Bula do Haloperidol produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
haloperidol
Solução injetável 5mg/mL
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÕES
Embalagens contendo 50 e 60 ampolas com 1mL.
USO INTRAMUSCULAR
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução injetável contém:
haloperidol.........................................................................................................................5mg
veículo q.s.p.......................................................................................................................1mL
Excipientes: ácido lático, água para injetáveis, álcool etílico, metilparabeno e
propilparabeno.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
O haloperidol é indicado para o alívio de transtornos do pensamento, de afeto e do
comportamento como:
-acreditar em ideias que não correspondem à realidade (delírios);
-desconfiança não usual;
-ouvir ou ver ou sentir coisa que não está presente (alucinações);
-confusão (algumas vezes associada ao alcoolismo);
-agitação psicomotora.
Além disso, haloperidol é indicado para tratar movimentos incontrolados como:
-tiques;
-soluços;
-náusea e vômito.
O haloperidol não exerce sua ação completa logo após as primeiras doses. Os benefícios
são mais amplamente observados após duas a três semanas de tratamento contínuo. Para os
sintomas de agitação e agressividade é possível obter melhora logo após as primeiras doses.
O tratamento com haloperidol poderá produzir sintomas desconfortáveis que podem não
justificar sua interrupção. Neste caso, consulte o médico.
O haloperidol não deve ser administrado em:
-pacientes portadores de Doença de Parkinson;
-pessoas que apresentam sonolência e lentidão decorrentes de doença ou do uso de
medicamentos ou bebidas alcoólicas;
-pacientes com sensibilidade exacerbada (alérgicos) ao haloperidol ou aos excipientes
(componentes) da formulação;
-pacientes em coma;
-pacientes com lesão nos gânglios da base (são gânglios do cérebro relacionados a diversas
funções: motora, cognitiva, emocional e aprendizagem).
Os medicamentos antipsicóticos, incluindo haloperidol podem provocar:
-casos raros de morte súbita. Pacientes idosos com demência relacionada à psicose, tratados
com medicamentos antipsicóticos possuem aumento no risco de morte;
-síndrome neuroléptica maligna, uma condição rara que se caracteriza por febre, rigidez
muscular, instabilidade autonômica e alteração da consciência. Geralmente, a febre é o
primeiro sintoma que se manifesta. Na presença destes sintomas, procure seu médico
imediatamente, pois ele poderá interromper o tratamento com haloperidol e precisará
monitorá-lo cuidadosamente;
-discinesia tardia, que se caracteriza por movimentos involuntários rítmicos da língua, face,
boca ou maxilar. As manifestações podem ser permanentes em alguns pacientes. A
síndrome pode ser mascarada quando o tratamento é retomado, quando a dose é aumentada,
ou quando é feita a troca para outros medicamentos antipsicóticos. Na presença destes
sintomas, procure seu médico imediatamente, pois ele poderá interromper o tratamento com
haloperidol;
-sintomas extrapiramidais, tais como tremor, rigidez, excesso de salivação, movimentos
lentos, incapacidade de permanecer sentado e distonia aguda (contrações musculares
permanentes). Se necessário, seu médico poderá prescrever medicamentos
antiparkinsonianos para o tratamento dos sintomas;
-alterações hormonais: hiperprolactinemia, que pode causar galactorreia, ginecomastia e
oligo ou amenorreia; atividade aumentada da glândula tireoide (hipertireoidismo);
-tromboembolismo venoso (coágulos de sangue nos pulmões e pernas). Seu médico deverá
identificar fatores de risco para tromboembolismo venoso antes e durante o tratamento com
haloperidol e tomará medidas preventivas.
Se você tiver sofrido ou estiver sofrendo de alguns dos seguintes sintomas, informe seu
médico. Ele pode querer acompanhar seu caso mais de perto:
-problema cardíaco ou histórico familiar de problemas cardíacos ou se estiver tomando
alguma medicação para o coração. Relatos muito raros de problemas elétricos no coração
(prolongamento do intervalo QT e/ou arritmias ventriculares) têm sido relatados com o
haloperidol. Estes problemas cardíacos parecem ocorrer com maior frequência em altas
doses do medicamento e em pacientes predispostos. Também foram relatadas
ocasionalmente, taquicardia (batimentos rápidos do coração) e pressão baixa;
-depressão;
-problemas no fígado;
-epilepsia ou qualquer outra condição que possa causar convulsões (por exemplo, durante o
tratamento de alcoolismo e doença cerebral);
-atividade aumentada das glândulas tireoides (hipertireoidismo).
-coágulos de sangue, ou um histórico familiar de coágulos sanguíneos.
Seu médico pode querer checar regularmente sua condição durante o tratamento com
haloperidol.
O haloperidol injetável é recomendado apenas para administração intramuscular (IM).
Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Este medicamento pode reduzir a capacidade de atenção, principalmente com doses altas e
no início do tratamento, redução essa que pode ser potencializada pela ingestão de bebidas
alcoólicas. Durante o tratamento, você não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois
sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Precauções
Caso haja necessidade de interromper o tratamento, faça-o de modo gradual, durante vários
dias. A interrupção repentina do tratamento pode causar alguns efeitos indesejáveis, tais
como náusea e vômito.
Gravidez e Amamentação
Gravidez
Se você está grávida ou planeja engravidar, informe seu médico, ele decidirá se você pode
tomar haloperidol. Tremor, rigidez muscular, fraqueza, sonolência, agitação, problemas
respiratórios ou dificuldade em amamentar podem ocorrer em recém-nascidos de mães que
utilizaram este medicamento durante o último trimestre de gravidez. Haloperidol pode
atravessar a placenta e pode estar associado a mudanças motoras ou de comportamento em
bebês de mães que receberam haloperidol durante o último trimestre de gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas, sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.
Amamentação
Informe ao médico se você está amamentando, pois haloperidol passa para o leite materno.
Ele decidirá se você pode tomar haloperidol.
Interações Medicamentosas
Você deve evitar ingerir bebidas alcoólicas se estiver tomando haloperidol.
Medicamentos que podem aumentar a concentração de haloperidol e aumentar o risco de
ocorrer eventos adversos, incluindo o prolongamento do intervalo QT (alteração no
eletrocardiograma):
-itraconazol, nefazodona, buspirona, venlafaxina, alprazolam, fluvoxamina, quinidina,
fluoxetina, sertralina, clorpromazina, prometazina.
Foi observado aumento do intervalo QTc quando haloperidol foi administrado em
combinação com inibidores metabólicos, tais como:
-cetoconazol;
-paroxetina.
Medicamentos que podem diminuir a concentração de haloperidol:
-carbamazepina, fenobarbital e rifampicina;
Neste caso a dose de haloperidol deve ser reajustada, quando necessário. Após a
interrupção do tratamento com esses medicamentos pode ser necessário reduzir a dose de
Efeitos do haloperidol em outros medicamentos:
Como é o caso de todos os antipsicóticos, haloperidol pode aumentar a depressão do
Sistema Nervoso Central (SNC) causada por outros depressores centrais como bebidas
alcoólicas, hipnóticos (soníferos), sedativos e analgésicos potentes. Um aumento dos
efeitos sobre o SNC foi relatado quando haloperidol é associado à metildopa. Haloperidol
pode reverter os efeitos hipotensores de medicamentos para a pressão alta, tais como a
guanetidina.
O haloperidol pode prejudicar o efeito antiparkinsoniano da levodopa.
Outras formas de interação:
Em raros casos os seguintes sintomas foram relatados durante uso concomitante de lítio e
haloperidol:
encefalopatia, sintomas extrapiramidais, discinesia tardia, síndrome neuroléptica maligna,
distúrbios do tronco cerebral, síndrome cerebral aguda e coma. Muitos destes sintomas
foram reversíveis.
De qualquer forma, recomenda-se que se você apresentar estes sintomas converse
imediatamente com seu médico, pois ele poderá interromper o tratamento com haloperidol.
Antagonismo ao efeito anticoagulante da fenindiona foi relatado.
Aconselha-se cautela ao tomar haloperidol com outros medicamentos, como diuréticos, que
podem diminuir o potássio e magnésio.
Seu médico decidirá quais os medicamentos que você poderá tomar com haloperidol.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro
medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a
sua saúde.
MEDICAMENTO?
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO
DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30ºC).
PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características do produto: Solução límpida e incolor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de
validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para
saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Seu médico determinará a quantidade de haloperidol solução injetável a ser administrada.
Importante! Demora algum tempo antes de você sentir os efeitos completos do
medicamento.
Somente se o seu médico permitir, você pode parar de utilizar haloperidol, se você
parar sem o consentimento do seu médico, seu problema pode retornar. Se o seu
médico solicitar que você pare o tratamento, você deve fazer de forma gradual,
principalmente se você estiver tomando altas doses. Parar o tratamento
repentinamente pode causar alguns efeitos indesejáveis, tais como: náusea e vômito.
Desta forma, mantenha o contato com o seu médico no momento que você parar o seu
tratamento.
Se você esquecer uma dose do medicamento, utilize a próxima dose e continue o
tratamento normalmente.
Posologia
Haloperidol deverá ter sua dose média diária ajustada segundo a gravidade de cada caso e a
sensibilidade individual do paciente, a critério médico.
Haloperidol injetável é recomendado apenas para administração intramuscular (IM).
Indicada nos estados agudos de agitação psicomotora ou quando a via oral é impraticável.
Injete de 2,5 a 5mg por via intramuscular. Repita após cada hora, se necessário, embora
intervalos de 4 a 8 horas sejam satisfatórios.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração
do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
MEDICAMENTO?
Os pacientes não autoadministram a solução injetável de haloperidol. O haloperidol é um
medicamento injetável administrado sob a orientação e supervisão médica.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou
cirurgião-dentista.
Dados de estudos clínicos
A seguir estão listados os eventos adversos (também chamados de reações adversas ao
medicamento) relatados em estudos clínicos por ≥ 1% dos pacientes tratados com
haloperidol.
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este
medicamento):
Distúrbios do sistema nervoso: distúrbios extrapiramidais; hipercinesia (movimentação
excessiva e atípica do corpo e membros).
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este
Distúrbios do sistema nervoso: tremor, hipertonia (rigidez muscular), distonia, sonolência,
bradicinesia (movimentos lentos).
Distúrbios oftalmológicos: distúrbios visuais.
Distúrbios gastrintestinais: constipação, boca seca, hipersecreção salivar.
Em outro estudo clínico com haloperidol as seguintes reações adversas foram relatadas por
≥ 1% pacientes com esquizofrenia:
Distúrbios do sistema nervoso: tontura, acatisia (dificuldade em permanecer sentado),
discinesia, hipocinesia, discinesia tardia.
Distúrbios oftalmológicos: crise oculógira (movimento espástico dos olhos para uma
posição fixa, geralmente para cima).
Distúrbios vasculares: hipotensão ortostática (anormalidade da pressão sanguínea
perceptível ao levantar ou alterar a posição do corpo), hipotensão. Distúrbios do sistema
reprodutivo e das mamas: disfunção erétil.
Investigações: aumento do peso.
A seguir estão listados os eventos adversos relatados nos estudos clínicos anteriormente
mencionados por < 1% dos pacientes tratados com haloperidol:
Distúrbios endócrinos: hiperprolactinemia;
Distúrbios psiquiátricos: diminuição da libido, perda da libido, inquietação;
Distúrbios do sistema nervoso: disfunção motora, contrações involuntárias do músculo,
síndrome neuroléptica maligna, nistagmo, parkinsonismo, sedação.
Distúrbios oftalmológicos: visão embaçada.
Distúrbios cardíacos: taquicardia.
Distúrbios do tecido conectivo e musculoesquelético: trismo, torcicolo, rigidez muscular,
espasmos musculares, rigidez musculoesquelética, contração muscular.
Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas: amenorreia, desconforto nas mamas, dor
nas mamas, galactorreia, dismenorreia, disfunção sexual, distúrbios menstruais,
menorragia.
Distúrbios gerais e condições no local da aplicação: distúrbios da marcha.
As seguintes reações adversas foram observadas no período de pós-comercialização com
haloperidol e decanoato de haloperidol:
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este
medicamento), incluindo relatos isolados:
Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático: agranulocitose, pancitopenia, trombocitopenia,
leucopenia e neutropenia.
Distúrbios do sistema imunológico: reação anafilática, hipersensibilidade.
Distúrbios endócrinos: secreção inapropriada do hormônio antidiurético.
Distúrbios do metabolismo e nutricionais: hipoglicemia.
Distúrbios psiquiátricos: transtorno psicótico, agitação, estado confusional, depressão e
insônia.
Distúrbios do sistema nervoso: convulsão e cefaleia.
Distúrbios cardíacos: Torsade de Pointes, fibrilação ventricular, taquicardia ventricular,
extrassístole.
Distúrbios do mediastino, respiratório e torácico: broncoespasmo, laringoespasmo, edema
de laringe, dispneia.
Distúrbios gastrintestinais: vômito e náusea.
Distúrbios hepatobiliares: insuficiência hepática aguda, hepatite, colestase, icterícia,
anormalidade no teste da função hepática.
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: vasculite leucocitoclástica, dermatite esfoliativa,
urticária, reação de fotossensibilidade, erupção cutânea, prurido, hiperidrose.
Distúrbios renais e urinários: retenção urinária.
Gravidez, puerpério e condições perinatais: síndrome neonatal de retirada do medicamento.
Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas: priapismo e ginecomastia.
Distúrbios gerais e condições no local de aplicação: morte súbita, edema de face, edema,
hipotermia e hipertermia.
Investigações: prolongamento do intervalo QT, perda de peso.
Informação adicional importante
-pacientes idosos com demência que necessitem de tratamento com haloperidol para
controle de seus comportamentos podem ter o risco de morte aumentado quando
comparado com os não tratados.
-se você observar batimento cardíaco irregular (palpitação, tontura, desmaio), febre alta,
rigidez muscular, transpiração anormal, respiração acelerada ou redução do estado de
alerta, contate seu médico imediatamente.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações
indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu
serviço de atendimento.
INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Os possíveis sinais de uma superdose são: diminuição do estado de alerta, tremor grave e
contração muscular importante. Nestes casos, procure seu médico.
Sinais e Sintomas
Geralmente, os sintomas de superdose de haloperidol constituem uma exacerbação dos
efeitos farmacológicos e reações adversas já referidas, predominando as reações graves do
tipo extrapiramidal, hipotensão e sedação. A reação extrapiramidal é manifestada por
rigidez muscular e por tremor generalizado ou localizado. Pode ocorrer hipertensão, em vez
de hipotensão.
Em casos extremos, o paciente pode apresentar-se comatoso, com depressão respiratória e
hipotensão, às vezes grave o suficiente para determinar um estado de choque. Existe
também um risco de arritmias ventriculares possivelmente associadas a um prolongamento
do intervalo QT.
Tratamento
Como não existem antídotos específicos, o tratamento é principalmente de suporte. Carvão
ativado pode ser administrado. Para pacientes comatosos, as vias aéreas devem ser
restabelecidas através do uso de uma via orofaríngea ou tubo endotraqueal.
ECG e sinais vitais devem ser monitorizados até que estejam normais. Arritmias cardíacas
severas deverão ser tratadas com medidas antiarrítmicas adequadas.
Hipotensão e colapso circulatório devem ser controlados com infusão de soro, plasma ou
albumina concentrada e agentes vasopressores (dopamina, noradrenalina). Não utilizar
adrenalina, que pode causar hipotensão grave quando usada com este medicamento.
Em casos de reações extrapiramidais importantes, administrar medicação antiparkinsoniana
(por exemplo, mesilato de benzatropina, 1 a 2mg IM ou IV) por via parenteral.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente
socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para
0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.