Bula do Lamitor produzido pelo laboratorio Torrent do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
LAMITOR®
lamotrigina
Comprimido - 25 mg
Comprimido - 50 mg
Comprimido - 100 mg
INDRAD
BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 25 mg: embalagens contendo 30 comprimidos.
Comprimidos de 50 mg: embalagens contendo 30 comprimidos.
Comprimidos de 100 mg: embalagens contendo 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO (ACIMA DE 12 ANOS)
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de LAMITOR®
25 mg contém:
lamotrigina..........................................................................................................25 mg
Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, óxido férrico (amarelo), povidona,
amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, talco e dióxido de silício (coloidal).
50 mg contém:
lamotrigina...........................................................................................................50 mg
amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, talco, e dióxido de silício (coloidal).
100 mg contém:
lamotrigina..........................................................................................................100 mg
II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
LAMITOR®
é uma droga antiepilética indicada como adjuvante ou em monoterapia para o
tratamento de crises convulsivas parciais e crises generalizadas, incluindo crises tônico-clônicas.
Após o controle epiléptico ter sido alcançado durante terapia combinada, drogas antiepiléticas
(DAEs) concomitantes geralmente podem ser retiradas, substituindo-as pela monoterapia com
.
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Três estudos com nível de evidência A avaliaram a eficácia e tolerabilidade da lamotrigina em
pacientes diagnosticados com epilepsia generalizada e parcial. O primeiro destes estudos
avaliou 260 pacientes que foram randomizados para receber lamotrigina ou carbamazepina. O
resultado obtido para epilepsia parcial, considerando pacientes livres de crises convulsivas no
período de 24 semanas após a titulação do tratamento, foi de 48% dos pacientes tratados com
lamotrigina e 51% daqueles tratados com carbamazepina. No grupo com epilepsia generalizada
os resultados foram respectivamente, 78% e 76%. O segundo destes estudos utilizou desenho
semelhante, porém entre pacientes idosos e, à semelhança do estudo anterior, não reportou
diferenças de eficácia significativas entre lamotrigina e carbamazepina. O terceiro estudo
comparativo entre lamotrigina e fenitoína com desenho semelhante aos anteriores também não
demonstrou diferença significativa entre os grupos com relação ao controle das crises, com 43%
dos pacientes no grupo lamotrigina e 36% no grupo fenitoína permanecendo livres de crises nas
24 semanas de acompanhamento.
BRODIE, MJ. et al. Double-blind comparison of lamotrigine and carbamazepine in newly diagnosed epilepsy. UK
Lamotrigine/Carbamazepine Monotherapy Trial Group. Lancet, 345(8948): 476-479, 1995.
BRODIE, MJ. et al. Multicentre, double-blind, randomised comparison between lamotrigine and carbamazepine in
elderly patients with newly diagnosed epilepsy. The UK Lamotrigine Elderly Study Group, 37(1):81-7, 1999.
STEINER TJ. et al. Lamotrigine monotherapy in newly diagnosed untreated epilepsy: a double-blind comparison
with phenytoin. Epilepsia, 40(5):601-7, 1999.
Propriedades farmacodinâmicas
Modo de ação: os resultados de estudos farmacológicos sugerem que a lamotrigina age nos
canais de sódio sensíveis à diferença de potencial (ddp), estabilizando as membranas neuronais
e inibindo a liberação de neurotransmissores, principalmente de glutamato, um aminoácido
excitatório que desempenha papel-chave no desencadeamento de crises epiléticas.
Farmacodinâmica: em testes destinados a avaliar os efeitos de drogas sobre o sistema nervoso
central, usando-se doses de 240 mg de lamotrigina administradas a voluntários adultos sadios,
os resultados não diferiram daqueles obtidos com o placebo, ao passo que 1.000 mg de fenitoína
e 10 mg de diazepam comprometeram significativamente a boa coordenação motora visual e os
movimentos oculares, aumentaram a instabilidade corporal e produziram efeitos sedativos
subjetivos.
Em outro estudo, doses orais únicas de 600 mg de carbamazepina comprometeram
significativamente a boa coordenação motora visual e os movimentos oculares, ao mesmo
tempo em que aumentaram a instabilidade corporal e a frequência cardíaca, enquanto os
resultados com a lamotrigina, em doses de 150 mg e 300 mg, não diferiram daqueles com o
placebo.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção: a lamotrigina é rapidamente e completamente absorvida pelo intestino, sem
metabolismo significativo de primeira passagem. O pico de concentração plasmática ocorre
aproximadamente 2,5 horas após a administração oral da droga. O tempo necessário para que se
atinja a concentração máxima é discretamente retardado após alimentação, porém a extensão da
absorção não é afetada. O perfil farmacocinético é linear até 450 mg, a mais alta dose única
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testada. Há variação considerável das concentrações máximas no estado de equilíbrio entre
indivíduos, mas, em um mesmo indivíduo, esta concentração raramente varia.
Distribuição: a lamotrigina apresenta ligação de 55% às proteínas plasmáticas, e é muito
improvável que seu deslocamento das proteínas resulte em toxicidade. Seu volume de
distribuição é de 0,92 a 1,22 l/kg.
Metabolismo: UDP-glicuronil transferases têm sido identificadas como as enzimas
responsáveis pelo metabolismo da lamotrigina.
A lamotrigina induz discretamente seu próprio metabolismo, dependendo da dose. Entretanto,
não existem evidências de que a lamotrigina afete a farmacocinética de outras drogas
antiepiléticas, e os dados sugerem que são pouco prováveis as interações entre a lamotrigina e as
drogas metabolizadas pelas enzimas do citocromo P450.
Eliminação: o clearance (depuração) médio em adultos saudáveis, no estado de equilíbrio, é de
39 ± 14 mL/min. O clearance da lamotrigina é primariamente metabólico, com eliminação
subsequente na urina do material conjugado com glicuronídeo. Menos de 10% da lamotrigina
são excretados pela urina na forma inalterada. Apenas 2% de substâncias relacionadas à droga
são excretados nas fezes. O clearance e a meia-vida são independentes da dose. A meia-vida de
eliminação média em adultos saudáveis é de 24 a 35 horas.
Em um estudo com indivíduos afetados pela Síndrome de Gilbert, o clearance médio aparente
foi reduzido em 32% quando comparado com os controles normais. Porém, os valores estão
dentro da faixa da população em geral.
A meia-vida da lamotrigina é significativamente afetada por medicação concomitante. A meia-
vida média é reduzida para aproximadamente 14 horas quando a lamotrigina é administrada
com drogas indutoras de glicuronidação, tais como carbamazepina e fenitoína, e é aumentada
para uma média de aproximadamente 70 horas quando coadministrada com valproato (vide itens
POSOLOGIA E MODO DE USAR e INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Populações de pacientes especiais
Crianças: o clearance ajustado ao peso corporal é maior em crianças do que em adultos, com
valores mais altos em crianças abaixo de 5 anos. A meia-vida da lamotrigina é, geralmente,
menor em crianças do que em adultos, com um valor médio de aproximadamente 7 horas,
quando administrada juntamente com drogas indutoras enzimáticas, tais como carbamazepina e
fenitoína. A meia-vida da lamotrigina é aumentada para um valor médio de 45 a 50 horas
quando coadministrada com valproato (vide item POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Idosos: resultados da análise farmacocinética de uma população, incluindo pacientes jovens e
idosos com epilepsia envolvidos nos mesmos testes, indicaram que o clearance da lamotrigina
não se altera de modo clinicamente relevante. Após a administração de doses únicas isoladas, o
clearance aparente decresceu em 12%, de 35 mL/min em pacientes com 20 anos para 31
mL/min em pacientes com 70 anos. O decréscimo após 48 semanas de tratamento foi de 10%,
de 41 para 37 mL/min entre grupos jovens e idosos.
Adicionalmente, a farmacocinética da lamotrigina foi estudada em 12 indivíduos idosos
saudáveis, após dose única de 150 mg. O clearance médio nestes idosos (0,39 mL/min/kg)
encontrou-se dentro da faixa dos valores médios de clearance (0,31 a 0,65 mL/min/kg) obtidos
em nove estudos com adultos não idosos depois de dose única de 30 a 450 mg.
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Pacientes com insuficiência renal: em estudo com 12 voluntários com insuficiência renal
crônica e outros seis indivíduos passando por hemodiálise em que cada um fez uso de dose
única de lamotrigina de 100 mg, a média do CL/F foi de 0,42 mL/min/kg (insuficiência renal
crônica), 0,33 mL/min/kg (entre as sessões de hemodiálise), e 1,57 mL/min/kg (durante a
hemodiálise) comparada a 0,58 mL/min/kg em voluntários sadios.
A média de meia-vida plasmática foi de 42,9 h (insuficiência renal crônica), 57,4 h (entre as
sessões de hemodiálise) e 13 h (durante a hemodiálise), comparada a 26,2 h em voluntários
sadios. Considerando a média, aproximadamente 20% (entre 5,6% e 35,1%) da quantidade de
lamotrigina presente no corpo foram eliminados durante quatro horas de hemodiálise. Para esta
população, doses iniciais de lamotrigina devem ser baseadas em pacientes em uso de drogas
antiepiléticas. Doses reduzidas de manutenção podem ser efetivas para pacientes com
significativa falha da função renal.
Pacientes com insuficiência hepática: um estudo farmacocinético com dose única envolveu 24
pacientes com diferentes graus de insuficiência hepática e 12 indivíduos saudáveis como
controle. O clearance mediano aparente da lamotrigina foi 0,31; 0,24 ou 0,10 mL/min/kg em
pacientes com insuficiência hepática de grau A, B ou C (Classificação Child-Pugh),
respectivamente, comparado a 0,34 mL/min/kg nos indivíduos-controle saudáveis. As doses
iniciais, de escalonamento e manutenção geralmente devem ser reduzidos em 50% em pacientes
com insuficiência hepática moderada (Child-Pugh B) e 75% na insuficiência hepática grave
(Child-Pugh C). O escalonamento e a manutenção da dose devem ser ajustados de acordo com a
resposta clínica do paciente.
LAMITOR®
é contraindicado em indivíduos com conhecida hipersensibilidade à lamotrigina ou
a qualquer outro componente da formulação.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.
Exantema
Existem relatos de reações adversas dermatológicas que geralmente têm ocorrido nas primeiras
oito semanas após o início do tratamento com a lamotrigina. A maioria dos exantemas (rash) é
leve e autolimitada, entretanto, exantemas de pele graves, que requerem hospitalização e
descontinuação de LAMITOR®
, foram relatados. Esses casos são potencialmente ameaçadores à
vida e incluem a Síndrome de Stevens-Johnson (SJS) e a necrólise epidérmica tóxica (NET,
Síndrome de Lyell) (vide item REAÇÕES ADVERSAS).
Nos adultos participantes dos estudos, utilizando as doses recomendadas, a incidência de
exantema de pele grave foi de aproximadamente 1:500 em pacientes epilépticos.
Aproximadamente metade desses casos foram relatados como SJS (1:1000).
O risco de exantema grave em crianças é maior do que nos adultos.
Dados disponíveis sugerem que a incidência de exantemas associados à hospitalização de
crianças é de 1:300 a 1:100.
Em crianças, a presença inicial de exantema pode ser confundida com uma infecção. Os
médicos devem considerar a possibilidade de reação medicamentosa em crianças que
desenvolvem sintomas de exantema e febre durante as primeiras oito semanas de tratamento
com lamotrigina.
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Além disso, o risco global de aparecimento de exantema pode estar fortemente associado a:
- altas doses iniciais de lamotrigina;
- doses que excedam o escalonamento de doses recomendado;
- uso concomitante de valproato (vide item POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Deve-se ter cuidado ao tratar pacientes com história de alergia ou rash cutâneo a outras drogas
antiepiléticas, já que a frequência de rash não-grave após tratamento com LAMITOR®
foi
aproximadamente três vezes maior nestes pacientes do que nos que não apresentavam história
de alergia e/ou rash.
Todos os pacientes (adultos e crianças) que desenvolverem exantema devem ser rapidamente
avaliados, e o uso da lamotrigina, descontinuado, a menos que o exantema se mostre claramente
não relacionado à droga. É recomendado que LAMITOR®
não seja reiniciado em pacientes que
tiveram a terapia suspensa por ter apresentado exantema no tratamento anterior com
LAMITOR®
, a menos que o benefício se sobreponha ao risco.
Exantema também tem sido relatado como parte de uma síndrome de hipersensibilidade
associada a um padrão variável de sintomas sistêmicos – incluindo febre, linfadenopatia, edema
facial, anormalidades hematológicas e hepáticas e meningite asséptica (vide item REAÇÕES
ADVERSAS). A síndrome exibe um largo espectro de gravidade clínica e pode, raramente,
levar à coagulação intravascular disseminada (CID) e à insuficiência de múltiplos órgãos. É
importante notar que manifestações de hipersensibilidade precoce (por exemplo: febre,
linfadenopatia) podem estar presentes mesmo que não ocorra exantema. Se tais sinais e
sintomas estiverem presentes, o paciente deve ser avaliado imediatamente, e o uso de
deve ser descontinuado, a menos que possa ser estabelecida uma etiologia
alternativa.
A meningite asséptica foi reversível com a retirada da droga na maioria dos casos, mas
reapareceu em alguns casos de re-exposição à lamotrigina. A re-exposição resultou em um
retorno rápido dos sintomas, que eram frequentemente mais graves. A lamotrigina não deve ser
reiniciada em pacientes que tenham interrompido devido à meningite relacionada a tratamento
prévio com lamotrigina.
Risco de suicídio
Sintomas de depressão e/ou transtorno bipolar podem ocorrer em pacientes com epilepsia, e
existem evidências de que os pacientes com epilepsia e transtorno bipolar apresentam risco
elevado para suicidalidade.
De 25% a 50% dos pacientes com transtorno bipolar tentam suicidar-se pelo menos uma vez e
podem apresentar piora dos sintomas depressivos e/ou aparecimento de ideias e
comportamentos suicidas (suicidalidade), estejam eles tomando ou não medicações para o
transtorno bipolar, incluindo LAMITOR®
.
Ideação e comportamento suicidas foram relatados em pacientes tratados com DAEs em
diversas indicações, inclusive epilepsia e transtorno bipolar. Uma meta-análise de estudos
randomizados com DAEs (inclusive lamotrigina) controlados com placebo também demonstrou
pequeno aumento no risco de ideação e comportamento suicidas. O mecanismo desse risco não
é conhecido, e os dados disponíveis não descartam a possibilidade de risco aumentado para
lamotrigina.
Portanto, os pacientes devem ser monitorados para detecção de sinais de ideação e
comportamentos suicidas.
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Os pacientes (e os cuidadores deles) devem ser aconselhados a buscar auxílio médico caso
apareçam sinais de ideação ou comportamento suicidas.
Contraceptivos hormonais
Efeito dos contraceptivos hormonais na eficácia de LAMITOR®
:
Foi demonstrado que a associação de etinilestradiol/levonorgestrel (30 mcg/150 mcg) aumenta o
clearance da lamotrigina em aproximadamente duas vezes, resultando em redução dos níveis de
lamotrigina (vide item INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). Após a titulação, doses de
manutenção mais elevadas de lamotrigina podem ser necessárias (em até duas vezes ou mais)
para atingir a resposta terapêutica máxima. Em mulheres que não estejam usando substâncias
indutoras de glicuronidação da lamotrigina e em uso de contraceptivos hormonais que incluam
uma semana de medicação inativa (por exemplo, uma semana sem pílula), aumentos graduais
transitórios nos níveis de lamotrigina ocorrerão durante a semana de medicação inativa. Esses
aumentos devem ser maiores quando o aumento da dose de lamotrigina se der nos dias que
antecedem ou durante a semana de medicação inativa. Para instruções de dose, vide item
POSOLOGIA E MODO DE USAR.
Os médicos devem fazer acompanhamento clínico apropriado da mulher que comece ou pare de
tomar contraceptivos hormonais durante o tratamento com LAMITOR®
, uma vez que ajustes na
dosagem de lamotrigina serão necessários na maioria dos casos.
Outros contraceptivos orais e tratamentos de Terapia de Reposição Hormonal não foram
estudados.
Entretanto, eles podem, de forma similar, afetar os parâmetros farmacocinéticos da lamotrigina.
Efeito do LAMITOR®
na eficácia de contraceptivos hormonais:
Em um estudo de interação com 16 voluntárias saudáveis demonstrou-se que quando a
lamotrigina e o contraceptivo hormonal (associação de etinilestradiol/levonorgestrel) são
administrados em associação há um modesto aumento no clearance do levonorgestrel e
alterações nos níveis de FSH e LH séricos (vide item INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
O impacto dessas alterações na atividade ovulatória é desconhecido. Entretanto, não pode ser
excluída a possibilidade dessas alterações resultarem numa diminuição da eficácia contraceptiva
em algumas pacientes que estejam tomando medicações hormonais e lamotrigina. Assim, as
pacientes devem ser instruídas a relatar imediatamente ao médico qualquer alteração em seu
ciclo menstrual, como sangramentos entre os períodos.
Efeito da lamotrigina nos substratos do transportador catiônico orgânico 2 (OCT2).
A lamotrigina é um inibidor da secreção tubular renal via proteínas OCT 2 (vide item
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Isso pode resultar em aumento dos níveis plasmáticos de certas drogas que são substancialmente
excretadas por esta via. A co-administração de LAMITOR®
com os substratos OCT 2s com um
índice terapêutico estreito, por exemplo a dofetilida não é recomendado
Diidrofolato redutase
é um fraco inibidor da diidrofolato redutase. Portanto, há possibilidade de
interferência com o metabolismo do folato durante tratamentos prolongados. Entretanto, em
períodos de até um ano, a lamotrigina não provocou alterações significativas na concentração da
hemoglobina, no volume corpuscular médio e nas concentrações de folato em nível sérico ou
das hemácias. Em períodos de tratamento de até cinco anos não houve alterações significativas
na concentração de folato das hemácias.
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Insuficiência renal
Em estudos com dose única em pacientes com insuficiência renal terminal as concentrações
plasmáticas de lamotrigina não foram significativamente alteradas. No entanto, como é esperado
que haja acúmulo do metabólito glicuronato, deve-se ter cuidado ao tratar pacientes com
insuficiência renal.
Pacientes sendo tratados com outras formulações contendo lamotrigina
não deve ser administrado a pacientes que estejam sendo tratados com outras
formulações contendo lamotrigina sem recomendação médica.
Epilepsia
Como ocorre com outras drogas antiepiléticas, a suspensão abrupta de LAMITOR®
pode
provocar crises de rebote. A menos que seja necessária a interrupção abrupta (em casos de
exantema, por exemplo), a dose de LAMITOR®
deve sofrer redução gradual ao longo de duas
semanas.
Há relatos na literatura de que crises convulsivas graves, incluindo estado de mal epiléptico,
podem levar à rabdomiólise, disfunção de múltiplos órgãos e coagulação intravascular
disseminada, algumas vezes levando à morte. Casos semelhantes ocorreram em associação ao
uso de LAMITOR®.
Testes de laboratório
tem demonstrado interferir em testes rápidos de urina usados para detecção de
drogas, podendo resultar em falsos positivos, particularmente para fenciclidina. Um método
químico alternativo mais específico deve ser utilizado para confirmar um resultado positivo.
Gravidez e lactação
A administração de lamotrigina não prejudicou a fertilidade de animais, em estudos de
reprodução. Não há experiência do efeito de lamotrigina sobre a fertilidade humana.
Dados pós-comercialização, resultantes de diversos registros prospectivos de gravidezes,
documentaram resultados de cerca de 2.000 mulheres expostas a lamotrigina usado em
monoterapia durante o primeiro trimestre de gravidez. Globalmente, estes dados não são
sugestivos de aumento substancial do risco de malformações congênitas maiores, embora os
dados de um número limitado de registros apresentem relatos de aumento do risco de fendas
orais. Um estudo caso-controle não demonstrou maior risco de fendas orais em comparação a
outros defeitos após a exposição à lamotrigina. Os dados relacionados ao uso de lamotrigina em
associação a outros fármacos são insuficientes para avaliar se o risco de malformações
associado a outros agentes é afetado pelo uso concomitante de LAMITOR®
Como a maioria das drogas, LAMITOR®
não deve ser usado na gravidez, a menos que, a
critério clínico, o benefício potencial para a mãe justifique qualquer risco possível ao
desenvolvimento fetal.
As alterações fisiológicas relacionadas à gravidez podem afetar os níveis e/ou efeitos
terapêuticos da lamotrigina. Há relatos de diminuição dos níveis de lamotrigina durante a
gravidez. Deve-se assegurar o adequado acompanhamento clínico à mulher grávida que esteja
em tratamento com LAMITOR®
Houve relatos de que lamotrigina passa para o leite materno em concentrações altamente
variáveis, resultando em níveis totais de lamotrigina em bebês de até cerca de 50% dos níveis
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observados nas mães. Portanto, em alguns bebês amamentados, as concentrações séricas de
lamotrigina podem atingir níveis nos quais ocorrem efeitos farmacológicos.
O benefício potencial da amamentação deve ser considerado frente ao risco potencial de efeitos
adversos aos bebês.
Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou
do cirurgião-dentista.
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Dois estudos com voluntários demonstraram que o efeito da lamotrigina sobre a coordenação
motora visual, movimentos dos olhos, movimentos corporais e de sedação não diferiram do
placebo. Em estudos clínicos com lamotrigina eventos adversos de características neurológicas,
como vertigem e diplopia, têm sido reportados. Desta forma, os pacientes devem avaliar como
serão afetados pela terapia com LAMITOR®
antes de dirigir e operar máquinas.
Como existe uma variação individual em resposta a todas as terapias com drogas antiepilépticas,
A UDP-glicuronil transferase foi identificada como sendo a enzima responsável pelo
metabolismo da lamotrigina. Não há evidências de que a lamotrigina cause indução ou inibição
clinicamente relevante de enzimas hepáticas de metabolização oxidativa de drogas, e as
interações entre a lamotrigina e drogas metabolizadas pelas enzimas do citocromo P450 são
improváveis. A lamotrigina pode induzir seu próprio metabolismo, mas o efeito é modesto e,
provavelmente, não apresenta consequências clínicas significativas.
Tabela 1: Efeito de outras drogas na glicuronidação da lamotrigina (vide item
POSOLOGIA E MODO DE USAR):
Drogas que inibem
significativamente a
glicuronidação da lamotrigina
Drogas que induzem
Drogas que não inibem nem
induzem significativamente a
valproato
carbamazepina
fenitoína
primidona
fenobarbitona
rifampicina
lopinavir/ritonavir
atazanavir/ritonavir*
Associação de
etinilestradiol/levonorgestrel**
lítio
bupropiona
olanzapina
oxcarbazepina
felbamato
gapabentina
levetiracetam
pregabalina
topiramato
zonisamida
aripripazol
*Para orientações de dosagem, vide item POSOLOGIA E MODO DE USAR – Recomendações
gerais para populações de pacientes especiais.
**outros contraceptivos orais e terapias de reposição hormonal não foram estudados, embora
possam afetar os parâmetros farmacocinéticos de forma similar: vide itens POSOLOGIA E
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MODO DE USAR- Recomendações gerais para populações de pacientes especiais - Mulheres
tomando contraceptivos hormonais; e ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES – Contraceptivos
hormonais.
Interações envolvendo drogas antiepilépticas - DAEs (vide item POSOLOGIA E MODO
DE USAR)
O valproato, que inibe a glicuronidação da lamotrigina, reduz o metabolismo e aumenta a meia-
vida média da lamotrigina em cerca de duas vezes.
Alguns agentes antiepiléticos (como fenitoína, carbamazepina, fenobarbital e primidona), que
induzem as enzimas hepáticas de metabolização de drogas, induzem a glicuronidação da
lamotrigina, aumentando seu metabolismo.
Há relatos de eventos em nível do sistema nervoso central - incluindo vertigem, ataxia, diplopia,
visão turva e náuseas - em pacientes recebendo carbamazepina após a introdução de
lamotrigina. Esses eventos são normalmente resolvidos quando a dose de carbamazepina é
reduzida. Efeito similar foi observado durante estudo com oxcarbazepina e lamotrigina em
voluntários adultos saudáveis, mas a redução da dose não foi investigada.
Em estudo com voluntários adultos saudáveis, utilizando doses de 200 mg de lamotrigina e
1.200 mg de oxcarbazepina, observou-se que a oxcarbazepina não altera o metabolismo da
lamotrigina e a lamotrigina não altera o metabolismo da oxcarbazepina.
Em estudo com voluntários sadios, a coadministração de felbamato (1.200 mg, duas vezes ao
dia) e lamotrigina (100 mg, duas vezes ao dia, por 10 dias) não demonstrou ter efeitos clínicos
relevantes na farmacocinética da lamotrigina.
Baseado nas análises retrospectivas dos níveis plasmáticos em pacientes que recebiam
lamotrigina isolado ou juntamente com gabapentina, o clearance da lamotrigina não pareceu ser
alterado pela gabapentina.
Interações potenciais entre levetiracetam e lamotrigina foram pesquisadas avaliando-se as
concentrações séricas de ambos agentes durante estudo clínico placebo-controlado. Os dados
indicaram que a lamotrigina não influencia a farmacocinética do levetiracetam, e o
levetiracetam não afeta a farmacocinética da lamotrigina.
O estado de equilíbrio das concentrações plasmáticas de lamotrigina não foi afetado pela
administração concomitante com pregabalina (200 mg, três vezes ao dia). Não existem
interações farmacocinéticas entre lamotrigina e pregabalina.
O topiramato não alterou as concentrações plasmáticas de lamotrigina, enquanto foi observado
aumento de 15% nas concentrações de topiramato.
Em estudo com pacientes com epilepsia, a coadministração de zonisamida (200 a 400 mg/dia)
com lamotrigina (150 a 500 mg/dia) durante 35 dias não teve efeito significativo na
farmacocinética da lamotrigina.
Apesar de terem sido reportadas alterações nas concentrações plasmáticas com outras drogas
antiepiléticas, estudos controlados não demonstraram evidências de que a lamotrigina afete as
concentrações plasmáticas de drogas antiepiléticas quando administradas concomitantemente.
Evidências de estudos in vitro indicaram que a lamotrigina não altera a ligação de outras drogas
antiepiléticas às proteínas.
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Interações envolvendo outros agentes psicoativos (vide item POSOLOGIA E MODO DE
USAR)
A farmacocinética do lítio, após a administração de 2 g de gliconato de lítio anidro, duas vezes
ao dia, durante seis dias, a 20 indivíduos saudáveis, não foi alterada pela administração
concomitante de 100 mg/dia de lamotrigina.
Múltiplas doses orais de bupropiona não tiveram efeitos estatisticamente significativos na
farmacocinética de dose única de lamotrigina em 12 indivíduos e houve somente um leve
aumento na área sob a curva (ASC) do metabólito glicuronídeo de lamotrigina.
Em estudo com voluntários adultos saudáveis, 15 mg de olanzapina reduziu a área sob a curva
(ASC) e a concentração máxima (Cmáx) da lamotrigina numa média de 24% e 20%,
respectivamente. Em geral, espera-se que um efeito dessa magnitude não seja clinicamente
relevante. A lamotrigina, em doses de 200 mg, não afetou a farmacocinética da olanzapina.
Doses múltiplas orais de lamotrigina (400 mg/dia) não tiveram efeito clínico significativo na
farmacocinética de uma única dose de 2 mg de risperidona em 14 voluntários adultos saudáveis.
Após a coadministração de risperidona 2 mg com lamotrigina, 12 dos 14 voluntários
apresentaram sonolência, comparado a 1(um) de 20, quando tomaram risperidona isoladamente,
e nenhum, quando lamotrigina foi administrado isoladamente.
Em um estudo com 18 pacientes adultos com transtorno bipolar I, que receberam um esquema
estabelecido de lamotrigina (> / = 100 mg/dia), doses de aripiprazol foram aumentadas de 10
mg/dia para uma dose alvo de 30 mg/dia ao longo de um período de 7 dias e continuadas uma
vez ao dia por mais 7 dias. Uma redução média de cerca de 10% na Cmáx e AUC da lamotrigina
foi observada. Não se espera que um efeito dessa magnitude tenha alguma consequência clínica.
Experimentos de inibição in vitro indicaram que a formação do metabólito primário da
lamotrigina, o 2-N-glicuronídeo, foi minimamente afetada pela coincubação com amitriptilina,
bupropiona, clonazepam, fluoxetina, haloperidol ou lorazepam. Dados sobre o metabolismo do
bufuralol, obtidos de microssoma hepático humano, sugeriram que a lamotrigina não reduz o
clearance das drogas eliminadas predominantemente pelo CYP2D6. Resultados de
experimentos in vitro também sugerem que é improvável que o clearance da lamotrigina seja
afetado pela clozapina, fenelzina, risperidona, sertralina ou trazodona.
Interações com contraceptivos hormonais
Efeito de contraceptivos hormonais na famacocinética da lamotrigina:
Em um estudo com 16 voluntárias, verificou-se que o uso de contraceptivo contendo 30 mcg de
etinilestradiol e 150 mcg de levonorgestrel associados causou aumento no clearance oral da
lamotrigina em aproximadamente duas vezes, resultando numa redução média de 52% e 39% na
área sob a curva (ASC) e Cmáx, respectivamente. As concentrações séricas da lamotrigina
aumentaram gradualmente durante o curso de uma semana de medicação inativa (por exemplo,
uma semana sem contraceptivo), com concentrações pré-dose ao final da semana de medicação
inativa sendo, em média, aproximadamente duas vezes mais altas que durante a coterapia (vide
itens POSOLOGIA E MODO DE USAR - Recomendações gerais para populações de pacientes
especiais - Mulheres tomando contraceptivos hormonais; e ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES – Contraceptivos hormonais).
Efeito da lamotrigina na farmacocinética dos contraceptivos hormonais:
Em um estudo com 16 voluntárias, a dose de equilíbrio de 300 mg de lamotrigina não afetou a
farmacocinética do componente etinilestradiol na medicação associada. Um modesto aumento
no clearance oral do componente levonorgestrel foi observado, resultando numa redução média
de 19% e 12% na área sob a curva (ASC) e Cmáx do levonorgestrel, respectivamente. Medidas
das concentrações séricas de FSH, LH e estradiol durante o estudo indicaram certa perda da
supressão da atividade hormonal ovariana em algumas mulheres, embora a medida da
BU-03 10
progesterona sérica tenha indicado que não houve evidência hormonal de ovulação em nenhuma
das 16 voluntárias. O impacto do modesto aumento do clearance do levonorgestrel e das
alterações das concentrações séricas de FSH e LH na atividade ovulatória é desconhecido (vide
item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). O efeito de doses diferentes de 300 mg/dia de
lamotrigina não foi estudado, e estudos com outras formulações hormonais femininas não foram
conduzidos.
Interações envolvendo outras medicações:
Em um estudo com 10 voluntários do sexo masculino, verificou-se que a rifampicina aumentou
o clearance e diminuiu a meia-vida da lamotrigina pela indução das enzimas hepáticas
responsáveis pela glicuronidação.
Em pacientes recebendo terapia concomitante com rifampicina, deve-se empregar o regime de
tratamento recomendado para a lamotrigina e indutores de glicuronidação competitivos (vide
item POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Em estudo com voluntários saudáveis, lopinavir/ritonavir reduziu aproximadamente pela metade
as concentrações plasmáticas de lamotrigina, provavelmente pela indução da glicuronidação.
Em pacientes recebendo terapia concomitante com lopinavir/ritonavir, o regime de tratamento
recomendado para lamotrigina e indutores da glicuronidação deve ser considerado. (vide item
POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Em um estudo com voluntários adultos sadios, atazanavir/ritonavir (300 mg/100 mg) reduziu a
área sob a curva (ASC) e a Cmáx de lamotrigina (dose única de 100 mg) em uma média de 32% e
para populações de pacientes especiais).
Os dados da avaliação in vitro do efeito da lamotrigina no OCT 2 demonstram que lamotrigina,
mas não o metabótito N (2)-glucuronídeo, é um inibidor de OCT 2 em concentrações
potencialmente relevantes clinicamente. Estes dados demonstram que a lamotrigina é um
inibidor mais potente de OCT 2 que a cimetidina, com valores IC50 de 53,8 μM e 186 μM ,
respectivamente (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Conservar em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger da umidade. Desde que respeitados
os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da
data de sua fabricação.
LAMITOR®
25 mg: comprimido de coloração amarelo claro, redondo, plano, sulcado em um
dos lados.
50 mg: comprimido de coloração amarelo claro, redondo, plano, sulcado em um
100 mg: comprimido de coloração amarelo claro, redondo, plano, sulcado em um
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
BU-03 11
LAMITOR®
deve ser engolido com o auxílio de um copo de água.
Se uma dose calculada de lamotrigina (por exemplo: para uso em crianças e pacientes com
insuficiência hepática) não puder ser dividida em doses menores, a dose a ser administrada será
igual à menor dose equivalente a um comprimido inteiro.
Reintrodução da terapia
Os médicos devem avaliar a necessidade de escalonamento de dose ao reintroduzir a terapia
com LAMITOR®
em pacientes que descontinuaram seu uso por alguma razão, uma vez que há
sérios riscos de exantema associados a altas doses iniciais e ao exceder a dose recomendada
para o escalonamento de LAMITOR®
(vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Quanto maior o intervalo entre o uso prévio e a reintrodução, maior o cuidado que se deve
tomar no escalonamento da dose de manutenção. Quando este intervalo exceder cinco meias-
vidas (vide item CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Propriedades
farmacocinéticas), LAMITOR®
deve ser escalonado à dose de manutenção de acordo com um
programa apropriado.
Recomenda-se que LAMITOR®
não seja reiniciado em pacientes que tenham descontinuado seu
uso por causa de exantema associado ao tratamento prévio com LAMITOR®
, a menos que o
potencial benefício ultrapasse os possíveis riscos.
Epilepsia
Quando drogas antiepilépticas de uso concomitante são retiradas para monoterapia com
ou quando outra droga antiepilética (DAE) é adicionada ao regime de tratamento
contendo lamotrigina, deve-se considerar os efeitos sobre a farmacocinética da lamotrigina (vide
item INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Dose em monoterapia
Adultos e crianças acima de 12 anos de idade:
A dose inicial de LAMITOR®
em monoterapia é de 25 mg, uma vez ao dia, por duas semanas,
seguida por 50 mg, uma vez ao dia, por duas semanas. A partir daí, a dose deve ser aumentada
em até um máximo de 50-100 mg, a cada uma a duas semanas, até que uma resposta ótima seja
alcançada. A dose usual de manutenção para se alcançar uma resposta ideal é de 100-200
mg/dia, administrados uma vez ao dia ou em duas doses fracionadas. Alguns pacientes podem
necessitar de até 500 mg/dia de LAMITOR®
para alcançar a resposta desejada.
Por conta do risco de exantema (rash), a dose inicial e o escalonamento de doses subsequentes
não devem ser excedidos (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Dose em terapia combinada
Adultos e crianças acima de 12 anos:
Nos pacientes recebendo valproato, com ou sem outra droga antiepilética (DAE), a dose inicial
de LAMITOR®
deve ser de 25 mg, em dias alternados, por duas semanas, seguida por 25 mg,
uma vez ao dia, por duas semanas. Em seguida, a dose deve ser aumentada até um máximo de
25-50 mg, a cada uma ou duas semanas, até que uma resposta adequada seja alcançada. A dose
usual de manutenção para se obter uma resposta ótima é de 100-200 mg/dia, administrados uma
vez ao dia ou fracionados em duas tomadas.
Nos pacientes tomando DAEs concomitantes ou outras medicações (vide item INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS) que induzam a glicuronidação da lamotrigina, com ou sem outras
BU-03 12
DAEs (exceto valproato), a dose inicial de LAMITOR®
é de 50 mg, uma vez ao dia, por duas
semanas, seguidos por 100 mg/dia, administrados em duas doses fracionadas, por duas semanas.
A partir daí, a dose deve ser aumentada até um máximo de 100 mg a cada uma ou duas
semanas, até que uma resposta adequada seja alcançada. A dose usual de manutenção para se
obter uma resposta ótima é de 200-400 mg /dia, administrados em duas doses fracionadas.
Alguns pacientes podem necessitar de até 700 mg/dia de LAMITOR®
para alcançar a resposta
desejada.
Em pacientes usando outras drogas que não induzem ou inibem significativamente a
glicuronidação da lamotrigina (vide item INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS), a dose inicial
é 25 mg uma vez ao dia por duas semanas, seguidos por 50 mg, uma vez ao dia,
por duas semanas. A partir daí, a dose deve ser aumentada até um máximo de 50 a 100 mg a
cada uma ou duas semanas, até que uma resposta adequada seja alcançada. A dose usual de
manutenção para se obter uma resposta ótima é de 100-200 mg /dia, administrados uma vez ao
dia ou em duas doses fracionadas.
Tabela 2 – Regime de tratamento recomendado em epilepsia para adultos e maiores de 12
anos
Semanas 1+ 2 Semanas 3 + 4
Dose de
manutenção
Monoterapia
25 mg
(uma vez ao
dia)
50 mg
100-200 mg
(uma vez ao dia
ou em duas
doses
fracionadas).
Para se atingir a
dose de
manutenção, as
doses podem ser
aumentadas até
50-100 mg a
cada 1-2
semanas.
Terapia combinada com valproato
independente do uso de qualquer outra
medicação concomitante
12,5 mg
(25 mg
administrados
em dias
alternados)
25-50 mg a cada
1-2 semanas).
Terapia
combinada
sem
valproato
Este regime de doses
deve ser usado com
outras drogas que não
induzem ou inibem
significativamente a
glicuronidação da
BU-03 13
lamotrigina ( vide item
“INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS”)
Esse regime de doses
deve ser usado com:
fenitoína,,
carbamazepina
fenobarbiton, a
primidona ou com outros
indutores da
lamotrigina
100 mg
(duas doses
fracionadas)
200-400 mg
100 mg a cada
1-2 semanas.
Nota: Em pacientes tomando DAEs cuja interação farmacocinética com a lamotrigina seja
desconhecida, deve ser utilizado o regime de tratamento recomendado para o uso da associação
lamotrigina/valproato.
Face ao risco de exantema (rash), a dose inicial e o escalonamento de doses subsequentes não
devem ser excedidos (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Recomendações posológicas gerais para populações de pacientes especiais
Mulheres tomando contraceptivos hormonais
- Iniciando o tratamento com LAMITOR®
em pacientes que já estejam tomando contraceptivos
hormonais:
Embora haja evidências de que os contraceptivos hormonais aumentam o clearance da
lamotrigina (vide itens ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS), nenhum ajuste no escalonamento de dose de LAMITOR®
deve ser
necessário com base somente no uso de contraceptivos hormonais. O escalonamento das doses
deve seguir as diretrizes recomendadas, baseando-se no fato de a lamotrigina ser adicionada a
valproato (um inibidor da glicuronidação da lamotrigina) ou a um indutor da glicuronidação da
lamotrigina, ou de LAMITOR®
ser adicionado na ausência de valproato ou de um indutor da
glicuronidação da lamotrigina.
- Iniciando o uso de contraceptivos hormonais em pacientes que já estejam tomando doses de
manutenção de LAMITOR®
e não estejam tomando substâncias indutoras da glicuronidação da
lamotrigina:
Na maioria dos casos, será necessário aumentar a dose de manutenção de LAMITOR®
para
valores duas vezes maiores (vide itens ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS). É recomendado que, a partir do momento em que seja iniciado o uso
de contraceptivos hormonais, a dose de lamotrigina seja aumentada para até 50 a 100 mg/dia a
cada semana, de acordo com a resposta clínica individual. Os aumentos de dose não devem
exceder esse valor, a menos que a resposta clínica indique a necessidade de acréscimos maiores.
- Interrompendo o uso de contraceptivos hormonais em pacientes que já estejam tomando doses
de manutenção de LAMITOR®
e não estejam tomando substâncias indutoras da glicuronidação
da lamotrigina:
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Na maioria dos casos, será necessário reduzir a dose de manutenção de LAMITOR®
valores até 50% menores (vide itens ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS). É recomendado que seja feita a redução gradual da dose diária de
lamotrigina de até 50 a 100 mg a cada semana (não excedendo 25% da dose diária total
semanal) pelo período de três semanas, a menos que a resposta clínica indique o contrário.
Administração com atazanavir/ritonavir
Apesar de atazanavir/ritonavir ter mostrado reduzir a concentração plasmática de lamotrigina
(vide item INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS), nenhum ajuste no escalonamento de dose
deve ser necessário com base somente no uso de atazanavir/ritonavir. O
escalonamento das doses deve seguir as diretrizes recomendadas, baseando-se no fato de a
lamotrigina ser adicionada ao valproato (um inibidor da glicuronidação da lamotrigina) ou a um
indutor da glicuronidação da lamotrigina, ou de LAMITOR®
ser adicionado na ausência de
valproato ou de um indutor da glicuronidação da lamotrigina.
Em pacientes que já tomam doses de manutenção de LAMITOR®
e que não utilizam indutores
de glicuronidação, pode ser necessário aumentar a dose de LAMITOR®
se atazanavir/ritonavir
forem utilizados ou diminuir a dose se atazanavir/ritonavir forem descontinuados.
Idosos (acima de 65 anos de idade)
Nenhum ajuste de dose é necessário. A farmacocinética da lamotrigina nesta faixa etária não
difere significativamente da população de adultos não idosos.
Insuficiência hepática
As doses iniciais de escalonamento e manutenção devem ser geralmente reduzidas em
aproximadamente 50% em pacientes com insuficiência hepática moderada (Child-Pugh grau B)
e em 75% na insuficiência hepática grave (Child-Pugh grau C). As doses de escalonamento e
manutenção devem ser ajustadas de acordo com a resposta clínica.
Insuficiência renal
Deve-se ter cautela ao administrar lamotrigina a pacientes com insuficiência renal. Em pacientes
em estágio terminal de insuficiência renal, as doses iniciais de lamotrigina devem ser baseadas
no regime de DAEs dos pacientes. Doses de manutenção reduzidas podem ser eficazes para
pacientes com insuficiência renal significativa (vide item ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES). Para informações farmacocinéticas mais detalhadas, vide item
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Propriedades farmacocinéticas.
pode ser partido.
Utilizou-se a seguinte convenção para classificar as reações adversas: muito comuns (>1/10),
comuns (>1/100 e <1/10), incomuns (>1/1.000 e <1/100), raras (> 1/10.000 e <1/1.000), muito
raras (<1/10.000).
Epilepsia
Observadas durante estudos em monoterapia
Reações muito comuns (>1/10):
- dor de cabeça
Reações comuns (>1/100 e <1/10):
- sonolência, insônia, tontura, tremor, náusea, vômito, diarreia
BU-03 15
Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100):
- ataxia, nistagmo, diplopia, visão turva
Observadas durante outras experiências clínicas
- sonolência, ataxia, vertigem, dor de cabeça, diplopia, visão turva, náusea, vômito
- nistagmo, tremor, insônia, diarreia
Reações raras (> 1/10.000 e <1/1000):
- meningite asséptica (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES), conjuntivite
Reações muito raras (<1/10.000):
- agitação, inconstância, distúrbios do movimento, piora da doença de Parkinson***, efeitos
extra- piramidais***, coreoatetose, aumento na frequência das convulsões, pesadelos.
Dados pós-comercialização
- exantema cutâneo*
- agressividade, irritabilidade, fadiga
- Síndrome de Stevens-Johnson
- necrólise epidérmica tóxica
- reações semelhantes ao lúpus
- tiques, alucinações, confusão
- testes de função hepática aumentados, disfunção hepática****, insuficiência hepática
- anormalidades hematológicas** (incluindo neutropenia, leucopenia, anemia, trombocitopenia,
pancitopenia, anemia aplástica, agranulocitose), linfadenopatia associadas ou não à síndrome de
hipersensibilidade**
- síndrome de hipersensibilidade (incluindo sintomas como febre, linfadenopatia, edema facial,
anormalidades sanguíneas e do fígado, coagulação intravascular disseminada (CID),
insuficiência múltipla de órgãos)**
* Em estudos clínicos duplo-cegos em adultos, ocorreram exantemas cutâneos (rashes cutâneos)
em até 10% dos pacientes que tomavam lamotrigina e em 5% dos pacientes que tomavam
placebo. Os exantemas cutâneos levaram à suspensão do tratamento com lamotrigina em 2%
dos pacientes. O exantema, normalmente de aparência máculo-papular, geralmente aparece
dentro de oito semanas após o início do tratamento, ocorrendo regressão com a suspensão da
droga (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Raramente, foram observados exantemas cutâneos graves, incluindo Síndrome de Stevens-
Johnson e necrólise epidérmica tóxica (NET, Síndrome de Lyell). Embora na maioria dos casos
ocorra pronta recuperação com a suspensão da droga, alguns pacientes experimentam déficit de
cicatrização irreversível e, em alguns raros casos, evoluem para o óbito (vide item
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
O risco de exantema global parece estar associado com:
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- altas doses iniciais de lamotrigina;
- doses que excedam o escalonamento de doses recomendado na terapia com lamotrigina (vide
item POSOLOGIA E MODO DE USAR);
- uso concomitante de valproato (vide item POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Exantema tem sido relatado como parte de uma síndrome de hipersensibilidade associada a um
padrão variável de sintomas sistêmicos**.
**Além disso, exantema também foi relatado como parte da síndrome de hipersensibilidade
associado a um padrão variável de sintomas sistêmicos como febre, linfadenopatia, edema facial
e anormalidades do sangue e fígado. A síndrome mostra um amplo espectro de gravidade clínica
e pode, raramente, levar à síndrome de coagulação disseminada (CID) e insuficiência múltipla
de órgãos. É importante notar que manifestações de hipersensibilidade prematuras (por
exemplo, febre e linfadenopatia) podem estar presentes sem que o exantema seja evidente. Se
tais sinais e sintomas estiverem presentes, o paciente deverá ser avaliado imediatamente, e a
lamotrigina, descontinuada, caso uma etiologia alternativa não seja estabelecida.
***Foi relatado que a lamotrigina pode piorar os sintomas parkinsonianos em pacientes com
doença de Parkinson pré-existente. Há relatos isolados de efeitos extra-piramidais e coreoatetose
em pacientes sem esta pré-disposição.
****A disfunção hepática ocorre geralmente associada a reações de hipersensibilidade, mas
foram relatados casos isolados sem sinais claros de hipersensibilidade.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária-
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotside/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.