Bula do Hyaludermin produzido pelo laboratorio Trb Pharma Indústria Química e Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Hyaludermin®
TRB Pharma
Creme
2 mg/g
HYALUDERMIN
ácido hialurônico
APRESENTAÇÕES
Creme contendo 2mg de ácido hialurônico (sal sódico) por grama
Hyaludermin pode ser encontrado em embalagens contendo:
Bisnaga com 10g
Bisnaga com 30g
USO TÓPICO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada 1g de Hyaludermin creme contém 2mg de ácido hialurônico (sal sódico). Excipientes: monoestearato de polietilenoglicol 400, éster
decílico do ácido oléico, cera emulsificante, glicerina, sorbitol, metilparabeno, propilparabeno, dehidroacetato de sódio e água purificada.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Hyaludermin
está indicado para tratamento de situações em que é necessário acelerar o processo de recuperação da pele. Atua como
adjuvante no processo de cicatrização de feridas pouco granulosas e de recuperação lenta, como: úlceras de estase (varicosas e pós-
flebíticas), úlceras de decúbito (escaras); úlceras tróficas e tórpidas, além de úlceras crônicas em pacientes diabéticos.
Estudos clínicos avaliando a eficácia de Hyaludermin
em lesões de pele demonstraram que este é capaz de melhorar o processo de
reparação tissular (Passarini et al., 1982; Soma et al., 1984), reduzir o tempo de cura (Torregrossa e Caroti, 1983; Trabucchi et al., 1986),
prevenir a formação de quelóides e tecido cicatricial retrátil (Silingardi e Lolli, 1973). Úlceras crônicas: Vanninni et al. (1989) compararam
a eficácia de Hyaludermin
com o tratamento por campos eletromagnéticos por pulsos e à terapia padrão em pacientes acometidos de úlceras
de pressão (escaras) durante 30 dias. Hyaludermin
reduziu significativamente a dimensão, melhorando os índices de cura em relação aos
demais grupos experimentais. Em outro estudo, realizado por Torregrossa et al. (1983), Hyaludermin
demonstrou efeito terapêutico
superior ao de outras terapias tópicas no tratamento de 43 pacientes portadores de úlceras cutâneas por insuficiência vascular e pós-
traumáticas. Neste estudo, houve desenvolvimento de tecido de granulação em todos os pacientes tratados com Hyaludermin
em período de
tempo significativamente menor que o do grupo controle.
O ácido hialurônico condiciona fisiologicamente os eventos celulares indispensáveis ao processo de regeneração tecidual, auxiliando nos
processos de cicatrização e renovação epitelial, quando há necessidade de reparação cutânea. A aplicação local otimiza a atividade dos
principais elementos celulares relacionados ao processo de reparação cutânea. Assim, o ácido hialurônico aumenta a migração de neutrófilos
e macrófagos para o local da lesão, aumentando a capacidade fagocítica de ambos. A migração, proliferação e atividade de miofibroblastos e
fibroplastos é acentuada pela presença do ácido hialurônico, conforme demonstram vários estudos. Paralelamente, o ácido hialuronico é
capaz de aumentar a proliferação de células endotelias, favorecendo a angiogênese e, conseqüentemente, melhorando as condições de aporte
sanguineo à área lesada.
Após distribuição sistêmica, sua meia-vida plasmática é de aproximadamente 10 minutos, sendo bem metabolizado pelo fígado. Após o uso
tópico, detectam-se níveis plasmáticos moderados de ácido hialurônico. Este fato revela reduzida absorção percutânea e permanência
máxima do fármaco a nível local, onde deve desenvolver sua ação terapêutica.
O produto é contra-indicado em pacientes com história de hipersensibilidade a qualquer um dos seus componentes.
Hyaludermin
não possui atividade antibiótica. Assim, seu uso em feridas francamente infectadas deve ser associado a antibioticoterapia
adequada, de caráter tópico ou sistêmico, conforme as necessidades do paciente. Preferencialmente, a resolução do quadro infeccioso deve
anteceder o uso do produto.
Aconselha-se assepsia rigorosa antes de cada aplicação tópica. O uso do produto, quando prolongado, pode dar origem a fenômenos de
sensibilização. Na ocorrência de qualquer reação desagradável, é necessário interromper o tratamento e procurar orientação médica.
Em se tratando de pacientes adultos, não há contra-indicação relativa a faixas etárias. Também não se observaram diferenças nos perfis de
eficácia e segurança relacionados à idade do paciente
Categoria de risco “B”na gravidez; ou seja, os estudos em animais não demonstraram risco fetal, mas não há estudos controlados em
mulheres grávidas
Não há evidências de interação de Hyaludermin
com antibióticos e outros medicamentos de uso tópico.
Armazenar Hyaludermin
em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz e da umidade.
Este medicamento tem validade de 36 meses a partir da data de sua fabricação impressa na parte externa da embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Hyaludermin
é um creme de consistência mole, se apresentando na cor branca ou levemente amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Antes de cada aplicação é aconselhável rigorosa assepsia do local a ser tratado.
Realizar 1 a 3 aplicações tópicas ao dia, até que se obtenha a resolução total da lesão. Caso haja esquecimento de uma aplicação, administrar
o medicamento assim que possível e seguir com as demais aplicações, conforme horários previamente estabelecidos.
É possível a ocorrência de fenômenos de sensibilização. Todavia, sua frequência ainda não está bem estabelecida.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Não foram observados fenômenos de superdosagem. Caso necessário, proceder a tratamento sintomático e de suporte.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Referências Bibliográficas:
Passarini, B., Tosti, A., et al. Effect of hyaluronic acid on the reparative process of non-healing ulcers. Comparative study. G Ital Dermatol
Venereol., v. 117, n. 3, p. 27-30, 1982.
Silingardi, C., Lolli, V. Considerazioni sull´uso dell´acido ialuronico nel trattamento di alcuni tipi di lesione traumatiche. Ospedali Ital
Chir,v. 26, n.1, p. 1-4, 1973.
Soma, P. F., et al. The influence of hyaluronic acid on the process of scar formation. Report. Department of Plastic Surgery. Univertsity of
Catania, Italy, 1984. 12 p.
Torregrossa, F., Caroti, A. Clinical Verification of the use of topical hyaluronic acid under non-adhesive gauze in the therapy of torpic ulcers.
G Ital Dermatol Venereol, v. 118, n.4, p. 41-44, 1983.
Trabucchi, E., Baruffaldi, F.P., et al. Topical treatment of experimental skin lesions in rats: macroscopic, microscopic and scanning electron-
microscopic evaluation of the healing process. Int J Tissue React, v. 8, n. 6, p. 533-544, 1986.
Vannini, A.M., Ferrari, M.P., et al. The biological rationale underlying the therapeutic effectiveness of exogenous hyaluronic acid and low-
frequency pulsed electromagnectic fields in pressure ulcer medical treatment. In Abatangelo, G., Davidson, J.M. Cutaneous Development,
Aging and repair. Fidia Research Series, v. 18, Padova: Liviana Press/Spring Verlag, 1989, p. 81-95.