Bula do Irbesartana+Hidroclorotiazida produzido pelo laboratorio Ranbaxy Farmacêutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
Modelo de bula – Paciente
Irbesartana + hidroclorotiazida 150mg/12,5mg & 300/ 12,5mg
Irbesartana + hidroclorotiazida
Comprimidos
150mg/12,5mg & 300mg/ 12,5mg
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
irbesartana + hidroclorotiazida
Medicamento genérico – Lei nº 9.787, de 1999.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES
irbesartana + hidroclorotiazida 150 mg + 12,5mg e 300 mg + 12,5mg
embalagens com 30 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de irbesartana + hidroclorotiazida 150 mg + 12,5 mg contém:
irbesartana ................................................................................................. 150 mg
hidroclorotiazida ....................................................................................... 12,5 mg
Excipientes...............................................................................q.s.p. 1 comprimido
Cada comprimido de irbesartana + hidroclorotiazida 300 mg + 12,5mg contém:
irbesartana ................................................................................................ 300 mg
hidroclorotiazida ..................................................................................... 12,5 mg
Excipientes..............................................................................q.s.p. 1 comprimido
Excipientes: lactose monoidratada, croscarmelose sódica, povidona, estearato de magnésio, corante PB-24899 e água
purificada.
II) INFORMAÇÕES AO PACIENTE
A irbesartana + hidroclorotiazida é indicada no tratamento da hipertensão arterial (pressão alta) em pacientes cuja
pressão arterial não é controlada adequadamente com o uso de medicação única. Pode ser usada isoladamente ou em
associação com outros medicamentos anti-hipertensivos (por exemplo, bloqueadores beta-adrenérgicos,
bloqueadores dos canais de cálcio de ação prolongada). A irbesartana + hidroclorotiazida também pode ser usada
como tratamento inicial nos casos em que a hipertensão é suficientemente grave, de forma que o rápido controle da
pressão arterial (dentro de dias ou semanas) é de extrema importância.
A associação das duas substâncias do medicamento irbesartana + hidroclorotiazida proporciona efeito aditivo na
redução da pressão arterial.
Tempo médio de início de ação
Resposta aguda: 3 a 6 horas.
Efeito máximo: entre a 6ª e 8ª semana.
A irbesartana + hidroclorotiazida é contraindicada caso você apresente hipersensibilidade (alergia ou intolerância) à
irbesartana, aos derivados sulfonamídicos (por exemplo, diuréticos tiazídicos) ou a qualquer outro componente da
fórmula. Geralmente as reações de hipersensibilidade ocorrem com maior probabilidade em pacientes com histórico
de alergia ou asma brônquica.
A irbesartana + hidroclorotiazida é contraindicada em pacientes que não produzem urina.
A irbesartana + hidroclorotiazida não deve ser coadministrada com medicamentos que contenham alisquireno em
pacientes com diabetes ou que apresentem insuficiência renal (redução da função dos rins) moderada a severa.
A irbesartana + hidroclorotiazida também não deve ser coadministrada com inibidores da enzima conversora de
angiotensina (ECA) em pacientes com nefropatia diabética (doença no rim ocasionada pela diabetes).
Hipotensão - Pacientes com depleção (redução) do volume
A irbesartana + hidroclorotiazida tem sido raramente associada à hipotensão (pressão baixa) em pacientes
hipertensos (com pressão alta) sem outros fatores de risco para a hipotensão. Deve ser prevista a possibilidade de
ocorrer hipotensão sintomática em pacientes que desenvolvam depleção (redução) de sódio ou volume. A depleção
Modelo de bula – Paciente
Irbesartana + hidroclorotiazida 150mg/12,5mg & 300/ 12,5mg
de sódio e/ou volume deve ser corrigida antes de se iniciar o tratamento com irbesartana + hidroclorotiazida.
Diuréticos tiazídicos podem potencializar a ação de outros medicamentos anti-hipertensivos (vide “INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS”).
Morbidade e mortalidade fetal / neonatal
Embora não haja experiência com o uso de irbesartana + hidroclorotiazida em mulheres grávidas, foi relatado que a
exposição em útero de inibidores da ECA (enzima responsável pela regulação da pressão arterial) administrados a
mulheres no segundo e terceiro trimestres da gravidez pode provocar lesões e morte no feto em desenvolvimento.
Portanto, assim como para qualquer medicamento que atua diretamente no sistema renina-angiotensina-aldosterona
(sistema envolvido no controle da pressão arterial), a irbesartana + hidroclorotiazida não deve ser utilizada durante a
gravidez. Uma vez detectada a gravidez durante o tratamento, a irbesartana + hidroclorotiazida deve ser
interrompida logo que possível.
Os diuréticos tiazídicos atravessam a barreira placentária e passam ao sangue do cordão umbilical. O uso rotineiro
de diuréticos em grávidas saudáveis não é recomendado e expõe a mãe e o feto a riscos desnecessários, incluindo
icterícia (cor amarelada da pele e olho) fetal ou neonatal, trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas
sanguíneas) e possivelmente outras reações adversas que têm ocorrido em adultos.
Bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona
O bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona através da combinação de irbesartana +
hidroclorotiazida com inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) ou com alisquireno não é
recomendado uma vez que existe um aumento do risco de hipotensão (pressão baixa), hipercalemia (nível alto de
potássio no sangue) e alterações na função renal. O uso de irbesartana + hidroclorotiazida em combinação com
alisquireno é contraindicado em pacientes com diabetes mellitus ou com insuficiência renal (redução da função dos
rins).
O uso de irbesartana + hidroclorotiazida em combinação com inibidores da ECA é contraindicado em pacientes com
nefropatia diabética (vide “QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?” e “INTERAÇÕES
Gerais
Como consequência da inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona (sistema envolvido no controle da
pressão arterial), alterações na função renal durante o tratamento com irbesartana + hidroclorotiazida, podem ser
esperadas em pacientes susceptíveis.
Em pacientes cuja função renal depende da atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona [pacientes
hipertensos com estenose (estreitamento) de artéria renal em um ou ambos os rins, ou pacientes com insuficiência
cardíaca congestiva severa (incapacidade do coração efetuar as suas funções de forma adequada)], o tratamento com
outros fármacos que afetam este sistema tem sido associado com oligúria (diminuição de produção de urina) e/ou
azotemia (excesso de ureia e outros componentes nitrogenados no sangue) progressiva e, raramente, com
insuficiência renal (redução da função do rim) aguda e/ou óbito (morte). A possibilidade de ocorrer um efeito
similar com o uso de um antagonista do receptor de angiotensina II, incluindo irbesartana + hidroclorotiazida, não
pode ser excluída.
Os efeitos anti-hipertensivos dos diuréticos tiazídicos podem estar aumentados em pacientes submetidos à
simpatectomia (remoção cirúrgica do nervo simpático local).
Desequilíbrio eletrolítico e metabólico
Os diuréticos tiazídicos, inclusive a hidroclorotiazida, podem causar desequilíbrio hídrico ou de eletrólito
[hipocalemia (diminuição da concentração de potássio no sangue), hiponatremia (diminuição da concentração de
sódio no sangue) e alcalose hipoclorêmica (diminuição extrema da concentração de cloreto)]. Embora o uso isolado
de tiazídicos, especialmente em doses altas, possa provocar hipocalemia, sua associação com irbesartana reduz a
frequência de hipocalemia induzida por diuréticos. A deficiência de cloretos é geralmente leve e usualmente não
requer tratamento. A excreção de cálcio é diminuída pelos tiazídicos, que podem provocar aumento discreto e
intermitente do cálcio sérico. Uma hipercalcemia (nível elevado de cálcio no sangue) acentuada sugere a
possibilidade de hiperparatireoidismo (disfunção da paratireóide, que desregula o metabolismo do cálcio e do
fósforo no organismo). O uso de tiazídicos deve ser suspenso antes de se efetuar testes funcionais das paratireoides.
Os tiazídicos demonstraram aumentar a excreção urinária de magnésio, resultando em hipomagnesemia (diminuição
da concentração de magnésio no sangue).
Alguns pacientes tratados com diuréticos tiazídicos podem apresentar aumento do ácido úrico no sangue e crise
aguda de gota (doença caracterizada pela inflamação das articulações). A administração de tiazídicos pode aumentar
a necessidade de insulina em diabéticos e pode tornar manifesto um diabetes mellitus latente. O uso de tiazídicos
tem sido associado a um aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos; entretanto, a dose de 12,5 mg de
hidroclorotiazida contida na irbesartana + hidroclorotiazida foi relacionada a efeitos mínimos ou ausentes.
Em pacientes sob risco de alterações dos eletrólitos ou do metabolismo, pode ser necessária a monitoração de
parâmetros laboratoriais.
Lúpus eritematoso sistêmico (doença multissistêmica devido a alterações no sistema autoimune
Já foram relatadas exacerbação ou ativação de lúpus eritematoso sistêmico com o uso de diuréticos tiazídicos.
Miopia (visão curta) aguda e glaucoma (aumento da pressão intraocular) agudo de ângulo fechado
secundário
A sulfonamida ou derivados de sulfonamida são medicamentos que podem causar uma reação idiossincrática
(reação individual a determinado produto), resultando em miopia transitória e glaucoma agudo de ângulo fechado.
Uma vez que a hidroclorotiazida é uma sulfonamida, foram relatados até o momento casos isolados de glaucoma
agudo de ângulo fechado, sem associação causal definida com a hidroclorotiazida. Os sintomas incluem início
agudo de diminuição da acuidade visual ou dor ocular, que geralmente ocorrem dentro de horas ou semanas após o
início do medicamento. Se não for tratado, o glaucoma agudo de ângulo fechado pode levar à perda permanente da
visão. O tratamento primário é descontinuar a administração do medicamento o mais rápido possível. Podem ser
considerados tratamentos médicos ou cirúrgicos imediatos se a pressão do olho permanecer descontrolada. Os
fatores de risco para o desenvolvimento do glaucoma agudo de ângulo fechado pode incluir uma história de alergia à
sulfonamida ou penicilina.
Gravidez e amamentação
A irbesartana + hidroclorotiazida deve ser descontinuada, logo que possível, quando for detectada gravidez (vide “O
QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO? – Morbidade e mortalidade fetal/neonatal”).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
A irbesartana é excretada no leite de ratas lactantes. Não está determinado se a irbesartana ou seus metabólitos são
excretados no leite humano. A hidroclorotiazida é excretada no leite humano. Os tiazídicos em altas doses causam
eliminação intensa de urina podendo inibir a produção de leite. Não é recomendado o uso de irbesartana +
hidroclorotiazida durante a amamentação. Considerando-se o risco potencial para a criança, deve-se avaliar a
descontinuação do tratamento ou da amamentação, levando-se em conta a importância da irbesartana +
hidroclorotiazida no tratamento da mãe.
Populações especiais
Uso Pediátrico
A segurança e eficácia em pacientes pediátricos ainda não foram estabelecidas.
Uso em Idosos
Não foram observadas diferenças globais na segurança e eficácia entre pacientes idosos (com 65 anos ou mais) e
grupos mais jovens, nos estudos clínicos realizados com a irbesartana + hidroclorotiazida.
Comprometimento da função hepática (do fígado) e renal (dos rins)
A irbesartana + hidroclorotiazida não é recomendável em pacientes com insuficiência renal severa e está
contraindicado em casos de anúria (parada completa da produção de urina pelos rins) (vide “QUANDO NÃO
DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?”). O aumento da ureiae outros componentes nitrogenados no sangue
associada à hidroclorotiazida pode ocorrer em pacientes com insuficiência renal.
A irbesartana + hidroclorotiazida deve ser utilizada com cautela em pacientes com insuficiência hepática ou doença
hepática progressiva, pois pequenas alterações no equilíbrio hidroeletrolítico no corpo podem antecipar coma
hepático.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Os efeitos de irbesartana + hidroclorotiazida na habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas não foram
especificamente estudados, mas com base em suas propriedades farmacodinâmicas, é improvável que irbesartana +
hidroclorotiazida afete esta habilidade. Quando dirigir ou operar máquinas, deve-se levar em consideração que
durante o tratamento da hipertensão, pode ocorrer tontura ocasional.
Este medicamento pode causar doping.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Medicamento-Medicamento
Com base nos dados in vitro não são esperadas interações entre a irbesartana e substâncias cujo metabolismo
depende das isoenzimas do citocromo P450 (sistema de enzimas do fígado), CYP1A1, CYP1A2, CYP2A6,
CYP2B6, CYP2D6, CYP2E1 e CYP3A4. A irbesartana é metabolizada principalmente pelo CYP2C9, no entanto,
durante estudos de interação clínica não foram observadas interações farmacodinâmicas e farmacocinéticas
significativas com o uso concomitante de irbesartana e varfarina (fármaco metabolizado pelo CYP2C9). A
irbesartana não afeta a farmacocinética da digoxina ou da sinvastatina. A coadministração de nifedipina ou de
hidroclorotiazida não afeta a farmacocinética da irbesartana.
A combinação de irbesartana + hidroclorotiazida com medicamentos que contenham alisquireno é contraindicada
em pacientes com diabetes mellitus ou com insuficiência renal (redução da função dos rins) moderada a severa e não
é recomendada em outros pacientes.
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA): a combinação de irbesartana + hidroclorotiazida com
os inibidores da ECA é contraindicada em pacientes com nefropatia diabética e não é recomendada para os demais
pacientes.
Com base na experiência com o uso de outros medicamentos que afetam o sistema renina-angiotensina, pode-se
esperar que a irbesartana leve a um aumento do potássio sérico, quando administrada concomitantemente com
diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos salinos contendo potássio. O uso
concomitante com hidroclorotiazida pode reduzir a frequência desse efeito.
Em pacientes idosos, com diminuição de volume (incluindo aqueles em tratamento com diuréticos) ou com
comprometimento da função renal, a administração concomitante de agentes anti-inflamatórios não esteroidais
(AINEs) incluindo inibidores seletivos da ciclooxigenase-2 (COX-2), com os antagonistas dos receptores da
angiotensina II, incluindo a irbesartana, pode resultar em deterioração da função renal, incluindo possível
insuficiência renal (redução da função dos rins) aguda. Estes efeitos são normalmente reversíveis. Sua função renal
deve ser monitorada periodicamente se você estiver sob tratamento com irbesartana e AINE. O efeito anti-
hipertensivo dos antagonistas do receptor da angiotensina II, incluindo a irbesartana, pode ser atenuado pelos
AINEs, incluindo inibidores seletivos da COX-2.
Diuréticos tiazídicos podem ser potencializados por álcool, barbitúricos e narcóticos, com possibilidade de surgir
hipotensão ortostática (queda súbita da pressão arterial quando um indivíduo assume a posição ereta).
Os tiazídicos podem aumentar a glicemia (concentração de açúcar no sangue) e, portanto, pode ser necessário ajustar
a dose de antidiabéticos orais e insulina, em pacientes diabéticos.
A hidroclorotiazida pode elevar o nível sanguíneo de ácido úrico, tornando necessário o ajuste posológico de
medicação antigotosa.
A hipocalemia (diminuição da concentração de potássio no sangue) induzida por diuréticos pode acentuar arritmias
cardíacas (descompasso dos batimentos do coração) com glicosídeos cardíacos (por exemplo, a digoxina) e outros
medicamentos antiarrítmicos (por exemplo, o sotalol).
Os diuréticos tiazídicos podem aumentar os níveis de cálcio no sangue devido à redução da excreção. Caso seja
prescrito cálcio ou medicamentos poupadores de cálcio (por exemplo, na terapia com vitamina D), deve-se
monitorar os níveis de cálcio no plasma e ajustar a dosagem de cálcio adequadamente.
A resina colestiramina e o cloridrato de colestipol podem retardar ou diminuir a absorção da hidroclorotiazida. A
irbesartana + hidroclorotiazida deve ser administrada pelo menos 1 hora antes ou 4 horas após esses medicamentos.
Os diuréticos reduzem a eliminação de lítio pelos rins e aumentam o risco de toxicidade desse composto. A
administração concomitante de irbesartana + hidroclorotiazida e lítio deve ser feita com cautela e recomenda-se
monitorização frequente dos níveis de lítio no sangue.
Em alguns pacientes, os inibidores da síntese de prostaglandinas endógena (p.ex. os anti-inflamatórios não
esteroidais - AINES) podem reduzir os efeitos dos diuréticos tiazídicos.
O componente tiazídico de irbesartana + hidroclorotiazida pode potencializar a ação de outros anti-hipertensivos,
especialmente dos bloqueadores adrenérgicos periféricos ou ganglionares. A hidroclorotiazida pode interagir com
diazóxido; a glicemia, os níveis sanguíneos de ácido úrico e a pressão arterial devem ser monitorados.
Os efeitos de relaxantes musculares não-despolarizantes, pré-anestésicos e anestésicos usados em cirurgia (por
exemplo, a tubocurarina) podem ser potencializados pela hidroclorotiazida; pode ser necessário o ajuste de dose. Os
pré-anestésicos e anestésicos devem ser administrados em doses reduzidas e, se possível, a terapia com
hidroclorotiazida deve ser descontinuada uma semana antes da cirurgia.
O uso concomitante de carbamazepina e hidroclorotiazida está associado com o risco de hiponatremia sintomática.
Durante o uso concomitante os eletrólitos devem ser monitorados. Se possível, outra classe de diuréticos deve ser
usada.
Medicamento - Alimento
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de alimentos na ação de irbesartana +
hidroclorotiazida.
Medicamento - Exame Laboratorial
Não houve alterações clinicamente significativas nos testes laboratoriais que ocorreram nos estudos clínicos com
irbesartana + hidroclorotiazida.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
A irbesartana + hidroclorotiazida deve ser mantido em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15-
30ºC). Proteger da umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
A irbesartana + hidroclorotiazida 150 mg / 12,5 mg comprimidos não revestidos, de formato oval, biconvexos, de
coloração pêssego, pontos de coloração mais intensa, gravados com “L180” em uma das faces e liso na outra face.
A irbesartana + hidroclorotiazida 300 mg / 12,5 mg comprimidos não revestidos, de formato oval, biconvexo, de
coloração pêssego, pontos de coloração mais intensa, , gravados com “L181” em uma das faces e liso na outra face.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de Usar
Os comprimidos devem ser administrados por via oral, inteiros, sem mastigar, com quantidade suficiente de líquido,
com ou sem alimentos.
Posologia
A irbesartana + hidroclorotiazida (300 mg de irbesartana/12,5 mg de hidroclorotiazida) pode ser administrado em
dose única diária à pacientes cuja pressão arterial não é adequadamente controlada em monoterapia com 300 mg de
irbesartana.
A irbesartana + hidroclorotiazida (150 mg de irbesartana/12,5 mg de hidroclorotiazida) pode ser iniciado em
pacientes que não estiverem controlados adequadamente com monoterapia de hidroclorotiazida ou de monoterapia
com 150 mg de irbesartana. Os pacientes que não responderem adequadamente à irbesartana + hidroclorotiazida
(150 mg de irbesartana/12,5 mg de hidroclorotiazida) podem passar a utilizar a irbesartana + hidroclorotiazida (300
mg de irbesartana/12,5 mg de hidroclorotiazida) e, posteriormente, utilizar 300 mg de irbesartana/25 mg de
hidroclorotiazida. Doses superiores a 300 mg de irbesartana/25 mg de hidroclorotiazida não são recomendadas. Caso
a pressão arterial não seja adequadamente controlada com irbesartana + hidroclorotiazida sozinhas, pode-se associar
outro medicamento anti-hipertensivo (p.ex. bloqueador beta-adrenérgico, bloqueador do canal de cálcio com ação
prolongada).
Terapia inicial (hipertensão arterial grave)
A dose usual de início do tratamento com irbesartana + hidroclorotiazida é 150 mg/12,5 mg uma vez ao dia. A dose
pode ser aumentada após 1 a 2 semanas de tratamento para um máximo de 300 mg/25 mg uma vez ao dia, conforme
necessário para o controle da pressão arterial.
Não há estudos dos efeitos de irbesartana + hidroclorotiazida administrada por vias não recomendadas. Portanto, por
segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via oral.
Modelo de bula – Paciente
Irbesartana + hidroclorotiazida 150mg/12,5mg & 300/ 12,5mg
Populações especiais
Pacientes com depleção (diminuição) de volume intravascular
Em pacientes com depleção acentuada de volume e/ou de sódio, tais como aqueles tratados com doses altas de
diuréticos, devem ser corrigidas essas condições antes de irbesartana + hidroclorotiazida ser administrada (vide “O
QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO? – Hipotensão – Pacientes com depleção de
sódio e/ou volume sanguíneo”).
Pacientes idosos e pacientes com comprometimento dos rins ou do fígado
Geralmente não é necessária a redução da posologia em idosos ou em pacientes com insuficiência renal leve a
moderada.
Entretanto, considerando-se a presença de hidroclorotiazida, não se recomenda o uso de irbesartana +
hidroclorotiazida em pacientes com insuficiência renal severa (vide “O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR
ESTE MEDICAMENTO? – Comprometimento da função hepática e renal”).
Geralmente não há necessidade de se reduzir a dose em caso de comprometimento hepático leve ou moderado.
Contudo, devido à presença de hidroclorotiazida, recomenda-se cautela no uso de irbesartana + hidroclorotiazida em
pacientes com insuficiência hepática severa (Vide “O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE
MEDICAMENTO? – Comprometimento da função hepática e renal”).
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Caso esqueça-se de administrar uma dose, administre-a assim que possível, no entanto, se estiver próximo do
horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca
devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).
A associação de irbesartana e hidroclorotiazida foi avaliada quanto à sua segurança - em cerca de 2.750 pessoas em
estudos clínicos, incluindo 1.540 hipertensos tratados por mais de 6 meses e cerca de 960 tratados por 1 ano ou
mais. Os eventos adversos em pacientes tratados com irbesartana + hidroclorotiazida foram geralmente leves e
transitórios, sem relação com a dose. A incidência das reações adversas não foi relacionada à idade, sexo ou raça.
A descontinuação do tratamento devido a qualquer evento adverso clínico ou laboratorial ocorreu em 3,6% nos
pacientes tratados com a associação e em 6,8% naqueles que receberam placebo (fármaco ou procedimento inerte)
(p=0,023), em estudos clínicos controlados com placebo envolvendo 898 pacientes tratados com a irbesartana +
hidroclorotiazida (com duração usual do tratamento de 2 a 3 meses).
As reações adversas (eventos adversos clínicos provável ou possivelmente relacionados ao tratamento, ou com
relação incerta) que ocorreram em pelo menos 1% dos pacientes tratados com irbesartana/ hidroclorotiazida (n=898)
em estudos controlados estão descritas a seguir:
Reações adversas apresentadas em estudos controlados com placebo na hipertensão:
o Reações comuns: cansaço*, náusea/vômito, micção anormal, tontura, cefaleia.
o Reações incomuns: fraqueza, edema (inchaço), erupção cutânea (rash), disfunção sexual, boca seca, dor
muscular/óssea.
* Diferenças estatisticamente significativas entre irbesartana + hidroclorotiazida e placebo nos grupos tratados
(p=0,03).
Outras reações adversas (eventos clínicos de relação provável, possível ou incerta com o tratamento), que ocorreram
com frequência entre 0,5% e <1% e que tiveram incidência ligeiramente maior nos pacientes tratados com a
associação do que com placebo, incluem: diarreia, tontura (ortostática – ao assumir a posição ereta), rubor
(vermelhidão), alterações da libido, taquicardia (aceleração do ritmo cardíaco), edema (inchaço) das extremidades.
Modelo de bula – Paciente
Irbesartana + hidroclorotiazida 150mg/12,5mg & 300/ 12,5mg
Em nenhum dos eventos houve diferença estatisticamente significativa entre os pacientes tratados com a associação
e o placebo.
As reações adversas que ocorreram com incidência levemente maior em pacientes tratados com irbesartana
isoladamente, em comparação ao placebo, e com frequência entre 0,5% e <1% mas sem significância estatística,
foram: anormalidades do ECG (eletrocardiograma), prurido (coceira), dor abdominal e fraqueza nas extremidades.
Outras reações adversas de interesse clínico com frequência menor que 0,5% e que tiveram incidência ligeiramente
maior nos pacientes tratados com a associação do que com o grupo placebo foram hipotensão (pressão baixa) e
síncope (desmaio).
Terapia inicial
As reações adversas nos estudos de hipertensão moderada e severa descritos abaixo são similares às reações
adversas descritas acima nos estudos de hipertensão.
Em estudo clínico em pacientes com hipertensão arterial moderada (PADSe entre 90 e 110 mmHg) os tipos e a
incidência de reações adversas reportadas pelos pacientes tratados com irbesartana + hidroclorotiazida como terapia
inicial foram semelhantes às relatadas por pacientes tratados inicialmente com irbesartana ou hidroclorotiazida em
monoterapia. Não houve caso de síncope no grupo tratado com irbesartana + hidroclorotiazida, e foi reportado um
caso de síncope no grupo tratado com monoterapia de hidroclorotiazida.
A incidência das reações adversas pré-determinadas para irbesartana + hidroclorotiazida, irbesartana e
hidroclorotiazida foram, respectivamente: hipotensão 0,9%, 0% e 0%; tontura 3,0%, 3,8% e 1,0%; dor de
cabeça 5,5%, 3,8% e 4,8%; hipercalemia 1,2%, 0% e 1,0%; hipocalemia 0,9%, 0% e 0%. A taxa de
descontinuação do tratamento em razão das reações adversas foram, respectivamente, 6,7%, 3,8% e 4,8%.
Em um estudo clínico em pacientes com hipertensão arterial severa (PADSe ≥ 110 mmHg), o padrão geral das
reações adversas reportadas durante 7 semanas de acompanhamento foram semelhantes em pacientes tratados com
irbesartana + hidroclorotiazida como terapia inicial e irbesartana como terapia inicial. Para irbesartana +
hidroclorotiazida e irbesartana foi, respectivamente, síncope 0% e 0%, hipotensão 0,6% e 0%, tontura 3,6%
e 4,0%, dor de cabeça 4,3% e 6,6%, hipercalemia 0,2% e 0%, hipocalemia 0,6% e 0,4%. A taxa de
descontinuação do tratamento em razão das reações adversas foi, respectivamente, 2,1% e 2,2%.
Experiência pós-comercialização
Casos muito raros de reações de hipersensibilidade [angioedema (inchaço em região subcutânea ou em mucosas
geralmente de origem alérgica), urticária] foram relatados a partir da comercialização da irbesartana em
monoterapia, assim como ocorre com outros antagonistas do receptor da angiotensina II.
Os seguintes eventos adversos foram relatados durante o período de pós-comercialização sem, entretanto, ser
estabelecida necessariamente, uma relação causal: tontura, fraqueza, hipercalemia, dor muscular, icterícia (coloração
amarelada da pele e olhos), elevação dos testes de função hepática, hepatite (inflamação do fígado) e diminuição da
função renal, incluindo casos de falência renal em pacientes sob risco.
Outras reações adversas clínicas relatadas com o uso isolado de hidroclorotiazida (relacionadas ou não ao
tratamento) incluem: perda da fome, irritação do estômago, diarreia, prisão de ventre, icterícia (coloração amarelada
da pele e das membranas mucosas), pancreatite (inflamação no pâncreas), sialoadenite (processo inflamatório das
glândulas salivares), tontura, parestesia (formigamento de extremidades), xantopsia (perturbação visual na qual os
objetos aparecem amarelos), leucopenia (redução de leucócitos no sangue), neutropenia/ agranulocitose (diminuição
do número de neutrófilos/ leucócitos no sangue), trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas sanguíneas),
anemia aplástica (diminuição da produção de glóbulos vermelhos do sangue), anemia hemolítica (tipo de anemia
com diminuição do número de glóbulos vermelhos do sangue), reação de fotossensibilidade (sensibilidade
exagerada da pele à luz), febre, urticária, vasculite necrotizante (inflamação de vasos sanguíneos ou linfáticos)
[vasculite (inflamação da parede de um vaso), vasculite cutânea] distúrbios respiratórios [incluindo pneumonite
(inflamação dos pulmões) e edema pulmonar], reações anafilática (reação alérgica severa e súbita), necrólise
epidérmica tóxica (grandes extensões da pele ficam vermelhas e morrem), hiperglicemia (nível alto de açúcar no
sangue), glicosúria (presença de glicose na urina), hiperuricemia (aumento da concentração do ácido úrico no
sangue), distúrbios eletrolíticos [incluindo hiponatremia (deficiência de sódio no sangue) e hipocalemia], disfunção
renal, nefrite (inflamação dos rins) intersticial, espasmo muscular, fraqueza, inquietação, visão turva transitória.
Não se verificaram alterações clinicamente significativas em exames de laboratório, nos estudos clínicos controlados
com irbesartana + hidroclorotiazida.
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.