Bula do Halaven para o Profissional

Bula do Halaven produzido pelo laboratorio Eisai Laboratórios Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Halaven
Eisai Laboratórios Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO HALAVEN PARA O PROFISSIONAL

Bula para o Profissional de Saúde – CCDS V1 Jul14 1

HALAVEN®

EISAI LABORATÓRIOS LTDA.

SOLUÇÃO INJETÁVEL ESTÉRIL

1MG/ 2ML

Bula para o Profissional de Saúde – CCDS V1 Jul14 2

I – IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

mesilato de eribulina

APRESENTAÇÕES

Cartucho contendo 1 frasco de uso único de mesilato de eribulina para injeção, 1 mg/2 ml.

USO ADULTO

USO INTRAVENOSO

COMPOSIÇÃO

HALAVEN é uma solução límpida, incolor, estéril para administração intravenosa. Cada frasco

contém 1 mg de mesilato de eribulina, equivalente a 0,88 mg de eribulina, como uma solução 0,5

mg/ml em etanol: água (5:95).

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

HALAVEN é indicado para o tratamento de pacientes com câncer de mama localmente avançado

ou metastático que progrediu após pelo menos dois regimes quimioterápicos para o tratamento de

doença avançada. A terapia prévia deve ter incluído uma antraciclina e um taxano a menos que os

pacientes não sejam aptos para estes tratamentos.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A eficácia de HALAVEN no câncer de mama é sustentada por dois estudos Fase 2 de braço único

(403 pacientes), e dois estudos comparativos randomizados de Fase 3 (1864 pacientes).

Os 762 pacientes no estudo pivotal Fase 3 EMBRACE (estudo 305) tinham câncer de mama

localmente recorrente ou metastático, e tinham recebido previamente pelo menos dois e no

máximo cinco regimes quimioterápicos, incluindo uma antraciclina e um taxano (a menos que

contraindicado). Os pacientes tinham que ter progredido dentro de 6 meses de seu último regime

quimioterápico. Eles foram randomizados 2:1 para receber HALAVEN (1,4 mg/m2

nos Dias 1 e 8

de um ciclo de 21 dias administrado intravenosamente durante 2 a 5 minutos), ou tratamento de

escolha do médico (TEM), definido como uma quimioterapia de agente único, tratamento

hormonal, ou terapia biológica aprovada para o tratamento de câncer; ou tratamento paliativo ou

radioterapia, refletindo a prática local. O braço TEM consistiu de 97% quimioterapia (26%

vinorrelbina, 18% gencitabina, 18% capecitabina, 16% taxano, 9% antraciclina, 10% outra

Bula para o Profissional de Saúde – CCDS V1 Jul14 3

quimioterapia), e 3% terapia hormonal.

No grupo do HALAVEN, 17,7% dos pacientes receberam G-CSF como profilaxia secundária.

O estudo 305 atingiu seu desfecho primário com um resultado de sobrevida global melhor, de

forma estatisticamente significativa, no grupo eribulina comparado com o grupo TEM.

Este resultado foi consistente com aquele obtido por uma análise atualizada, não planejada, de

sobrevida global feita quando 77% dos eventos foram observados (Figura 1).

Estudo 305 - Eficácia de HALAVEN versus Tratamento de Escolha do Médico (TEM)–

Análise Atualizada de Sobrevida na População Intenção de Tratar (ITT)

Parâmetro de Eficácia

Halaven®

(n = 508)

TEM

(n = 254)

Sobrevida Global

Número de eventos 365 203

Mediana (meses) 13,2 10,5

Taxa de Risco (95%)a

0,805

(0,677 - 0,958)

Valor-p Nominal (log-rank) 0,014b

a

(dano proporcional Cox)

b

Estratificado por região geográfica, situação HER2/neu, e terapia anterior com capecitabina.

Figura 1. Estudo 305 - Análise de Kaplan-Meier dos Dados Atualizados de Sobrevida

Global (População Intenção de Tratar)

Bula para o Profissional de Saúde – CCDS V1 Jul14 4

A análise de sobrevida livre de progressão por revisão independente é mostrada na tabela

seguinte.

Eficácia de HALAVEN versus Tratamento de Escolha do Médico (TEM) – Sobrevida

Livre de Progressão

HALAVEN

n=508

n=2

54Independente

Número de eventos 357 1

6

4

Mediana 113 dias 68

dias(IC 95%) (101 - 118) (63 – 103)

Taxa de Risco a

(IC 95%) 0,865 (0,714 – 1,048)

Valor-pb

(Log rank) 0,137

Para a taxa de risco, um valor menor que 1,00 favorece a eribulina

Estratificado por região geográfica, situação HER2/neu, e uso prévio de capecitabina.

Após revisão independente, a mediana da sobrevida livre de progressão foi de 3,7 meses (113

dias) para o grupo HALAVEN, comparado com 2,2 meses (68 dias) para o grupo TEM. Para os

pacientes passíveis de avaliação que receberam HALAVEN, a taxa de resposta objetiva pelo

critério RECIST foi 12,2% (IC 95%: 9,4% - 15,5%) por revisão independente para o grupo

HALAVEN, comparado com 4,7% (IC 95%: 2,3% - 8,4%) para o grupo TEM. A duração

mediana da resposta pela revisão independente foi de 4,2 meses (128 dias) (IC 95%: 3,8 – 5,0

meses).

O efeito positivo na sobrevida global foi observado em ambos os grupos de pacientes refratários

ao taxano e não-refratários ao taxano. Na atualização de sobrevida global, a taxa de risco para

eribulina versus TEM foi 0,90 (IC 95%: 0,71 - 1,14) em favor da eribulina para pacientes

refratários ao taxano e 0,73 (IC 95%%: 0,56 - 0,96) para pacientes não refratários ao taxano.

O efeito positivo na sobrevida global foi observado em ambos os grupos de pacientes: aqueles

não submetidos a tratamento prévio com capecitabina e aqueles pré-tratados com capecitabina. A

análise atualizada de sobrevida global mostrou um benefício de sobrevida para o grupo eribulina

comparado ao grupo TEM em ambos os pacientes pré-tratados com capecitabina com uma taxa

de risco de 0,787 (IC 95%: 0,645 - 0,961), e para os pacientes não submetidos a tratamento

prévio com capecitabina com uma taxa de risco de 0,865 (IC 95%: 0,606 - 1,233).

O resultado da análise de sobrevida livre de progressão, conduzida por revisão independente,

entre a eribulina e a capecitabina foi similar, com medianas de 4,1 meses vs. 4,2 meses (taxa de

risco 1,08; [IC 95%: 0,932 – 1,250]), respectivamente. A taxa de resposta objetiva conduzida por

revisão independente também se mostrou similar entre a eribulina e a capecitabina: 11,0% (IC

95%: 8,5 -13,9) no grupo eribulina, e 11,5% (IC 95%: 8,9 - 14,5) no grupo capecitabina. Terapia

concomitante com anti-HER2 não foi incluída no estudo 305.

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3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

3.1 Mecanismo de Ação

O mesilato de eribulina é o primeiro da classe dos inibidores da dinâmica dos microtúbulos

baseado na halicondrina B. É um análogo sintético estruturalmente simplificado da halichondrina

B, um produto natural isolado da esponja marinha Halicondria okadai.

A eribulina inibe a fase de crescimento dos microtúbulos sem afetar a fase de encurtamento e

sequestra a tubulina em agregados não produtivos. A eribulina exerce seus efeitos via um

mecanismo antimitótico baseado na tubulina levando ao bloqueio do ciclo celular G2/M, ruptura

dos fusos mitóticos, e, por fim, morte celular por apoptose após bloqueio mitótico prolongado e

irreversível.

O mesilato de eribulina também afeta o microambiente do tumor e o fenótipo do tumor por

mecanismos que não estão associados aos seus efeitos antimitóticos. Esses efeitos adicionais da

eribulina incluem: (i) remodelação da vasculatura tumoral em que os núcleos tumorais internos se

tornam melhor perfundidos e menos hipóxicos, e (ii) mudanças de fenótipos mesenquimais mais

agressivos para fenótipos epiteliais menos agressivos via reversão da transição epitelial-

mesenquimal.

3.2 Farmacocinética

Distribuição

A farmacocinética da eribulina é linear com uma meia-vida de eliminação média de

aproximadamente 40 horas, um volume de distribuição médio de 43 L/m2

a 114 L/m2

e um

clearance (depuração) médio de 1,16 L/hr/m2

a 2,42 L/hr/m2

sobre a faixa de dose de 0,25 mg/m2

a 4,0 mg/m2

. A ligação da eribulina às proteínas plasmáticas humana em concentrações de 100

ng/ml a 1.000 ng/ml varia de 49% a 65%. A exposição à eribulina após múltiplas doses é

comparável àquela posterior a uma dose única. Nenhum acúmulo de eribulina foi observado com

a administração semanal.

Metabolismo

A eribulina inalterada foi a principal espécie circulante no plasma seguindo a administração de

14

C-eribulina a pacientes. As concentrações de metabólito representaram <0,6% do composto

parental, confirmando que não há metabólitos importantes da eribulina em humanos.

A metabolização da eribulina in vitro pelo citocromo P450 3A4 (CYP3A4) é insignificante. A

eribulina inibe a atividade do CYP3A4 nos microssomos hepáticos humanos, mas é improvável

que a eribulina aumentará substancialmente os níveis plasmáticos dos substratos do CYP3A4. A

eribulina não mostra potencial de indução para CYP1A, CYP2C9, CYP2C19, e CYP3A nos

hepatócitos humanos primários. Não foi detectada inibição significante do CYP1A2, CYP2C9,

CYP2C19, CYP2D6, ou CYP2E1 com concentrações de eribulina até 5 μM em microssomos

hepáticos combinados humanos. Estudos de interação medicamentosa in vitro indicam que a

eribulina não inibe drogas que são substratos destas enzimas e é improvável que a eribulina

afetará os níveis plasmáticos das drogas que são substratos das enzimas CYP. A eribulina é um

Bula para o Profissional de Saúde – CCDS V1 Jul14 6

substrato e um inibidor fraco in vitro do transportador P-gp do efluxo da droga.

Eliminação

A eribulina é eliminada inalterada, principalmente nas fezes. Após administração de 14

C-eribulina

a pacientes, aproximadamente 82% da dose foi eliminada nas fezes e 9% na urina. A eribulina

inalterada correspondeu a aproximadamente 88% e 91% da dose nas fezes e urina,

respectivamente.

Insuficiência Hepática

A farmacocinética da eribulina foi avaliada em um estudo Fase 1 em pacientes com insuficiência

hepática leve (Child-Pugh A) e moderada (Child-Pugh B). Comparada a pacientes com função

hepática normal, a exposição à eribulina aumentou 1,75 vezes e 2,79 vezes em pacientes com

insuficiência hepática leve e moderada, respectivamente.

Insuficiência Renal

A farmacocinética da eribulina foi avaliada no estudo de Fase 1 em pacientes com a função renal

normal (CrCl: > 80 ml/min), com insuficiência renal moderada (CrCl: 30 - 50 ml/min) ou grave

(CrCl: 15 - < 30 ml/min). O aumento da dose normalizada no Cmax foi de 1,31 vezes (IC 90%:

0,84 – 2,05) para insuficiência renal moderada e 2,02 vezes (IC 90%: 1,27 – 3,21) para

insuficiência renal grave comparada a função renal normal. A insuficiência renal moderada e

grave aumentou a média da dose normalizada pela AUC (0 – inf) 1,49 vezes (IC 90%: 0,9 – 2,45)

comparada à função renal normal. A gravidade da insuficiência renal não teve efeito incremental

na exposição da eribulina.

Efeitos de Idade, Sexo e Raça

Baseado na análise de farmacocinética da população com dados coletados de 340 pacientes, sexo,

raça e idade não têm efeito clinicamente significante na farmacocinética de eribulina.

3.3 Eletrofisiologia Cardíaca

O efeito do HALAVEN no intervalo QTc foi avaliado em um estudo dedicado ao QT, aberto, não

controlado, multicêntrico, de braço único. Um total de 26 pacientes com tumores sólidos

receberam 1,4 mg/m2

de HALAVEN nos Dias 1 e 8 de um ciclo de 21 dias. Um prolongamento

atrasado do QTc foi observado no Dia 8, sem prolongamento observado no Dia 1. A alteração

média máxima da linha de base para QTcF (95% do intervalo de confiança superior) foi 11,4

(19,5) ms.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Nenhuma.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

5.1 Neutropenia

Bula para o Profissional de Saúde – CCDS V1 Jul14 7

A mielossupressão é dose-dependente e manifestada principalmente como neutropenia (seção 9).

O monitoramento de hemogramas completos deve ser realizado em todos os pacientes antes de

cada dose de eribulina. O tratamento com eribulina deve ser iniciado somente em pacientes com

valores de contagem absoluta de neutrófilos (ANC) ≥ 1,5 x 109

/L e plaquetas > 100 x 109

/L.

Ocorreu neutropenia febril em < 5% dos pacientes com câncer de mama tratados com eribulina.

Os pacientes experimentando neutropenia febril, neutropenia grave ou trombocitopenia, devem

ser tratados de acordo com as recomendações da seção 8.2.

Os pacientes com alanina aminotransferase (ALT) ou aspartato aminotransferase (AST) >3 x

LSN (limite superior ao normal) experimentaram uma incidência mais alta de neutropenia de

Grau 4 e neutropenia febril. Embora os dados sejam limitados, pacientes com bilirrubina >1,5 x

LSN também tiveram uma incidência maior de neutropenia de Grau 4 e neutropenia febril.

A neutropenia grave deve ser gerenciada pelo uso de G-CSF ou equivalente a critério médico de

acordo com as guias relevantes.

5.2 Neuropatia Periférica

Os pacientes devem ser monitorados de perto para sinais de neuropatia motora periférica e

neuropatia sensorial. O desenvolvimento de neurotoxicidade periférica grave requer um atraso ou

ajuste da dose (ver seção 8.2).

Em estudos clínicos, os pacientes com neuropatia pré-existente maior que Grau 2 foram

excluídos. Entretanto, pacientes com neuropatia pré-existente de Grau 1 ou 2 não foram mais

prováveis de desenvolver novos sintomas ou sintomas agravados que aqueles que entraram no

estudo sem a condição.

5.3 Prolongamento QT

Em um estudo de ECG aberto, não-controlado, em 26 pacientes, foi observado prolongamento

QT no Dia 8, independente da concentração de eribulina, sem observação de prolongamento QT

no Dia 1. O monitoramento de ECG é recomendado se a terapia é iniciada em pacientes com

insuficiência cardíaca congestiva, bradiarritmias, medicamentos que conhecidamente prolongam

o intervalo QT, incluindo antiarrítmicos de Classe Ia e III, e anormalidades eletrolíticas.

Hipocalemia ou hipomagnesemia deve ser corrigida antes de iniciar HALAVEN e estes

eletrólitos devem ser monitorados periodicamente durante a terapia. A eribulina deve ser evitada

em pacientes com síndrome congênita do QT longo.

5.4 Carcinogênese, mutagênese, dano à fertilidade

Não foram conduzidos estudos de carcinogenicidade com mesilato de eribulina.

O mesilato de eribulina não foi mutagênico em ensaios de mutação reversa em bactérias in vitro

(teste de Ames).

O mesilato de eribulina foi positivo em ensaios de mutagênese de linfoma de camundongo, e foi

Bula para o Profissional de Saúde – CCDS V1 Jul14 8

clastogênico em um ensaio in vivo de micronúcleo de medula óssea de rato.

Os efeitos do HALAVEN na fertilidade humana são desconhecidos. Não foram conduzidos

estudos de fertilidade com mesilato de eribulina em humanos ou animais. Entretanto, achados

não clínicos em estudos de toxicologia de dose repetida em cães e ratos sugerem que a fertilidade

em machos pode ser comprometida pelo tratamento com mesilato de eribulina. Ratos exibiram

toxicidade testicular (hipocelularidade de epitélio seminífero com hipospermia/aspermia) após

dose com mesilato de eribulina em ou acima de 0,43 vezes a dose humana recomendada (mg/m2

)

dada uma vez por semana por 3 semanas, ou em ou acima de 0,21 vezes a dose humana

recomendada (mg/m2

) dada uma vez por semana por 3 de 5 semanas, repetida por 6 ciclos.

Toxicidade testicular foi observada também em cães que receberam 0,64 vezes a dose humana

) semanalmente por 3 de 5 semanas, repetida por 6 ciclos.

5.5 Gravidez

Categoria D

Não existem estudos adequados e bem controlados com HALAVEN em mulheres grávidas.

HALAVEN é um inibidor do microtúbulo, portanto, é esperado causar dano fetal quando

administrado a uma mulher grávida. Toxicidade embrio-fetal e teratogenicidade ocorreram em

ratos que receberam mesilato de eribulina a aproximadamente metade da dose humana

recomendada baseada na área de superfície corporal. Se esta droga for usada durante a gravidez,

ou se a paciente ficar grávida enquanto tomar esta droga, a paciente deve ser alertada sobre o

dano potencial ao feto.

Em um estudo de desenvolvimento de toxicidade, ratas grávidas receberam infusão intravenosa

de mesilato de eribulina durante a organogênese (dias gestacionais 8, 10, e 12) em doses

aproximadamente 0,04, 0,13, 0,43 e 0,64 vezes a dose humana recomendada, baseada na área de

superfície corporal (mg/m2

). Aumento na taxa de aborto e de malformações graves externas e do

tecido mole foram observados na prole em doses 0,64 vezes a dose humana recomendada

baseadas na área de superfície corporal (mg/m2

), incluindo a ausência de um maxilar inferior,

língua, estômago e baço. Morte/reabsorção embrio-fetal aumentada, pesos fetais diminuídos, e

anomalias esqueléticas menores consistentes com o atraso no desenvolvimento foram relatados

em doses de ou acima de 0,43 vezes a dose humana recomendada.

Toxicidade materna do mesilato de eribulina foi relatada em ratos em doses de ou acima de 0,43

vezes a dose humana recomendada (mg/m²), e incluiu baço aumentado, ganho de peso materno

reduzido e consumo alimentar diminuído.

Mulheres em idade fértil devem ser alertadas para evitar a gravidez enquanto elas ou seus

parceiros estiverem recebendo HALAVEN e devem usar método contraceptivo efetivo durante e

até 3 meses após o tratamento.

Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Bula para o Profissional de Saúde – CCDS V1 Jul14 9

Informe ao seu médico imediatamente em caso de suspeita de gravidez.

5.6 Lactantes

Não se sabe se HALAVEN é excretado no leite humano. Nenhum estudo foi conduzido em

humanos ou animais para determinar se HALAVEN é excretado no leite. Pelo fato de muitas

drogas serem excretadas no leite humano e por causa do potencial para reações adversas graves

em bebês alimentados com leite humano contendo HALAVEN, uma decisão deve ser tomada se

para descontinuar a amamentação ou para descontinuar HALAVEN levando em consideração a

importância da droga para a mãe.

5.7 Uso Pediátrico

A segurança e eficácia de HALAVEN em pacientes pediátricos abaixo da idade de 18 anos não

foram estabelecidas.

5.8 Uso Geriátrico

O Estudo 1 não incluiu números suficientes de indivíduos de idade de 65 anos ou mais para

determinar se eles responderiam diferentemente dos indivíduos mais jovens. Dos 827 indivíduos

que receberam a dose e esquema recomendados de HALAVEN nos estudos clínicos, 15%

(121/827) tinham 65 ou mais, e 2% (17/827) dos pacientes tinham 75 ou mais. Nenhuma

diferença geral na segurança foi observada entre estes indivíduos e indivíduos mais jovens.

5.9 Insuficiência Hepática

Um estudo avaliou a farmacocinética da eribulina em pacientes com insuficiência hepática leve

(Child-Pugh A; n=7) e moderada (Child-Pugh B; n=5). Comparada a pacientes com função

hepática normal (n=6), a exposição à eribulina aumentou 1,8 vezes e 2,5 vezes em pacientes com

insuficiência hepática leve e moderada, respectivamente. Administração de HALAVEN a uma

dose de 1,1 mg/m2

a pacientes com insuficiência hepática leve e 0,7 mg/m2

a pacientes com

insuficiência hepática moderada resultou em exposição similar à eribulina como uma dose de 1,4

mg/m2

a pacientes com função hepática normal. Uma dose menor inicial de 1,1 mg/m2

é

recomendada para pacientes com insuficiência hepática leve (Child-Pugh A) e de 0,7 mg/m2

recomendada para pacientes com insuficiência hepática moderada (Child-Pugh B). HALAVEN

não foi estudado em pacientes com insuficiência hepática grave (Child-Pugh C).

5.10 Insuficiência Renal

A farmacocinética da eribulina foi avaliada no estudo de Fase 1 em pacientes com a função renal

normal (CrCl: > 80 ml/min), com insuficiência renal moderada (CrCl: 30 - 50 ml/min) ou grave

(CrCl: 15 - < 30 ml/min). O aumento da dose normalizada no Cmax foi de 1,31 vezes (IC 90%:

0,84 – 2,05) para insuficiência renal moderada e 2,02 vezes (IC 90%: 1,27 – 3,21) para

insuficiência renal grave comparada a função renal normal. A insuficiência renal moderada e

grave aumentou a média da dose normalizada pela AUC (0 – inf) 1,49 vezes (IC 90%: 0,9 – 2,45)

comparada à função renal normal. A gravidade da insuficiência renal não teve efeito incremental

na exposição da eribulina.

Bula para o Profissional de Saúde – CCDS V1 Jul14 10

5.11 Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas

HALAVEN pode causar efeitos colaterais como cansaço e tontura que podem levar a uma

influência menor ou moderada na habilidade de dirigir ou operar máquinas. Os pacientes devem

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

6.1 Interação com outros medicamentos

Não são esperadas interações medicamentosas com inibidores CYP3A4, indutores CYP3A4 ou

inibidores P-glicoproteina (P-gp). Não houve efeito sobre a exposição à eribulina (área sob a

curva [AUC] e concentração máxima [Cmax]) quando eribulina foi administrada com ou sem

cetoconazol, um potente inibidor CYP3A4 ou quando administrada com rifampicina, um potente

indutor CYP3A4.

A eribulina não inibe as enzimas CYP1A2, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6, CYP2E1 ou CYP3A4

nem induz as enzimas CYP1A2, CYP2C9, CYP2C19 ou CYP3A4 em concentrações

clinicamente relevantes.

6.2 Interação com alimento

Eribulina é uma droga de administração IV, portanto, não existe interação eribulina-alimento.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Armazenar em temperatura ambiente (15° – 30° C). Não congelar.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento

com o prazo de validade vencido. Para sua segurança, guarde-o em sua embalagem original.

Armazenar HALAVEN não diluído na seringa por até 4 horas em temperatura ambiente ou por

até 24 horas sob refrigeração (2-8°C). Armazenar soluções diluídas de HALAVEN por até 4

horas em temperatura ambiente ou até 24 horas sob refrigeração.

Descartar porções não usadas do frasco.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

HALAVEN deve ser administrado sob a supervisão de um médico qualificado e experiente no

uso de drogas citotóxicas.

8.1 Dose Recomendada

Bula para o Profissional de Saúde – CCDS V1 Jul14 11

A dose recomendada de HALAVEN como solução pronta para uso é 1,4 mg/m2

, que deve ser

administrada intravenosamente durante 2 a 5 minutos nos Dias 1 e 8 de um ciclo de 21 dias.

Pacientes com insuficiência hepática

A dose recomendada de HALAVEN em pacientes com insuficiência hepática leve (Child-Pugh

A) é 1,1 mg/m2

administrada intravenosamente durante 2 a 5 minutos nos Dias 1 e 8 de um ciclo

de 21 dias.

A dose recomendada de HALAVEN em pacientes com insuficiência hepática moderada (Child-

Pugh B) é 0,7 mg/m2

administrada intravenosamente durante 2 a 5 minutos nos Dias 1 e 8 de um

ciclo de 21 dias.

Pacientes com insuficiência renal

A dose recomendada de HALAVEN em pacientes com insuficiência renal moderada (clearance

de creatinina de 30-50 ml/min) é 1,1 mg/m2

administrada intravenosamente durante 2 a 5

minutos nos Dias 1 e 8 de um ciclo de 21 dias.

Não são recomendados ajustes de dose específicos para pacientes acima de 65 anos.

8.2 Duração do tratamento

Os pacientes que demonstram benefício clínico podem continuar o tratamento enquanto o

benefício clínico for mantido.

8.3 Modificação de Dose Durante o Tratamento

Avaliar para neuropatia periférica e obter hemogramas completos antes de cada dose.

Atrasos de dose Recomendados

• Não administrar HALAVEN no Dia 1 ou Dia 8 nas seguintes condições:

− Contagem absoluta de neutrófilos (ANC) < 1.000/mm3

− Plaquetas < 75.000/mm3

− Toxicidades não-hematológicas Grau 3 ou 4.

• A dose do Dia 8 pode ser atrasada por um máximo de 1 semana.

− Se as toxicidades não se resolverem ou melhorarem para gravidade de Grau ≤ 2 até o Dia 15,

omitir a dose.

− Se as toxicidades se resolverem ou melhorarem para gravidade de Grau ≤ 2 até o Dia 15,

administrar HALAVEN em dose reduzida e iniciar o próximo ciclo não antes que duas semanas

mais tarde.

Reduções de dose Recomendadas

• Se uma dose foi atrasada por causa da toxicidade e as toxicidades foram recuperadas para

gravidade de Grau 2 ou menos, voltar a administração de HALAVEN a uma dose reduzida como

descrito na Tabela 1.

• Não re-escalonar a dose de HALAVEN após ter sido reduzida.

Bula para o Profissional de Saúde – CCDS V1 Jul14 12

Tabela 1 Reduções de Dose Recomendadas

Descrição do Evento Dose

Recomendada de

HALAVEN

Reduzir permanentemente a dose de 1,4 mg/m2 de HALAVEN para qualquer das

seguintes condições:

ANC <500/mm3

por >7 dias 1,1 mg/m2

ANC <1.000 /mm3

com febre ou infecção

Plaquetas <25.000/mm3

Toxicidades não-hematológicas Grau 3 ou 4

Omissão ou atraso da dose de HALAVEN do Dia 8 dose no ciclo anterior por toxicidade

Ocorrência de qualquer evento que necessite de redução de dose

permanente enquanto recebe 1,1 mg/m2

0,7 mg/m2

permanente enquanto recebe 0,7 mg/m2

Descontinuar

ANC = contagem absoluta de neutrófilos.

Toxicidades graduadas de acordo com os Critérios de Terminologia Comum para Eventos Adversos

(CTCAE) versão 3.0 do National Cancer Institute (NCI)

8.4 Instruções para Preparação e Administração

HALAVEN é um medicamento oncológico citotóxico e, como com outros compostos tóxicos,

deve- se ter cautela no seu manuseio. É recomendado o uso de luvas, óculos, e vestimenta de

proteção. Se a pele entrar em contato com a solução deve-se lavá-la imediatamente e

abundantemente com água e sabão. Se entrar em contato com membranas mucosas, as

membranas devem ser lavadas abundantemente com água. HALAVEN deve ser preparado e

administrado somente por pessoas treinadas adequadamente no manuseio de agentes citotóxicos.

Funcionárias grávidas não devem manipular HALAVEN. Não há evidência que o mesilato de

eribulina é um vesicante ou um irritante. No caso de extravasamento, o tratamento deve ser

sintomático.

Retirar assepticamente a quantidade requerida de HALAVEN do frasco de dose única e

administrar não diluído ou diluído em 100 ml de Cloreto de Sódio 0,9% para Injeção, USP.

HALAVEN não deve ser diluído em solução para infusão de glicose 5%.

HALAVEN não deve ser misturado a outros medicamentos, portanto não deve ser administrado

na mesma linha intravenosa concorrente com outros medicamentos.

Estabilidade em uso: do ponto de vista microbiológico HALAVEN deve ser usado

imediatamente. O produto não tem a intenção de ser guardado após sua abertura ou após a

diluição a menos que isto seja feito sob condições assépticas controladas e validadas. Se não for

usado imediatamente, os tempos e condições de armazenamento em uso são responsabilidade do

usuário.

Bula para o Profissional de Saúde – CCDS V1 Jul14 13

Dependendo dos controles microbiológicos apropriados, se não usada imediatamente a solução

não diluída de HALAVEN em uma seringa não deve ser armazenada por mais que 4 horas a

25°C e luz ambiente, ou 24 horas a 2-8°C.

Dependendo dos controles microbiológicos apropriados, soluções diluídas de HALAVEN (0,02

mg/ml a 0,2 mg/ml em solução de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%) para injeção não deve ser

armazenada por mais de 4 horas a 25°C e luz ambiente ou 24 horas a 2-8°C.

Descartar porções não usadas do frasco.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas muito comuns (ocorrendo em ≥ 10% dos pacientes usando este

medicamento) observadas nos estudos clínicos com HALAVEN para câncer de mama são

fornecidas abaixo:

Distúrbios do sangue e sistema linfático: neutropenia; leucopenia; anemia

Distúrbios do sistema nervoso: neuropatia periférica; dor de cabeça

Distúrbios gerais e condições do local da administração: astenia/fatiga; pirexia; inflamação da

mucosa; edema periférico

Distúrbios gastrointestinais: constipação; diarreia; náusea; vômito

Distúrbios músculos-esqueléticos e tecido conectivo: artralgia/mialgia; dor nas costas; dor

óssea; dor na extremidade

Investigações: redução de peso

Distúrbios do metabolismo e nutrição: redução de apetite

Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: tosse; dispneia

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo: alopecia

Infecções e infestações: infecção do trato urinário

Reações adversas comuns (ocorrendo entre 1% e 10% dos pacientes usando esta droga): As

seguintes reações adversas adicionais foram relatadas em ≥1% a <10% do grupo tratado com

HALAVEN:

Distúrbios do sangue e sistema linfático: neutropenia febril; linfopenia; trombocitopenia

Distúrbios do olho: lacrimejamento aumentado

Distúrbios gastrointestinais: dispepsia; dor abdominal; estomatite; boca seca

Distúrbios gerais e condições do local da administração: dor

Eventos hepatobiliares: aspartato aminotransferase aumentada; alanina aminotransferase

aumentada; hiperbilirrubinemia

Infecções e infestações: infecção do trato respiratório superior; pneumonia

Distúrbios do metabolismo e nutrição: hipocalemia; hipomagnesemia; desidratação

Distúrbios músculo-esqueléticos e tecido conectivo: espasmo muscular; fraqueza muscular

Distúrbios do sistema nervoso: disgeusia; tontura

Distúrbios psiquiátricos: insônia; ansiedade; depressão

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo: erupção cutânea; prurido

Reações adversas incomuns (ocorrendo entre 0,1% e 1% dos pacientes usando esta droga): As

Bula para o Profissional de Saúde – CCDS V1 Jul14 14

seguintes reações adversas adicionais foram relatadas em ≥ 0,1% a < 1% do grupo tratado com

Eventos hepatobiliares: gama glutamil transferase aumentada

Infecções e infestações: sepse

Reações Adversas Pós-comercialização

Devido ao fato de que estas reações são relatadas voluntariamente de uma população de tamanho

incerto, nem sempre é possível estimar com confiança sua frequência ou estabelecer uma relação

causal com a exposição à droga.

Distúrbios do sistema imune: hipersensibilidade à droga

Distúrbios hepatobiliares: hepatite

Distúrbios gastrointestinais: pancreatite

Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: doença pulmonar intersticial

Atenção: Este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado

eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem

ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos

adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.