Bula do Immunate S/d produzido pelo laboratorio Baxter Hospitalar Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
IMMUNATE S/D - Fator VIII de coagulação
Baxter Hospitalar Ltda
Pó liofilizado injetável + Solução Diluente
250UI
500UI
1.000UI
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Immunate S/D
fator VIII de coagulação (humano)
APRESENTAÇÕES
Immunate S/D é um concentrado preparado de plasma humano contendo o fator VIII de coagulação humana na forma de pó liofilizado,
acompanhado do volume apropriado de diluente para reconstituição.
VIA INTRAVENOSA
Cada embalagem de Immunate contém:
Immunate S/D 250 UI
- 1 Frasco contendo Immunate 250 UI
- 1 Frasco contendo água estéril para injetáveis (5mL)
- Conjunto de Reconstituição e infusão (1 conjunto de transferência/filtro, 1 seringa descartável de (5mL), 1 agulha descartável, 1
conjunto de inusão rápida)
Immunate S/D 500 UI
- 1 Frasco contendo Immunate 500 UI
Immunate S/D 1.000 UI
- 1 Frasco contendo Immunate 1.000 UI
- 1 Frasco contendo água estéril para injetáveis (10mL)
- Conjunto de Reconstituição e infusão (1 conjunto de transferência/filtro, 1 seringa descartável de (10mL), 1 agulha descartável, 1
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco contendo Immunate S/D liofilizado, após reconstituição utilizando todo o volume do diluente contido nas respectivas
embalagens, contém na solução obtida, quando pronta para uso, a seguinte composição:
250 UI 500 UI 1.000 UI
Componente Ativo
fator VIII de coagulação (humano) 250 UI 500 UI 1.000 UI
atividade de fator von Willebrand (vWF:Rco) 190 UI 375 UI 750 UI
atividade específica (albumina corrigida) 70 ± 30 UI/mg de proteína
água para injetáveis 5mL 5mL 10mL
Excipientes: albumina humana, glicina, cloreto de sódio, citrato de sódio di-hidratado, cloridrato de lisina e cloreto de cálcio di-hidratado.
Immunate 250 UI – após reconstituição com o diluente, o produto contém aproximadamente 50 UI/mL de fator VIII de coagulação
derivado de plasma humano e 38 UI/mL de fator von Willebrand derivado de plasma.
Immunate 500 UI e 1000 UI – após reconstituição com o diluente, o produto contém aproximadamente 100 UI/mL de fator VIII de
coagulação derivado de plasma humano e 75 UI/mL de fator von Willebrand derivado de plasma.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Immunate S/D – fator VIII de coagulação (humano) está indicado na terapia e profilaxia de episódios hemorrágicos causados por
deficiência congênita ou adquirida do Fator VIII (hemofilia A, hemofilia A com inibidor do Fator VIII, deficiência adquirida do Fator
VIII devido ao desenvolvimento espontâneo do inibidor do Fator VIII) e para a doença de von Willebrand com deficiência do fator VIII.
O estudo 040201, estudo clínico fase III, multicêntrico, prospectivo, foi realizado para avaliar a eficácia, farmacocinética,
imunogenicidade e segurança do Immunate S/D – fator VIII de coagulação (humano) em 56 pacientes com hemofilia A grave tratados
previamente. A eficácia clínica do produto no tratamento de todos os episódios novos de hemorragia foi determinada pela investigação do
número de infusões requeridas para obter o controle hemostático e a resposta ao tratamento. Além disso, o número de novos episódios de
hemorragia que ocorreu durante o regime de tratamento profilático foi reportado.
A resposta ao tratamento foi avaliada usando uma escala de eficácia clínica com escala de excelente, bom, regular e sem resposta. A
eficácia hemostática de Immunate S/D – fator VIII de coagulação (humano) nas hemorragias nas articulações foi avaliada usando esta
faixa bem como uma escala exploratória para definir melhor a contribuição relativa de outroa parâmetros. Essa escala exploratória inclui
3 variáveis: a) alívio da dor nas primeiras 8 horas após a primeira infusão; b) melhora dos sinais de sangramento nas primeiras 8 horas
após a primeira infusão; c) o número de infusões necessárias para a completa resolução dos sintomas.
A maior parte dos sangramentos nos pacientes estudados ocorreu espontaneamente (69%) e a maioria dos episódios hemorrágicos (81%)
envolveu as articulações (estes ocorreram em todas as pesoas que tiveram pelo menos uma hemorragia); 15% de hemorragias ocorreram
no tecido mole/músculo; 3% no tecido mole/outro e 1% na cavidade corporal.
A severidade dos episódios foi classificada como “menor” em 97% dos casos, com um pequeno número de sangramentos maiores, mas
nenhum ameaçando a vida ou perda de membro dos indivíduos.
Na análise da escala de eficácia clínica mostrou-se que todas as pessoas, compreendendo 623 episódios hemorrágicos, responderam ao
tratamento: 96% dos episódios hemorrágicos froam classificadas como tendo uma excelente ou boa resposta ao tratamento e 4% como
uma resposta regular. Para a maioria dos episódios hemorrágicos (89%), foi necessária somente uma infusão.
Analisando a eficácia de acordo com a mesma escala nos episódios que envolveram articulações, 96% de todos os 505 episódios de
sangramento acometendo articulações foram classificadas como excelente ou boa resposta ao tratamento e 4% como uma resposta
regular. Utilizando a escala exploratória (descrita acima) para esses episódios de Sangramento articular, 99% dos episódios foram
classificados como excelente ou boa resposta ao tratamento e 1% como resposta regular.
Propriedades Farmacodinâmicas
O complexo fator von Willebrand/fator VIII consiste de duas moléculas (FVIII e vWF) com diferentes funções fisiológicas. Quando
infundido no paciente hemofílico, o fator VIII se liga ao fator von von Willebrand na circulação do paciente. Fator VIII ativado age como
co-fator para fator IX ativado, acelerando a conversão do fator X para fator X ativado. Fator X ativado converte protrombina em
trombina. A trombina converte fibrinogênio em fibrina e um coágulo pode ser formado. Hemofilia A é uma doença hereditária ligada ao
sexo que causa distúrbio da coagulação sanguínea devido aos níveis baixos de fator VIII:C que resulta em sangramento profuso nas
articulações, músculos ou órgãos internos, espontaneamente ou como resultado de trauma cirúrgico ou acidental. Pela terapia de
reposição, os níveis de plasma do fator VIII tem um aumento permitindo uma correção temporária do fator de deficiência e correção das
tendências hemorrágicas.
Em adição ao seu papel como proteína protetora do fator VIII, o fator von Willebrand (vWF) medeia a adesão plaquetária aos sítios da
lesão vascular e desempenha uma função na agregação plaquetária.
Propriedades Farmacocinéticas
Todos os parâmetros farmacocinéticos para Immunate foram medidos em pacientes com hemofilia A severa (nível de fator VIII ≤ 1%). A
análise das amostras de plasma foi conduzida em um laboratório central utilizando um teste de fator VIII cromogênico. Os parâmetros
farmacocinéticos derivados de um estudo cruzado com Immunate em 18 pacientes previamente tratados acima de 12 anos de idade estão
listados na tabela abaixo.
Resumo dos parâmetros farmacocinéticos para Immunate em 18 pacientes com hemofilia A severa (Dose = 50 UI/Kg):
Parâmetro
Média SD Mediana 90% CI
AUC0 - ∞ ([Uxh]mL) 12,2 3,1 12,4 11,1 a 13,2
Cmáx (UI/mL) 1 0,3 0,9 0,8 a 1,0
T máx (h) 0,3 0,1 0,3 0,3 a 0,3
Meia vida terminal (h) 12,7 3,2 12,2 10,8 a 15,3
Liberação (mL/h) 283 146 232 199 a 254
Tempo médio de permanência (h) 15,3 3,6 15,3 12,1 a 17,2
Vss (mL) 4166 2021 3613 2815 a 4034
Recuperação incremental ([UI/mL] /
[UI/Kg]) 0,02 0,006 0,019 0,016 a 0,020
Não utilizar Immunate em caso de:
• Alergia ao fator VIII de coagulação humano ou a qualquer um dos componentes do produto.
Em caso de dúvida, consultar o médico.
Caso a alergia ocorrer:
• Existe uma rara possibilidade de ocorrer uma reação alérgica anafilática (reação repentina, severa) à Immunate. Deve-se estar
atento aos sinais de reações alérgicas como: rubor, erupção cutânea, urticária, pápulas, coceira generalizada, inchaço dos
lábios, pálpebras e língua, dispnéia, chiado, dor do peito, aperto no peito, mal estar generalizado, tontura, taquicardia e
hipotensão. Estes sintomas podem consituir um sintoma inicial de um choque anafilático, manifestções que podem
adicionalmente incluir tontura, perda de consciência e dificuldade extrema para respirar.
• Caso esses sintomas ocorram, a infusão deve ser interrompida imediatamente. Sintomas severos, incluindo dificuldade para
respirar e desmaio (próximo), requerem tratamento de emergência imediato.
Monitoramento é necessário quando:
• Testes serão conduzidos para garantir que a dose atual seja suficiente para alcançar e manter os níveis de fator VIII e de von
Willbrand adequados
Caso a hemorragia persista:
• O paciente pode ter desenvolvido anticorpors neutralizantes (inibidores) ao fator VIII. Testes podem ser conduzidos para
confirmar este desenvolvimento. Inibidores de fator VIII são anticorpos (inibidores) no sangue que bloqueiam o fator VIII
utilizado. Isso torna o fator VIII menos eficaz em controlar a hemorragia.
Pacientes com a doença de von Willebrand, especialmente o tipo 3, podem desenvolver anticorpos neutralizantes (inibidores)
ao fator von Willebrand. Testes podem ser conduzidos para confirmar este desenvolvimento. Inibidores de fator von
Willebrand são anticorpos (inibidores) no sangue que bloqueiam o fator von Willebrand utilizado. Isso torna o fator von
Willebrand menos eficaz em controlar a hemorragia.
Quando medicamentos são fabricados a partir do sangue ou plasma humano, algumas medidas são colocadas em prática para prevenir
que infecções sejam passadas para os pacientes. Isto inclui a seleção cuidadosa dos doadores de sangue e plasma humano para garantir
que indivíduos com risco de estarem infectados sejam excluídos, assim como teste de cada doação e dos pools de plasma para sinais de
vírus/infecção, e a inclusão de etapas no processo de plasma ou sangue que podem inativar ou remover vírus. Apesar destas medidas,
quando medicamentos fabricados a partir do sangue ou plasma humano são administrados, a possibilidade de transmissão de infecção não
pode ser totalmente excluída. Isto se aplica também aos patógenos de natureza desconhecida.
As medidas tomadas são consideradas eficazes para vírus encapsulados, como o vírus da imunodeficiência humana (HIV, o vírus que
causa a AIDS), hepatite B e hepatite C, e para o vírus da hepatite A não encapsulado. Os procedimentos de inativação/remoção viral
podem ter um valor limitado contra vírus não encapsulados tais como parvovírus B19. Infecção por Parvovírus B19 pode ser séria para
mulheres grávidas (infecção fetal) e para indivíduos com imunodeficiência ou com aumento da metabolização de eritrócitos (por
exemplo, anemia falciforme ou anemia hemolítica).
O médico pode recomendar vacinação apropriada contra hepatite A e B para pacientes que recebem regularmente/repetidamente produtos
derivados de plasma humano.
É fortemente recomendado que sempre que uma dose de Immunate for administrada o nome e o lote do produto sejam anotados para
manter um registro dos lotes usados.
Immunate contém isoaglutininas (anti-A e anti-B). Em pacientes de grupo sanguíneo A, B ou AB, hemólise pode ocorrer após
administração repetitiva em curto intervalo de tempo ou após administração de grandes doses.
Immunate com alimentos e bebidas
Não há recomedações específicas de quando Immunate deve ser administrado com relação às refeições.
Gravidez, lactação e fertilidade
Antes de administrar o medicamento, o médico ou farmacêutico deverá ser informado caso a paciente esteja grávida ou amamentando ou
esteja planejando engravidar.
Não há experiência com relação ao uso de Immunate durante a gravidez, lactação e fertilidade, uma vez que a hemofilia A é rara em
mulheres. Immunate só deve ser utilizado durante a gravidez e lactação somente se realmente indicado. Portanto, o médico deve ser
informado caso a paciente esteja grávida ou amamentando. O médico irá decidir se Immunate deve ser utilizado durante a gravidez e
lactação.
Condução e utilização de máquinas
Nenhum efeito na habilidade de dirigir e operar máquinas foram observados.
Immunate contém sódio
Em caso de uma dieta baixa de sódio, o médico irá monitorar com atenção particular, pois a quantidade de sódio na dose máxima diária
pode exceder 200mg.
Categoria “C” de risco na gravidez.
O médico ou farmacêutico deverá ser informado em caso de administração de qualquer outro medicamento.
Nenhuma interação de Immunate com outros medicamentos foi relatada.
O produto não deve ser misturado com outros medicamentos ou diluente, exceto o diluente água para injetáveis contido na embalagem,
antes da administração uma vez que pode prejudicar a eficácia e segurança do produto. É recomendado lavar o acesso venoso com
solução apropriada, como por exemplo, solução salina fisiológica antes e depois da infusão de Immunate.
Immunate possui prazo de validade de 24 meses. Immunate deve ser armazenado e transportado sob refrigeração a uma temperatura entre
+2°C e +8°C. O produto não deve ser congelado.
Mantenha o frasco na embalagem original para protegê-lo da luz.
Immunate é um pó ou sólido friável de coloração branca ou amarela clara
Os medicamentos não devem ser eliminados na água residual ou lixo doméstico. Perguntar ao farmacêutico como eliminar o
medicamento que não será mais utilizado. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
A data de validade refere-se ao último dia do mês.
Após preparo, a solução deve ser utilizada imediatamente.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de usar
Immunate deve ser administrado via intravenosa após preparação da solução com o diluente fornecido. O paciente deve seguir as
orientações do médico.
A taxa de administração depende do nível de conforto do paciente e não deve exceder 2mL por minuto.
Aquecer o produto a temperatura ambiente ou a temperatura corporal antes da administração. Para a reconstituição utilize apenas o
conjunto de administração fornecido no pacote, pois a falha do tratamento pode ocorrer como consequência da adsorção do fator VIII de
coagulação humano na superfície interna de algum equipamento de infusão.
Immunate deve ser reconstituído imediatamente antes da administração. A solução deve ser usada imediatamente, pois não contém
conservantes. Antes da administração, o produto reconstituído deve ser visualmente inspecionado para possível presença de material
particulado e descoloração. A solução deve ser de clara a levemente opalescente. Soluções turvas ou apresentando depósitos devem ser
descartadas. A solução pronta para uso não deve ser refrigerada novamente.
Reconstituição do pó para preparar a solução para injetáveis:
A solução deve ser preparada sob condições limpas e estéreis.
1. Aquecer o frasco fechado contendo o diluente (água estéril para injetáveis esterilizada) à temperatura ambiente (máxima de
37°C).
2. Remover as tampas plásticas protetoras dos frascos do concentrado e do diluente (fig. A) e desinfetar as tampas de borracha de
ambos os frascos.
3. Conectar a parte ondulada do dispositivo de transferência sobre o frasco do diluente e pressionar (fig. B).
4. Remover a cobertura protetora da outra extremidade do dispositivo de transferência, tendo o cuidado de não tocar na
extremidade exposta.
5. Inverter o frasco de diluente conectado ao dispositivo de transferência, sobre o frasco de concentrado e inserir a extremidade
livre com uma agulha através da tampa de borracha do frasco do concentrado (fig. C). O diluente será aspirado para dentro do
frasco de concentrado por vácuo.
6. Após aproximadamente 1 minuto, desconectar os dois frascos removendo o frasco de diluente conectado ao dispositivo de
transferência do frasco do condentrado (fig. D). Como o preparo dissolve facilmente, agitar suavemente o frasco do
concentrado. NÃO MISTURAR OS CONTEÚDOS DO FRASCO. NÃO INVERTER O FRASCO DO CONCENTRADO
ATÉ QUE ESTEJA PRONTO PARA RETIRAR OS CONTEÚDOS.
7. Após a reconstituição, inspecionar visualmente a solução preparada para material particulado ou descoloração antes da
administração. Porém, mesmo quando o procedimento de reconsituição é rigorosamente seguido, algumas pequenas partículas
podem ocasionalmente serem vistas. O conjunto de filtro contido na embalagem pode remover partículas e a potência rotulada
não será reduzida.
Administração
Deve-se usar o conjunto de filtro contido na embalagem para prevenir a administração de partículas de borracha que possam ter-se
separado da tampa (perigo de microembolia). Para remover a solução reconstituída, conectar a o conjunto de filtro na seringa descartável
e introduzir através da tampa de borracha (fig. E).
Desconectar a seringa por um momento do conjunto de filtro. O ar entrará no frasco de concentrado e qualquer espumaque se tenha
formado desaparecerá. Despois, aspirar a solução para a seringa através do conjunto de filtro (fig.F).
Desconectar a seringa do conjunto de filtro e lentamente injetar a solução por via intravenosa (velocidade máxima de injeção: 2 mL/min)
com o conjunto de infusão rápido contido na embalagem (ou a agulha descartável contida na embalagem).
Fig. A Fig. B Fig. C Fig. D Fig. E Fig. F
Qualquer produto não utilizado ou resíduos devem ser descartados de acordo com os requerimentos locais.
A administração de Immunate deve ser documentada, e o número do lote registrado. Uma parte destacável do rótulo está incluída em
cada frasco.
Posologia
I. Hemofilia A
O cálculo da dose necessária de fator VIII, da forma descrita abaixo, se baseia no achado empírico de que 1 UI de fator VIII por kg de
peso corpóreo eleva a atividade plasmática do fator VIII em 1,5% a 2%.
Levando em conta a atividade inicial do fator VIII no plasma do paciente, determina-se a dosagem necessária empregando a seguinte
fórmula:
Dose de Immunate S/D (UI de Fator VIII) = Peso Corpóreo (kg) x Aumento Desejado de Fator VIII (%) x 0,5
São necessárias verificações regulares do nível plasmático de fator VIII do paciente para monitorar o curso da terapia e calcular as doses
apropriadas de manutenção.
1. Hemorragias e Cirurgia
A tabela apresentada em seguida indica quais os níveis plasmáticos de fator VIII são necessários para o controle de hemorragias ou para a
profilaxia cirúrgica bem como o tempo durante o qual esses níveis devem ser mantidos.
Tipo de Hemorragia ou de
Intervenção Cirúrgica
Nível Plasmático de Fator VIII
Terapeuticamente Necessário
(% do Normal)
Período Necessário para manter o
Fenômenos hemorrágicos de pequeno
porte, por exemplo pequenas
hemorragias articulares
30% No mínimo 1 dia, dependendo da
gravidade da hemorragia
Fenômenos hemorrágicos de grande
porte: hemorragias musculares, na
cavidade oral, extrações dentárias,
traumatismos cranianos moderados e
intervenções cirúrgicas com baixo risco
hemorrágico
40 – 50% 3 a 4 dias, ou até a completa absorção
das hemorragias teciduais, ou a
completa cicatrização dos ferimentos
Risco de vida: hemorragias gastro-
intestinais, intra-cranianas, intra-
abdominais ou intra-torácicas, fraturas,
Intervenções cirúrgicas
de grande porte com alto risco de
manifestações hemorrágicas
60 – 100% Durante 7 dias, no mínimo. O
tratamento, após o 7° dia, somente deve
ser interrompido após a absorção da
hemorragia ou a adequada cicatrização
dos ferimentos
Em geral, administra-se fator VIII a intervalos de 8 a 12 horas, correspondendo à meia-vida biológica do fator VIII. Para profilaxia
cirúrgica, a dose inicial deve ser administrada uma hora antes da cirurgia. Nos casos de intervenções cirúrgicas de grande porte, deve-se
manter intervalos de tratamento de 8 horas durante os primeiros dias de pós-operatório.
2. Terapia de manutenção profilática
Para a terapia de manutenção profilática de hemofilia A grave, administram-se doses de 10 a 50 UI de fator VIII por kg de peso corpóreo
a intervalos de 2 a 3 dias. Em alguns casos, especialmente em pacientes mais jovens, podem ser necessários intervalos mais curtos ou
mais longos das doses para prevenir o sangramento.
II. Hemofilias com inibidor de fator VIII
Em se considerando que a dose necessária depende do título de inibidor do paciente, a mesma deve ser calculada individualmente com
base nos testes de coagulação.
A terapia de reposição com fator VIII é eficaz somente em pacientes com baixo índice de resposta, com um título de inibidor inferior a
dez Unidades Bethesda. Em pacientes com alto índice de resposta bem como aqueles com baixo índice de resposta com um título de
inibidor superior a dez Unidades Bethesda, recomenda-se o emprego de FEIBA – complexo protrombínico parcialmente ativado.
III. Doença de von Willebrand com deficiência de fator VIII
Immunate S/D – fator VIII de coagulação (humano) está indicado para a terapia de reposição de fator VIII em pacientes portadores da
doença de von Willebrand que apresentem atividade de fator VIII reduzida. A terapia de reposição com Immunate S/D – fator VIII de
coagulação (humano) para o controle de hemorragias e para a prevenção de episódios de sangramento associados com intervenções
cirúrgicas devem seguir as diretrizes indicadas para hemofilia A.
Como qualquer outro medicamento, Immunate pode apresentar reações adversas, apesar de nem todos os pacientes apresentarem.
Possíveis reações adversas com produtos fator VIII derivados de plasma humano
Reações alérgicas, que em alguns casos podem progredir a reações severas e que potencialmente representem risco de vida (anafilaxia),
tem sido observadas raramente. Portanto, deve-se estar atento aos sinais iniciais de reações alérgicas como: rubor, erupção cutânea,
urticária, pápulas, coceira generalizada, inchaço dos lábios, pálpebras e língua, dispnéia, chiado, dor do peito, aperto no peito, mal estar
generalizado, tontura, taquicardia e hipotensão. Estes sintomas podem consituir sinal inicial de um choque anafilático. Caso uma reação
alérgica ou anafilática ocorrer, deve-se interromper imediatamente a infusão e informar o médico. Sintomas severos requerem tratamento
de emergência imediato.
A formação de anticorpos neutralizantes (inibidores) ao fator VIII ou ao fator von Willebrand é uma complicação conhecida no
tratamento de pacientes com hemofilia A ou a doença de von Willebrand. Caso anticorpos neutralizantes (inibidores) desenvolvam, eles
se manifestam sozinhos como uma resposta clínica insuficiente (hemorragia não é controlada com uma dose apropriada) ou na forma de
reação alérgica. Nestes casos, recomenda-se contatar um centro especializado de hemofilia.
Em pacientes com grupo sanguíeno A, B ou AB hemólise pode ocorrer após administração de grandes doses.
Reações adversas reportadas com o uso de Immunate:
As seguintes frequências são utilizadas para avaliar as reações adversas:
Reação muito comum: > 1/10
Reação comum: > 1/100 e ≤ 1/10
Reação incomum: > 1/1.000 e ≤ 1/100
Reação rara: > 1/10.000 e ≤ 1/1.000
Reação muito rara: ≤ 1/10.000
Desconhecido: a frequência não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis
Dentre as reações adversas listadas na tabela abaixo, a hipersensibilidade foi observada em um ensaio clínico, enquanto que as demais
reações foram observadas em experiências pós-comercialização.
Classe de sistema de órgão padrão MedDRA Reação adversa Frequência
Distúrbio do sistema imune Hipersensibilidade Incomum*
Distúrbio dos sistemas sanguíneo e linfático Inibição do fator VIII Desconhecida
Distúrbio de coagulação Desconhecida
Distúrbio psiquiátrico Inquietação Desconhecida
Formigamento ou dormência Desconhecida
Distúrbio do sistema nervoso Tontura Desconhecida
Cefaléia Desconhecida
Distúrbio ocular Conjuntivite Desconhecida
Taquicardia Desconhecida
Distúrbio cardíaco Sentir os batimentos cardíacos Desconhecida
Hipotensão Desconhecida
Distúrbio vascular Rubor Desconhecida
Palidez Desconhecida
Distúrbios respiratório, torácico e mediastino Falta de ar Desconhecida
Tosse Desconhecida
Distúrbio gastrointestinal Vômito Desconhecida
Sensação de mal estar Desconhecida
urticária Desconhecida
Erupção Desconhecida
Distúrbio da pele e tecido subcutâneo Coceira Desconhecida
Rubor Desconhecida
Aumento da transpiração Desconhecida
Neurodermatite Desconhecida
Distúrbios músculo-esquelético e tecido
conectivo Dor muscular Desconhecida
Dor do peito Desconhecida
Desconforto no peito Desconhecida
Distúrbios gerais e no local de administração
Edema (incluindo edema periférica,
nas pálpebras e na face) Desconhecida
Febre Desconhecida
Calafrios Desconhecida
Reação no local da injeção Desconhecida
Dor Desconhecida
* Uma reação de hipersensibilidade em 329 infusões em um estudo clínico de 5 pacientes.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.