Bula do Hyplex b produzido pelo laboratorio Hypofarma - Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
HYPLEX B®
vitaminas do complexo B
Solução Injetável
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APRESENTAÇÃO
Solução injetável, estéril e apirogênica.
Caixa com 100 ampolas de vidro âmbar de 2 mL
USO INTRAVENOSO OU INTRAMUSCULAR
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução injetável contém:
cloridrato de tiamina (vit. B1) .................................... 4 mg
riboflavina 5` fosfato sódio (vit. B2) .......................... 1 mg
cloridrato de piridoxina (vit. B6) ................................ 2 mg
nicotinamida (vit. PP) ............................................... 20 mg
dexpantenol (pro-vit. B5) ........................................... 3 mg
excipientes (cloreto de sódio, fenol, água para injetáveis)
q.s.p............................................................................. 1 mL
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS
DA SAÚDE
Tratamento dos estados de hipovitaminoses do complexo
B e suas manifestações. Na hipovitaminose do complexo
B, beribéri sub clássico (pré-beribéri), pelagra,
coadjuvante da terapêutica antibacteriana, convalescenças,
dieta de ulcerosos e diabéticos, estomatite, glossite, colite,
doença celíaca, esteatorreia, alcoolismo crônico, coma
hepático, insuficiência hepática grave, queloses, queratite
com vascularização córnea, dermatites, anorexia, astenia,
neurites e polineurites de origem variada, crosta láctea.
Micronutrientes são definidos como compostos
necessários para um adequado estado fisiológico do
organismo e podem ser administrados por via oral, enteral
ou parenteral. Este termo engloba as vitaminas e os
oligoelementos. As vitaminas não podem ser sintetizadas
pelo organismo e são divididas em dois grupos: as
hidrossolúveis (complexo B, C, ácido fólico e biotina) e as
lipossolúveis (A, D, E e K). A importância dos
micronutrientes nos pacientes críticos é algo já definido,
assim como na resposta imune do câncer, dos grandes
queimados, da sepse e dos politraumatizados. O objetivo
desta revisão foi de atualizar o estado de conhecimento
sobre a suplementação de micronutrientes em pacientes
com câncer, doenças cardiovasculares, síndrome do
intestino irritável e do intestino curto, fibrose cística,
insuficiências hepática, renal e respiratória, paciente
cirúrgicos, grandes queimados, na pancreatite, nos
politraumatizados, na sepse e na SIDA, em adultos. Para
vários destes quadros, no período agudo e crítico, a
suplementação deve ser realizada por via parenteral,
sendo, após a recuperação do paciente, substituída pela
via oral (1).
Leevy e colaboradores avaliaram as vitaminas do
complexo B em pacientes hepatopatas de etiologia
alcoólica e identificaram reduções significativas dos
níveis plasmáticos e teciduais hepáticos de 2 ou mais
vitaminas em mais de 40% dos pacientes desnutridos. Tal
hipovitaminose pôde ou não estar associada a sintomas.
As deficiências de piridoxina foram muito freqüentes,
porém foram encontrados déficits também de outras
vitaminas tais como tiamina, nicotinamida, riboflavina e
ácido pantotênico, dentre outras. Várias anormalidades
microscópicas foram identificadas, porém todas foram
reversíveis com a administração parenteral e/ou oral das
vitaminas deficientes, de modo isolado ou, mais
comumente, combinado (2).
Em carta dirigida ao BMJ, Cook e Thomson afirmaram
que, pela experiência deles, “a suplementação com
vitaminas do complexo B, por via parenteral, deveria ser
considerada como rotina no tratamento de pacientes
selecionados para desintoxicação pelo álcool”. Tais
autores relataram que os pacientes que requerem
tratamento parenteral são os que têm alto risco de
deficiência de vitaminas do complexo B; a suplementação
pela via oral é insuficiente para repor os estoques das
vitaminas deficientes em alcoólatras crônicos, pois não
são adequadamente absorvidas. Falha na reposição rápida
destas vitaminas esteve associada com 17 a 20% de
mortalidade e à alta morbidade dos pacientes que
sobreviveram. Em necropsias, 35% dos alcoólatras
crônicos apresentaram lesões cerebrais compatíveis com a
deficiência de enzimas do complexo B (3).
Em artigo de revisão, estes autores, junto com Hallwood,
descreveram o papel importante das vitaminas do
complexo B na etiologia e no tratamento das síndromes
neuropsiquiátricas associadas com o abuso de álcool. É
interessante notar que a deficiência de piridoxina pode
levar a convulsões quando da retirada (abstinência) do
álcool, a deficiência de nicotinamida pode levar à
encefalopatia associada à pelagra, a deficiência de tiamina
pode levar à síndrome da amnésia alcoólica e à
degeneração do sistema nervoso, causando doenças como
o beribéri e encefalopatias, e a deficiência de várias
vitaminas do complexo B estão associadas à neuropatia
periférica, incluindo a piridoxina, a nicotinamida e o ácido
pantotênico. Vários sinais e sintomas neuropsiquiátricos
também estão relacionados à deficiência de uma ou mais
vitaminas do complexo B. A comparação entre o uso oral
e o parenteral das vitaminas é descrito, com ênfase no
benefício maior da via parenteral em pacientes alcoólatras
crônicos (4).
Em 2002, o Royal College of Physicians do Reino Unido
publicou seu Guia para o Manuseio da Encefalopatia de
Wernicke nos Setores de Emergência e Acidentes (pronto-
atendimento). Segundo tal Guia, os pacientes que
apresentassem evidência de abuso alcoólico crônico e que
fossem suspeitos de desnutrição deveriam ser tratados com
a suplementação intravenosa ou intramuscular de
vitaminas complexo B (5).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- M. M. García e cols. Avances en el conocimiento del
uso de micronutrientes em nutrición artificial. Nutrición
Hospitalaria 2011; 26 (1): 37-47.
2- C. M. Leevy e cols. B-complex vitamins in liver disease
of the alcoholic. The American Journal of Clinical
Nutrition 1965; 16 (4): 339-46.
3- C. C. H. Cook. Supplementation with parenteral B
vitamins should be routinely considered. British Medical
Journal 1997; 315: 1465 (letters).
4- C. C. H. Cook e cols. B vitamin deficiency and
neuropsychiatric syndromes in alcohol misuse. Alcohol &
Alcoholism 1998; 33 (4): 317-36.
5- R. M. Otero e J. R. Cortés. Nutrición y alcoholismo
crónico. Nutrición Hospitalaria 2008; 23 (sup. 2): 3-7.
O complexo B compreende uma série de substâncias
hidrossolúveis, que se encontram em todas as espécies
vegetais e animais, e são constituintes de sistemas
enzimáticos importantes para o metabolismo do
organismo.
Cada componente do complexo B tem sua ação biológica
própria e serão considerados separadamente.
Vitamina B1: Também conhecida como tiamina, é um
fator essencial no metabolismo dos carboidratos e é
armazenada no fígado, coração, rins, etc. Porém as
reservas dos tecidos esgotam-se rapidamente, o que torna
necessário um suprimento extra desta vitamina. A tiamina
é biotransformada em pirofosfato de tiamina e é esta sua
forma de ação e armazenamento. O pirofosfato de tiamina
funciona como coenzima no metabolismo intermediário
dos carboidratos, promovendo a liberação de energia dos
alimentos sob forma de adenosina trifosfato (ATP). A
manifestação clínica mais importante da carência de
tiamina é o beribéri.
Vitamina B2: Também conhecida como riboflavina, é
amplamente distribuída no reino vegetal e animal. As
necessidades do organismo em relação à riboflavina
aumentam durante a gravidez e a lactação. Admite-se que
o suco gástrico desdobre a riboflavina em proteína e nas
coenzimas flavinamononucleotídeo (FMN) e
flavinadinucleotídeo (FAD), formas as quais a riboflavina
passaria a atuar, desempenhando papel importante na
respiração celular, em processos oxidativos biológicos e
indiretamente na manutenção da integridade dos
eritrócitos.
Vitamina B6: Também chamada piridoxina, é o nome
genérico de 3 substâncias naturais: piridoxal, piridoxol e
piridoxamina. Age como coenzima em inúmeros sistemas
enzimáticos relacionados com os aminoácidos.
Nicotinamida. Também conhecida como fator PP
(preventivo da pelagra), intervém nos processos
enzimáticos relacionados com a oxidação celular e sua
presença é necessária para integridade funcional da pele,
mucosa digestiva e SNC. A deficiência da nicotinamida
produz no homem a afecção chamada pelagra.
D-pantenol. O dexpantenol é um ácido análogo ao D-
pantotênico que aumenta a quantidade da coenzima A
disponível para a síntese de acetilcolina. Esse aumento da
formação da acetilcolina aumenta o peristaltismo e o
tônus intestinal.
Reconhecida hipersensibilidade às vitaminas do complexo
B, tratamento de hipovitaminoses específicas graves,
pacientes parkinsonianos em uso de levodopa isolada.
As vitaminas do complexo B em geral são bem toleradas,
porém podem ocorrer, eventualmente, reações alérgicas
ou ainda outros efeitos indesejáveis, não previstos e
dependentes da tolerância individual ao medicamento.
Em raras ocasiões a vitamina B1 ou tiamina, pode
produzir transtornos alérgicos, quando administrada
parenteralmente, produzindo choque anafilático. Por esta
razão, deve-se evitar a via parenteral em pacientes que
tenham revelado sinais de intolerância a vitamina B1 por
via oral.
O Hyplex B®
não deve ser utilizada em pacientes que
apresentem problemas renais. Nos pacientes com anemia
macrocítica, causada por deficiência de fator intrínseco ou
gastrectomia, o tratamento com Hyplex B®
não deve ser
interrompido bruscamente. Após alcançar valores
hemáticos normais, a dose de manutenção deverá ser
estabelecida individualmente, observando-se controle
contínuo através do hemograma. Nos casos com
comprometimento do sistema nervoso, as doses iniciais
poderão ser mantidas, mesmo após normalização do
quadro sangüíneo, até que se obtenha melhora do estado
neurológico.
Uso na Gravidez e Lactação
Não há restrições ao seu emprego na gravidez ou lactação,
já que preparações multi-vitamínicas com ou sem sais
minerais podem ser úteis nestes e outros períodos de
exigências aumentadas.
Uso em Pacientes Idosos
O produto poderá ser usado por pacientes com idade
acima de 65 anos, desde que observadas as precauções
O uso do produto concomitantemente com barbitúricos
diminui o efeito terapêutico da vitamina B1.
Hyplex B®
não deve ser administrado a pacientes
parkinsonianos em uso de levodopa isolada, pois a
vitamina B6 reduz o efeito terapêutico daquela droga. Isso
parece não ocorrer quando a levodopa está associada a
inibidores da descarboxilase.
7- CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO
MEDICAMENTO
Conservar em temperatura ambiente (temperatura entre
15ºC e 30ºC) e proteger da luz.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da
data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido.
Para sua segurança mantenha o medicamento na
embalagem original.
Solução límpida, coloração amarela intensa e isenta de
partículas em suspensão.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance
das crianças.
POSOLOGIA
Adultos: administrar cerca de 1 a 2 ampolas por dia por
via intramuscular ou em dias alternados. Esta posologia
pode ser modificada a critério médico.
Para administração intravenosa, Hyplex B®
deve ser
previamente diluído em soro fisiológico 0,9% ou glicosado
5% em um volume maior ou igual a 500 mL, sendo
preferencialmente 1000 mL e infundido lentamente (gota-
a-gota).
MODO DE USAR
Instruções para a abertura da ampola de vidro de
Hyplex B®
1. Fazer o líquido eventualmente contido na parte superior
da ampola passar para a parte inferior por meio de
movimentos circulares ou pequenos golpes de dedo.
1.
2. Segurando firmemente o corpo da ampola numa mão,
aplicar com a outra uma força sobre a parte superior, em
direção contrária ao ponto (ou seja, para baixo),
até o rompimento do gargalo da ampola.
3. Após aberta a ampola, insira a seringa a ser utilizada
na abertura. Inverta a ampola de vidro e retire o seu
conteúdo, puxando o êmbolo da seringa adequadamente.
É comum permanecer um discreto volume de líquido no
interior da ampola. Quando esvaziada, remova a ampola
da seringa, mantendo o seu êmbolo puxado.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre
os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de
seu médico.
Em pacientes com reconhecida hipersensibilidade à
tiamina podem ocorrer fenômenos alérgicos
caracterizados por eritema, prurido, náuseas, vômitos e
reação anafilática. Esses fenômenos são raros, parecendo
estar mais relacionados à administração endovenosa de
tiamina pura. A administração de tiamina associada a
outras vitaminas do complexo B parece reduzir o risco
dessas alterações.
Em alguns pacientes podem ocorrer dor e irritação no
local da aplicação da injeção.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual www.nuvis.ce.gov.br ou
Municipal.
Não existem relatos de efeitos atribuíveis a
superdosagens. As manifestações alérgicas deverão ser
tratadas com anti-histamínicos e/ou corticóides. Nas
reações anafiláticas, utilizar adrenalina (subcutânea ou
endovenosa) e corticóides endovenosos. Promover
reposição hídrica e alcalinização com bicarbonato de
sódio.
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se
você precisar de mais orientações.
USO RESTRITO A HOSPITAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA