Bula do Hypocina Composta produzido pelo laboratorio Hypofarma - Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
HYPOCINA COMPOSTS®
butilbrometo de escopolamina / dipirona
Hypofarma
Solução Injetavel
4 mg/mL + 500 mg/mL
Hypocina Composta®
Solução Injetável
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FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO
Solução injetável de 4 mg/mL + 500 mg/mL: embalagem com 50 ampolas de 5 mL.
USO INTRAMUSCULAR E INTRAVENOSO
Uso adulto
Cada mL de solução injetável contém 4 mg de butilbrometo de escopolamina e 500 mg de dipirona sódica
monoidratada.
Excipientes: Bissulfito de sódio, Edetato dissódico diidratado, Ácido láctico, água para injetáveis.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
FARMACODINÂMICA
HYPOCINA COMPOSTA é uma associação medicamentosa para uso injetável, composta de butilbrometo de
escopolamina e dipirona sódica.
O butilbrometo de escopolamina exerce um efeito espasmolítico na musculatura lisa do trato gastrintestinal,
das vias biliares e geniturinárias. Como um derivado de amônia quartenária, com uma baixa
lipossolubilidade, o butilbrometo de escopolamina praticamente não atravessa a barreira hematoencefálica,
estando assim, isento de efeitos colaterais sobre o sistema nervoso central.
A ação anticolinérgica periférica resulta de uma ação bloqueadora ganglionar na parede visceral e de sua
atividade antimuscarínica.
A dipirona apresenta importantes propriedades analgésicas, antipiréticas, espasmolíticas e antiflogísticas.
Admite-se que o efeito analgésico da dipirona ocorra principalmente por supressão do mecanismo de
percepção da dor no sistema nervoso central, e ainda por uma inibição da síntese de prostaglandinas,
impedindo o aparecimento da hiperalgesia.
FARMACOCINÉTICA
butilbrometo de escopolamina
Distribuição
Após administração intravenosa, a substância é rapidamente depurada do plasma durante os primeiros 10
minutos, com uma meia-vida de 2 a 3 minutos. O volume de distribuição (Vss) é de 128 L. Após
administração intravenosa, o butilbrometo de escopolamina se concentra nos tecidos do trato gastrintestinal,
fígado e rins.
Apesar de níveis sanguíneos brevemente mensuráveis e extremamente baixos, o butilbrometo de
escopolamina permanece disponível no local de ação por causa de sua alta afinidade pelos tecidos. A
autorradiografia confirma que o butilbrometo de escopolamina não ultrapassa a barreira hematoencefálica. O
butilbrometo de escopolamina tem baixa ligação às proteínas plasmáticas.
Metabolismo e eliminação:
A depuração total média após administração intravenosa é de cerca de 1,2 L/min, cerca de metade dela por
via renal. A meia-vida terminal de eliminação é de cerca de 5 horas.
dipirona
Nenhum dos metabólitos é extensivamente ligado a proteínas plasmáticas. A ligação às proteínas plasmáticas
de 4-metilaminoantipirina (4-MAA) é de 58%. A dipirona pode cruzar a barreira placentária. Os metabólitos
são excretados no leite materno de lactantes.
Metabolismo:
O principal metabólito da dipirona, 4-MAA, é ainda metabolizado no fígado por oxidação e demetilação que
são seguidas por acetilação para 4-formilaminoantipirina (4-FAA), 4-aminoantipirina (4-AA) e 4-
acetilaminoantipirina (4-AcAA). O efeito clínico da dipirona pode ser atribuído principalmente ao principal
metabólito 4-MAA e, em alguma extensão, a 4-AA. Os metabólitos 4-FAA e 4-AcAA parecem ser
farmacologicamente inativos.
Eliminação:
No homem sadio, após administração intravenosa, mais de 90% da dose é excretada na urina dentro de 7 dias.
A meia-vida de eliminação de dipirona radiomarcada é de cerca de 10 horas.
As crianças eliminam os metabólitos mais rapidamente que adultos.
Em voluntários idosos sadios, a meia-vida de eliminação de 4-MAA foi significativamente mais longa e a
depuração total de 4-MAA foi significativamente mais baixa que em indivíduos jovens.
Em pacientes com insuficiência hepática, a meia-vida de eliminação de 4-MAA e 4-FAA aumenta cerca de 3
vezes. Em pacientes com insuficiência renal, a eliminação de certos metabólitos (4-AcAA, 4-FAA) está
reduzida. Assim, a administração de altas doses deve ser evitada em pacientes com comprometimento
hepático e renal.
GERAL
Todos os metabólitos da dipirona mostram farmacocinética não-linear. A relevância clínica deste fenômeno
não é conhecida. Durante o tratamento em curto prazo, o acúmulo de metabólitos é de menor importância.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
A avaliação da eficácia analgésica de vários esquemas terapêuticos com duração de quatro dias em pacientes
com dor causada por espasmos (quadros dolorosos, mais ou menos contínuos, de gravidade intermediária
provocada por espasmos da musculatura lisa do trato gastrintestinal, biliar ou renal), e obteve os seguintes
resultados: alívio da dor em 81,5% dos pacientes (total de 76) tratados com HYPOCINA COMPOSTA ,
contra 9,3% no grupo placebo (total de 151). Gregório M, Damiani S, Gatta G Antalgic properties of
proxazole. Doublé blind study in visceral algoplastic conditions Panmin Méd 1969; 11: 436-440.
INDICAÇÕES
Como analgésico e antiespasmódico, HYPOCINA COMPOSTA é indicado para o tratamento sintomático de
estados espástico-dolorosos e cólicas do trato gastrintestinal, das vias biliares e urinárias, e do aparelho
genital feminino, dismenorreia.
CONTRAINDICAÇÕES
O produto é contraindicado para pacientes com:
- Hipersensibilidade prévia a pirazolonas ou pirazolidinas (como dipirona, isopropilaminofenazona,
propifenazona, fenazona, fenilbutazona) ou ao butilbrometo de escopolamina, ou a qualquer outro
componente do produto. Isto inclui pacientes que desenvolveram agranulocitose, por exemplo, após o uso
destas substâncias;
- Conhecida síndrome de asma induzida por analgésico, ou intolerância conhecida a analgésicos do tipo
urticária e edema angioneurótico, isto é, pacientes que desenvolveram broncoespasmo ou outras reações
anafilactoides em resposta a salicilatos, paracetamol ou outros analgésicos não- narcóticos como diclofenaco,
ibuprofeno, indometacina ou naproxeno.
- Comprometimento da função da medula óssea (por exemplo, após tratamento com agentes citostáticos) ou
doenças do sistema hematopoiético
- Deficiência genética de glicose-6-fosfato-desidrogenase (risco de hemólise).
- Porfiria hepática aguda intermitente (risco de desencadear ataque de porfiria).
- Glaucoma.
- Hipertrofia da próstata com retenção urinária.
- Estenose mecânica do trato gastrintestinal.
- Taquicardia.
- Megacólon.
- Miastenia gravis.
- No terceiro trimestre de gravidez.
Além disto, HYPOCINA COMPOSTA solução injetável é contraindicado em:
• Crianças com menos de 12 meses de idade
• Pacientes com hipotensão arterial ou condição circulatória instável.
• Pacientes em tratamento com injeção intramuscular de drogas anticoagulantes, pois pode ocorrer hematoma
intramuscular. Nestes pacientes, pode ser utilizada a via intravenosa.
HYPOCINA COMPOSTA injetável é contraindicado para uso por via subcutânea ou intra-arterial.
HYPOCINA COMPOSTA é contraindicado no terceiro trimestre de gravidez.
HYPOCINA COMPOSTA está classificado na categoria C de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
POSOLOGIA
HYPOCINA COMPOSTA injetável somente deve ser adotado para administração parenteral no caso de
estado espástico-doloroso severo, como cólicas biliares ou renais, enquanto que nos casos de dores
moderadas a severas as formulações orais devem ser utilizadas.
HYPOCINA COMPOSTA só deve ser administrado por via parenteral por injeção intravenosa lenta, a
duração da aplicação deve ser de no mínimo 5 minutos. O paciente deve permanecer em posição supina.
HYPOCINA COMPOSTA pode ser injetado por via intramuscular profunda, mas nunca por via subcutânea.
A administração intra-arterial inadvertida pode causar necrose na região vascular distal. A solução deve ser
aquecida à temperatura do corpo antes da injeção.
Adultos: aplicar 1 ampola de 5 mL, até 2 - 3 vezes ao dia, com intervalo de 6 a 8 horas.
Cada mL da solução injetável contém 4 mg de butilbrometo de escopolamina e 500 mg de dipirona sódica
Para a administração parenteral, devem estar presentes equipamentos adequados para tratamento em casos
raros de choque.
A causa mais comum de queda crítica na pressão arterial e choque é a injeção muito rápida. Portanto a
injeção intravenosa deve ser administrada lentamente (não mais do que 1 mL por minuto) com o paciente em
posição supina. A pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória devem ser monitoradas. Assumindo que
uma queda não alérgica da pressão arterial é dosedependente, a indicação de doses superiores a 1 g de
dipirona deve ser considerada de forma particularmente cuidadosa.
HYPOCINA COMPOSTA solução injetável pode ser misturado ou diluído em solução de glicose a 5%,
solução salina a 0,9% ou solução de Ringer lactato.
Como este tipo de mistura só permanece estável por um curto período, a solução deve ser administrada
imediatamente.
Devido a possibilidade de incompatibilidades, HYPOCINA COMPOSTA não deve ser misturado com outros
medicamentos na mesma seringa.
HYPOCINA COMPOSTA não deve ser usado por períodos prolongados ou em altas doses sem prescrição do
médico ou do dentista.
PRECAUÇÃO
HYPOCINA COMPOSTA deve ser injetado somente via intravenosa ou intramuscular. Administração intra-
arterial inadvertida pode causar necrose na região vascular distal.
Para injeção intramuscular as seguintes técnicas devem ser cuidadosamente observadas:
Local de injeção: Apenas no quadrante súpero-lateral (externo) das nádegas
Direção: Direcionada sagitalmente para a crista ilíaca.
Profundidade: Uso de agulha suficientemente longa para assegurar que a injeção atinja os músculos.
ADVERTÊNCIAS
Caso a dor abdominal severa e de causa desconhecida persista ou piore, ou esteja associada a sintomas como
febre, náusea, vômito, alteração da motilidade gastrintestinal, aumento da sensibilidade abdominal, queda da
pressão arterial, desmaio, ou presença de sangue nas fezes, é necessário realizar o diagnóstico apropriado
para investigar a etiologia dos sintomas.
HYPOCINA COMPOSTA contém o derivado pirazolônico dipirona que pode provocar riscos raros de
choque e agranulocitose com risco à vida.
Pacientes que apresentaram reação anafilactoide a HYPOCINA COMPOSTA estão também sob alto risco de
reagir de forma similar com outros analgésicos não-narcóticos.
Pacientes que demonstram reação anafilactoide ou outras reações imunológicas a HYPOCINA COMPOSTA
(p.ex. agranulocitose) estão também sob alto risco de resposta similar com outras pirazolonas e pirazolidinas.
Em caso de sinais clínicos de agranulocitose ou trombocitopenia, o tratamento com HYPOCINA
COMPOSTA deve ser descontinuado imediatamente e o hemograma (inclusive contagens sanguíneas
diferenciais) deve ser monitorado. A descontinuação do tratamento não deve ser adiada até que os dados
laboratoriais estejam disponíveis.
Ao escolher a via de administração, deve-se levar em consideração que a administração parenteral de
HYPOCINA COMPOSTA apresenta o maior risco de reações anafiláticas ou anafilactoides.
O risco de reações anafilactoides potencialmente graves a HYPOCINA COMPOSTA é acentuadamente
maior em pacientes com:
- Síndrome asmática induzida por analgésicos ou intolerância a analgésicos do
tipo urticária e edema angioneurótico.
- Asma brônquica, especialmente na presença de rinossinusite e pólipos nasais.
- Urticária crônica.
- Intolerância a corantes (como tartrazina) e/ou conservantes (p.ex. benzoatos).
- Intolerância ao álcool
Estes pacientes reagem mesmo a mínimas quantidades de bebidas alcoólicas
com sintomas como espirros, lacrimejamento, e grave rubor facial. A intolerância
ao álcool deste tipo pode ser uma indicação de uma síndrome de asma induzida
por analgésico ainda não diagnosticada.
HYPOCINA COMPOSTA pode provocar reações de hipotensão. Estas reações podem ser dose-dependentes,
e são mais prováveis com a administração parenteral. O risco destas reações também aumenta no caso de:
- Injeção intravenosa excessivamente rápida.
- Pacientes com, hipotensão arterial prévia, depleção de volume ou desidratação, circulação instável ou
insuficiência circulatória incipiente (como em pacientes com ataque cardíaco ou politraumatismo).
- Pacientes com febre elevada
Consequentemente, diagnóstico cuidadoso e estrito monitoramento são essenciais para estes pacientes.
Medidas preventivas (p.ex. estabilização circulatória) podem ser necessárias para reduzir o risco de reações
de hipotensão. HYPOCINA COMPOSTA demanda estrito monitoramento dos parâmetros hemodinâmicos
quando usado para pacientes nos quais uma queda da pressão arterial deve ser evitada a qualquer custo, como
casos com coroniariopatia grave ou estenose importante de vasos que suprem o cérebro.
HYPOCINA COMPOSTA só deve ser utilizado após consideração dos riscos/benefícios, e precauções
adequadas devem ser tomadas para pacientes idosos ou com comprometimento da função renal e hepática.
Antes da administração de HYPOCINA COMPOSTA , o paciente deve ser adequadamente interrogado. Em
pacientes com alto risco de reações anafilactoides, HYPOCINA COMPOSTA só deve ser utilizado após
consideração dos potenciais riscos em relação aos benefícios previstos. Se HYPOCINA COMPOSTA for
administrado nestes casos, o paciente deve ser cuidadosamente monitorado e ter assegurados recursos
disponíveis em caso de emergência.
Foram relatados sangramentos gastrintestinais em pacientes tratados com dipirona. Muitos pacientes
receberam concomitantemente outros tratamentos (como AINEs) associados ao sangramento gastrintestinal,
ou usaram uma dose excessiva de dipirona.
Pode ocorrer aumento da pressão intraocular com a administração de agentes anticolinérgicos como o
butilbrometo de escopolamina em pacientes com glaucoma de ângulo fechado não diagnosticado e, portanto,
não tratado. Portanto, os pacientes devem recorrer imediatamente a um oftalmologista caso desenvolvam
quadro de hiperemia e dor ocular com perda de visão após injeção de HYPOCINA COMPOSTA .
Na administração parenteral, deve haver atenção com a técnica de injeção apropriada. O uso intra-arterial
inadvertido pode causar necrose que potencialmente pode levar a amputação na área vascular distal.
HYPOCINA COMPOSTA solução injetável contém 163,6 mg de sódio por ampola de 5 mL (sendo 32,73 mg
em 1mL). Este medicamento contém 490,8 mg de sódio por dose diária máxima recomendada em adultos.
Esta quantidade deve ser considerada em pacientes sob dieta de restrição de sódio.
Efeitos na capacidade de dirigir e operar máquinas Não foram realizados estudos sobre efeitos na capacidade
de dirigir e operar máquinas. Os pacientes devem ser instruídos que poderão ter efeitos indesejáveis como
distúrbios da acomodação visual ou tontura durante tratamento parenteral com butilbrometo de escopolamina.
Não é previsto que a dipirona, utilizada na dose recomendada, afete a concentração ou reações. Como
precaução, pelo menos nos casos de doses mais elevadas, deve-se levar em conta a possibilidade de
comprometimento das reações, e o paciente deve ser orientado a não dirigir, operar máquinas ou
desempenhar atividades perigosas. Isto se aplica de forma particular à associação com uso de álcool.
FERTILIDADE, GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
Gravidez: Não há dados adequados sobre o uso de HYPOCINA COMPOSTA na gravidez. Estudos pré-
clínicos com o uso de butilbrometo de escopolamina em ratos e coelhos não demonstraram efeitos
embriotóxicos ou teratogênicos.
A dipirona atravessa a barreira placentária. Estudos em animais não apresentaram sinais que pudesse sugerir
que a dipirona tem efeitos teratogênicos.
Como não existe experiência suficiente em seres humanos, HYPOCINA COMPOSTA não deve ser utilizado
durante o primeiro trimestre de gravidez; durante o segundo trimestre só deve ser utilizado se os benefícios
previstos claramente compensarem os riscos.
Embora a dipirona seja apenas um leve inibidor da síntese de prostaglandinas, as possibilidades de
fechamento prematuro do canal arterial (ductus arteriosus) e complicações perinatais como resultado de
diminuição da agregação plaquetária na criança e na mãe não podem ser afastadas. Portanto, HYPOCINA
COMPOSTA é contraindicado durante o terceiro trimestre de gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
Lactação: A segurança de butilbrometo de escopolamina durante a lactação não foi estabelecida. Entretanto,
não foram relatados efeitos adversos para o neonato.
Os metabólitos da dipirona são excretados no leite materno. Nenhum metabólito do fármaco foi encontrado
após 48 horas da administração. A amamentação deve ser evitada durante o uso de dipirona, e por pelo menos
48 horas após a última dose.
Fertilidade: Nenhum estudo sobre efeito na fertilidade humana foi conduzido até o momento.
USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO
Pacientes idosos
A dose deve ser diminuída para pacientes idosos, uma vez que a eliminação dos metabólitos de dipirona pode
estar comprometida.
Comprometimento das condições gerais e do clearance de creatinina.
A dose deve ser reduzida em pacientes com comprometimento da condição geral e do clearance de creatinina,
uma vez que a eliminação dos metabólitos de dipirona pode estar comprometida.
Comprometimento das funções renal e hepática. Como a taxa de eliminação é diminuída na presença de
comprometimento da função renal e hepática, deve ser evitada a administração repetida de doses elevadas.
Não há necessidade de diminuir a dose de HYPOCINA COMPOSTA se a sua utilização for por um curto
período. Não há experiência com o uso em longo prazo.
Interações medicamentosas
Os efeitos do álcool e HYPOCINA COMPOSTA podem ser potencializados quanto usados
concomitantemente. As pirazolonas podem causar interações com anticoagulantes orais (como varfarina),
captopril, lítio, metotrexato e triantereno. A eficácia de anti-hipertensivos e diuréticos pode ser afetada pelas
pirazolonas. Não se sabe em que extensão a dipirona provoca estas interações.
Em pacientes diabéticos, os derivados pirazolônicos podem interferir nos ensaios enzimáticos de açúcar no
sangue, quando realizados pelo método da glicoseoxidase.
HYPOCINA COMPOSTA pode intensificar a ação anticolinérgica de medicamentos tais como
antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos, antihistamínicos, antipsicóticos, quinidina, amantadina,
disopiramida e outros anticolinérgicos (por ex. tiotrópio, ipratrópio, compostos similares à atropina).
O uso concomitante de antagonistas da dopamina, como por exemplo metoclopramida, pode resultar numa
diminuição da atividade de ambos os fármacos no trato gastrintestinal.
HYPOCINA COMPOSTA pode aumentar a ação taquicárdica dos agentes betaadrenérgicos (propanolol,
atenolol).
No caso do tratamento concomitante com ciclosporina, pode ocorrer diminuição nos níveis desta substância
e, por esta razão, devem ser monitorados.
O uso concomitante de HYPOCINA COMPOSTA e clorpromazina pode causar hipotermia grave.
Reações adversas a medicamentos
Reações comuns (>1/100 e < 1/10): hipotensão, tontura, boca seca.
Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100): agranulocitose (incluindo casos fatais), leucopenia, erupção cutânea
medicamentosa, reações cutâneas, distúrbios da acomodação visual, choque, dor no local de injeção, rubor.
Reações raras (>1/10.000 e < 1/1.000): reação anafilactoide (principalmente após administração parenteral),
reação anafilática, asma (em pacientes com síndrome de asma causada por analgésicos), erupção
maculopapular.
Reações muito raras (<1/10.000): trombocitopenia, necrólise epidérmica tóxica, síndrome de Stevens-
Johnson, flebite, insuficiência renal aguda, anúria, nefrite intersticial, proteinúria, oligúria e insuficiência
renal.
Reações com frequência desconhecida*: sepse (incluindo casos fatais), choque anafilático (incluindo casos
fatais), dispneia, hipersensibilidade, disidrose, taquicardia, reações no local da injeção, hemorragia
gastrintestinal, retenção urinária, cromatúria, midríase e aumento da pressão intraocular.
* Essas reações adversas não foram observadas em estudos clínicos com butilbrometo de escopolamina /
dipirona. Com 95% de certeza, a frequência não é maior que incomum (3/373), mas pode ser menor, Não é
possível uma estimativa precisa da frequência, uma vez que as reações adversas não ocorreram no banco de
dados do estudo clínico com 373 pacientes.
Agranulocitose e sepse subsequente, incluindo casos fatais; leucopenia e trombocitopenia são
presumivelmente reações imunológicas. Elas podem ocorrer mesmo que butilbrometo de escopolamina /
dipirona tenha sido administrado em outras ocasiões sem complicações. Há sinais que sugerem que o risco de
agranulocitose pode estar elevado se butilbrometo de escopolamina / dipirona for utilizado por mais de uma
semana. A agranulocitose se manifesta na forma de febre, calafrios, dor orofaríngea, disfagia, estomatite,
rinite, faringite, inflamação do trato genital e inflamação anal. Estes sinais podem ser mínimos em pacientes
em uso de antibióticos. A linfadenopatia ou esplenomegalia pode ser leve ou ausente. A taxa de
hemossedimentação pode estar acentuadamente aumentada; os granulócitos se encontram consideravelmente
reduzidos ou totalmente ausentes. As contagens de hemoglobina, eritrócitos e plaquetas podem estar
alteradas.
Em caso de deterioração imprevista do estado geral do paciente, se a febre não ceder ou reaparecer, ou se
houver alterações dolorosas da mucosa oral, nasal e da garganta, recomenda-se enfaticamente que
HYPOCINA COMPOSTA seja imediatamente suspenso e que seja consultado um médico mesmo que os
resultados dos exames laboratoriais ainda não estejam disponíveis.
Reações mais leves (por exemplo, reações cutâneas e nas mucosas, como prurido, sensação de queimação,
eritema, edema assim como dispneia e distúrbios gastrintestinais) podem levar a reações mais graves (por
exemplo urticária generalizada, edema angioneurótico grave com envolvimento da região laríngea,
broncoespasmo grave, arritmia, diminuição da pressão arterial com eventual aumento inicial da pressão
arterial). HYPOCINA COMPOSTA deve, portanto, ser imediatamente suspenso se ocorrerem reações
cutâneas. Em caso de reações cutâneas graves, consultar imediatamente um médico.
Podem ocorrer reações anafiláticas durante ou imediatamente após a injeção, porém estas também podem
aparecer algumas horas após a injeção. Entretanto em geral as reações ocorrem na primeira hora após a
administração. O tratamento apropriado deve ser iniciado logo que surgirem sinais/sintomas de anafilaxia.
Reações de hipotensão que ocorrem durante ou após o uso podem ser induzidas pela medicação, e não se
comportam de forma relacionada com sinais de reações anafilactoides e/ou anafiláticas. Estas reações podem
levar a grave queda da pressão arterial. A injeção intravenosa rápida aumenta o risco de reações de
hipotensão.
Em caso de aumento da temperatura após injeção muito rápida, pode haver uma queda crítica e dose-
dependente na pressão arterial sem qualquer outro sinal de intolerância à medicação.
A excreção de ácido rubazônico, um metabólito inativo da dipirona, pode produzir uma coloração
avermelhada na urina, que desaparece com a descontinuação do tratamento.
SUPERDOSE
SINTOMAS
Butilbrometo de escopolamina
Em casos de superdose podem ser observados efeitos anticolinérgicos.
Dipirona
Após superdose aguda foi observado: náuseas, vômitos, dor abdominal, comprometimento da função
renal/insuficiência renal aguda (como nefrite intersticial), retenção urinária, parada respiratória, lesão
hepática e, em casos raros, sintomas do sistema nervoso central (tonturas, sonolência, coma, quadros de
excitação, convulsões, espasmos clônicos), queda da pressão arterial, ou mesmo choque, taquicardia, retenção
de sódio e água com edema pulmonar em cardiopatas.
Após doses muito altas, a eliminação de ácido rubazônico pode provocar alteração avermelhada na cor da
urina.
TRATAMENTO
Se necessário, administrar drogas parassimpaticomiméticos. Deve-se procurar com urgência orientação de
um oftalmologista no caso de glaucoma.
As complicações cardiovasculares devem ser tratadas segundo os princípios terapêuticos usuais. Em caso de
paralisia respiratória, deve ser considerada intubação ou respiração artificial.
Pode ser necessário cateterização vesical em caso de retenção urinária. Além disto, devem ser usadas,
conforme necessárias, medidas adequadas de suporte.
Não se conhece qualquer antídoto específico para dipirona. Se a administração de dipirona foi recente, podem
ser administradas medidas que reduzem a absorção (como carvão ativado) com intuito de limitar a absorção
pelo organismo. O principal metabólito (4-MAA) pode ser eliminado por hemodiálise, hemofiltração,
hemoperfusão ou filtração plasmática.
O tratamento da intoxicação e prevenção de complicações graves pode necessitar de monitoramento e
tratamento intensivo generalizado e específico.
Medidas agudas em caso de intolerância grave ao medicamento (choque):
Aos primeiros sinais (como reações cutâneas de urticária e rubor, inquietação, cefaléia, sudorese profusa,
náusea), cessar imediatamente a administração.
Deixar a agulha na veia ou estabelecer um acesso venoso. Além das medidas usuais de emergência como
inclinar a cabeça e a parte superior do corpo para trás, mantendo as vias aéreas livres e administrando
oxigênio, pode também ser necessário administrar simpaticomiméticos, expansores de volume ou
glicocorticoides.
ARMAZENAGEM
Mantenha o medicamento em temperatura ambiente (15°C a 30 °C).
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
USO RESTRITO A HOSPITAIS