Bula do Lansoprazol para o Profissional

Bula do Lansoprazol produzido pelo laboratorio Legrand Pharma Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Lansoprazol
Legrand Pharma Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO LANSOPRAZOL PARA O PROFISSIONAL

lansoprazol

LEGRAND PHARMA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA

Cápsula gelatinosa dura com microgrânulos de liberação retardada

15 mg e 30 mg

“Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999”

APRESENTAÇÕES

Cápsula gelatinosa dura com microgrânulos de liberação retardada de 15 mg: embalagem com 14 cápsulas.

Cápsula gelatinosa dura com microgrânulos de liberação retardada de 30 mg: embalagens com 7, 14 ou

28 cápsulas.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada cápsula contém:

lansoprazol ........................................................... 15 mg ...................................30 mg

excipientes q.s.p. .................................................. 1 cápsula ..............................1 cápsula

(manitol, lactose, sacarose, povidona, hipromelose ftalato, álcool cetílico, álcool isopropílico, acetona,

água purificada).

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

O lansoprazol 15 mg é indicado para manutenção da cicatrização de esofagite de refluxo erosiva, de

úlcera duodenal e de úlcera gástrica.

O lansoprazol 30 mg é indicado para cicatrização e alívio sintomático de esofagite de refluxo (incluindo

úlcera de Barrett e casos de resposta insatisfatória a antagonistas de receptores histamínicos H2), de

úlcera duodenal e de úlcera gástrica, em tratamento de curto prazo. Também é indicado para tratamento

em longo prazo de pacientes hipersecretores, portadores ou não de Síndrome de Zollinger-Ellison. Dados

clínicos atuais indicam que lansoprazol é seguro e eficaz nessas desordens em tratamentos de até 2,6 anos

de duração.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

O lansoprazol suprime a secreção gástrica através da inibição específica do sistema da enzima (H+, K+)-

ATPase, na superfície secretora das células parietais gástricas. Dois estudos duplo-cegos e randomizados

avaliaram a eficácia do lansoprazol, nas doses de 15 mg e 30 mg, uma vez ao dia, em relação à ranitidina

(150 mg, duas vezes ao dia) e ao omeprazol (10 mg, uma vez ao dia), no alívio da queimação e da dor

epigástrica em mais de 800 pacientes dispépticos (1)

. Outros estudos avaliaram a eficácia do lansoprazol,

também em relação ao placebo. Nos dois estudos mencionados inicialmente, 15 mg de lansoprazol foram

significantemente (p=0,007) mais eficazes que 10 mg de omeprazol, no alívio dos sintomas após duas

semanas de tratamento (53% x 41%). Ao final de quatro semanas, ambas as porcentagens se

aproximaram. O lansoprazol na dose de 30 mg ao dia foi significativamente mais efetivo que a ranitidina

no alívio dos sintomas, após duas e quatro semanas de tratamento (55% x 33% e 69% x 44%; p=0,001,

análise por protocolo). Todos os pacientes que receberam lansoprazol precisaram significantemente de

menos uso paralelo de antiácidos do que aqueles com omeprazol ou ranitidina. Quando comparado ao uso

de placebo, lansoprazol foi significantemente mais efetivo na eliminação dos sintomas dispépticos, tanto

na dose de 15 mg como de 30 mg (1)

.

1. Eisig JN, Barbuti RC. Doença do refluxo gastroesofágico. In: Federação Brasileira de

Gastroenterologia - Condutas em Gastroenterologia. Ed Revinter 2004. Cap 2, pg 12-17.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

Quimicamente, lansoprazol é 2 - [ [ [ 3 - metil – 4 - (2,2,2-trifluoroetoxi) - 2 piridil] metil] sulfinil]

benzimidazol.

Mecanismo de Ação

O lansoprazol é um benzimidazol substituído, uma categoria de substâncias antisecretoras que não

apresentam propriedades anticolinérgicas ou antagônicas de receptores H2 da histamina, mas que

suprimem a secreção gástrica por inibição específica do sistema da enzima (H+, K+) ATPase, na

superfície secretora das células parietais gástricas. O lansoprazol é primeiramente transferido para a

região secretora de ácido das células parietais da mucosa gástrica e transformada na forma ativa através

da reação de conversão por ácido. Este produto de reação combina com os grupos-SH do (H+K+)-

ATPase que é localizado na região secretora de ácido e desempenha uma função na bomba de próton,

suprimindo a atividade enzimática com objetivo de inibir a secreção de ácido. Como esse sistema

enzimático é conhecido como a bomba ácida (de prótons), do interior das células parietais, lansoprazol é

caracterizado como inibidor da bomba de ácido, ou bomba de prótons, do estômago, bloqueando o passo

final da secreção ácida. Esse efeito é dose-dependente e leva à inibição da secreção ácido-gástrica, tanto

basal quanto estimulada, independentemente do estímulo. A inibição da secreção ácido-gástrica persiste

por até 36 horas após uma dose única. Assim, a meia-vida de eliminação plasmática de lansoprazol não

reflete a duração da sua supressão da secreção ácido-gástrica. As cápsulas contêm microgrânulos com

cobertura entérica, pois o lansoprazol é lábil em meio ácido, de forma que a liberação e a absorção do

fármaco iniciam-se somente no duodeno.

- Atividade inibitória da secreção ácido-gástrica

1. Para secreção ácido-gástrica estimulada pela pentagastrina

Através da administração oral única ou através da administração oral de 30 mg de lansoprazol por 7 dias

em adultos saudáveis, foi observada uma inibição importante na secreção ácido-gástrica, sustentada por

24 horas após a administração.

2. Para secreção ácido-gástrica estimulada pela insulina

Através da administração oral de 30 mg de lansoprazol uma vez ao dia por 7 dias consecutivos em adultos

saudáveis, foi observada uma inibição importante na secreção ácido-gástrica.

3. Para secreção ácido-gástrica noturna

4. Para secreção ácido-gástrica de 24 horas

saudáveis, foi observada uma inibição importante na secreção ácido-gástrica durante o dia em um teste de

amostragem de suco gástrico de 24 horas.

5. Monitoramento do pH gástrico por 24 horas

saudáveis ou em pacientes com úlcera duodenal em período de cicatrização, foi observada uma inibição

importante na secreção ácido-gástrica durante o dia.

6. Monitoramento do pH esofágico inferior por 24 horas

Através da administração oral de 30 mg de lansoprazol uma vez ao dia por 7 a 9 dias consecutivos em

pacientes com esofagite de refluxo, foi observada uma inibição importante do refluxo gastroesofágico.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção

A absorção do lansoprazol é rápida, com Cmáx média ocorrendo aproximadamente 1,7 horas após a dose

oral e a biodisponibilidade absoluta é de mais de 80%. Em indivíduos saudáveis, a meia-vida plasmática

média (± DP) foi de 1,5 (± 1,0) horas. A Cmáx e a AUC são reduzidas em aproximadamente 50% a 70%

caso o lansoprazol seja administrado 30 minutos após a refeição quando comparado com a condição de

jejum. A refeição não exerce efeito significativo caso o lansoprazol seja administrado antes das refeições.

Distribuição

A ligação proteica do lansoprazol é de 97%. A ligação às proteínas plasmáticas é constante acima da

variação de concentrações de 0,05 a 5 µg/mL.

Metabolismo e Excreção

O lansoprazol é extensivamente metabolizado no fígado, primariamente pelo citocromo P450 isoenzima

CYP2C19 para a forma 5-hidroxil-lansoprazol e para CYP 3 a 4 para a forma lansoprazol-sulfona. Dois

metabólitos foram identificados em quantidades mensuráveis no plasma (os derivados do lansoprazol

sulfinil hidroxilados e sulfonas). Estes metabólitos têm muito pouca ou nenhuma atividade antisecretoras.

Acredita-se que o lansoprazol seja transformado em duas espécies ativas, as quais inibem a secreção ácida

pelo bloqueio da bomba de prótons [sistema enzimático (H+ K+) ATPase] na superfície secretória das

células parietais gástricas. Estas duas espécies ativas não estão presentes na circulação sistêmica. A

meiavida de eliminação plasmática do lansoprazol não reflete a duração da supressão da secreção

ácidogástrica.

Assim, a meia-vida de eliminação plasmática é de menos de 2 horas, enquanto que o efeito inibidor ácido,

dura mais que 24 horas.

Eliminação

Após administração de uma dose oral única de lansoprazol, quase não houve excreção urinária da forma

inalterada do fármaco. Em um estudo, após dose única oral de lansoprazol marcado com C14,

aproximadamente um terço da radiação administrada foi excretada na urina e dois terços foram

recuperados nas fezes. Isso implica em excreção biliar significativa dos metabólitos.

A farmacocinética do lansoprazol não se altera com doses múltiplas e não ocorre acúmulo.

Populações Especiais

Uso em idosos

A depuração de lansoprazol é reduzida em pacientes idosos, com meia-vida de eliminação aumentada em

aproximadamente 50% a 100%. Uma vez que a meia-vida média em idosos permanece entre 1,9 e 2,9

horas, a administração repetida de doses diárias não resulta em acúmulo de lansoprazol. Os níveis de pico

plasmático não são aumentados em idosos. Não é necessário qualquer ajuste na dose nesta população de

pacientes. Em pacientes idosos e pacientes com comprometimento hepático o clearence é diminuído.

Gênero

Não foram encontradas diferenças na farmacocinética e nos resultados de pH intragástrico em um estudo

que comparou 12 pacientes do sexo masculino e 6 pacientes do sexo feminino que receberam lansoprazol.

Pacientes com Insuficiência Renal

Em pacientes com insuficiência renal severa, a ligação às proteínas plasmáticas é reduzida em 1,0% a

1,5% após administração de 60 mg de lansoprazol. Os pacientes com insuficiência renal apresentaram

meia-vida de eliminação reduzida e redução na AUC total (livre ou ligada). Entretanto, a AUC para o

lansoprazol livre no plasma não estava relacionada com o grau de insuficiência renal; e a Cmáx e a Tmáx

(tempo para atingir a concentração máxima) não foram diferentes do que a Cmáx e Tmáx dos pacientes

com função renal normal. Não é necessário qualquer ajuste na dose de lansoprazol em pacientes com

disfunção renal.

Pacientes com Insuficiência Hepática

Em pacientes com vários distúrbios hepáticos crônicos, a meia-vida plasmática média foi prolongada de

1,5 horas para 3,2 a 7,2 horas. Um aumento de até 500% foi observado no estado de equilíbrio em

pacientes com distúrbios hepáticos quando comparado a indivíduos saudáveis. Uma redução na dose de

lansoprazol deve ser considerada em pacientes com insuficiência hepática severa.

Uma comparação entre a farmacocinética de lansoprazol em indivíduos saudáveis e em pacientes com

cirrose hepática indica Tmáx discretamente aumentado, Cmáx e AUC significativamente aumentadas.

Raça

Os parâmetros farmacocinéticos médios agrupados de lansoprazol de doze estudos de fase 1 nos Estados

Unidos (N=513) foram comparados com os parâmetros farmacocinéticos médios de dois estudos asiáticos

(N=20). As AUCs médias de lansoprazol em pacientes asiáticos foram aproximadamente o dobro

daquelas observadas nos dados agrupados dos pacientes dos Estados Unidos; entretanto, a variabilidade

intra-individual foi alta. Os valores de Cmáx foram comparáveis.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

Os dados pré-clínicos não revelaram quaisquer riscos para humanos com base nos estudos convencionais

de segurança farmacológica, toxicidade de doses repetidas, toxicidade em reprodução e genotoxicidade.

Em dois estudos de carcinogenicidade em ratos, o lansoprazol produziu uma hiperplasia da célula ELC

(célula tipo-enterocromafin) gástrica de maneira dose-relacionada e carcinoides da célula ELC associadas

com hipergastrinemia devido a inibição da secreção ácida. Também foi observada metaplasia intestinal,

assim como hiperplasia de Célula de Leydig e tumores de Célula de Leydig benigno. Após 18 meses de

tratamento, foi observada atrofia retinal. Isto não foi observado em macacos, cães e camundongos. Em

estudos de carcinogenicidade em ratos foi observada hiperplasia de célula ELC gástrica dose-dependente

assim como tumores hepáticos e adenoma da rede testicular (rete testis). A relevância clínica destes

achados não é conhecida.

A DL50, em administração aguda a camundongos e ratos, por via intraperitonial, foi de 5000 mg/kg;

entretanto, por vias oral e subcutânea não pode ser determinada, pois não houve mortes de animais com

doses de até 5000 mg/kg, que foi a maior dose possível na prática. Doses de até 2000 mg/kg não

produziram alterações tóxicas em cães beagle.

4. CONTRAINDICAÇÕES

O lansoprazol é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida ao lansoprazol ou a

qualquer componente da fórmula. Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando,

antes do início ou durante o tratamento.

O lansoprazol não deve ser coadministrado com atazanavir devido a uma redução significativa na

exposição do atazanavir.

Usuários crônicos de bebidas alcoólicas podem apresentar um risco aumentado de doença do fígado se

tomar uma dose maior que a dose recomendada (superdose).

Não é recomendado utilizar lansoprazol se estiver em uso de diazepam, de fenitoína e de varfarina, drogas

metabolizadas no fígado.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Uma vez que lansoprazol é eliminado predominantemente por via biliar, o perfil farmacocinético de

lansoprazol pode ser modificado por insuficiência hepática moderada a severa, bem como em idosos. Este

medicamento deve ser administrado com cautela em pacientes com insuficiência hepática severa.

Testes realizados em longo prazo evidenciaram a ocorrência de acloridria e consequente elevação da

concentração sérica de gastrina. Entretanto, isto não se observa no tratamento por curto espaço de tempo,

em torno de 2 a 4 semanas, geralmente indicado para a maioria dos casos de úlcera duodenal. Porém, nos

casos de tratamento prolongado, como na esofagite de refluxo e na úlcera gástrica deve- se dar maior

atenção à possibilidade de aumento da concentração da gastrina. Nos casos de úlcera gástrica, deve ser

verificada a benignidade da lesão antes do tratamento. Em pacientes com funções hepática e renal

normais não se observaram alterações nos parâmetros laboratoriais. Entretanto, pacientes com funções

hepática ou renal alteradas devem ser monitorizados durante o tratamento com o produto.

Gravidez e lactação

Estudos em animais não mostraram potencial teratogênico para lansoprazol. Entretanto, não existem

estudos adequados ou bem controlados na gestação humana. lansoprazol deve ser administrado com

cautela durante a gravidez apenas quando necessário.

Durante o tratamento com lansoprazol, a amamentação deve ser evitada caso a administração deste

medicamento seja necessária para a mãe.

Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas

sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Populações Especiais:

Crianças

Não foram estabelecidas a segurança e eficácia em crianças.

Idosos

Em idosos, Tmáx e AUC são o dobro daqueles observados em voluntários jovens. A posologia inicial não

necessita ser modificada em idosos, mas doses subsequentes superiores a 30 mg ao dia não devem ser

administradas, a menos que supressão adicional da secreção ácido-gástrica seja necessária. Deve-se ter

cautela quando lansoprazol for administrado em idosos com disfunção hepática.

As taxas de cicatrização de úlceras em pacientes idosos são similares àquelas em um grupo mais jovem.

As taxas de incidência de eventos adversos e de anormalidades de testes laboratoriais são também

similares àquelas observadas em pacientes mais jovens.

Alteração na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas

Este medicamento pode causar tontura e fadiga, nessas condições, a capacidade de reação pode estar

diminuída. Deve-se evitar dirigir veículos e operar máquinas.

Este medicamento contém LACTOSE.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

O lansoprazol é metabolizado pelo sistema do citocromo P450. Quando lansoprazol é administrado

concomitantemente com teofilina, um pequeno aumento (10%) na depuração de teofilina foi observado.

Devido à pequena magnitude e à direção desse efeito sobre a depuração da teofilina, dificilmente esta

interação representará preocupação do ponto de vista clínico. Mesmo assim, os pacientes devem ser

monitorados, pois alguns casos individuais podem necessitar de titulação adicional da dose de teofilina,

quando lansoprazol for iniciado ou interrompido, para assegurar níveis sanguíneos clinicamente efetivos.

Administração concomitante de lansoprazol e sucralfato retarda a absorção de lansoprazol e reduz sua

biodisponibilidade em aproximadamente 30%. Portanto, lansoprazol deve ser tomado pelo menos 30

minutos antes do sucralfato. Não há diferença estatisticamente significante no Cmáx quando lansoprazol é

administrado uma hora após preparados antiácidos com hidróxido de alumínio e magnésio.

Como lansoprazol causa inibição profunda e duradoura da secreção ácido-gástrica, é teoricamente

possível que possa interferir na absorção de fármacos em que o pH gástrico seja um importante

determinante da biodisponibilidade (p. ex.: cetoconazol, ésteres da ampicilina, sais de ferro, digoxina).

Foram relatadas como eventos adversos: Testes da função hepática anormais, transaminase

glutamicoxalacética (TGO ou aspartato aminotransferase) aumentada, transaminase glutamicopirúvica

(TGP ou alanina aminotransferase) aumentada, creatinina aumentada, fosfatase alcalina aumentada,

globulinas aumentadas, gama glutamil transpeptidase (GGTP) aumentada, células brancas

aumentadas/diminuídas/anormais, taxa AG anormal, células vermelhas, bilirrubinemia, eosinofilia,

hiperlipemia anormais, eletrólitos aumentados/diminuídos, plaquetas aumentadas/diminuídas/anormais e

níveis de gastrina aumentados. Nos estudos com placebo controlado, quando a transaminase glutamino

oxalacética (TGO ou aspartato aminotransferase) e a transaminase glutâmico pirúvica (TGP ou alanina

aminotransferase) foram avaliadas, 0,4% (1/250) dos pacientes recebendo placebo e 0,3% (2/795) dos

pacientes recebendo lansoprazol apresentaram elevações enzimáticas 3 vezes acima do limite superior da

normalidade ao final do tratamento. Nenhum destes pacientes relatou icterícia a qualquer momento do

estudo.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30°C). Proteger da luz e

manter em lugar seco.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.

Características físicas e organolépticas

- lansoprazol 15 mg: cápsula de gelatina dura de cor azul/branco, contendo microgrânulos.

- lansoprazol 30 mg: cápsula de gelatina dura na cor laranja/creme, contendo microgrânulos.

Antes de usar observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

O lansoprazol deve ser administrado por via oral

- Tratamento de esofagite de refluxo, incluindo úlcera de Barrett: 30 mg ao dia, por quatro a oito semanas.

- Tratamento de úlcera duodenal: 30 mg ao dia, por duas a quatro semanas.

- Tratamento de úlcera gástrica: 30 mg ao dia, por quatro a oito semanas.

- Tratamento de manutenção da cicatrização de esofagite de refluxo, de úlcera duodenal e de úlcera

gástrica: 15 mg uma vez ao dia.

- Tratamento da Síndrome de Zollinger-Ellison: dose inicial de 60 mg ao dia, por três a seis dias. A dose

deve ser então titulada ascendentemente, até conseguir-se um paciente assintomático com secreção ácida

basal inferior a 10 mEq/h em pacientes com Síndrome de Zollinger-Ellison não gastrectomizados e em

hipersecretores sem a Síndrome. Em pacientes com a Síndrome, previamente gastrectomizados, a

secreção ácida basal recomendada como alvo é igual ou inferior a 5 mEq/h. Doses diária de até 180 mg

são utilizadas. Se a dose diária exceder 120 mg, as doses devem ser divididas em duas tomadas

equivalentes.

Uma vez que o alvo seja atingido, o paciente deve ser monitorado, para determinar se a dose deve ser

ajustada.

Modo de usar

As cápsulas de lansoprazol devem ser ingeridas pela manhã, em jejum. Caso a dose diária exceda 120 mg,

na Síndrome de Zollinger-Ellison, a dose deve ser dividida, e a segunda dose tomada também deve ser em

jejum. As cápsulas devem ser ingeridas inteiras; o paciente deve ser advertido para não abrir ou mastigar

as cápsulas; elas devem ser deglutidas inteiras, para preservar a cobertura entérica dos grânulos.

Populações Especiais

- Pacientes com Insuficiência renal/idosos/disfunção hepática: não é necessário ajuste de dose para

pacientes com insuficiência renal. Não é necessário ajuste da dose inicial para idosos e portadores de

disfunção hepática leve a moderada.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Este medicamento pode causar algumas reações indesejáveis. Caso o paciente tenha uma reação alérgica,

deve parar de tomar o medicamento e informar seu médico o aparecimento de reações indesejáveis.

- Reação muito comum (>1/10): Não há relatos de reações muito comuns para estes medicamentos.

- Reação comum (>1/100 e < 1/10): Em curto prazo (até 8 semanas de duração) os eventos adversos

foram diarreia, constipação, tontura, náusea e cefaleia, epigastralgia, eructação, flatulência, vômito com

exceção dos pacientes sendo tratados para erradicação de infecção de Helicobacter pylori, se a diarreia

persistir, a administração de lansoprazol deve ser descontinuada, devido a possibilidade de colite

microscópica com engrossamento do feixe de colágeno ou infiltração de células infamatórias observadas

na submucosa do intestino grosso. Na maioria dos casos, os sintomas de colite microscópica se resolvem

após a descontinuação do tratamento com lansoprazol.

- Reação incomum (>1/1.000 e < 1/100): Anorexia, dispepsia, agitação, sonolência, insônia, ansiedade,

mal-estar, fadiga, rash, elevação de TGO e TGP.

- Reação rara (>1/10.000 e < 1/1.000): Secura da boca ou da garganta, glossite, candidiase do esôfago,

pancreatite, petéquias, púrpura, perda de cabelo, eritema multiforme, Síndrome de Stevens-Johnson

(reação alérgica grave, envolvendo erupção cutânea nas mucosas, podendo ocorrer nos olhos, nariz,

uretra, vagina, trato gastrointestinal e trato respiratório), agitação, insônia, letargia, depressão,

alucinações, confusão, vertigens, parestesia, sonolência, tremores, hepatite, icterícia, nefrite intersticial,

trombocitopenia, eosinofilia, pancitopenia, agranulocitose, anemia, leucopenia, edema periférico,

palpitações e dores torácicas, dores musculares e articulares, perturbações do paladar e visuais, febre,

hiperhidrose, constrição brônquica, impotência e angioedema.

- Reação muito rara (<1/10.000): Colite, estomatite, língua preta, agranulocitose, ginecomastia,

galactorreia, choque anafilático, mal estar geral, aumento dos níveis de colesterol e dos triglicérides,

necrólise epidérmica tóxica, elevação da fosfatase alcalina.

- Outras reações possíveis: Reações adversas com pacientes que receberam 15 mg ou 30 mg de

lansoprazol, durante 12 meses, para tratamento de manutenção: ginecomastia, dor, síndrome gripal,

anomalias gastrointestinais (pólipos), alterações dentárias, gastroenterites, alterações no reto, anorexia,

eructação, flatulência, diminuição da libido e reações alérgicas, descolorimento da língua, Lupus

eritematoso cutâneo, hipomagnesemia, prurido, hepatite, elevação da LDH (lactato desidrogenase) e

gama-GT ou valores anormais nos testes de função hepática.

Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Se o paciente ingerir uma dose muito grande deste medicamento acidentalmente, deve procurar um

médico ou um centro de intoxicação imediatamente. O apoio médico imediato é fundamental para adultos

e crianças, mesmo se os sinais e sintomas de intoxicação não estiverem presentes.

Até o momento não há informação disponível sobre superdose em humanos. Em ratos e camundongos, a

administração oral de doses até 5000 mg/kg (aproximadamente 250 vezes a dose em humanos), não

resultou em morte de animais, mas somente afetou a cor da urina em camundongos. O lansoprazol não é

removido da circulação por hemodiálise.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como

proceder.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.