Bula do Histabloc para o Profissional

Bula do Histabloc produzido pelo laboratorio Medley Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Histabloc
Medley Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO HISTABLOC PARA O PROFISSIONAL

Histabloc®

desloratadina

Medley Indústria Farmacêutica Ltda.

Xarope

0,5 mg/mL

HISTABLOC®

APRESENTAÇÕES

Xarope de 0,5 mg/mL: frasco com 60 ou 100 mL + seringa dosadora

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 6 MESES

COMPOSIÇÃO

Cada mL de xarope contém:

desloratadina ..................................................... 0,5 mg

veículo q.s.p. ..................................................... 1 mL

(ácido cítrico, aroma de morango, benzoato de sódio, citrato de sódio di-hidratado, edetato dissódico,

glicerol, hietelose, sorbitol, sucralose, água purificada)

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

HISTABLOC é indicado para o alívio rápido dos sintomas associados à rinite alérgica (incluindo rinite

alérgica intermitente e persistente), entre eles: espirro; rinorreia; prurido e congestão nasal; prurido

ocular, lacrimejamento e vermelhidão dos olhos; prurido do palato e tosse.

Este xarope é indicado também para o alívio dos sintomas associados à urticária, como prurido, e redução

do tamanho e número de erupções cutâneas.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Além das classificações estabelecidas de sazonal e perene, a rinite alérgica pode ser classificada

alternativamente como rinite alérgica intermitente e rinite alérgica persistente de acordo com a duração

dos sintomas. A rinite alérgica intermitente é definida como a presença de sintomas por menos de 4 dias

por semana ou menos de 4 semanas por ano. A rinite alérgica persistente é definida como a presença de

sintomas por 4 dias ou mais por semana e por mais de 4 semanas durante o ano.

Em dois estudos de 4 semanas em pacientes com rinite alérgica (RA) e asma concomitante, a

desloratadina foi eficaz na redução dos sintomas de RA e asma, reduzindo o uso de beta 2-agonista e sem

ação adversa sobre o VEF1. A melhoria nos sintomas, sem nenhuma diminuição na função pulmonar,

sustenta a segurança da administração de desloratadina a pacientes com RA sazonal e asma leve a

moderada concomitante.

A urticária idiopática crônica foi estudada como modelo clínico de todas as formas de urticária, uma vez

que a fisiopatologia subjacente é similar, independentemente da etiologia e, pelo fato de os pacientes

poderem ser mais facilmente recrutados prospectivamente. Já que a liberação de histamina é um fator

causal comum, espera-se que a desloratadina seja eficaz em proporcionar alívio sintomático para as outras

formas, além da urticária idiopática crônica, conforme aconselhado nas diretrizes clínicas.

.

A desloratadina foi eficaz no alívio do desconforto da rinite alérgica, como demonstrado pelo escore total

do questionário de qualidade de vida das rinoconjuntivites. A grande melhora foi demonstrada nos

domínios relacionados a situações rotineiras e atividades diárias limitadas pelos sintomas.

Referências:

• C98-001 Dose-Ranging Study of SCH 34117 in the Treatment of Patients with Seasonal Allergic

Rhinitis

• C98-223 The Efficacy and Safety of SCH 34117 in the Treatment of Subjects with Seasonal

Allergic Rhinitis

• C98-224 Efficacy and Safety of SCH 34117 in Subjects with Seasonal Allergic Rhinitis

• C98-225 Efficacy and Safety of SCH 34117 in Subjects with Seasonal Allergic Rhinitis (Four

Weeks of Treatment)

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

A desloratadina é um antagonista não-sedante da histamina, de ação prolongada, com potente atividade

antagonista seletiva dos receptores H1 periféricos da histamina. A desloratadina tem demonstrado

atividade antialérgica, anti-histamínica e anti-inflamatória.

Além da atividade anti-histamínica, a desloratadina tem demonstrado uma atividade antialérgica e anti-

inflamatória em vários estudos in vitro (a maioria conduzida em células de origem humana) e in vivo.

Estes estudos têm demonstrado que a desloratadina inibe a grande cascata de eventos que inicia e propaga

a inflamação alérgica, entre eles:

• liberação das citocinas pró-inflamatórias, dentre elas IL-4, IL-6, IL-8, IL-13;

• liberação de importantes quimocinas pró-inflamatórias, como RANTES (regulador da atividade

normal de célula T expressa e secretada);

• produção do ânion superóxido pelos neutrófilos polimorfonucleares ativados;

• adesão e quimiotaxia de eosinófilos;

• expressão de moléculas de adesão, como a P-selectina;

• liberação de histamina, prostaglandina (PGD2) e leucotrieno (LTC4), dependentes da IgE;

• resposta broncoconstritora alérgica aguda e tosse alérgica em modelos animais.

Propriedades farmacodinâmicas: após administração oral, a desloratadina bloqueia seletivamente os

receptores H1 periféricos, uma vez que a droga é efetivamente excluída da entrada do sistema nervoso

central (SNC).

A segurança de desloratadina xarope foi demonstrada em três estudos pediátricos. Crianças com idades de

6 meses a 11 anos com histórico comprovado de rinite alérgica (RA) ou urticária idiopática crônica

(UIC), que foram candidatas à terapia anti-histamínica, receberam uma dose diária de 1 mg (6 a 11 meses

de idade), 1,25 mg (1 a 5 anos de idade) ou 2,5 mg (6 a 11 anos de idade). O tratamento foi bem tolerado,

conforme documentado por exames laboratoriais clínicos, sinais vitais e dados sobre intervalos

eletrocardiográficos, incluindo QTc. Quando administrada nas doses recomendadas, a atividade

farmacocinética da desloratadina foi comparável nas populações pediátrica e adulta. Portanto, como o

tratamento da RA/UIC e o perfil da desloratadina são semelhantes em pacientes adultos e pediátricos,

dados de eficácia da desloratadina em adultos podem ser extrapolados para a população pediátrica.

Em estudo com doses múltiplas, com administração diária de até 20 mg de desloratadina, durante 14 dias,

não foram observados efeitos cardiovasculares estatística ou clinicamente significantes. Em um estudo

farmacológico em que a desloratadina foi administrada numa dose de 45 mg diariamente (nove vezes a

dose clínica), durante dez dias, não foi observado prolongamento do intervalo QTc.

A desloratadina não penetra facilmente no sistema nervoso central. Na dose recomendada de 5 mg

diários, não houve incidência excessiva de sonolência em comparação ao placebo. Até na dose de 7,5 mg

diários, a desloratadina não afetou o desempenho psicomotor nos estudos clínicos.

Em uma dose única de 5 mg, a desloratadina não interferiu nas medidas de avaliação sobre desempenho

em voos, incluindo exacerbação da sonolência subjetiva ou tarefas relativas ao voo.

Não foram observadas alterações clinicamente significantes nas concentrações plasmáticas da

desloratadina, nos estudos de interações farmacológicas de doses múltiplas realizados com cetoconazol,

eritromicina, azitromicina, fluoxetina e cimetidina.

Nos estudos farmacológicos clínicos, a administração concomitante de álcool não aumentou o prejuízo do

desempenho induzido pelo álcool e nem a sonolência. Não houve diferenças significativas nos resultados

de testes psicomotores entre os grupos que receberam a desloratadina e o placebo administrados

isoladamente ou com álcool.

Propriedades farmacocinéticas: concentrações plasmáticas de desloratadina podem ser detectadas

dentro de 30 minutos após sua administração. A desloratadina é bem absorvida com pico de concentração

plasmática obtida aproximadamente após 3 horas; a meia-vida da fase terminal é de aproximadamente 27

horas. O nível de acúmulo de desloratadina foi consistente com a sua meia-vida (aproximadamente 27

horas) e com a frequência de dose de uma vez ao dia. Em adultos e adolescentes, a biodisponibilidade foi

proporcional em relação à dose na faixa de 5 mg até 20 mg.

A desloratadina é moderadamente ligada às proteínas plasmáticas (83% - 87%). Não há evidência

clinicamente relevante de acúmulo da droga após doses únicas diárias de desloratadina (5 mg a 20 mg)

durante 14 dias.

A enzima responsável pelo metabolismo da desloratadina ainda não foi identificada e, portanto, não se

pode excluir totalmente a possibilidade de algumas interações com outras drogas. Estudos in vivo com

inibidores da CYP3A4 e CYP2D6 específicos demonstraram que estas enzimas não são importantes no

metabolismo da desloratadina. A desloratadina não inibe a CYP3A4 e CYP2D6 e também não é substrato

nem inibidor da glicoproteína-P.

Em um estudo de dose única com 7,5 mg de desloratadina, não houve efeito da alimentação (café da

manhã altamente gorduroso e calórico) na distribuição da desloratadina.

Em uma única dose, em um ensaio cruzado com desloratadina, as formulações comprimido e xarope

foram bioequivalentes e não foram afetadas pela presença de alimentação.

Em estudos separados de dose única, dentro das doses recomendadas, pacientes pediátricos tiveram

valores de AUC e Cmáx de desloratadina comparáveis aos dos adultos que receberam 5 mg de

desloratadina xarope.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com hipersensibilidade à substância ativa ou a

qualquer um dos seus componentes.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Alteração na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas

Não foram observados efeitos sobre a capacidade de conduzir automóveis e de operar máquinas.

Uso durante a gravidez e a lactação

Categoria C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

Não foram observados efeitos da desloratadina sobre a fertilidade em ratas, em uma exposição 34 vezes

maior que a exposição em ser humano na dose clínica recomendada. Não foram observados efeitos

teratogênicos, nem mutagênicos nos estudos realizados em animais com a desloratadina. Como não há

dados clínicos de gestantes expostas à desloratadina, o uso deste medicamento durante a gravidez não foi

estabelecido. HISTABLOC não deve ser usado durante a gravidez, a não ser que os benefícios potenciais

sejam maiores que o risco.

A desloratadina é excretada no leite materno. Desse modo, o uso de HISTABLOC não é recomendado

para mulheres que estejam amamentando.

Uso em crianças

A eficácia e segurança da desloratadina não foram estabelecidas em crianças menores de 6 meses de

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Não houve alteração na disponibilidade da desloratadina na presença de alimentos ou suco de grapefruit.

A desloratadina administrada concomitantemente com álcool não potencializa os efeitos prejudiciais

sobre o desempenho causados pelo álcool.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

Este medicamento se apresenta na forma de líquido levemente viscoso, incolor e com odor de morango.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Em crianças de 6 a 11 meses de idade: 2 mL (1 mg) de HISTABLOC uma vez por dia,

independentemente da alimentação, para alívio dos sintomas associados com a rinite alérgica (incluindo

rinite alérgica intermitente e persistente) e urticária. Para uso oral.

Em crianças de 1 a 5 anos de idade: 2,5 mL (1,25 mg) de HISTABLOC uma vez por dia,

Crianças de 6 a 11 anos de idade: 5 mL (2,5 mg) de HISTABLOC uma vez por dia, independentemente

da alimentação, para alívio dos sintomas associados com a rinite alérgica (incluindo rinite alérgica

intermitente e persistente) e urticária. Para uso oral.

Adultos e adolescentes (maior ou igual a 12 anos de idade): 10 mL (5 mg) de HISTABLOC uma vez por

dia, independentemente da alimentação, para alívio dos sintomas associados com a rinite alérgica

(incluindo rinite alérgica intermitente e persistente) e urticária.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Em estudo clínico em uma população pediátrica, a desloratadina xarope foi administrada a um total de

246 crianças com idade de 6 meses a 11 anos. A incidência global de eventos adversos foi semelhante

para os grupos desloratadina e placebo.

Em crianças de 6 a 23 meses, os eventos adversos mais frequentes relatados, superiores ao do placebo

foram: diarreia (3,7%), febre (2,3%) e insônia (2,3%).

Em estudos clínicos com indicações, incluindo rinite alérgica e urticária idiopática crônica, na dose

recomendada de 5 mg diários, 3% a mais dos pacientes tratados com desloratadina relataram reações

adversas em relação aos pacientes tratados com placebo. Os efeitos adversos mais frequentes superiores

aos do placebo foram fadiga (1,2%), boca seca (0,8%) e cefaleia (0,6%).

Casos raros de reações de alergia (incluindo anafilaxia e erupções cutâneas), taquicardia, palpitações,

hiperatividade psicomotora, convulsões, elevações das enzimas hepáticas, hepatite e aumento da

bilirrubina também podem ocorrer.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Em caso de superdose podem ocorrer as reações adversas mencionadas anteriormente.

Em caso de superdose, devem ser consideradas as medidas normais para extrair a substância ativa que não

foi absorvida.

Recomendam-se tratamento sintomático e medidas de suporte.

Baseado em estudo clínico de dose múltipla em adultos e adolescentes, em que foram administrados até

45 mg de desloratadina (9 vezes a dose clínica), não foram observados efeitos clinicamente relevantes.

A desloratadina não é eliminada por hemodiálise; não se sabe se há eliminação por diálise peritoneal.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.