Bula do Lacipil produzido pelo laboratorio Glaxosmithkline Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Modelo de texto de bula
Lacipil
comprimido 4 mg
LACIPIL_COMREV_101070179_GDS17.IPI07.P03_VPS2 1
LEIA ESTA BULA ATENTAMENTE ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO.
I – IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Lacipil®
lacidipino
APRESENTAÇÃO
4 mg é apresentado na forma de comprimidos revestidos, embalados em cartuchos que contêm 14
comprimidos.
USO ADULTO (A PARTIR DE 18 ANOS)
USO ORAL.
COMPOSIÇÃO
lacidipino ................................................................................................................................................... 4 mg
excipientes* .....................................................q.s.p. ................................................................... 1 comprimido
*excipientes: polivinilpirrolidona, lactose, estearato de magnésio, hipromelose e dióxido de titânio.
II – INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Lacipil®
está indicado no tratamento da hipertensão, para uso isolado ou em combinação com outros agentes
anti-hipertensivos, como os betabloqueadores, os diuréticos e os inibidores da ECA.
Em um estudo randomizado, duplo cego, multicentrico conduzido com 324 pacientes idosos (>65 anos)
hipertensos, os quais receberam lercanidipino, nifedipino ou lacidipino como medicação para o tratamento da
hipertensão durante 24 semanas. Os pacientes que receberam lacidipino apresentaram uma redução média da
pressão arterial sistólica de 25 ±/15 mmHg, e em relação à pressão arterial diatólica a redução foi em média de
16.6 ± 8.1 mmHg.
(Fonte: Cherubini et al. Comparative effects of lercanidipine, lacidipine, and nifedipine gastrointestinal
therapeutic system on blood pressure and heart rate in elderly hypertensive patients: the ELderly and
LErcanidipine (ELLE) study . Arch. Gerontol. Geriatr. 37(2003) 203_/212)
Em outro estudo randomizado, duplo cego, conduzido com 18 pacientes hipertensos com o intuito de avaliar a
eficácia de lacidipino quando usado cronicamente no tratamento da hipertensão durante e após o exercício,
demonstrou que lacidipino 4 mg foi bem tolerado e eficaz na redução da pressão arterial e manutenção do seu
efeito antihipertensivo.
(Fonte: Rossi L, et al. Antihypertensive Effects of Lacidipine During Effort in Mild to Moderate Hypertension J
Cardiovasc Pharmacol™, Vol. 40, No. 2, 2002)
Propriedades farmacodinâmicas
O lacidipino, substância ativa de Lacipil®
, é um antagonista de cálcio específico e potente, com seletividade
predominante sobre os canais de cálcio no músculo liso vascular. Sua ação principal consiste em dilatar as
arteríolas periféricas, reduzindo a resistência vascular periférica e baixando a pressão arterial.
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Após a administração oral de 4 mg de lacidipino, observou-se um prolongamento mínimo do intervalo QT.
No quarto ano de um estudo duplo-cego e randomizado, mediu-se a eficácia primária de Lacipil®
na
aterosclerose pela espessura da íntima-média da carótida por ultrassonografia. Os resultados nos pacientes
tratados com lacidipino mostraram efeito significativo nas variáveis de espessura da íntima-média, consistente
com os efeitos antiaterogênicos.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
O lacidipino é pouco e rapidamente absorvido no trato gastrintestinal após a administração oral e sofre
extenso metabolismo de primeira passagem no fígado. Sua biodisponibilidade absoluta alcança uma média de
cerca de 10%. O medicamento atinge suas concentrações plasmáticas máximas em 30 a 150 minutos.
Metabolismo
Existem quatro principais metabólitos, que possuem uma pequena atividade farmacodinâmica. A droga é
eliminada principalmente por metabolismo hepático, que envolve o citocromo P450 3A4 (CYP3A4). Não
existem evidências de que o lacidipino cause indução ou inibição das enzimas hepáticas.
Eliminação
Aproximadamente 70% da dose administrada são eliminados como metabólito nas fezes e o restante como
metabólito na urina.
A meia-vida terminal média do lacidipino varia entre 13 e 19 horas no estado de equilíbrio.
Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.
Assim como outras diidropiridonas, Lacipil®
é contraindicado a pacientes com estenose aórtica grave.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com estenose aórtica grave.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou amamentando sem orientação médica
ou do cirurgião-dentista.
Demonstrou-se em estudos específicos que o lacidipino não afeta a função espontânea do nódulo sinusal nem
causa condução prolongada no nódulo atrioventricular. No entanto, deve-se considerar o potencial teórico que
um antagonista de cálcio apresenta de afetar a atividade dos nódulos sinusal e atrioventricular, principalmente
em pacientes com anormalidades preexistentes na atividade desses nódulos.
O lacidipino afeta a contratilidade do miocárdio em voluntários sadios e em animais de laboratório.
Conforme tem sido relatado sobre outros antagonistas dos canais de cálcio di-hidropiridínicos, o lacidipino
deve ser utilizado com cautela em pacientes com prolongamento do intervalo QT congênito ou adquirido. O
uso de lacidipino também exige cuidado em pacientes tratados concomitantemente com medicações que
prolongam o intervalo QT, como antiarrítmicos de classes I e III, antidepressivos tricíclicos, alguns
antipsicóticos, antibióticos (p. ex. eritromicina) e alguns anti-histamínicos (p. ex. terfenadina).
Como com outros antagonistas dos canais de cálcio, é necessário cuidado ao utilizar o lacidipino em pacientes
com baixas reservas cardíacas e naqueles com angina pectoris instável.
Lacipil®
deve ser utilizado com cautela em pacientes que sofreram infarto do miocárdio recentemente.
Também se recomenda cautela em indivíduos com insuficiência hepática, nos quais o efeito anti-hipertensivo
de Lacipil®
pode ser maior.
Não existem indícios de que o lacidipino diminua a tolerância a glicose ou altere o controle do diabetes.
Teratogenicidade
Os únicos efeitos toxicológicos observados com lacidipino foram reversíveis e consistentes com os efeitos
farmacológicos dos antagonistas dos canais de cálcio em altas doses conhecidos: diminuição da contratilidade do
miocárdio e hiperplasia gengival em ratos e cães e constipação intestinal em ratos.
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Não houve evidência de efeitos de toxicidade de lacidipino sobre o desenvolvimento em fêmeas de ratos e
coelhos grávidas. Em um estudo de fertilidade e reprodução em ratos, observou-se embriotoxicidade após doses
tóxicas desta droga, efeito previsto devido à atividade farmacológica dos antagonistas dos canais de cálcio sobre
o miométrio. Aumento da duração da gestação e dificuldades durante o parto foram observados após o uso de
doses elevadas desses medicamentos.
Antagonistas dos canais de cálcio são farmacologicamente conhecidos por interferir na função normal do
miométrio durante o parto, levando à diminuição da contratilidade.
Carcinogenicidade
O lacidipino não foi genotóxico em uma bateria de testes, realizada tanto in vitro como in vivo. Não houve
nenhuma evidência de potencial carcinogênico em ratos. De forma consistente com os efeitos de outros
antagonistas dos canais de cálcio, o lacidipino produziu aumento do número de casos de tumores benignos das
células intersticiais do testículo, em um estudo de carcinogenicidade em ratos. Entretanto, os mecanismos
endócrinos que possam estar envolvidos na produção de hiperplasia das células intersticiais e adenomas em
ratos não são relevantes para os seres humanos.
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não foram reportados.
Gravidez/lactação
Não existem dados sobre a segurança do uso do lacidipino na gravidez. Estudos em animais não mostraram
efeitos teratogênicos ou deterioração do crescimento.
somente deverá ser usado na gravidez ou lactação se os benefícios potenciais para a mãe forem
maiores do que qualquer possibilidade de risco para o feto ou o recém-nascido. Deve-se considerar que este
medicamento pode causar relaxamento da musculatura uterina no final da gravidez.
Estudos de excreção pelo leite em animais apontaram a probabilidade de o lacidipino (ou seus metabólitos) ser
expelido pelo leite.
Categoria C de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que estejam amamentando sem
A administração concomitante de Lacipil®
com alguns agentes anti-hipertensivos, como diuréticos,
betabloqueadores e inibidores da ECA, pode resultar em um efeito hipotensivo adicional. No entanto, não se
identificaram problemas específicos de interação com outros anti-hipertensivos comuns, como
betabloqueadores, diuréticos ou digoxina, tolbutamida e varfarina.
É possível que a administração simultânea com cimetidina aumente a concentração plasmática de Lacipil®
.
O lacidipino possui alta ligação proteica (>95%) com a albumina e a alfa1-glicoproteína.
Assim como outros di-hidropiridínicos, Lacipil®
não deve ser administrado com sucos cítricos, devido à
possibilidade de alterar a biodisponibilidade do medicamento.
Em estudos clínicos que envolveram pacientes com transplante renal tratados com ciclosporina, o lacidipino
reverteu a diminuição do fluxo plasmático renal e a taxa de filtração glomerular induzida pela ciclosporina.
O lacidipino é metabolizado pelo citocromo CYP3A4. Portanto, se inibidores ou ativadores desse citocromo
são administrados com o lacidipino, podem interagir com o metabolismo e a eliminação deste.
Armazenamento
Os comprimidos de Lacipil®
devem ser protegidos da luz, portanto não devem ser retirados da embalagem de
alumínio até o momento da utilização.
Se o paciente ingerir metade do comprimido de 4 mg, a outra metade deve ser guardada na embalagem de
alumínio original e administrada no prazo máximo de 48 horas.
Deve-se manter os comprimidos de Lacipil®
em temperatura ambiente (entre 15°C e 30ºC).
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O produto tem prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem do
produto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido.
Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.
Aspecto físico/características organolépticas
Comprimidos brancos, ovais, biconvexos, sulcados em ambas as faces.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de usar
Os comprimidos de Lacipil®
devem ser administrados de preferência pela manhã, com ou sem alimentos.
Posologia
A dose inicial é de 2 mg uma vez ao dia e deve ser tomada na mesma hora todos os dias, de preferência pela
manhã, com ou sem alimentos. O tratamento da hipertensão deve ser adaptado à gravidade do caso e estar de
acordo com a resposta individual.
Pode-se aumentar a dose para 4 mg, ou, se necessário, para até 6 mg, após ter decorrido tempo suficiente para
o medicamento alcançar o efeito farmacológico desejado. Na prática, esse tempo não deve ser inferior a três a
quatro semanas, a não ser que a condição clínica do paciente requeira um aumento mais rápido de dosagem.
O tratamento pode ser continuado indefinidamente, a critério médico.
Insuficiência hepática
Pacientes com insuficiência hepática leve ou moderada não necessitam de ajuste das doses. Os dados
disponíveis não são suficientes para fazer uma recomendação para os pacientes com insuficiência hepática grave
(ver Advertências e Precauções).
Insuficiência renal
Como o lacidipino não é excretado pelos rins, não são necessárias alterações de dosagem em pacientes com
insuficiência renal.
Crianças
Não existe experiência de uso de Lacipil®
em crianças.
Pacientes idosos
Pacientes idosos não necessitam de ajustes de dose.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Dados obtidos de grandes estudos clínicos foram usados para determinar a frequência das reações adversas.
Os seguintes parâmetros têm sido utilizados para classificar essas reações:
Muito comuns: ≥1/10
Comuns: ≥1/100 e <1/10
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Incomuns: ≥1/1.000 e <1/100
Raras: ≥1.10.000 e <1/1.000
Muito raras: <1/10.000
Lacipil®
é normalmente bem tolerado. Alguns indivíduos podem apresentar efeitos adversos pouco
importantes, relacionados à sua conhecida ação farmacológica de vasodilatação periférica. Tais efeitos,
indicados por rash, são normalmente transitórios e desaparecem com a permanência do tratamento com o
lacidipino na mesma dosagem.
Reações comuns (≥1/100 e <1/10)
- dor de cabeça
- vertigem
- palpitação
- taquicardia
- rubor
- desconforto estomacal, náusea
- rash cutâneo (incluindo eritema e coceira)
- poliúria
- astenia
- edema
- aumento reversível da fosfatase alcalina (aumentos clinicamente significativos são incomuns)
Reações incomuns (≥1/1.000 e <1/100)
- piora da angina subjacente, síncope, hipotensão (assim como com outros di-hidropiridínicos,
reportou-se piora da angina subjacente num pequeno número de pacientes, especialmente no início do
tratamento; isso é mais comum em pacientes com doença cardíaca isquêmica sintomática)
- hiperplasia gengival
Reações raras (≥1/10.000 e <1/1.000)
- angioedema
- urticária
Reações muito raras (<1/10.000)
- tremor
- depressão
Em caso de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.