Bula do Hemovirtus produzido pelo laboratorio Cosmed Industria de Cosmeticos e Medicamentos S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
HEMOVIRTUS®
(Hamamelis virginiana L. + Davilla
rugosa P. + Atropa belladonna L. +
mentol + cloridrato de lidocaína)
Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos S.A.
Pomada
6,66mg/g + 6,66mg/g + 40mg/g + 4mg/g + 17,33mg/g
Hemovirtus®
- Pomada - Bula para o profissional da saúde 1
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
Hamamelis virginiana L. + Davilla rugosa P. + Atropa belladonna L. + mentol + cloridrato de lidocaína
APRESENTAÇÃO
Embalagem contendo bisnaga com 50g.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO DERMATOLÓGICO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada g do produto contém:
extrato mole de Hamamelis virginiana L. ............................................................................... 6,66mg
extrato mole de Davilla rugosa P. .......................................................................................... 6,66mg
extrato mole de Atropa belladonna L. .................................................................................. 40,00mg
mentol ..................................................................................................................................... 4,00mg
cloridrato de lidocaína (equivalente a 15mg de lidocaína base) ............................................. 17,33mg
excipiente q.s.p. .............................................................................................................................. 1g
(metilparabeno, lanolina, petrolato branco, álcool etílico, propilenoglicol e água).
- Pomada - Bula para o profissional da saúde 2
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
HEMOVIRTUS®
é indicado como auxiliar no tratamento tópico para o alívio sintomático das
hemorroidas e varizes. Para melhor efeito, a pomada deve ser usada no local da hemorroida e das
varizes.
Foram avaliados 41 pacientes sendo 20 do sexo masculino (48%) e 21 pacientes do sexo feminino
(52%), todos com idade entre 21 e 60 anos. Todos os pacientes usaram adequadamente a pomada
durante 28 dias consecutivos. Dos 41 pacientes, 25 deles apresentavam hemorroidas Grau I e 16
deles apresentaram Grau II. Após o uso adequado, 26 pacientes (63%) relataram melhora no
quadro, sendo que 18 eram portadores de hemorroidas Grau I e 8 eram portadores de Grau II. Treze
pacientes (31,71 %) não observaram melhora, sendo que 6 eram portadores de hemorroidas Grau I e
7 em portadores de Grau II. Dois pacientes relataram piora do quadro clínico, um de cada grupo.
Nos pacientes portadores de hemorroidas Grau I observou-se que 72% obtiveram melhora no
quadro enquanto 24% mantiveram seu quadro inalterado e 4% relataram piora no quadro. Concluiu-
se então que a maioria dos pacientes obteve melhora clínica com o uso da pomada Hemovirtus®
durante o período de 28 dias. Todos jos pacientes obtiveram melhora, porém os pacientes
portadores de hemorroidas Grau I obtiveram resultados melhores. Avaliação de eficácia do
Hemovirtus®
pelos pacientes. (41 pacientes): 63,0% demonstraram melhora no quadro de
hemorroidas; 31,71 % não demonstraram melhora no quadro de hemorroidas e 4,0% demonstraram
piora no quadro de hemorroidas.1
Hemorroidas e varizes são condições comuns vistas por médicos generalistas. Ambas as condições têm
várias modalidades de tratamento à escolha do médico.
Vários extratos botânicos mostraram uma melhora na microcirculação, no fluxo capilar e tônus vascular e
reforçaram o tecido conjuntivo do substrato amorfo perivascular. O uso de Aesculus hippocastanum,
Ruscus aculeatus, Centella asiatica, Hamamelis virginiana e bioflavonoides, associados à mudança de
estilo de vida com prática de hidroginástica podem impedir que fossem realizadas complicações
dolorosas, caras e demoradas para o tratamento de varizes e hemorroidas.2
BIBLIOGRAFIA
1. Pedrazzoli Jr J. Estudo de eficácia clínica do Hemovirtus®
pomada produzido pela DM Indústria
Farmacêutica Ltda.Unidade Integrada de Farmacologia e Gastrenterologia UNIFAG -
Universidade São Francisco, 2005.
2. Douglas J, MacKay ND. Hemorrhoids and varicose veins: a review of treatment options. Altern
Med Rev. 2001;6(2):126-40.
Os sinais de melhora nos sintomas podem ocorrer em um prazo variável de dias, após o início do
tratamento.
As hemorroidas são causadas por dilatações das veias situadas no reto. Elas podem ser internas e
externas, ambas dando lugar a sofrimentos locais e gerais. HEMOVIRTUS®
é um produto composto
de substâncias analgésicas e vasoconstritoras locais, que contribui como auxiliar terapêutico,
produzindo alívio nas sensações desagradáveis causadas pelas hemorroidas como: peso no ânus,
calor, perda de líquido mucoso e sanguíneo (que às vezes podem causar anemias, prolapso,
irredutibilidade, estrangulamento das varizes e prisão de ventre).
Nas varizes, apresentou uma melhora na microcirculação, o fluxo capilar e tônus vascular reforçando o
tecido conjuntivo do substrato amorfo perivascular.
Hamamelis virginiana L.: Possui tanino, com propriedades adstringentes. Usada para o alívio dos
sintomas das hemorroidas e varizes. Não são encontrados relatos sobre a farmacocinética da
Hamamelis virginiana em aplicação tópica retal.
Davilla rugosa P.: Também chamada de cipó caboclo. É relatada como um poderoso estimulante e
depurativo. As folhas constituem medicamento para tratar hemorroidas, varizes ou flebites. Não são
encontrados relatos sobre a farmacocinética da Davila rugosa em aplicação tópica retal.
Atropa belladonna L.: A Atropa belladonna L. (hiosciamina) é geralmente bem absorvida após a
administração, por todas as vias. Quando administrada pela boca, a absorção é lenta, os efeitos
Hemovirtus®
- Pomada - Bula para o profissional da saúde 3
aparecem após 45 minutos aproximadamente. É capaz de atravessar a barreira hematoencefálica. A
hiosciamina (atropina) também atravessa a placenta, e traços da mesma aparecem no leite materno.
É metabolizada incompletamente pelo fígado e excretada na urina como droga não alterada e
metabólitos. A hiosciamina (atropina) distribui-se por todo o organismo. Em algumas espécies
animais, como no coelho e na cobaia, o fígado e o soro hidrolisam a ligação éster da atropina, o que
não ocorre no homem. Neste, a ligação éster é preservada, e as transformações metabólicas ocorrem
praticamente ocorrem somente no componente tropina da molécula. Alguns animais, como o
coelho, o rato branco e a galinha toleram grandes doses de atropina, o que, e em parte, é explicado
pela mais rápida e intensa destruição da substância. No coelho já foi identificada uma enzima, a
atropinesterase, presente no soro e no fígado, que inativa a atropina, mas algumas espécies de
coelho não possuem esta enzima, o que pode variar a susceptibilidade individual a atropina. A
eliminação da atropina no homem é feita quase exclusivamente pela urina, sobretudo entre quatro e
oito horas após a administração. Com a substância marcada, 85% a 88% da radioatividade são
excretados na urina antes das primeiras 24 horas. Cerca de 50% da atropina podem ser recuperados
sob forma inalterada e mais de 30% como metabólitos desconhecidos quando injetada. Existem
evidências que a atropina é segregada inalterada pelo túbulo renal. Os efeitos da atropina no
organismo não cessam necessariamente com a eliminação da droga. A hioscinamina tem capacidade
antiespasmódica no trato gastrintestinal onde é capaz de evitar a dor e a urgência fecal que ocorrem
previsivelmente em situações desagradáveis em pacientes com síndrome do cólon irritável.
Mentol: O mentol é um ativo extraído da planta Menta piperita L., que diminui a velocidade de
transmissão da dor pelos nervos periféricos, encontrando-se, na medicina caseira vários relatos de
diminuição das dores causadas por contusões, sendo esse o motivo principal de encontrar-se o
mentol, em associações, na formulação de pomadas para contusões. Salienta-se ainda sua
capacidade de diminuir a temperatura local da pele, promovendo sensação refrescante e ação anti-
edematosa.
Lidocaína: A quantidade de lidocaína absorvida sistemicamente através de aplicação anorretal é
diretamente proporcional à duração da aplicação e a área exposta à aplicação. Não é conhecido se a
lidocaína é metabolizada na pele. A lidocaína é metabolizada principalmente pelo fígado. A meia-
vida de eliminação plasmática da lidocaína após a administração endovenosa é de aproximadamente
65 a 150 minutos. A meia-vida pode aumentar em pacientes com disfunção cardíaca e hepática.
Mais de 98% da lidocaína absorvida é eliminada pela urina como metabólitos. A depuração
sistêmica é de 10 a 20mL/min/Kg. A lidocaína tem função anestésica local.
Este medicamento é contraindicado para pacientes que apresentarem antecedentes de
hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.
Por conter Atropa belladonna L., este medicamento é contraindicado para pessoas portadoras de
glaucoma, íleo paralítico, estenose pilórica, hipertrofia prostática, coronariopatias, cardiopatia
chagásica, pacientes sensíveis a qualquer alcaloide ou barbitúrico e gestantes. O uso de
medicamentos tais como a pilocarpina, muscarina e arecolina diminuem a ação da Atropa
belladonna L.
A administração deste medicamento deve ser cuidadosa em pacientes portadores de doenças crônicas
e sob rigorosa supervisão médica. No caso, de contato acidental com os olhos, lavá-los
imediatamente com água corrente por alguns minutos.
Durante o tratamento, recomenda-se ao paciente abster-se de carne e comidas apimentadas e evitar o
consumo de bebidas alcoólicas. O paciente deve evitar a permanência de muitas horas sentado. São
aconselhados exercícios ao ar livre.
Por conter lidocaína, este medicamento deve ser usado com precaução em pacientes com doença
hepática severa devido à inabilidade de metabolização e risco de desenvolver concentrações
plasmáticas tóxicas.
Gravidez: Categoria C; Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres
grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos
disponíveis realizados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista
Hemovirtus®
Interações medicamento-medicamento:
O uso de medicamentos tais como a pilocarpina, muscarina e arecolina inibem a ação da Atropa
belladonna L. presente neste medicamento.
Este medicamento não deve ser usado juntamente com outros medicamentos neurolépticos
(clorpromazina, sulpirida, haloperidol, flufenazina, fenotiazina) e que contenham alcaloides
(vimblastina, vincristina, vinorelbina).
Pode ocorrer aumento da ação anticolinérgica se o uso deste medicamento associado a
antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, clomipramina, desipramina, imipramina, nortriptilina), anti-
histamínicos (loratadina, maleato de dexclorfeniramina, betametasona), procainamida e quinidina.
Evitar calor excessivo (temperatura superior a 40°C). Proteger da luz e umidade.
Prazo de validade de 24 meses após a data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.
HEMOVIRTUS®
apresenta-se como massa untuosa e homogênea, isenta de grumos ou partículas
estranhas de cor bege a castanho esverdeado e odor levemente mentolado.
Antes de usar observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
USO TÓPICO
Hemorroidas: Recomenda-se realizar as aplicações após evacuação intestinal e a higiene local.
Lavar as mãos antes de manipular o produto. Retirar a tampa da bisnaga, remover o lacre e rosquear
o bico aplicador. Em seguida introduzir o bico aplicador, delicadamente, na região anal. Pressionar
levemente a bisnaga para que HEMOVIRTUS®
possa fluir uniformemente para as áreas afetadas
através das aberturas laterais. A seguir, retirar lentamente o aplicador do ânus, desatarraxar o
aplicador e tampar a bisnaga. Lavar as mãos após a aplicação, o aplicador deve ser lavado
cuidadosamente com água morna e sabão. O tratamento deve prolongar-se por 2 ou 3 meses.
Externamente, friccione a parte dolorida durante alguns minutos com pequena quantidade do
produto, envolvendo-a depois com uma gaze, 2 a 3 vezes ao dia.
Varizes: Usar a pomada em ligeiras massagens (suaves e prolongadas no local, geralmente nas
pernas). A duração do tratamento, para um efeito seguro, deve ser feita em um período de 2 a 3
meses.
Períodos maiores de uso consecutivo deste medicamento somente através de orientação médica.
Reações cuja incidência não está determinada:
Não são encontrados relatos de eventos adversos com o uso tópico da Hamammelis virginiana L.,
nem com a Davilla rugosa P. O uso local da Atropa belladonna L. pode provocar efeitos sistêmicos,
particularmente em pacientes idosos e crianças, tais como boca seca, dificuldade de falar e salivar,
midríase e dificuldade de acomodação ocular, pele seca, taquicardia e palpitações, consequentes do
efeito inibitório dos receptores muscarínicos. Com o uso da lidocaína tópica pode ocorrer, durante ou
imediatamente após a aplicação, edema e eritema, além da sensação anormal no local. Podem ocorrer
também reações alérgicas e anafiláticas caracterizadas por urticária, angioedema, broncoespasmo e
choque. Reações sistêmicas são raras com o uso da lidocaína tópica anorretal devido à pequena dose
que é absorvida.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.