Bula do Imunen produzido pelo laboratorio Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
IMUNEN
azatioprina
Comprimidos
50mg
Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda.
MODELO DE BULA PARA O
PROFISSIONAL DE SAÚDE
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IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 50 mg em embalagem com 200 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO E USO PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
azatioprina .................................................................................................... 50 mg
excipientes (lactose, amido, amido pré-gelatinizado, crospovidona, estearato de magnésio, ácido esteárico, hipromelose,
macrogol, dióxido de titânio, corante D&C laca Nº10, corante alumínio yellow D&C laca Nº6, álcool etilíco e água para
injetáveis) ..................................................................................................................q.s.p. 1 comprimido
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
IMUNEN é usado como antimetabólito imunossupressor isolado ou, com mais frequência, em combinação com outros
agentes (normalmente corticosteroides), em procedimentos que influenciam a resposta imunológica. O efeito terapêutico
pode ser evidente apenas após semanas ou meses, assim como pode compreender um efeito poupador de esteroide,
reduzindo, dessa forma, a toxicidade associada com altas doses e o uso prolongado de corticosteroides.
IMUNEN, em combinação com corticosteroides e/ou outros agentes ou em procedimentos imunossupressores, é indicado
no controle de pacientes submetidos a transplantes de órgãos, como transplante renal, cardíaco ou hepático, e na redução da
quantidade de corticosteroides necessária aos pacientes que receberam transplante renal.
IMUNEN, isolado ou mais comumente em combinação com corticosteroides e/ou em outros procedimentos, tem sido
usado com benefício clínico (que pode abranger redução de dose e/ou descontinuação do uso de corticosteroides) para certo
número de pacientes com as seguintes patologias:
- artrite reumatoide grave;
- lúpus eritematoso sistêmico;
- dermatomiosite/polimiosite;
- hepatite crônica ativa autoimune;
- pênfigo vulgar;
- poliarterite nodosa;
- anemia hemolítica autoimune;
- púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) refratária crônica.
Resultados do estudo mostram que sessenta pacientes (83 %) permaneceram em remissão ao receber o azatioprina, isolada,
para uma média de 67 meses (variação 12-128). Das 48 biópsias de fígado de acompanhamento em 42 pacientes, 45
mostraram a doença inativa ou mínima, e 3 mostraram doença moderada (2, após um ano de terapia e 1 depois de oito
anos). O efeito adverso mais comum foi artralgia (em 38 pacientes). Em um grupo que utilizou maior dose de azatioprina,
quatro pacientes apresentaram mielossupressão, definida como uma diminuição nos leucócitos e plaquetas para menos de
4000 e 150 mil por milímetro cúbico, respectivamente. Dois destes pacientes (ambos com pancitopenia) apresentaram
recaída quando a azatioprina foi retirada, nos outros dois, a remissão foi mantida com a reintrodução de prednisona.
Desenvolveu-se linfopenia em 32 dos 56 pacientes tratados com 2 mg de azatioprina / kg / dia por mais de dois anos.
Durante a fase de acompanhamento, nove pacientes evoluíram a óbito: um por insuficiência hepática e oito de causas não
diretamente relacionadas à doença hepática. Conclui-se, então, que muitos pacientes com hepatite autoimune que tenham
estado em remissão completa por pelo menos um ano com a prednisona e azatioprina podem permanecer em remissão
através da administração de uma maior dose de azatioprina, isolada. [1]
Em outro estudo, foi feita uma revisão de literatura, indicando que a remissão é uma normalização completa de todos os
parâmetros inflamatórios incluindo histologia. Isto é, de fato, o objetivo de todos os regimes de tratamento e que garante o
melhor prognóstico. A remissão pode ser sustentada com monoterapia com azatioprina de 2 mg/kg. A remissão pode ser
alcançada em 65 de 75% dos pacientes após 24 meses de tratamento. [2]
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[1] Johnson PJ, McFarlane IG, Williams R.Azathioprine for long-term maintenance of remission in autoimmune hepatitis.N
Engl J Med. 1995 Oct 12;333(15):958-63.
[2] Strassburg CP, Manns MP, Treatment of Autoimmune Hepatitis.Semin Liver Dis 2009;293273–285.
Propriedades farmacodinâmicas
A azatioprina é um derivado imidazólico da mercaptopurina. Não se definiu claramente a atividade do radical
metilnitroimidazol, um metabólito da azatioprina. Todavia, em vários sistemas, ele parece modificar a atividade desse
fármaco em comparação com a molécula de mercaptopurina.
As concentrações plasmáticas da azatioprina e da mercaptopurina não estão bem correlacionadas com a eficácia terapêutica
e a toxicidade da azatioprina e, portanto, não têm valor prognóstico.
Embora os mecanismos precisos de ação ainda não tenham sido elucidados, alguns desses mecanismos sugeridos incluem:
- liberação da mercaptopurina, que age como antimetabólito da purina;
- possível bloqueio de grupos SH por alquilação;
- inibição de diversas vias na biossíntese de ácidos nucleicos, o que impede a proliferação de células envolvidas na
determinação e na ampliação da resposta imunológica;
- dano ao ácido desoxirribonucleico (DNA) pela incorporação de tioanálogos da purina.
Devido a esses mecanismos, o efeito terapêutico de IMUNEN pode tornar-se evidente apenas após semanas ou meses de
tratamento.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Na administração oral, a azatioprina é bem absorvida no trato gastrintestinal superior.
Distribuição
Estudos em camundongos com a 35S-azatioprina não mostraram concentrações anormalmente elevadas em nenhum tecido
em particular; entretanto, uma pequena concentração de 35S foi encontrada no cérebro.
Os nucleotídeos formados pela metabolização da azatioprina não atravessam as membranas celulares e, por essa razão, não
circulam nos fluidos corporais.
Metabolismo
A azatioprina é rapidamente metabolizada in vivo, gerando mercaptopurina e um radical de metilnitroimidazol. A molécula
de mercaptopurina cruza prontamente as membranas celulares e se converte intracelularmente em uma série de tioanálogos
da purina, que incluem seu principal nucleotídeo ativo, o ácido tioinosínico. A taxa de conversão varia de um indivíduo
para outro. A oxidação da mercaptopurina ao metabólito inativo, o ácido tiúrico, é catalisada pela xantina oxidase, enzima
inibida pelo alopurinol.
Eliminação
A mercaptopurina é eliminada principalmente como metabólito oxidado inativo, na forma de ácido tiúrico,
independentemente de ser administrada de forma direta ou de ser derivada in vivo da azatioprina.
IMUNEN é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida à azatioprina ou a qualquer outro componente
da fórmula. A hipersensibilidade à mercaptopurina deve alertar o médico quanto à provável hipersensibilidade a IMUNEN.
Gravidez e lactação
IMUNEN não deve ser administrado a pacientes grávidas, ou que pretendam engravidar, a não ser que os benefícios se
sobreponham aos riscos. A evidência de teratogenicidade de IMUNEN é duvidosa. Assim como em todas as
quimioterapias citotóxicas, deve-se adotar medidas contraceptivas adequadas quando um dos parceiros recebe IMUNEN.
A mercaptopurina tem sido identificada no colostro e no leite de mães tratadas com azatioprina.
Categoria D de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu
médico em caso de suspeita de gravidez.
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Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que acompanham
pacientes sob imunossupressão devem estar alertas à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim,
todos os cuidados para o diagnóstico precoce e tratamento.
Existem riscos potenciais no uso de IMUNEN, que deve ser prescrito somente se houver possibilidade de controlar
adequadamente seus efeitos tóxicos sobre o paciente durante todo o período de tratamento.
Durante as oito primeiras semanas de tratamento, se forem usadas doses altas da medicação ou se houver manifestação de
distúrbios renais e/ou hepáticos graves, deve-se realizar, semanalmente ou com maior frequência, hemogramas completos,
inclusive plaquetometria. Posteriormente, no decorrer do tratamento, pode-se reduzir a frequência dos hemogramas, mas se
recomenda a repetição mensal ou no mínimo trimestral desses exames.
Deve-se instruir os pacientes em tratamento com IMUNEN a relatar imediatamente toda evidência de infecção, contusão
ou sangramento inesperados ou quaisquer outras eventuais manifestações de depressão da medula óssea.
Há indivíduos com deficiência hereditária da enzima tiopurina metiltransferase (TPMT) que, em geral, podem ser mais
sensíveis ao efeito mielossupressor da azatioprina e, desse modo, demonstram predisposição ao desenvolvimento rápido de
depressão da medula óssea após o início do tratamento com IMUNEN. Esse problema poderia agravar-se pela
coadministração de drogas que inibem a TPMT, como olsalazina, mesalazina ou sulfassalazina. Relatou-se a possibilidade
de haver relação entre a diminuição da atividade da TPMT e a existência de leucemias secundárias e de mielodisplasia em
indivíduos que recebem mercaptopurina (metabólito ativo da azatioprina) em combinação com outros agentes citotóxicos
(ver a seção Reações Adversas). Alguns laboratórios oferecem testes de deficiência de TPMT, que, entretanto, não se
mostram eficientes na identificação de todos os pacientes sob risco de toxicidade grave. Dessa forma, é necessário efetuar
monitoramento constante e hemogramas contínuos.
Pacientes com insuficiência renal
Há sugestões de que a toxicidade de IMUNEN pode aumentar com a presença de insuficiência renal, mas estudos
controlados não confirmaram essa possibilidade.
Todavia, recomenda-se reduzir as dosagens usadas ao limite mínimo da faixa de doses terapêuticas e monitorar
cuidadosamente a resposta hematológica. As dosagens devem ser reduzidas novamente caso ocorra toxicidade
hematológica.
Pacientes com insuficiência hepática
É necessário ter cuidado durante a administração de IMUNEN a pacientes com disfunção hepática. Deve-se realizar
regularmente hemogramas completos e testes de função hepática. Nesses pacientes, o metabolismo de IMUNEN pode ser
prejudicado e sua dosagem deve, portanto, reduzir-se ao limite mínimo da faixa de doses terapêuticas. A dosagem deve ser
novamente reduzida caso ocorra toxicidade hepática ou hematológica.
Evidências limitadas sugerem que IMUNEN não é benéfico para os pacientes com deficiência de hipoxantina-guanina
fosforribosiltransferase (HGFRT), ou síndrome de Lesch-Nyhan. Portanto, devido ao metabolismo anormal desses
pacientes, não é prudente prescrever IMUNEN.
Infecção pelo vírus da varicela-zóster
A infecção pelo vírus da varicela-zóster (VZV) pode ser grave durante a administração de agentes imunossupressores.
Antes de iniciar a administração de imunossupressores, o médico deve checar se o paciente tem histórico de infecção por
varicela-zóster. Testes sorológicos podem ser úteis para determinar a existência de exposição anterior. Pacientes que não
têm histórico de exposição ao vírus devem evitar contato com indivíduos que apresentam varicela-zóster ou herpes-zóster.
Se o paciente for exposto ao VZV, deve-se tomar cuidados especiais para evitar que desenvolva varicela-zóster ou herpes-
zóster, além de considerar a imunização passiva com imunoglobulina de varicela-zóster (VZIG).
Se o paciente for infectado por VZV, deve-se tomar medidas apropriadas, como terapia antiviral e outras medidas de
suporte.
Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva (LMP)
Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP), uma infecção oportunista causada pelo vírus JC, foi relatada em alguns
pacientes que receberam azatioprina em combinação com outro agente imunossupressor. A terapia imunossupressora deve
ser suspensa ao primeiro sinal ou sintomas de LMP e adequada avaliação médica deve ser realizada com o objetivo de
estabelecer o diagnóstico.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e de operar máquinas
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Não existem dados disponíveis sobre o efeito de IMUNEN na habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas. Não está
previsto nenhum efeito prejudicial relativo à farmacologia da droga.
Gravidez e lactação
O tratamento da insuficiência renal crônica por meio de transplante renal com a administração de IMUNEN tem sido
relacionado ao aumento da fertilidade tanto dos homens quanto das mulheres que recebem transplante.
IMUNEN não deve ser administrado a pacientes grávidas ou que pretendem engravidar, a não ser que os benefícios se
sobreponham aos riscos.
A azatioprina e seus metabólitos têm sido encontrados, em baixas concentrações, no sangue fetal e no fluido amniótico
após a administração de IMUNEN à futura mãe.
Há ocorrências de leucopenia e/ou trombocitopenia em certo número de neonatos cujas mães utilizaram IMUNEN durante
a gravidez. Deve-se ressaltar a necessidade de cuidados adicionais no monitoramento hematológico no período de gestação.
A mercaptopurina tem sido identificada no colostro e no leite de mães tratadas com azatioprina.
Categoria D de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu
médico em caso de suspeita de gravidez.
Teratogenicidade, mutagenicidade e reprodução
A evidência de teratogenicidade de IMUNEN é duvidosa. Assim como em todas as quimioterapias citotóxicas, deve-
se adotar medidas contraceptivas adequadas quando um dos parceiros recebe IMUNEN.
Houve relatos de nascimentos prematuros ou de bebês que nasceram abaixo do peso após a exposição materna a IMUNEN,
particularmente em combinação com corticosteroides. Também houve relatos de abortos espontâneos após a exposição
materna ou paterna a IMUNEN.
Demonstrou-se a ocorrência de anormalidades cromossômicas em pacientes de ambos os sexos tratados com IMUNEN. É
difícil analisar o papel desse medicamento no desenvolvimento de tais anormalidades.
Registraram-se também anormalidades cromossômicas em linfócitos de descendentes de pacientes tratados com IMUNEN
que, porém, desaparecem com o tempo. Exceto em casos extremamente raros, não se observou nenhuma evidência
conhecida de anormalidade física em descendentes de pacientes tratados com IMUNEN.
A azatioprina e a radiação ultravioleta tiveram efeitos clastogênicos sinérgicos sobre pacientes que usaram esse fármaco
para tratar uma variedade de doenças.
Carcinogenicidade (ver a seção Reações Adversas)
Os pacientes que recebem tratamento imunossupressor correm risco maior de desenvolver linfomas não-Hodgkin e outras
malignidades, principalmente câncer de pele (melanoma e não melanoma), sarcoma (Kaposi e não-Kaposi) e câncer de colo
de útero in situ. O risco parece relacionar-se mais à intensidade e à duração da imunossupressão do que ao uso de algum
agente específico. Houve relatos de que a redução ou a descontinuação da imunossupressão pode estar ligada à regressão
parcial ou completa de linfomas não-Hodgkin e sarcomas de Kaposi.
Os pacientes que recebem múltiplos agentes imunossupressores podem correr risco de imunossupressão excessiva;
portanto, deve-se manter a terapia com a dosagem mínima eficaz. Como geralmente acontece com os pacientes sob risco
maior de desenvolver câncer de pele, a exposição aos raios solares e à luz ultravioleta deve ser evitada, assim como se
recomenda o uso de roupas protetoras e de bloqueador solar com alto fator de proteção.
Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que acompanham
pacientes sob imunossupressão devem estar alertas à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim,
todos os cuidados para o diagnóstico precoce e tratamento.
Alopurinol/oxipurinol/tiopurinol
A atividade da xantina oxidase é inibida por alopurinol, oxipurinol e/ou tiopurinol, o que resulta na redução da conversão
do ácido tioinosínico, biologicamente ativo, em ácido 6-tioúrico, biologicamente inativo. Quando se administram o
alopurinol, o oxipurinol e/ou o tiopurinol concomitantemente com a mercaptopurina ou com IMUNEN, a dose de ambos
deve ser reduzida para um quarto da original.
Agentes de bloqueio neuromuscular
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IMUNEN pode potencializar o bloqueio neuromuscular produzido por agentes despolarizantes, como a succinilcolina, e
reduzir o bloqueio produzido por agentes não despolarizantes, como a tubocurarina. Há considerável variação da potência
dessa interação.
Varfarina
Segundo relatos, o efeito anticoagulante da varfarina é inibido na administração conjunta com IMUNEN.
Agentes citostáticos/mielossupressores
Quando possível, deve-se evitar a administração concomitante de drogas citostáticas e de drogas que possam ter efeito
mielossupressor, como a penicilamina. São conflitantes os dados clínicos sobre a interação entre IMUNEN e cotrimoxazol,
que poderia resultar em grave anormalidade hematológica.
Um relato sugeriu a possibilidade de ocorrência de anormalidades hematológicas com a administração concomitante de
IMUNEN com captopril.
Sugeriu-se também que a cimetidina e a indometacina podem ter efeitos mielossupressores que talvez aumentem com a
administração concomitante com IMUNEN.
Aminossalicilatos
Existem evidências in vitro de que os derivados de aminossalicilatos (por exemplo olsalazina, mesalazina e sulfassalazina)
inibem a enzima TPMT (tiopurina metiltransferase), portanto eles devem ser administrados com cuidado a pacientes em
terapia com IMUNEN (ver a seção Advertências e Precauções).
Vacinas
A atividade imunossupressora de IMUNEN pode resultar em resposta atípica e potencialmente deletéria a vacinas vivas.
Dessa forma, a administração de vacinas vivas a pacientes sob terapia com IMUNEN é, teoricamente, contraindicada.
Observou-se redução da resposta a vacinas com agentes inativos, semelhante à resposta à vacina contra hepatite B, em
alguns pacientes tratados com uma combinação de azatioprina com corticosteroides.
Um pequeno estudo clínico apontou que as doses terapêuticas habituais de IMUNEN não afetam de forma deletéria a
resposta a vacinas polivalentes contra pneumococos, de acordo com a avaliação da concentração média de anticorpos
específicos anticapsulares.
Outras interações
Há evidências de que a furosemida pode prejudicar in vitro o metabolismo da azatioprina pelo tecido hepático humano. A
relevância clínica desse achado ainda é desconhecida.
Mantenha o medicamento na embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC), protegido da luz e
umidade. O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem externa do produto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Comprimido amarelo, biconvexo, revestido e medindo 8,0 mm de diâmetro.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de usar
Uso exclusivamente oral.
Posologia
Adultos
Transplante
A posologia depende do regime imunossupressor adotado. Em geral, recomenda-se uma dose de até 5 mg por quilo de peso
corporal no primeiro dia, administrada por via oral.
A dose de manutenção pode variar entre 1 e 4 mg por quilo de peso corporal por dia, também por via oral, e deve ser
ajustada de acordo com as necessidades clínicas e com a tolerância hematológica. As evidências disponíveis parecem
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indicar que o tratamento com IMUNEN deve ser mantido indefinidamente, mesmo que sejam necessárias apenas doses
baixas, devido ao risco de rejeição ao transplante.
Outras indicações
A dose inicial, geralmente, é de 1 a 3 mg por quilo de peso corporal por dia e deve ser ajustada dentro desses limites,
conforme a resposta clínica (que pode evidenciar-se em semanas ou meses) e a tolerância hematológica.
Quando a resposta terapêutica for evidente, deve-se considerar a redução da dose de manutenção até o nível mais baixo
compatível com a continuidade da resposta. Se não ocorrer nenhuma melhora das condições do paciente em três meses,
deve-se considerar a suspensão de IMUNEN. A dose de manutenção necessária pode variar de menos de 1 a 3 mg por
quilo de peso corporal por dia, conforme a condição clínica do paciente durante o tratamento e a resposta individual, o que
inclui a tolerância hematológica.
Crianças: Transplantes e outras indicações.
Deve-se seguir as mesmas dosagens indicadas para adultos.
Idosos
Não existem muitos dados relativos à experiência clínica de uso de IMUNEN em pacientes idosos. Embora os dados
disponíveis não gerem evidências de que a incidência de reações adversas em pacientes idosos seja maior do que entre os
demais pacientes tratados com IMUNEN, recomenda-se que as dosagens usadas sejam as menores possíveis dentro da
faixa indicada.
Deve-se tomar cuidado especial ao monitorar a resposta hematológica e ao reduzir a dose de manutenção até o mínimo
necessário para obtenção da resposta clínica.
Pacientes com insuficiência renal e/ou hepática
Para os pacientes com insuficiência renal e/ou hepática, as doses devem estar no limite mínimo da faixa recomendada (ver
a seção Advertências e Precauções).
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Não existem documentações clínicas atuais sobre o efeito de IMUNEN que possam servir como base para determinar com
precisão a frequência da ocorrência de efeitos adversos.
Os seguintes parâmetros têm sido utilizados na classificação das reações adversas:
Reações muito comuns ≥ 1/10
Reações comuns ≥ 1/100 e < 1/10
Reações incomuns ≥ 1/1.000 e < 1/100
Reações raras ≥ 1/10.000 e < 1/1.000
Reações muito raras < 1/10.000
Reações muito comuns (≥ 1/10)
- infecções virais, fúngicas e bacterianas (inclusive infecções graves e atípicas, como varicela e herpes-zóster, e as causadas
por outros agentes infecciosos) em pacientes transplantados que recebem IMUNEN como monoterapia ou em combinação
com outros imunossupressores, particularmente corticosteroides;
- depressão da função da medula óssea, mais frequentemente expressa como leucopenia*.
Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10)
- trombocitopenia*.
Reações incomuns (≥ 1/1.000 e < 1/100)
- infecções virais, fúngicas e bacterianas em outros grupos de pacientes (não transplantados)
- anemia*;
- hipersensibilidade;
- pancreatite, particularmente em pacientes que receberam transplante renal e apresentam doença inflamatória intestinal;
- colestase e deterioração das provas de função hepática.
Reações raras (≥ 1/10.000 e < 1/1.000)
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- neoplasias, inclusive linfomas não-Hodgkin, câncer de pele (melanoma e não melanoma), sarcomas (Kaposi e não-
Kaposi), câncer de colo de útero in situ, leucemia mieloide aguda e mielodisplasia;
- agranulocitose, pancitopenia, anemia aplástica*;
- anemia megaloblástica, hipoplasia eritrocítica. IMUNEN está associado a aumentos reversíveis e dependentes de dose do
volume médio corpuscular e do conteúdo de hemoglobina dos glóbulos vermelhos - danos hepáticos potencialmente fatais,
associados à administração crônica de IMUNEN e raramente descritos entre pacientes transplantados;
- alopecia.
Reações muito raras (< 1/10.000)
- síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica;
- pneumonite reversível;
- náusea, que pode ser aliviada com a administração dos comprimidos após as refeições;
- colite, diverticulite e perfuração do intestino (em pacientes transplantados);
- diarreia grave (em pacientes com doenças inflamatórias intestinais);
- relatos de JC vírus associado à leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP) foi relatada após o uso de azatioprina em
combinação com outros agentes imunossupressores (ver Precauções e Advertências).
* IMUNEN pode estar associado à depressão dependente de dose, em geral reversível, da função da medula óssea,
expressa com mais frequência como leucopenia, algumas vezes como anemia e trombocitopenia e raramente como
agranulocitose, pancitopenia e anemia aplástica. Isso ocorre particularmente em pacientes predispostos a mielotoxicidade,
assim como em pacientes com deficiência da enzima tiopurina metiltranferase (TPMT) e insuficiência renal ou hepática e
em pacientes que não responderam à redução da dose de IMUNEN quando em terapia concomitante com alopurinol.
Em casos de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível
em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Infecção sem causa aparente, ulceração na garganta, contusão e sangramento são os principais sinais de superdosagem de
IMUNEN e resultam da depressão da medula óssea, que pode ser máxima após o período de 9 a 14 dias. Esses sinais têm
maior possibilidade de manifestar-se em razão de superdosagem crônica do que de uma única superdosagem. Houve o
relato de um paciente que ingeriu dose única de 7,5 g de azatioprina. Os efeitos tóxicos imediatos dessa superdosagem
consistiram em náuseas, vômitos e diarreia, seguidos de leucopenia moderada e de anormalidades moderadas da função
hepática. A recuperação ocorreu sem problemas.
Não há antídoto específico. A lavagem gástrica seguida de monitoramento, inclusive hematológico, se faz necessária para
permitir o rápido tratamento de qualquer reação adversa que possa desenvolver-se. A importância da diálise para pacientes
que fizeram uso de dose excessiva de IMUNEN é desconhecida, embora a azatioprina seja parcialmente dialisável.
Não há dados específicos sobre a tolerância de IMUNEN em pacientes idosos. Deve-se observar as mesmas precauções
adotadas para adultos.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações sobre como proceder.