Bula do Istarplas s produzido pelo laboratorio Halex Istar Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
BULA PROFISSIONAL DE SAÚDE
ISTARPLAS S – HALEX ISTAR
SOLUÇÃO INJETÁVEL
60 MG/ML
glicose. Os grupos hidroxietil são unidos primeiramente por ligações do éter no C-2 da unidade de
glicose e em pouca extensão em C-6. Assemelhando-se ao glicogênio, as unidades polimerizadas da
d-glicose são unidas primeiramente pelas ligações á-1,4, ramificando-se ocasionalmente com
ligações á-1,6. O grau de ramificação é aproximadamente 1:20, o que significa uma média de um
ponto á-1,6 ramificando para cada 20 unidades do monômero de glicose. São justamente estas
características que determinam o volume de expansão, a hemodiluição e o tempo de ação do
produto.
Afórmula estrutural é como segue:
O derivado da amilopectina em que R2 é H ou CH2CH2OH e R6 é H, CH2CH2OH, ou um ponto
ramificado, conectado através de uma ligação á-1,6 no polímero do amido às unidades adicionais
de
D-glicopiranosil.
Istarplas S é utilizado para a reposição do volume de plasma perdido e para melhorar as
propriedades
do fluxo do sangue. O material de partida para a produção do HES é a amilopectina, um
componente
de alto peso molecular extraída da batata. Aamilopectina é sujeita a uma hidrólise muito rápida pela
amilase endógena, de forma que seu tempo de permanência intravascular seria apenas 10 minutos.
Por este motivo, faz-se necessária a hidroxiacetilação da molécula.
Istarplas S é uma solução isoncótica hipertônica de cloreto de sódio a 7,2% e poli (O-2 hidroxietil)
amido a 6%. Devido à alta osmolaridade de Istarplas S (2464 mOsm/l) o líquido, principalmente do
compartimento intersticial, é rapidamente desviado para o compartimento vascular. Os parâmetros
hemodinâmicos, como pressão arterial e débito cardíaco, são rapidamente aumentados, dependendo
da posologia e da velocidade de infusão. Valores hemodinâmicos baixos voltam ao normal. O
aumento do volume intravascular dura apenas um pequeno período de tempo e deve ser estabilizado
pela administração imediata de uma terapia convencional de volume adequada (ex: eletrólitos e
colóides) após infusão de ISTARPLAS S.
O poli (O-2 hidroxietil) amido sofre decomposição enzimática pelas alfa-amilases que leva à
formação de oligossacarídeos e polissacarídeos de pesos moleculares variados.
Farmacocinética
Depois de inúmeras investigações sistemáticas, está absolutamente certo que a duração da ação e o
comportamento da eliminação do HES são determinados extensamente pelas características da
substituição.
Depois da infusão intravenosa, as moléculas de peso molecular menor de 50.000, são prontamente
excretadas inalteradas pelo rim; as moléculas maiores são metabolizadas e eliminadas mais
lentamente. A taxa do metabolismo depende, sobretudo, do tamanho da molécula, do grau e da
posição da substituição, do peso molecular, do elevado grau de substituição, e da substituição
predominante na posição C2, o que conduz a uma taxa de metabolismo mais lenta e
conseqüentemente a uma duração de ação maior. Aproximadamente 33% de uma dose de HES
(peso
molecular 450.000) e aproximadamente 70% de uma dose de HES de peso molecular médio (peso
molecular médio 250.000) é excretada na urina em 24 horas.
De acordo com a conexão entre a substituição molar e a cinética de eliminação do HES, as
preparações de HES de médio grau de substituição (HES 200/0,5) têm inevitavelmente uma meia
vida mais curta do que aquelas com o HES de elevado grau de substituição (HES 450/0.7 e HES
200/0.62). De fato a meia vida inicial do HES 70/0.5 e HES 200/0,5, resulta de 3 a 7 horas,
enquanto
que as demais soluções apresentam meia-vida de 20 a 30 horas.
Contanto que o tamanho molecular do hidroxietilamido (e também de seus produtos de
decomposição química) se encontra abaixo do limiar renal, pode-se antecipar que o
hidroxietilamido
poderá ser filtrado pelos glomérulos, não sendo reabsorvidos significativamente nos túbulos. A
fração molecular das soluções de HES, de massa molar abaixo de 30.000 Dalton, é rapidamente
excretada e eliminada pelos rins, e por isso, permanece no sangue por um período de tempo
demasiadamente curto, não sendo considerada, portanto, para a ação terapêutica coloidal de HES.
Metade das moléculas de HES de alto peso molecular, que permanecem por muito mais tempo no
sangue, são quebrados então em moléculas de peso molecular menor, (possivelmente ainda
intravascularmente) e excretadas renalmente.
Basicamente, pode-se antecipar que somente uma parte do HES administrado intravenosamente,
poderá ser encontrada na urina, porque se deve supor que haverá ao menos um armazenamento
provisório de HES e também uma metabolização parcial.
Avaliando as investigações com HES, com diferentes graus de substituição, deve-se reconhecer que
a
recuperação na urina é influenciada pelo grau molar de substituição. Quando HES 200/0,5 é usado,
50%, ou mesmo mais de 60% do HES infundido é excretado na urina.
O poli (O-2 hidroxietil) amido (HES 200/0,5) apresenta uma meia-vida plasmática de
aproximadamente 4 horas. O poli (O-2 hidroxietil) amido é eliminado principalmente através dos
rins; 50% da dose administrada são encontradas na urina em menos de 24 horas. Pequenas
quantidades são temporariamente armazenadas nos tecidos. O poli (O-2 hidroxietil) amido (HES
200/0,5) pode ser eliminado por diafiltração, mas não por diálise. Ameia-vida intravascular e o
tempo
de retenção, respectivamente, estão correlacionados à gravidade da insuficiência renal. Após 30
minutos, o cloreto de sódio é distribuído por todo o espaço extracelular. O cloreto de sódio é
eliminado principalmente por via renal, pequenas quantidades são excretadas por via transcutânea.
- Pacientes nefropatas;
- Pacientes em risco aumentado de sangramento;
- Pacientes graves que não suportam sobrecarga de volume;
- Pacientes com maior risco de retenção hídrica.
Se uma ou mais das seguintes afecções clínicas se aplicarem, Istarplas S não deve ser usado em
afecções agudas ou ameaçadoras à vida ou usado apenas após cuidadosa avaliação do
risco/benefício: Hipersensibilidade conhecida aos amidos hidroxietílicos, sobrecarga circulatória,
insuficiência cardíaca congestiva descompensada, insuficiência hepática grave, distúrbios
hemostáticos conhecidos, insuficiência renal com anúria, final de gravidez (parto),
hiperosmolaridade, desidratação, hipernatremia ou hiponatremia graves, hipercolesterolemia ou
hipocloremia graves.
Deve-se estar atento ao aumento da osmolaridade sérica, especialmente em pacientes diabéticos.
Eletrólitos séricos, osmolaridade sérica e equilíbrio hídrico devem ser monitorizados regularmente.
Deve-se estar atento à possibilidade de aumento de hemorragia causado por ressuscitação hídrica
agressiva (levando a pressões de perfusão aumentadas) e efeitos de hemodiluição de ISTARPLAS
S.
O paciente deve ser cuidadosamente monitorizado durante a infusão. A exemplo de todos os outros
substitutos de volume coloidal existe um risco de reação anafilactóide, cujo mecanismo
patogenético
é desconhecido até o momento. Entretanto, a administração de HES em seres humanos geralmente
não leva ao desenvolvimento de anticorpos específicos.
Amonitorização da pressão arterial e possivelmente a monitorização hemodinâmica são requeridas
a
fim de evitar qualquer risco de sobrecarga vascular.
Se ocorrerem quaisquer sinais anormais, ou seja, calafrios, urticária, eritema, vermelhidão da face
ou
queda da pressão arterial durante os primeiros minutos de tratamento, a infusão deve ser
interrompida
imediatamente.
Se administrada em afecções sem choque hipovolêmico acentuado, podem ocorrer sintomas
vasodilatadores (hipotensão transitória) ou sintomas de sobrecarga de volume (insuficiência
cardíaca
esquerda, arritmias, hipertensão pulmonar), especialmente em situações nas quais a função cardíaca
e
o fluxo sangüíneo coronariano são limitados (ex: cirurgia cardíaca).
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco:
Uso em Crianças: Asegurança e a eficácia de Istarplas S em crianças não foram estabelecidas.
Embora não tenham sido conduzidos estudos clínicos suficientes em crianças, resultados de uma
avaliação retrospectiva do uso de Istarplas S neste tipo de paciente (perioperatoriamente e UTI)
permitem concluir uma relação custo-benefício do uso de Istarplas S em casos de aplicações
apropriadas onde foram consideradas as mesmas precauções utilizadas em adultos.
Uma solução de Istarplas S (peso molecular médio 200.000) foi considerada eficaz e segura quando
comparada com a albumina humana na conduta da reposição do volume nas crianças com menos de
3
anos de idade que submeteram-se à cirurgias cardíacas.
Para estudar os efeitos renais em recém-nascidos (medidos pela creatininemia), ocasionados pelo
uso
de hidroxietilamido de médio peso molecular, foi realizado um estudo duplo-cego e randomizado,
com neonatos. O estudo incluiu 26 neonatos, de pesos entre 690 e 4030 g (26 a 40 semanas de idade
gestacional), sem falhas cardíacas e renais, ou anormalidades principais de hemostasia, os quais
requeriam um catéter central periférico, para a introdução de uma nutrição parenteral. O estudo foi
conduzido, com pacientes pediátricos e recém-nascidos, em um hospital universitário. Nestes
pacientes foi necessário realizar a expansão do volume do plasma para facilitar a inserção do catéter
central. Os pacientes receberam aleatoriamente 10 mL/Kg de peso de albumina 5% ou de
hidroxietilamido 200/0,5 - 6%. O volume das soluções administradas foi calculado para detectar um
aumento de creatininemia média de > 20 mmol/L. A análise dos resultados não verificou nenhuma
diferença clinica ou estatística significativa entre os dois grupos, 6 horas, 24 horas, 48 horas, e 7
dias
após a expansão do volume do plasma. O estudo pôde detectar um aumento na creatininemia >= 20
mmol/L, com um poder de 80%. O estudo concluiu que as soluções de hidroxietilamido 200/0,5 -
6%,
em condições normais de uso e posologia, não afeta significativamente a função renal, já que em 13
pacientes pediátricos saudáveis, a expansão do volume do plasma com 10 mL/Kg de
hidroxietilamido 200/0.5 - 6% não aumentou a creatininemia.
Deve-se considerar os ricos e benefícios do tratamento com Hidroxietilamido de forma
individualizada para cada paciente.
Uso em Idosos: Não há necessidade de ajustes posológicos específicos para idosos.
Gravidez e lactação: Não existem experiências clínicas com Istarplas S durante a gravidez. O
produto não deve ser administrado a mulheres grávidas durante o parto para prevenir
hipotensão induzida por anestesia epidural, uma vez que existe um risco de reação anafilática
ou anafilactóide materna.
Categoria de Risco na Gravidez: C
"Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou
do
cirurgião-dentista".
Amamentação
Não se sabe se o poli (O-2 hidroxietil) amido é excretado no leite humano, porém tendo em vista a
baixa dose de poli (O-2 hidroxietil) amido administrado com este produto, considera-se não haver
nenhum risco.
Efeito na habilidade de dirigir ou operar máquinas: Soluções contendo hidroxietilamido não
afetam a habilidade de dirigir ou operar máquinas.
Carcinogenicidade e Mutagenicidade: Quando se discute o potencial mutagênico e carcinogênico
de HES tem-se que ter em mente que o mesmo é uma medicação coloidal de reposição do volume.
O
local da ação destas soluções é o espaço intravenoso. Todas as preparações de HES que estão em
são (massa molar de 70.000 a 450.000 Dalton) moléculas derivadas do amido, de peso molecular
relativamente elevado, com um caráter notadamente hidrofílico. Assim, a permeabilidade destas
moléculas através da membrana da célula é impedida. HES é muito similar ao próprio glicogênio do
corpo. Portanto, considerando as características químicas e físicas do HES, conclui-se que nenhum
efeito mutagênico ou carcinogênico poderá ser detectado.
Teratogenicidade: Aadministração diária de HES, nos ratos e camundongos, durante todo o
período
de gestação, não ocasionou malformações e nenhum efeito embriotóxico ou teratogênico.
Depois da administração intravenosa ou intraperitoneal nos ratos, de um total de 300 g de HES
200/0,5 por Kg, por dia, observou-se um sangramento intravaginal e conseqüentemente o aborto.
Atualmente, não existe nenhum estudo que relata as conseqüências da administração de HES nas
mulheres, durante a gravidez.
Desta maneira, as soluções de HES devem ser usadas somente após a avaliação mais cuidadosa da
relação risco/ benefício.
Dados de Segurança Pré-Clínica
Dados pré-clínicos não revelam nenhum risco especial para os seres humanos com base nos estudos
farmacológicos convencionais de segurança, toxicidade com doses repetidas, genotoxicidade,
potencial carcinogênico e toxicidade na reprodução.
Uso durante a gravidez, nos recém-nascidos e crianças: Existem dados disponíveis, porém
insuficientes, sobre o uso de colóides nos estágios iniciais da gravidez (primeiro trimestre), nos
recém-nascidos e nas crianças; Nestes pacientes Istarplas S deve somente ser usado após a
avaliação
completa da relação risco/benefício. Nos estágios mais tardios da gravidez a preparação deve
São desconhecidas interações entre soluções de hidroxietilamido (de qualquer peso molecular) em
cloreto de sódio e outros medicamentos até o momento. No entanto, o uso em conjunto com
heparina
pode prolongar o tempo de sangramento.
Deve ser evitada a mistura com outras medicações.
Não deve ser utilizado como veículo de medicamentos.
Hidroxietilamido é incompatível com muitos compostos, incluindo vários antibacterianos
injetáveis.
Interações com exames laboratoriais: Comumente os valores de amilase sérica podem aumentar
com a administração de hidroxietilamido e interferir no diagnóstico de pancreatite. Sugeriu-se que
Istarplas S forma um complexo com a amilase, sendo esta eliminada mais lentamente, resultando
em
um aumento na sua concentração circulante. Concentrações elevadas de bilirrubina foram relatadas
no plasma em 2 de 20 indivíduos saudáveis que receberam infusões múltiplas de hidroxietilamido;
entretanto, a bilirrubina total e os resultados de outros testes de função do fígado permaneceram
dentro dos limites normais. As concentrações da bilirrubina retornaram ao normal dentro de 96
horas
após o final da infusão.