Bula do Ibuprotrat produzido pelo laboratorio Natulab Laboratório S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
IBUPROTRAT INFANTIL
ibuprofeno
Natulab Laboratório SA.
Suspensão Oral
20 mg
Ibuprofeno
APRESENTAÇÕES
Suspensão oral de 20 mg/mL:
Linha Hospitalar: Embalagem com 50 e 100 frascos plásticos âmbar de 100, 120 e 150
ml + copo dosador.
VIA ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 6 MESES
COMPOSIÇÃO
Cada ml de Ibuprotrat infantil (Ibuprofeno) contém:
Ibuprofeno.................................................................................................................20 mg
Veículo q.s.q...............................................................................................................1 mL
Excipientes: ácido cítrico, propilenoglicol, glicerina bi-destilada, sorbitol 70%,
benzoato de sódio, goma xantana, corante amarelo crepúsculo, essência de laranja,
sacarina sódica, ciclamato de sódio, polissorbato 80, talco e água purificada.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AO PROFISSIONAL DE SAÚDE
IBUPROTRAT INFANTIL (ibuprofeno) é destinado à redução da febre e à melhora
temporária de dores leves a moderadas, tais como: dor de cabeça (enxaqueca e cefaleia
vascular), dor de dente, dor muscular, dor na parte inferior das costas (ou dor lombar),
dores relacionadas a problemas reumáticos não articulares e periarticulares (como
capsulite, bursite, tendinite, tenossinovite etc), dores associadas a processos
inflamatórios e/ou traumáticos (como entorses e distensões), cólica menstrual
(dismenorreia primária) e dores associadas a gripes e resfriados.
O ibuprofeno é indicado no tratamento da dor aguda e febre em crianças. Nos estudos
comparativos, o ibuprofeno apresenta ações analgésicas e antipiréticas similares ou
superiores ao paracetamol. Apresenta uma duração de ação mais prolongada e é mais
seguro em superdosagem comparado ao paracetamol e ao ácido acetilsalicílico (Autret-
Leca, 2003). A dose de 10 mg/kg de ibuprofeno suspensão acarreta em um efeito
antipirérico mais rápido e mais prolongado que a mesma dose de paracetamol,
especialmente na presença de febre alta (Simon, 1996).
Na migrânea, o ibuprofeno é uma opção de primeira escolha no tratamento de crise de
enxaqueca em crianças e adolescentes. É a medicação mais estudada no tratamento da
crise de migrânea para pacientes pediátricos. Dois estudos randomizados evidenciaram
que o ibuprofeno (7,5 a 10 mg/kg) na migrânea é efetivo e seguro (Lewis D et al, 2004).
O primeiro estudo (n=88) comparou o ibuprofeno (10 mg/kg) ao paracetamol (15
mg/kg) e ao placebo. Ao final dos “endpoints” da 1ª e 2ª horas, ambos ibuprofeno (10
mg/kg) e paracetamol (15 de ≥ 2 pontos na escala de 5 pontos (p< 0.05). No final do
“endpoint”, na 2ª hora, nos pacientes com intenção de tratamento, o ibuprofeno
acarretou melhora dos sintomas em 56% dos pacientes comparados a 53% do grupo
paracetamol e 36% do grupo placebo. A resolução completa da cefaleia ocorreu em
60% das crianças tratadas com ibuprofeno, 39% no grupo paracetamol contra 28% no
grupo placebo. A redução da cefaleia em pelo menos 2 pontos após 2 horas foi 2 vezes
maior no grupo paracetamol e 3 vezes maior no grupo ibuprofeno comparado ao
placebo. (Hamalainen et al, 1997).
No segundo estudo, o ibuprofeno (7,5 mg/kg) foi indicado para 84 crianças de 6 a 12
anos e evidenciou uma redução na gravidade da cefaleia em 76% no grupo de droga
ativa comparado a 53% no grupo placebo (Lewis et al, 2002).
Uma revisão sistemática qualitativa de 14 estudos randomizados avaliou qual o
tratamento poderia ser usado em pronto socorro para crianças com crises de migrânea.
Foram incluídos 3 estudos com ibuprofeno. O ibuprofeno foi superior ao placebo na
melhora da dor (Bailey et al, 2008).
Outro artigo de revisão avaliou a eficácia e segurança de analgésicos (ácido
acetilsalicílico, paracetamol e ibuprofeno) no tratamento de resfriado e gripe em doses
“over the counter”. O trabalho concluiu que os analgésicos são seguros e efetivos no
tratamento de resfriado e gripes (Eccles, 2006).
Referências bibliográficas:
Autret-Leca E. A general overview of the use of ibuprofen in paediatrics. Int J Clin
Pract Suppl. 2003 Apr; (135): 9-12.
Bailey B, McManus BC. Treatment of children with migraine in the emergency
department; a qualitative systematic review. Pediatr Emerg Care. 2008 May; 24(5): 321-
30.
Eccles R. Efficacy and safety of over the counter analgesics in the treatment of common
cold and flu. J Clin Pharm Ther. 2006 Aug; 31(4): 309-19.
Hamalainen ML, Hoppu K, Valkeila E, et al. Ibuprofen or acetaminophen for the acute
treatment of migraine in children: a double-blind, randomized, placebo-controlled,
crossover study. Neurology 1997;48: 102–107.
Lewis D, Ashwal S, Hershey, A, Hirtz D, Yonker M, Silberstein S. Practice Parameter:
Pharmacological treatment of migraine headache in children and adolescents. Report of
the American Academy of Neurology Quality Standards Subcommittee and the Practice
Committee of the Child Neurology Society Neurology 2004;63:2215–2224.
Lewis DW, Kellstein D, Burke B, et al. Children’s ibuprofen suspension for the acute
treatment of pediatric migraine headache. Headache 2002; 42:780–786.
Simon RE. Ibuprofen suspension: pediatric antipyretic. Pediatric Nurs. 1996 Mar-apr;
22(2): 118-20.
Silver S, Gano D, Gerrentsen P. Acute treatment of paediatric migraine: a meta-analysis
of efficacy. J Paediatr Child Health. 2008 Jan; 44(1-20: 3-9. Epub 2007 Sep 14.
Propriedades Farmacodinâmicas
Ibuprofeno é uma droga anti-inflamatória não esteroidal (AINE) derivada do ácido
propiônico com propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e antipiréticas. Além disso,
ibuprofeno inibe a agregação plaquetária reversivelmente.
A eficácia terapêutica do ibuprofeno resulta da inibição da enzima ciclo-oxigenase,
levando a uma redução marcante na síntese de prostaglandinas. Essas propriedades
promovem o alívio sintomático da inflamação, dor e febre.
Dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito antiagregante
plaquetário do ácido acetilsalicílico em baixas dosagens quando administrados
concomitantemente.
Em um estudo, quando foi administrada dose única de 400 mg até 8 horas antes ou até
30 minutos depois de dose de liberação imediata de ácido acetilsalicílico (81mg),
ocorreu uma diminuição do efeito do ácido acetilsalicílico na formação do tromboxano
ou agregação plaquetária.
No entanto, considerando as limitações dos dados e a incerteza quanto à extrapolação
destes dados para situação clínica, não é possível chegar a conclusões para o uso regular
de ibuprofeno e nenhum efeito clínico relevante é considerado provável para seu uso
ocasional.
O início de ação de ibuprofeno suspensão oral ocorre de 15 a 30 minutos após sua
administração oral e permanece por 4 a 6 horas.
Propriedades Farmacocinéticas
O ibuprofeno consiste em uma mistura racêmica de enantiômeros +S e –R.
Absorção:
O ibuprofeno é rapidamente absorvido no trato gastrointestinal com biodisponibilidade
de 80-90%.
O pico da concentração plasmática é alcançado em 1-2 horas após administração de
formulações de liberação imediata.
Estudos incluindo uma refeição padrão mostraram que a alimentação não afeta
significativamente a biodisponibilidade total.
Distribuição:
O ibuprofeno é extensivamente ligado a proteínas plasmáticas (99%). O ibuprofeno tem
um pequeno volume de distribuição sendo cerca de 0,12-0,2 L/kg em adultos.
Biotransformação:
O ibuprofeno é rapidamente metabolizado no fígado através do citocromo P450,
preferencialmente CYP2C9, para dois metabolitos primários inativos 2- hidroxi-
ibuprofeno e 3- carboxi-ibuprofeno.
Após a ingestão oral da droga, um pouco menos do que 90% de uma dose oral de
ibuprofeno pode ser contabilizada na urina como metabolitos oxidativos e seus
conjugados glicurônicos. Muito pouco ibuprofeno é excretado inalterado na a urina.
Eliminação:
A excreção pelos rins é rápida e completa. A meia-vida de eliminação, para formulações
de liberação imediata, é de aproximadamente 2 horas. A excreção de ibuprofeno é
virtualmente completa após 24 horas após a última dose. Em estudos limitados,
ibuprofeno aparece no leite materno em concentrações muito baixas.
IBUPROTRAT INFANTIL (ibuprofeno) é contraindicado em pacientes com
hipersensibilidade conhecida ao ibuprofeno ou aos demais componentes do produto,
listados no item COMPOSIÇÃO.
IBUPROTRAT INFANTIL (ibuprofeno) não deve ser administrado a pacientes que já
apresentaram reações de hipersensibilidade (por exemplo: asma, rinite, angioedema ou
urticária) após a administração de aspirina (ácido acetilsalicílico) ou de outros anti-
inflamatórios não esteroidais (AINEs).
insuficiência cardíaca grave, pacientes com insuficiência hepática grave e pacientes com
insuficiência renal grave (filtração glomerular abaixo de 30 mL/min).
IBUPROTRAT INFANTIL (ibuprofeno) não deve ser utilizado em pacientes em
condições envolvendo tendência aumentada à hemorragia.
IBUPROTRAT INFANTIL (ibuprofeno) é contraindicado em pacientes com histórico
de hemorragia ou perfuração gastrointestinal relacionadas à terapia prévia com anti-
IBUPROTRAT INFANTIL (ibuprofeno) não deve ser administrado a pacientes com,
úlcera péptica ativa ou com histórico de recorrência ou hemorragia gastrointestinal
(definidas como dois ou mais episódios distintos e comprovados de ulceração ou
hemorragia).
IBUPROTRAT INFANTIL (ibuprofeno) é contraindicado durante o terceiro trimestre
de gravidez e não deve ser usado no primeiro e segundo trimestre de gravidez, a menos
que claramente necessário.
Precauções gerais
Efeitos indesejáveis podem ser minimizados através da administração da menor dose
eficaz durante o menor tempo necessário para o controle dos sintomas.
Como outros anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), ibuprofeno pode mascarar os
sinais de infecção.
A administração concomitante de ibuprofeno e outros anti-inflamatórios não esteroidais
(AINEs), incluindo os inibidores seletivos da ciclo-oxigenase – 2 (COX-2) deve ser
evitada devido ao aumento do risco de ulceração ou sangramento.
Ibuprofeno pode inibir temporariamente a função das plaquetas no sangue (agregação
de trombócitos).
Em uso prolongado de quaisquer analgésicos, pode ocorrer dor de cabeça, que não deve
ser tratada com doses aumentadas do medicamento.
Através do consumo concomitante com álcool, os efeitos indesejáveis relacionados com
a substância ativa, particularmente aqueles relacionados ao trato gastrointestinal ou ao
sistema nervoso central, podem ser aumentados com a utilização de AINEs.
Efeitos cardiovasculares
IBUPROTRAT INFANTIL (ibuprofeno) deve ser administrado com cautela a pacientes
com histórico de insuficiência cardíaca ou hipertensão arterial, pois foi relatado edema
associado à administração de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) .
Dados epidemiológicos e de estudos clínicos sugerem que o uso de ibuprofeno,
particularmente na dose mais alta (2400 mg diariamente) e em tratamento de longa
duração, pode estar associado a um pequeno aumento do risco de eventos trombóticos
(como por exemplo infarto do miocárdio ou derrame). Estudos epidemiológicos não
sugerem que doses baixas de ibuprofeno (< 1200 mg diariamente) estejam associadas
com o aumento do risco de eventos trombóticos arteriais, particularmente infarto do
miocárdio.
Pacientes com hipertensão não controlada, insuficiência cardíaca congestiva, isquemia
cardíaca estabelecida, distúrbio arterial periférico e/ou distúrbio cérebro-vascular apenas
podem ser tratados com ibuprofeno após avaliação cuidadosa. Avaliação similar deve
ser feita antes do início do tratamento de longa duração em pacientes com fatores de
risco para doença cardiovascular (isto é, hipertensão, hiperlipidemia, diabetes mellitus e
tabagismo).
Hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal
Hemorragia, ulceração ou perfuração gastrointestinal, que podem ser fatais, foram
relatadas em relação a todos os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) a qualquer
momento do tratamento, com ou sem sintomas de advertência ou histórico prévio de
eventos gastrointestinais graves.
O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração gastrointestinal é maior com o aumento
das doses de AINEs em pacientes com histórico de úlcera, particularmente se
complicada com hemorragia ou perfuração, e em idosos. Esses pacientes devem iniciar
o tratamento na menor dose disponível.
Terapia combinada com agentes protetores (ex. misoprostol ou inibidores da bomba de
prótons) deve ser considerada para estes pacientes, assim como para pacientes que
requeiram o tratamento concomitante com baixa dose de ácido acetilsalicílico ou outros
fármacos que aumentem o risco gastrointestinal.
Pacientes com histórico de toxicidade gastrointestinal, particularmente pacientes idosos,
devem comunicar ao seu médico qualquer sintoma abdominal não usual (especialmente
hemorragia gastrointestinal) particularmente nos estágios iniciais do tratamento.
Recomenda-se cautela nos casos de pacientes que estão recebendo concomitantemente
medicamentos que podem aumentar o risco de ulceração ou sangramento, tais como
corticosteroides orais, anticoagulantes como a varfarina, inibidores seletivos de
recaptação de serotonina ou medicamentos antiplaquetários como o ácido
acetilsalicílico (ver item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Se ocorrer hemorragia ou ulceração gastrointestinal em pacientes recebendo ibuprofeno,
o tratamento deve ser descontinuado.
AINEs deverão ser administrados com cuidado a pacientes com história de úlcera
péptica e outras doenças gastrointestinais, por exemplo, colite ulcerativa e doença de
Crohn, pois estas condições podem ser exacerbadas.
Efeitos renais
Recomenda-se cautela ao iniciar o tratamento com IBUPROTRAT INFANTIL
(ibuprofeno) em pacientes com desidratação significativa, especialmente em crianças,
adolescentes e idosos, pois há um risco de insuficiência renal.
Em termos gerais, a ingestão habitual de analgésicos, especialmente em combinação de
várias substâncias ativas para alívio da dor, pode levar a danos renais permanentes com
o risco de insuficiência renal (nefropatia analgésica). Este risco pode ser aumentado sob
tensão física associada com a perda de sal e desidratação. Por isso, deve ser evitada.
É necessária precaução em pacientes com hipertensão e/ou insuficiência cardíaca, pois a
função renal pode deteriorar.
Alterações respiratórias
Recomenda-se cuidado ao administrar IBUPROTRAT INFANTIL (ibuprofeno) a
pacientes que sofrem de, ou tem histórico prévio de asma brônquica, pois foi relatado
que ibuprofeno pode provocar broncoespasmo em tais pacientes.
Efeitos dermatológicos
Reações cutâneas graves, algumas delas fatais, como a dermatite esfoliativa, Síndrome
de Stevens- Johnson e necrose epidérmica tóxica, foram muito raramente relatadas com
o uso de antiinflamatórios não esteroidais (AINEs). Aparentemente, o risco de
ocorrência dessas reações adversas é maior no início da terapia. Na maioria dos casos, o
início de tais reações ocorre no primeiro mês de tratamento. O tratamento com
ibuprofeno deve ser descontinuado nos primeiros sinais de rachaduras na pele, lesões
nas mucosas ou qualquer outro sinal de hipersensibilidade.
Excepcionalmente, varicela pode estar na origem das complicações infecciosas de
tecidos moles e cutâneas graves. Até o momento, a contribuição dos AINEs no
agravamento destas infecções não pode ser descartada. Assim, é aconselhável evitar o
uso de ibuprofeno em caso de varicela.
LES e doença mista do tecido conjuntivo
É necessária precaução em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) e doença
mista do tecido conjuntivo. Pode haver um risco aumentado de meningite asséptica.
Reações alérgicas
Reações de hipersensibilidade agudas graves (por exemplo, choque anafilático) são
observadas muito raramente. Nos primeiros sinais de reação de hipersensibilidade após
tomar/administrar ibuprofeno, a terapia deve ser interrompida. De acordo com os
sintomas, medidas medicamente necessárias devem ser iniciadas por especialistas.
É necessária precaução em pacientes que tenham tido hipersensibilidade ou reações
alérgicas a outras substâncias, pois eles podem ter um risco aumentado de ocorrência de
reações de hipersensibilidade com ibuprofeno.
É necessária precaução em pacientes que sofrem de rinite alérgica, pólipos nasais ou
desordens respiratórias obstrutivas crônicas pois existe um risco aumentado da
ocorrência de reações alérgicas. Estas podem estar presentes na forma de ataque
asmático (a chamada asma analgésica), edema de Quincke ou urticária.
Informações relacionadas aos excipientes:
IBUPROTRAT INFANTIL (ibuprofeno) 20 mg/mL contém sacarose e sorbitol.
Pacientes com problemas raros hereditários de intolerância a frutose, má absorção de
glicose-galactose ou insuficiência de sucroseisomaltose não devem tomar este
medicamento. Isso também deve ser levado em conta em, pacientes com diabetes
mellitus. Pode ser prejudicial aos dentes.
IBUPROTRAT INFANTIL (ibuprofeno) 20 mg/mL contém corante amarelo
crepúsculo, que pode causar reações alérgicas.
Cuidados e advertências para populações especiais:
Uso em idosos
Em pacientes idosos, há um aumento da frequência de reações adversas aos anti-
inflamatórios não esteroidais (AINEs), especialmente hemorragia e perfuração
gastrointestinais, que podem ser fatais.
Se o paciente idoso não tiver insuficiência renal, existem apenas pequenas diferenças
clinicamente insignificantes no perfil farmacocinético e na excreção urinária entre
jovens e idosos.
Uso pediátrico
O uso de IBUPROTRAT INFANTIL (ibuprofeno) não é indicado a crianças menores de
6 meses de idade e deve ser feito sob orientação médica em crianças com menos de 2
anos.
A exposição sistêmica de ibuprofeno seguida de dosagem terapêutica ajustada de acordo
com o peso (5 mg/kg a 10 mg/kg peso corporal) em crianças de 1 ano ou mais, é
semelhante a dos adultos.
Crianças de 3 meses a 2,5 anos pareceram ter um volume maior de distribuição (L/kg) e
depuração (L/kg/h) do que de ibuprofeno em crianças > 2,5 a 12 anos de idade.
Insuficiência renal
Para pacientes com insuficiência renal leve, aumento do nível plasmático de (S)-
ibuprofeno, maiores valores de AUC para (S)-ibuprofeno e aumento das razões
enantioméricas de AUC (S/R), foram relatados quando comparado com controles
saudáveis. No estágio final da doença renal em pacientes em diálise a fração principal
livre de ibuprofeno foi cerca de 3% comparado com 1% em voluntários saudáveis.
Insuficiência grave da função renal pode resultar no acúmulo dos metabólitos de
ibuprofeno. O significado deste efeito é desconhecido. Os metabólitos podem ser
removidos por hemodiálise.
Insuficiência hepática
Doença hepática alcoólica com insuficiência hepática leve a moderada não resultou em
alterações significativas nos parâmetros farmacocinéticos. Em pacientes cirróticos com
insuficiência hepática moderada (escore de Child-Pugh 6-10) tratados com o ibuprofeno
racêmico, foi observado um prolongamento de 2 vezes da meia-vida e a relação AUC
enantiomérica (S / R) foi significativamente menor em comparação com controles
saudáveis, sugerindo uma deficiência de inversão metabólica do (R)-ibuprofeno para o
ativo (S) – enantiômero.
Uso na gravidez
A inibição da síntese de prostaglandinas pode afetar negativamente a gravidez e/ou
desenvolvimento do embrião. Dados de estudos epidemiológicos sugerem um risco
aumentado de aborto, má formação cardíaca e gastrosquise após o uso de inibidores da
síntese de prostaglandinas no início da gravidez. Acredita-se que este risco aumenta
com a dose e a duração do tratamento. Em animais, a administração de inibidores da
síntese de prostaglandinas resultou em aumento das perdas pré e pós-implantação e
letalidade embrio/fetal. Adicionalmente, tem sido relatado aumento na incidência de má
formações variadas, incluindo cardiovasculares, em animais que utilizaram inibidores
da síntese de prostaglandinas durante o período organogenético.
Durante o primeiro e segundo trimestre de gravidez, ibuprofeno não deve ser utilizado a
menos que claramente necessário. Se ibuprofeno for utilizado por mulheres que estão
tentando engravidar ou durante o primeiro ou segundo trimestre de gravidez, a menor
dose e em menor tempo possível devem ser mantidos.
Durante o terceiro trimestre de gravidez, todos os inibidores da síntese de
prostaglandinas podem expor o feto aos seguintes casos:
- toxicidade cardiopulmonar (com fechamento prematuro do canal arterial e hipertensão
pulmonar).
- disfunção renal, que pode progredir para uma insuficiência renal com oligoidrâmnios.
Ao final da gravidez, os inibidores da síntese de prostaglandinas podem expor a mãe e o
neonato aos seguintes casos:
- possibilidade de prolongamento do tempo de sangramento.
- inibição das contrações uterinas que pode resultar em um atraso no parto ou
prolongamento do trabalho de parto.
Consequentemente, ibuprofeno é contraindicado durante o terceiro trimestre de
gravidez.
Parto e Trabalho de parto
A administração de IBUPROTRAT INFANTIL (ibuprofeno) não é recomendada
durante o parto ou trabalho de parto, pois o início do parto pode ser atrasado, sua
duração prolongada e há aumento na tendência de sangramento da mãe e do bebê.
Categoria de risco: C (1° e 2° trimestres de gravidez) e D (3° trimestre de gravidez).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Uso na lactação
Nos limitados estudos disponíveis até o momento, ibuprofeno aparece no leite materno
em baixas concentrações. IBUPROTRAT INFANTIL (ibuprofeno) não é recomendado
para mulheres que estejam amamentando.
Fertilidade Feminina
Existem evidências de que as drogas que inibem a síntese da ciclo-oxigenase /
prostaglandina podem causar prejuízo da fertilidade feminina por um efeito na
ovulação. Este efeito é reversível com a interrupção do tratamento.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Após o tratamento com ibuprofeno, o tempo de resposta dos pacientes pode ser afetado.
Isto deve ser considerado quando é necessária uma maior vigilância, por exemplo, ao
dirigir um carro ou operar máquinas. Essa situação aplica-se, principalmente quando o
uso do medicamento for combinado com o álcool.
Deve-se ter cautela ao administrar ibuprofeno em pacientes tratados com qualquer
medicamento abaixo, já que interações medicamentosas foram reportadas por alguns
pacientes:
Diuréticos, inibidores da ECA, betabloqueadores e antagonistas da angiotensina II
AINEs podem reduzir o efeito destas drogas. Diuréticos podem aumentar o risco de
nefrotoxicidade dos AINEs.
Em alguns pacientes com função renal comprometida (por exemplo, pacientes
desidratados ou pacientes idosos com função renal comprometida), a coadministração
de um inibidor da ECA, betabloqueador ou antagonista de angiotensina-II e agentes que
inibem a ciclo-oxigenase pode resultar em deterioração adicional da função renal,
incluindo possível insuficiência renal aguda, que é geralmente reversível. Portanto, a
associação deve ser administrada com precaução, especialmente nos idosos. Os
pacientes devem ser adequadamente hidratados e deve ser realizado o monitoramento da
função renal após o início da terapia concomitante e depois o monitoramento deve ser
periódico.
Glicosídeos cardíacos
Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) podem exacerbar a insuficiência cardíaca,
reduzir a taxa de filtração glomerular e aumentar os níveis plasmáticos de glicosídeos
cardiotônicos (exemplo: níveis de digoxina).
Lítio
O uso concomitante de ibuprofeno com preparações de lítio pode aumentar os níveis
séricos destes produtos medicinais.
Metotrexato
AINEs podem inibir a secreção tubular de metotrexato e reduzir sua eliminação.
Ciclosporina
Pode ocorrer aumento do risco de nefrotoxicidade quando houver administração
concomitante com AINEs.
Mifepristona
A diminuição da eficácia do medicamento pode teoricamente ocorrer devido às
propriedades antiprostaglandinas dos AINEs, incluindo o ácido acetilsalicílico.
Evidências limitadas sugerem que a coadministração de AINEs no dia da administração
de prostaglandina não influencia negativamente os efeitos da mifepristona ou da
prostaglandina no amadurecimento cervical ou contratilidade uterina e não reduz a
eficácia clínica da interrupção medicinal da gravidez.
Corticosteroides
O ibuprofeno deve ser usado com precaução em combinação com corticosteroides, pois
estes podem aumentar o risco de reações adversas, especialmente do trato
gastrointestinal (ulceração ou sangramento gastrointestinal).
Anticoagulantes
AINEs podem aumentar os efeitos de anticoagulantes, como, por exemplo, da varfarina.
Ácido acetilsalicílico
Assim como outros produtos contendo AINEs, a administração concomitante de
ibuprofeno e ácido acetilsalicílico/aspirina geralmente não é recomendada devido à
possibilidade de aumento dos efeitos adversos.
Dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito antiagregante
plaquetário do ácido acetilsalicílico em baixas dosagens quando administrados
concomitantemente.
No entanto, considerando as limitações dos dados e a incerteza quanto à extrapolação
destes dados para situação clínica, não é possível chegar a conclusões para o uso regular
de ibuprofeno e nenhum efeito clínico relevante é considerado provável para seu uso
ocasional.
Sulfonilureias
Os AINEs podem potencializar os efeitos das sulfonilureias. Houve raros relatos de
hipoglicemia em pacientes que utilizam sulfonilureia e que receberam ibuprofeno.
Zidovudina
Há um aumento no risco de toxicidade hematológica quando AINEs e zidovudina são
administrados concomitantemente. Há evidências de um aumento no risco de
hemartroses e hematomas em pacientes hemofílicos HIV+ recebendo tratamento
concomitante de zidovudina e ibuprofeno.
Outros AINEs, incluindo salicilatos e inibidores seletivos de Cox-2
A administração concomitante de vários AINEs pode aumentar o risco de úlceras e
sangramento gastrointestinais devido a um efeito sinérgico. O uso concomitante de
ibuprofeno com outros AINEs deve, portanto, ser evitado.
Aminoglicosídeos
AINEs podem diminuir a excreção de aminoglicosídeos.
Colestiramina
A administração concomitante de ibuprofeno e colestiramina pode reduzir a absorção de
ibuprofeno no trato gastrointestinal. No entanto, a sua significância clínica é
desconhecida.
Tacrolimus
O risco de nefrotoxicidade é aumentado quando AINEs e tacrolimus são administrados
Agentes antiplaquetários e inibidores seletivos de recaptação de serotonina (SSRIs)
Risco aumentado de sangramento gastrointestinal.
Extratos herbáceos
Ginkgo biloba pode potencializar o risco de hemorragia quando administrado
concomitantemente com AINEs.
Antibióticos do grupo quinolona
Dados em animais indicam que AINEs podem aumentar o risco de convulsão quando
associados aos antibióticos do grupo quinolona. Pacientes ingerindo AINEs e quinolona
podem ter um maior risco de desenvolver convulsões.
Inibidores da CYP2C9
A administração de ibuprofeno com inibidores da CYP2C9 pode aumentar a exposição
de ibuprofeno (um substrato de CYP2C9). Em um estudo com voriconazol e fluconazol
(inibidores da CYP2C9), foi demonstrado um aumento da exposição de S (+)-
ibuprofeno de aproximadamente 80 a 100%. Reduções da dose de ibuprofeno podem ser
consideradas quando um potente inibidor da CYP2C9 é administrado
concomitantemente, particularmente quando são administradas altas doses de
ibuprofeno com voriconazol ou fluconazol.
Este medicamento não deve ser utilizado concomitantemente com bebidas
alcoólicas.
IBUPROTRAT INFANTIL (ibuprofeno) suspensão oral deve ser armazenado em
temperatura ambiente (15-30ºC) e protegido da umidade.
Prazo de validade:
IBUPROTRAT INFANTIL (ibuprofeno) suspensão oral, acondicionado em frasco
plástico âmbar de 100, 120 e 150 mL: se armazenado nas condições recomendadas, o
medicamento se manterá próprio para consumo pelo prazo de validade de 24 meses, a
partir de sua data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua
embalagem original.
Características físicas e organolépticas:
IBUPROTRAT INFANTIL (ibuprofeno) apresenta-se como uma suspensão de cor
branca e odor de framboesa.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O medicamento deve ser administrado por via oral. As doses devem ser
individualizadas, conforme as necessidades do paciente. Uma sensação transitória de
ardor na boca ou garganta pode ocorrer com o uso do medicamento, assim, o frasco
deve ser completamente agitado antes do uso.
Uso adulto
A dose recomendada é de 60 a 90 mL por dia (1200 a 1800 mg/dia) em doses divididas.
Alguns pacientes podem ser mantidos com 30 a 60 mL por dia (600 a 1.200 mg/dia).
Em casos graves e agudos, pode ser vantajoso aumentar a dose até a fase aguda
terminar. A dose diária não deve exceder 120 mL por dia (2400 mg/dia), em doses
divididas.
Uso pediátrico
A correlação entre a idade e peso é aproximada. Quando não houver correspondência
entre o peso e a idade, considere o peso para estabelecer a dose.
Nos quadros febris, a dose usual recomendada para crianças a partir dos 6 meses de
idade é de 5 a 10 mg/kg de peso corpóreo, a cada 6 a 8 horas . As doses devem ser
individualizadas, conforme as necessidades do paciente. A duração do tratamento varia
conforme a indicação do produto.
Posologia recomendada: 0,5 mL/kg/dose, ou seja, o peso da criança dividido por 2 em
mL, a cada 6 a 8 horas.
Idade Peso Dose Intervalo das doses Idade Peso Dose
(anos) (Kg) (mL) (anos) (Kg) (mL)
2 12 6 Estas medidas podem ser 7 22 11
3 14 7 repetidas a cada 6 a 8 horas 8 24 12
4 16 8 9 26 13
5 18 9 10 28 14
6 20 10 11 ou mais 30 15
Uso em idosos
Nenhum ajuste de dose é necessário a não ser que o paciente apresente diminuição da
função renal ou hepática, sendo o ajuste de dose feito individualmente. Cuidados devem
ser tomados com a dose neste grupo.
Os eventos adversos mais comumente observados são de natureza gastrointestinal.
Úlcera péptica, perfuração ou hemorragia gastrointestinal, às vezes fatal,
particularmente em idosos, podem ocorrer. Náusea, vômito, diarreia, flatulência,
constipação, dispepsia, dor abdominal, melena, hematêmese, estomatite ulcerativa,
exacerbação da colite e doença de Crohn têm sido relatados após a administração.
Menos frequentemente, gastrite tem sido observada.
Hipersensibilidade
Reações de hipersensibilidade foram relatadas após o tratamento com AINEs. Estes
podem consistir de: reações alérgicas não específicas e anafilaxia; reatividade do trato
respiratório compreendendo asma, agravamento da asma, broncoespasmo ou dispneia;
ou doenças de pele variadas, incluindo erupções cutâneas de vários tipos, prurido,
urticária, púrpura, angioedema e, muito raramente, eritema multiforme e dermatose
bolhosa (incluindo síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica).
Infecções e infestações
A exacerbação de inflamações relacionadas à infecção (por exemplo, desenvolvimento
de fasceíte necrotizante) coincidindo com o uso de AINEs foi descrita. Se sinais de uma
infecção ocorrerem ou piorarem durante o uso de ibuprofeno o paciente deve procurar
um médico rapidamente.
Desordens dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Em casos excepcionais, as infecções cutâneas graves e complicações nos tecidos moles
podem ocorrer durante a infecção de varicela.
Desordens cardíacas e vasculares
Estudos clínicos e dados epidemiológicos sugerem que o uso de ibuprofeno
(particularmente em altas doses de 2400 mg diariamente) e no tratamento de longo
prazo pode estar associado com um pequeno aumento do risco de eventos trombóticos
arteriais (por exemplo, infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral).
As reações adversas reportadas para o ibuprofeno estão agrupadas por sistema e
frequência: Reação muito comum (1/10), Reação comum (1/100 a <1/10), Reação
incomum (1/1000 a <1/100), Reação rara (1/10000 a <1/1000), Reação muito rara
(<1/10000) e de frequência desconhecida (que não pode ser estimada pelos dados
disponíveis).
As frequências indicadas, que se estendem para além dos relatos muito raros, se referem
ao uso de curto prazo de doses diárias de formas de dosagem oral com no máximo 1200
mg de ibuprofeno
Reações comuns (1/100 a <1/10)
Alterações do sistema nervoso: tontura.
Alterações gastrointestinais: dispepsia, diarreia, náusea, vômito, dor abdominal,
flatulência, constipação, melena, hematêmese, hemorragia gastrointestinal.
Alterações gerais e relacionadas ao local de administração: fadiga.
Reações incomuns (1/1000 a <1/100)
Infecções e infestações: rinite.
Alterações no sistema imune: hipersensibilidade
Alterações psiquiátricas: insônia, ansiedade.
Alterações no sistema nervoso: dor de cabeça, parestesia, sonolência.
Alterações visuais: enfraquecimento da visão.
Alterações no ouvido e labirinto: enfraquecimento da audição.
Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino: asma, broncoespasmo, dispneia.
Alterações gastrointestinais: gastrite, úlcera duodenal, úlcera gástrica, estomatite
ulcerativa, perfuração gastrointestinal.
Alterações hepatobiliares: hepatite, icterícia, função hepática anormal.
Alterações na pele e tecido subcutâneo: erupção cutânea, urticária, prurido, púrpura,
angioedema, reação de fotossensibilidade.
Reações raras (1/10000 a <1/1000)
Alterações psiquiátricas: depressão, estado confusional.
Alterações do sistema nervoso: neurite óptica.
Alterações visuais: neuropatia óptica tóxica.
Alterações no ouvido e labirinto: zumbido e vertigem.
Alterações hepatobiliares: lesão hepática
Alterações gerais e relacionadas ao local de administração: edema.
Reações muito raras (<1/10000)
Infecções e infestações: meningite asséptica.
Alterações hematológicas e do sistema linfático: leucopenia, trombocitopenia,
neutropenia, agranulocitose, anemia aplásica e anemia hemolítica. Os primeiros sinais
são: febre, dor de garganta, úlceras superficiais na boca, sintomas gripais, exaustão
grave, sangramento e hematomas sem explicação.
Alterações do sistema imune: reações de hipersensibilidade severas. Os sintomas
podem ser:
inchaço facial, da língua e da laringe, dispneia, taquicardia, hipotensão (anafilaxia,
angioedema ou
choque grave).
Alterações gastrointestinais: pancreatite.
Alterações renais e urinárias: insuficiência hepática.
Alterações na pele e tecido subcutâneo: dermatose bolhosa, incluindo Síndrome de
Stevens- Johnson, necrose epidérmica tóxica e eritema multiforme.
Alterações renais e urinárias: nefrite tubulointersticial, síndrome nefrótica e
insuficiência renal.
Insuficiência renal aguda, necrose papilar (especialmente em uso por longo período de
tempo) associado com ureia sérica aumentada.
Alterações cardíacas: insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio.
Alterações vasculares: hipertensão.
Reações adversas de frequência desconhecida
Alterações gastrointestinais: colite, Doença de Crohn.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
Toxicidade
Sinais e sintomas de toxicidade geralmente não foram observados em doses menores
que 100 mg/Kg em crianças ou adultos.
No entanto, em alguns casos pode ser necessário tratamento de suporte.
A manifestação de sinais e sintomas de toxicidade foi observada em crianças após a
ingestão de 400 mg/Kg ou mais. Em adultos, a dose efeito de resposta é menos clara. A
meia vida em superdosagem é 1,5-3 horas.
Sintomas
A maioria dos pacientes que ingeriram quantidades significantes de ibuprofeno
manifestaram os sintomas de superdose entre 4 a 6 horas. Os sintomas mais
frequentemente reportados de superdose incluem náusea, vômito, dor abdominal,
letargia e sonolência. Os efeitos no Sistema Nervoso Central incluem dor de cabeça,
zumbido, tontura, convulsão e perda da consciência. Nistagmo, acidose metabólica,
hipotermia, efeitos renais, sangramento gastrointestinal, coma, apneia e depressão do
SNC e sistema respiratório também foram raramente reportados. Toxicidade
cardiovascular, incluindo hipotensão, bradicardia e taquicardia foram reportadas. Nos
casos de superdose significante, é possível apresentar insuficiência renal e danos no
fígado. Doses excessivas são geralmente bem toleradas quando nenhuma outra
medicação foi administrada.
Tratamento
Não há antídoto específico para a superdose de ibuprofeno. Esvaziamento gástrico
seguido de medidas de suporte são recomendados se a quantidade ingerida exceder 400
mg/Kg na última hora.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações sobre como proceder.