposta ovariana.
A experiência global obtida com a FIV indica que em geral a taxa de tratamentos com sucesso
mantém-se estável durante as primeiras quatro tentativas, após o que declina gradualmente.
Mulheres com anovulação resultante de deficiência grave de LH e de FSH.
Em mulheres com insuficiência de LH e de FSH (hipogonadismo hipogonadotrófico), o
objetivo da terapêutica com GONAL-f®
, em associação com alfalutropina, é o
desenvolvimento de um único folículo de Graaf maduro, a partir do qual será liberado o óvulo
após a administração de gonadotrofina coriônica humana (hCG). GONAL-f®
deve ser
administrado segundo um esquema de injeções diárias, simultaneamente com alfalutropina.
Uma vez que estas pacientes são amenorreicas e têm uma secreção reduzida de estrogênios
endógenos, o tratamento pode ser iniciado em qualquer momento.
Um regime posológico recomendado se inicia com a administração diária de 75 UI de
alfalutropina com 75-150 UI de FSH. O tratamento deve ser adaptado à resposta individual de
cada paciente avaliada pela medição do tamanho dos folículos por ultrassom e/ou pela
secreção de estrogênios.
Se um aumento da dose de FSH for considerado adequado, o ajuste da dose deve ser efetuado,
de preferência, após intervalos de 7-14 dias e, preferencialmente, com incrementos de 37,5-75
UI. Pode ser aceitável prolongar a estimulação em qualquer dos ciclos por até cinco semanas.
microgramas de r-hCG ou de 5.000 UI até 10.000 UI de hCG, 24-48 horas após as últimas
injeções de GONAL-f®
e de alfalutropina. Recomenda-se que a paciente tenha relações
sexuais no dia da administração de hCG, bem como no dia seguinte. Como alternativa, pode
ser efetuada uma IIU.
Pode ser necessário um suporte da fase lútea, uma vez que a ausência de substâncias com
atividade luteotrófica (LH/hCG) após a ovulação pode conduzir a uma falência prematura do
corpo lúteo. Caso seja obtida uma resposta excessiva, o tratamento deve ser interrompido e a
hCG não deve ser administrada. O tratamento deve ser reiniciado no ciclo seguinte, com uma
dose de FSH inferior àquela do ciclo anterior.
Homens com hipogonadismo hipogonadotrófico
deve ser administrado numa dose de 150 UI três vezes por semana,
concomitantemente com hCG, durante pelo menos quatro meses. Se, após este período, o
paciente não tiver respondido, deve se continuar com o tratamento combinado. A experiência
clínica atual indica que pode ser necessário um tratamento de pelo menos dezoito meses para
atingir a espermatogênese.
Populações especiais
Uso em idosos
Não existe utilização relevante de GONAL-f®
na população idosa. A segurança e a eficácia de
em pacientes idosos não foram estabelecidas.
Insuficiência hepática ou renal
A segurança, a eficácia e a farmacocinética de GONAL-f®
em pacientes com insuficiência
hepática ou renal não foram estabelecidas.
Uso pediátrico
na população pediátrica.
Modo de administração
destina-se à administração subcutânea. A primeira injeção de GONAL-f deve ser
efetuada sob supervisão médica direta. A autoadministração de GONAL-f®
só deve ser
efetuada por pacientes que estão motivados, devidamente instruídos e que tenham acesso a
acompanhamento especializado.
Como a caneta pré-carregada com um cartucho multidose de GONAL-f®
se destina a ser
utilizada para várias injeções, devem ser dadas instruções claras aos pacientes para evitar a
utilização incorreta da apresentação multidose.
Para instruções sobre a administração com a caneta pré-carregada, ver o “Guia de aplicação”.
As reações adversas notificadas com maior frequência foram cefaleias, cistos ovarianos e
reações no local de injeção (p. ex., dor, eritema, hematoma, edema e/ou irritação local).
Síndrome de hiperestimulação ovariana leve ou moderada (OHSS) foi notificada com
frequência e deve ser considerada como um risco intrínseco do procedimento de estimulação.
A OHSS grave é incomum.
Tromboembolia pode ocorrer muito raramente, geralmente associada à OHSS grave.
As seguintes definições aplicam-se à frequência das reações adversas:
Muito comuns (≥ 1/10)
Comuns (≥ 1/100, < 1/10)
Incomuns (≥ 1/1.000, < 1/100)
Raras (≥ 1/10.000, < 1/1.000)
Muito raras (< 1/10.000)
Tratamento em mulheres
Distúrbios do sistema imune
Muito raros: Reações de hipersensibilidade leves a graves, incluindo reações anafiláticas e
choque.
Distúrbios do sistema nervoso
Muito comuns: Cefaleias.
Distúrbios vasculares
Muito raros: Tromboembolia, geralmente associada à OHSS grave.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino
Muito raros: Exacerbação ou agravamento da asma.
Distúrbios gastrointestinais
Comuns: Dor abdominal, distensão abdominal, desconforto abdominal, náusea, vômitos,
diarreia.
Distúrbios da mama e sistema reprodutor
Muito comuns: Cistos ovarianos.
Comuns: OHSS leve ou moderada (incluindo sintomatologia associada).
Incomuns: OHSS grave (incluindo sintomatologia associada).
Raros: Complicação de OHSS grave.
Distúrbios gerais e alterações no local de administração
Muito comuns: Reações no local da injeção (ex., dor, eritema, hematoma, edema e/ou
irritação local).
Tratamento em homens
Muito raros: Reações de hipersensibilidade leves a graves incluindo reações anafiláticas e
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo
Comuns: Acne
Comuns: Ginecomastia, varicocele.
Muito comuns: Reações no local de injeção (ex., dor, eritema, hematoma, edema e/ou
Exames complementares de diagnóstico
Comuns: Ganho ponderal.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou
para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Desconhecem-se os efeitos de uma superdose com GONAL-f®
, no entanto, existe a
possibilidade de ocorrência de OHSS.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.