Bula do Leflunomida produzido pelo laboratorio Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
LEFLUNOMIDA
CRISTÁLIA PRODUTOS QUÍMICOS FARMACÊUTICOS LTDA.
COMPRIMIDOS REVESTIDOS
20 MG
BULA DO PACIENTE
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leflunomida
20 mg
“Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1.999”
FORMA FARMACÊUTICA, VIA DE ADMINISTRAÇÃO E APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos de 20 mg: embalagens com 30.
USO ORAL. USO ADULTO.
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
leflunomida ............................................................................ 20 mg
Excipiente q.s.p. .................................................................... 1 comprimido revestido
(Excipientes: povidona, celulose microcristalina, lactose monoidratada, amido, crospovidona, dióxido de silício,
estearato de magnésio, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo)
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
A leflunomida é indicada para o tratamento da artrite reumatoide ativa (inflamação crônica das articulações), reduzindo
os sinais e sintomas, inibindo a destruição das articulações e melhorando as funções físicas e de saúde relacionadas à
qualidade de vida. A leflunomida é também indicada para o tratamento da artrite psoriática ativa (doença inflamatória
que afeta uma parte dos pacientes que sofrem de psoríase crônica na pele).
A leflunomida é um agente antirreumático (medicamentos que tratam reumatismo) modificador de doença com
propriedades antiproliferativas. A leflunomida demonstrou melhorar os sinais e sintomas e reduzir o progresso da
destruição das articulações na artrite reumatoide ativa.
A leflunomida é rapidamente e quase completamente metabolizada em seu metabólito ativo (A771726), e se presume
ser o responsável por toda a ação terapêutica do medicamento leflunomida.
O resultado do tratamento pode ser evidenciado após 4 semanas e pode melhorar de 4 a 6 meses após o seu início.
A leflunomida é contraindicada em pacientes que apresentam alergia ou intolerância à leflunomida, teriflunomida ou a
qualquer um dos componentes da fórmula. Contraindicado também para mulheres grávidas ou que estejam no período
fértil e não utilizam métodos contraceptivos confiáveis e seguros ou que após o tratamento estejam com concentração
do metabólito ativo de leflunomida (A771726) acima de 0,02 mg/L.
A possibilidade de estar grávida deve ser excluída antes de iniciar o tratamento. Em casos de dúvidas, converse com o
seu médico.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o
tratamento.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Geral
Devido à meia-vida prolongada do metabólito ativo da leflunomida, reações adversas podem ocorrer ou persistir mesmo
Após a interrupção do tratamento com leflunomida (vide “Quais os males que este medicamento pode me causar?")
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Caso ocorra uma reação adversa severa com leflunomida, ou se por qualquer outra razão for necessário eliminar
rapidamente o medicamento do organismo, procure atendimento médico para a administração de colestiramina ou
carvão ativado, e se clinicamente necessário, continuar ou repetir a administração. Em caso de suspeita de reação
imunológica e/ou alérgica severa, pode ser necessário prolongar a administração de colestiramina ou carvão ativado
para se obter a eliminação rápida e suficiente do fármaco (vide “O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do
que a indicada deste medicamento?”).
A coadministração de teriflunomida com leflunomida não é recomendada, uma vez que a leflunomida é o composto de
origem da teriflunomida.
Este medicamento contém lactose.
Sistema Hepático (Fígado)
A leflunomida deve ser utilizada com cautela em pacientes com função hepática prejudicada devido ao possível risco de
hepatotoxicidade, visto que o metabólito ativo da leflunomida apresenta alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas e é
eliminado do organismo através de metabolismo hepático e secreção biliar. O uso de leflunomida é desaconselhado em
pacientes com insuficiência hepática significativa ou com doença hepática preexistente.
O monitoramento da função hepática (nível de TGP) será realizado pelo seu médico antes do início do tratamento e no
mínimo em intervalos mensais durante os seis primeiros meses de tratamento, e posteriormente, em intervalos de 6 – 8
semanas.
Seu médico poderá fazer um ajuste de dose, se necessário, caso a sua função hepática esteja prejudicada, conforme
descrito abaixo:
Para elevações confirmadas das enzimas hepáticas (TGP) entre 2 a 3 vezes o limite superior da normalidade (LSN),
uma redução na dose de leflunomida de 20 mg para 10 mg/dia pode possibilitar a continuação da administração de
leflunomida, desde que sob cuidadoso monitoramento.
Se as elevações das enzimas hepáticas (TGP) entre 2-3 vezes o LSN persistirem ou caso se confirmem elevações das
enzimas hepáticas (TGP) acima de 3 vezes o LSN, deve-se interromper o tratamento com a leflunomida. Deve ser
administrada colestiramina ou carvão ativado para reduzir mais rapidamente os níveis do fármaco.
Durante o tratamento com leflunomida foram relatados raros casos de dano hepático grave, com consequência fatal em
casos isolados. A maioria dos casos ocorreu durante os seis primeiros meses de tratamento. Embora não tenha sido
estabelecida uma relação causal com a leflunomida e múltiplos fatores geradores de dúvida estivessem presentes na
maioria dos casos, considera-se essencial que as recomendações de monitoramento sejam rigorosamente seguidas.
Sistema Imunológico e Hematopoiético (responsável pela formação das células do sangue e de defesa)
Em pacientes com anemia pré-existente, leucopenia e/ou trombocitopenia, bem como em pacientes com alteração da
função da medula óssea ou naqueles que apresentam risco de supressão da medula óssea, o risco da ocorrência de
reações hematológicas (do sangue) é aumentado (vide “Interações Medicamentosas”).
Antes do início do tratamento com leflunomida, o médico deve realizar hemograma completo, incluindo a contagem
diferencial de leucócitos e plaquetas, bem como, mensalmente nos primeiros seis meses de tratamento e posteriormente
a cada 6 - 8 semanas.
Caso você esteja em uma das situações abaixo, converse com o médico sobre a necessidade de monitoramento
frequente do sangue (hemograma completo, incluindo leucograma e contagem de plaqueta):
• Pacientes que receberam ou estejam recebendo tratamento com medicamentos imunossupressores ou
hematotóxicos e quando o tratamento com leflunomida for seguido por tais substâncias sem que se observe o período
adequado de eliminação do mesmo;
• Pacientes com histórico de alterações hematológicas importantes;
• Pacientes com alterações hematológicas importantes no início do tratamento, sem relação causal com a doença
artrítica.
Verifique o item 9 “O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada deste medicamento?” , para
ações a serem seguidas em caso de reações hematológicas severas.
Devido ao potencial imunossupressor (capaz de diminuir a imunidade, ou seja, defesa do organismo contra infecções) e
embora não exista experiência clínica suficiente, o uso de leflunomida é desaconselhado para pacientes com:
• Imunodeficiência severa (por exemplo: AIDS);
• Alteração significativa da função da medula óssea;
• Infecções graves.
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Infecções
Medicamentos como leflunomida que apresentam potencial imunossupressor podem aumentar a suscetibilidade dos
pacientes às infecções, incluindo infecções oportunistas (vide “Reações Adversas”). Infecções podem ser mais severas
que o normal e requerem, portanto, tratamento precoce e rigoroso. Procure seu médico caso ocorra uma infecção grave,
pois pode ser necessário interromper o tratamento com leflunomida e realizar os procedimentos de eliminação do
fármaco (vide “O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada deste medicamento?”).
Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes
sob imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos
os cuidados para diagnóstico precoce e tratamento.
Antes de iniciar o tratamento, todos os pacientes devem ser avaliados para diagnóstico de tuberculose (ativos e inativos
– “latente”), de acordo com as recomendações locais. Pacientes com histórias de tuberculose devem ser cuidadosamente
monitorados devido à possibilidade de reativação da infecção.
Sistema respiratório
Procure orientação médica caso você apresente histórico de doença intersticial pulmonar ou sintomas pulmonares, como
tosse e dispneia. Foi raramente relatada doença intersticial pulmonar durante tratamento com leflunomida (vide
“Reações Adversas”). O risco desta ocorrência é aumentado em pacientes com histórico de doença intersticial
pulmonar. A doença intersticial pulmonar é um distúrbio potencialmente fatal, que pode ocorrer de forma aguda durante
a terapia. Sintomas pulmonares, como tosse e dispneia, podem ser motivos para a interrupção do tratamento e para
investigações adicionais, se necessário.
Neuropatia Periférica (alteração funcional do nervo periférico)
Foram relatados casos de neuropatia periférica em pacientes recebendo leflunomida. A maioria dos pacientes
apresentou melhora após a descontinuação da leflunomida, porém alguns deles apresentaram sintomas persistentes.
Idade superior a 60 anos, uso concomitante de medicações neurotóxicas e diabetes podem contribuir para aumentar o
risco de neuropatia periférica. Procure rapidamente seu médico se você desenvolver neuropatia periférica, para verificar
a necessidade de descontinuação do tratamento com leflunomida e para a realização dos procedimentos de eliminação
do fármaco (vide “O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada deste medicamento?”).
Insuficiência Renal
Até o momento não há dados suficientes para se recomendar ajuste posológico em pacientes com insuficiência renal.
Recomenda-se cautela na administração de leflunomida neste grupo de pacientes. Deve-se levar em consideração a alta
taxa de ligação do metabólito ativo de leflunomida às proteínas plasmáticas.
Reações cutâneas
Casos de síndrome de Stevens-Johnson (forma grave de reação alérgica caracterizada por bolhas em mucosas e em
grandes áreas do corpo), necrólise epidérmica tóxica (quadro grave, caracterizado por erupção generalizada, com bolhas
rasas extensas e áreas de necrose epidérmica, à semelhança do grande queimado, resultante principalmente de uma
reação tóxica a vários medicamentos) e reação ao medicamento com eosinofilia (aumento do número de um tipo de
leucócito do sangue chamado eosinófilo) e sintomas sistêmicos foram relatados em pacientes tratados com leflunomida
(vide “Quais os males que este medicamento pode me causar?”). Se você estiver usando leflunomida e desenvolver
qualquer uma destas condições cutâneas, procure imediatamente seu médico para interrupção do tratamento e o início
do procedimento de eliminação do medicamento (vide “O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a
indicada deste medicamento?”).
Pressão Sanguínea
Converse com o seu médico sobre a necessidade de monitoramento da pressão sanguínea durante o tratamento com
leflunomida. A pressão sanguínea deve ser verificada antes do início e periodicamente durante o tratamento com
leflunomida.
Abuso e dependência
Não é conhecido o potencial de leflunomida para abuso ou causar dependência.
Gravidez e amamentação
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Devido ao risco de malformação fetal, a existência de gravidez deve ser excluída antes do início e durante o tratamento
com leflunomida e como precaução em até 2 anos após o seu término. A leflunomida é estritamente contraindicada
durante a gravidez ou em mulheres em idade fértil que não estejam fazendo uso de nenhum método
contraceptivo efetivo, e enquanto a concentração do metabólito ativo de leflunomida (A771726) for superior a 0,02
mg/L. Informe ao seu médico qualquer suspeita de gravidez (como por exemplo, atraso na menstruação) durante o
tratamento ou até 2 anos após o uso de leflunomida. Em caso de resultado positivo, o médico e a paciente devem
discutir juntos os riscos da gravidez. A rápida diminuição da concentração sanguínea do fármaco, através do
procedimento de eliminação descrito abaixo, pode reduzir os riscos para o feto com relação à leflunomida, se o
procedimento for realizado logo após a constatação do atraso menstrual.
Para as mulheres recebendo tratamento com leflunomida e que queiram engravidar, recomenda-se a adoção de um dos
procedimentos de eliminação do fármaco, descritos abaixo:
• Após a suspensão do tratamento com leflunomida, administrar 8 g de colestiramina, 3 vezes ao dia, durante 11
dias; ou
• Após a suspensão do tratamento, administrar 50 g de carvão ativado, 4 vezes ao dia, durante 11 dias.
Não se faz necessária a realização deste procedimento em 11 dias consecutivos, a não ser em caso de necessidade de
redução rápida da concentração plasmática do fármaco.
Em ambos os casos, a concentração plasmática do fármaco deve ser inferior a 0,02 mg/L (0,02 µg/mL) e deve ser
confirmada através de 2 testes isolados com um intervalo mínimo de 14 dias.
Com base nos dados disponíveis, concentrações do fármaco inferiores a 0,02 mg/L podem ser consideradas de risco
mínimo.
Sem a utilização do procedimento de eliminação do fármaco, podem ser necessários até 2 anos para que se alcancem
valores de concentrações plasmáticas inferiores a 0,02 mg/L devido às variações individuais nas taxas de depuração do
fármaco.
Contudo, mesmo após este período, é necessário verificar se os níveis do fármaco estão inferiores a 0,02 mg/L.
Caso não seja possível aguardar um período de 2 anos após o término do tratamento, sob o uso de contracepção
confiável, os procedimentos de eliminação do fármaco devem ser adotados, como medida profilática.
A eficácia dos contraceptivos orais não pode ser garantida durante os procedimentos de eliminação do fármaco com
colestiramina ou carvão ativado. Recomenda-se o uso de métodos contraceptivos alternativos.
Seu médico possui mais informações sobre o risco de malformação fetal e outros resultados adversos na gravidez que
ocorre em mulheres que engravidaram de forma não intencional durante o tratamento com leflunomida, por qualquer
período de tempo no primeiro trimestre da gravidez.
Amamentação: a leflunomida é excretada no leite materno, portanto, não é recomendado que lactantes amamentem
seus filhos durante o tratamento com leflunomida. Informe ao seu médico se você estiver amamentando.
Populações especiais
Uso em Homens
As informações disponíveis não indicam associação entre a leflunomida e o aumento do risco de toxicidade fetal
mediada pelo pai. Entretanto, não foram realizados até o momento, estudos em animais para avaliar especificamente
este risco. Para minimizar eventuais riscos, homens que desejam ter filhos devem considerar a interrupção do
tratamento e a utilização do procedimento de eliminação da leflunomida (vide “Gravidez e amamentação”).
Idosos
Não é necessário ajuste de dose em pacientes com mais de 65 anos de idade.
Crianças e Adolescentes
A segurança e eficácia de leflunomida na população pediátrica não foram estabelecidas; portanto o seu uso em pacientes
menores de 18 anos de idade não é recomendado.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não há informações relevantes sobre os efeitos de leflunomida na capacidade de dirigir ou operar máquinas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
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Se o paciente já estiver utilizando antinflamatórios não-esteroidais (AINEs) e/ou corticosteroides de baixas doses, tais
tratamentos podem ser mantidos após o início do tratamento com leflunomida.
Pode ocorrer aumento das reações adversas no caso de uso recente ou concomitante de leflunomida e substâncias
tóxicas para o fígado (incluindo álcool), tóxicas para o sangue ou imunossupressoras (medicamentos usados para
suprimir a resposta de defesa do corpo). Este fato também deve ser considerado quando o tratamento com leflunomida é
seguido da administração de tais substâncias sem que se observe o período adequado de eliminação do mesmo (vide
“Advertências e Precauções”).
Metotrexato: Em um pequeno estudo (n=30) em pacientes com artrite reumatoide com coadministração leflunomida
(10 a 20 mg por dia) com metotrexato (10 a 25 mg por semana) observou-se elevação de 2 a 3 vezes no valor das
enzimas hepáticas em 5 dos 30 pacientes. Estas elevações normalizaram-se em dois pacientes mantendo-se a
administração dos dois fármacos e em três pacientes com a interrupção da leflunomida. Observou-se elevação de mais
de 3 vezes nas enzimas hepáticas em outros 5 pacientes. Estes pacientes também voltaram ao estado normal, dois dos
quais com a continuação da administração dos dois fármacos e três dos quais após a interrupção da leflunomida.
Portanto, embora não seja necessário um período de aguardo, é recomendado um monitoramento cuidadoso das enzimas
hepáticas durante a fase inicial da substituição de leflunomida para metotrexato.
Vacinas: não existem dados clínicos disponíveis sobre a eficácia e segurança de vacinações durante o tratamento com
leflunomida. Entretanto, a utilização de vacinas vivas atenuadas é desaconselhada. A meia-vida prolongada da
leflunomida deve ser considerada quando da administração de vacina viva atenuada após a interrupção da leflunomida.
Varfarina: foram relatados casos de aumento do tempo de protrombina (elemento da coagulação do sangue), quando
leflunomida e varfarina foram coadministradas. A interação farmacodinâmica com varfarina foi observada com
metabólito ativo (A771726) em um estudo de farmacologia clínica (vide abaixo). Portanto, quando a varfarina é
coadministrada, é recomendado um acompanhamento cuidadoso e monitoramento da RNI (Razão Normalizada
Internacional, um padrão internacional que permite a avaliação do tempo de coagulação do plasma).
Efeito de outros medicamentos sobre a leflunomida
Estudos de inibição in vitro sugerem que o citocromo P450 (CYP) 1A2, 2C19 e 3A4 (sistema enzimático do organismo,
localizado no fígado, responsável pela metabolização de vários medicamentos) estão envolvidos no metabolismo da
leflunomida. A leflunomida não demonstrou interação significativa com cimetidina (inibidor fraco inespecífico do
citocromo P450 (CYP)) em um estudo de interação in vivo.
A administração concomitante de uma dose única de leflunomida em indivíduos recebendo doses múltiplas de
rifampicina (indutor inespecífico do citrocomo P450) aumentou os níveis máximos de A771726 em aproximadamente
40%, enquanto que a AUC (área sob a curva) não foi significativamente alterada. O mecanismo deste efeito não é claro.
Deve-se considerar o potencial de aumento dos níveis de leflunomida com doses múltiplas em pacientes recebendo
concomitantemente leflunomida e rifampicina.
A administração de colestiramina ou carvão ativado provoca a diminuição rápida e significativa da concentração
plasmática de leflunomida.
Efeitos da leflunomida sobre outros medicamentos
Substratos da BCRP (proteína de resistência ao câncer de mama): Apesar de uma interação farmacocinética com
um substrato da BCRP (rosuvastatina) ter sido observada com o metabólito ativo de leflunomida, não foi demonstrada
interação farmacocinética entre a leflunomida (10 a 20 mg por dia) e o metotrexato (um substrato BCRP; 10 a 25 mg
por semana).
Estudos in vivo não demonstraram interações medicamentosas significativas entre leflunomida e contraceptivos orais
trifásicos.
Os seguintes estudos de interação farmacocinética e farmacodinâmica foram realizados com A771726 (o principal
metabólito ativo da leflunomida). Como interações medicamentosas semelhantes não podem ser excluídas para a
leflunomida em doses recomendadas, os seguintes resultados do estudo e recomendações devem ser considerados em
pacientes tratados com leflunomida:
Efeito sobre a repaglinida (substrato CYP2C8): Houve um aumento nos níveis plasmáticos de repaglinida, após
administração de doses repetidas de A771726. Portanto, é recomendado o monitoramento de pacientes com o uso
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concomitante de medicamentos metabolizados pelo CYP2C8, como a repaglinida, paclitaxel, pioglitazona ou
rosiglitazona, uma vez que estes podem estar em maior exposição.
Efeito sobre a cafeína (substrato CYP1A2): Doses repetidas de A771726 diminuíram os níveis plasmáticos da
cafeína. Portanto, medicamentos metabolizados pelo CYP1A2 (como a duloxetina, alosetrona, teofilina e tizanidina)
devem ser usados com precaução durante o tratamento concomitante, uma vez que pode levar à redução da eficácia
destes produtos.
Efeito sobre os substratos do transportador de ânion orgânico 3 (OAT3): Houve um aumento nos níveis
plasmáticos do cefaclor, após administração de doses repetidas de A771726. Portanto, recomenda-se cautela quando
coadministrada com substratos de OAT3, tais como cefaclor, benzilpenicilina, ciprofloxacino, indometacina,
cetoprofeno, furosemida, cimetidina, metotrexato, zidovudina.
Efeito sobre os substratos do BCRP e/ou do polipeptídeo transportador de ânion orgânico B1 e B3
(OATP1B1/B3): houve um aumento no nível plasmático de rosuvastatina, após administração de doses repetidas de
A771726. No entanto, não houve impacto aparente deste aumento na exposição da rosuvastatina no plasma na atividade
da HMG-CoA redutase (enzima que limita a velocidade na síntese de colesterol é a enzima alvo de alguns fármacos na
redução do colesterol). Se forem administrados juntos, a dose de rosuvastatina não deve exceder 10 mg/dia. Para outros
substratos da BCRP (por exemplo, metotrexato, topotecana, sulfassalazina, daunorrubicina, doxorrubicina) e da família
da OATP especialmente os inibidores da HMG-CoA redutase (por exemplo, sinvastatina, atorvastatina, pravastatina,
metotrexato, nateglinida, repaglinida, rifampicina) a administração concomitante também deve ser feita com cautela. Os
pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto aos sinais e sintomas de exposição excessiva aos
medicamentos e redução da dose destes pode ser considerada.
Efeito sobre o contraceptivo oral (0,03 mg de etinilestradiol e 0,15 mg de levonorgestrel): Houve um aumento nos
níveis plasmáticos do etinilestradiol e do levonorgestrel após doses repetidas de A771726. Embora não se espere que
afete negativamente a eficácia dos contraceptivos orais, precauções devem ser adotadas dependendo do tipo de
tratamento contraceptivo oral.
Efeito sobre a varfarina: Doses repetidas de A771726 não tiveram efeito sobre a farmacocinética da S-varfarina,
indicando que o A771726 não é um inibidor ou indutor de CYP2C9. No entanto, uma redução de 25 % no pico da razão
normalizada internacional (RNI) foi observada quando A771726 foi coadministrado com a varfarina, em comparação
com a varfarina isoladamente. Portanto, quando a varfarina é coadministrada, é recomendado um acompanhamento
cuidadoso e monitoramento da RNI.
A administração de leflunomida concomitante a antimaláricos comumente utilizados no tratamento de doenças
reumáticas (por exemplo: cloroquina e hidroxicloroquina), ouro intramuscular ou oral, D-penicilamina, azatioprina e
outros medicamentos imunossupressores (por exemplo: ciclosporina, metotrexato), não foi adequadamente estudada.
Alimento
A absorção da leflunomida pelo sistema gastrintestinal não é afetada quando administrada com alimentos.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.
Os comprimidos de leflunomida devem ser mantidos em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C), na sua embalagem
original seguramente fechada e protegida da umidade.
O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do produto
Leflunomida 20 mg: Comprimidos revestidos, circulares, biconvexos e de coloração amarelada.
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Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Você deve tomar os comprimidos inteiros com líquido, por via oral.
O tratamento com leflunomida deve ser iniciado e acompanhado por médicos com experiência no tratamento de artrite
reumatoide.
Para consultar as recomendações sobre monitoramento, vide “Advertências e Precauções”.
O tratamento com leflunomida para artrite reumatoide é iniciado com uma dose de ataque de 100 mg uma vez ao dia,
durante 3 dias. A omissão da dose de ataque pode diminuir os riscos de reações adversas. A dose de manutenção
recomendada é de 20 mg de leflunomida uma vez ao dia. Se a dose de 20 mg não for clinicamente tolerada, a dose pode
ser reduzida a critério médico.
O tratamento com leflunomida para artrite psoriática também é iniciado com uma dose de ataque de 100 mg uma vez ao
dia, durante 3 dias. A dose de manutenção é de 20 mg de leflunomida uma vez ao dia.
O resultado do tratamento pode ser evidenciado após 4 semanas e pode melhorar de 4 a 6 meses após o seu início. O
tratamento com leflunomida é geralmente de longa duração.
Não há estudos dos efeitos de leflunomida administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para
garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral, conforme recomendado pelo
médico.
Populações especiais
Crianças e Adolescentes
A leflunomida não é recomendada para o uso em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos, uma vez que a
segurança e eficácia nestes grupos ainda não foram estabelecidas.
Idosos
Não é necessário ajuste de dose em pacientes acima de 65 anos de idade.
Pacientes com Insuficiência renal e/ou hepática
Recomenda-se cautela na administração de leflunomida neste grupo de pacientes, vide “Advertências e Precauções”.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da
dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser
administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Reação desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
• Sistemas Gastrintestinal e Hepático:
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Comum: diarreia, náusea, vômitos, anorexia (redução ou perda do apetite), distúrbios da mucosa oral (por exemplo:
estomatite aftosa [inflamação da mucosa da boca], ulcerações [feridas] na boca), dor abdominal, elevação dos
parâmetros laboratoriais hepáticos (por exemplo: transaminases [uma enzima presente nas células do fígado], menos
frequentemente gama-GT [enzima do fígado], fosfatase alcalina, bilirrubina);
Rara: hepatite (inflamação do fígado), icterícia (cor amarelada da pele e olhos), colestase (redução do fluxo biliar, quer
por diminuição ou mesmo interrupção do mesmo);
Muito rara: dano hepático severo, como insuficiência hepática (redução da função do fígado) e necrose hepática aguda
(morte de células do fígado), que pode ser fatal; pancreatite (inflamação no pâncreas).
• Sistema Cardiovascular:
Comum: elevação da pressão sanguínea.
• Sistema Hematológico e Linfático:
Comum: leucopenia (redução dos glóbulos brancos no sangue) com contagem de leucócitos > 2 x 109
/L (>2 g/L);
Incomum: anemia (diminuição do número de glóbulos vermelhos do sangue), trombocitopenia (diminuição no número
de plaquetas sanguíneas) com contagem de plaquetas <100 x 109
/L (<100 g/L);
Rara: leucopenia com contagem de leucócitos < 2 x 109
/L (<2 g/L), eosinofilia (aumento do número de um tipo de
leucócito do sangue chamado eosinófilo) ou pancitopenia (diminuição global de células do sangue [glóbulos brancos,
vermelhos e plaquetas]).
O uso recente, concomitante ou consecutivo de agentes potencialmente mielotóxicos pode estar associado ao maior
risco de efeitos hematológicos (referentes ao sangue).
• Sistema Nervoso:
Comum: dor de cabeça, tontura e parestesia (sensação anormal como ardor, formigamento e coceira, percebidos na pele
e sem motivo aparente);
Incomum: distúrbios do paladar e ansiedade;
Muito rara: neuropatia (doença que afeta um ou vários nervos) periférica.
• Reações alérgicas, pele e anexos:
Comum: reações alérgicas leves (incluindo exantema-maculopapular e outros), prurido (coceira e/ou ardência), eczema
(inflamação da pele na qual ela fica vermelha, escamosa e algumas vezes com rachaduras ou pequenas bolhas), pele
ressecada, aumento da perda de cabelo;
Incomum: urticária;
Muito rara: reações anafiláticas/anafilactoides (reações alérgicas) severas, síndrome de Stevens-Johnson (eritema
multiforme grave) e necrólise epidérmica tóxica (quadro grave, onde uma grande extensão de pele começa a apresentar
bolhas e evolui com áreas avermelhadas semelhante a uma grande queimadura).
Nos casos relatados não foi possível estabelecer uma relação causal com o tratamento com leflunomida, entretanto esta
hipótese não pode ser excluída.
Vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos), incluindo vasculite cutânea necrotizante. Devido à doença subjacente,
uma relação causal não pôde ser estabelecida.
• Infecção:
Rara: infecções severas e sépsis (resposta inflamatória sistêmica), que podem ser fatais.
A maioria dos casos relatados foi confundida por tratamento imunossupressor concomitante e/ou doença comórbida, em
adição à artrite reumatoide, que pode predispor os pacientes à infecção.
Medicamentos como leflunomida, que apresentam potencial imunossupressor, podem levar os pacientes a serem mais
suscetíveis à infecções, incluindo infecções oportunistas.
Em estudos clínicos, a incidência de rinite e bronquite (5% vs. 2%) e pneumonia (3% vs. 0%) foi levemente aumentada
em pacientes tratados com leflunomida, comparativamente ao placebo, enquanto que a incidência geral de infecções foi
comparável entre os dois grupos.
• Doenças do mediastino, torácicos e respiratórios:
Rara: doença intersticial pulmonar (incluindo pneumonite intersticial), que pode ser fatal.
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• Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
Desconhecida: lúpus eritematoso cutâneo (doença autoimune crônica da pele), psoríase pustulosa (doença inflamatória
crônica da pele que se caracteriza pelo aparecimento de lesões com pus) ou piora da psoríase (doença inflamatória
crônica da pele), reações ao medicamento com eosinofilia (aumento do número de um tipo de leucócito do sangue
chamado eosinófilo) e sintomas sistêmicos (vide “Advertências e Precauções”).
• Outras reações:
Comum: perda de peso e astenia (fraqueza);
Incomum: hipopotassemia (redução dos níveis de potássio no sangue).
Pode ocorrer hiperlipidemia (concentrações elevadas de gordura no sangue) leve. As concentrações de ácido úrico
geralmente diminuem devido ao efeito uricosúrico.
Outras observações laboratoriais encontradas cuja relevância clínica não foi estabelecida foram: pequenos aumentos das
taxas de LDH (lactato desidrogenase) e creatina quinase e pequenas reduções no fosfato.
Foram reportados alguns casos de tenossinovites (quando tendão do corpo, após atrito com alguma estrutura, fica
inflamado) e ruptura de tendão como efeitos adversos sob o tratamento com leflunomida; no entanto, não foi possível
estabelecer uma relação causal entre o fármaco e os casos citados.
Pequena diminuição (reversível) na concentração de espermatozoide, contagem total de espermatozoide e na motilidade
progressiva rápida, todas reversíveis, não podem ser excluídas.
O risco de malignidade, particularmente desordens linfoproliferativas (doenças que afetam a forma das células do
sangue), também é conhecido por estar aumentado com o uso de alguns fármacos imunossupressores.
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
MEDICAMENTO?
Sintomas
Foram relatados casos de superdosagem crônica em pacientes sob tratamento com leflunomida, com doses diárias 5
vezes superiores à dose diária recomendada e relatos de superdosagem aguda em adultos e crianças. Não houve eventos
adversos relatados na maioria dos casos de superdosagem. Os eventos adversos foram consistentes com o perfil de
segurança para leflunomida (vide “Quais os males que este medicamento pode me causar?”). Os eventos adversos mais
frequentemente observados foram diarreia, dor abdominal, leucopenia, anemia e elevação nos testes de função hepática.
Procedimento em caso de superdosagem
Caso ocorra superdosagem ou toxicidade relevante, recomenda-se a administração de colestiramina ou carvão ativado
para acelerar a eliminação da leflunomida. A administração de colestiramina por via oral, na dose de 8 g, três vezes ao
dia, durante 24 horas a três voluntários saudáveis, diminuiu os níveis plasmáticos do metabólito ativo (A771726) em
aproximadamente 40% nas primeiras 24 horas e em 49% a 65% em 48 horas. A administração de carvão ativado (em
suspensão) por via oral ou através de uma sonda nasogástrica (50 g a cada 6 horas durante 24 horas) demonstrou reduzir
as concentrações plasmáticas do metabólito ativo em 37% após 24 horas e em 48% em 48 horas.
Estes procedimentos de eliminação podem ser repetidos caso seja clinicamente necessário.
Estudos, tanto com hemodiálise quanto com diálise indicaram que o metabólito primário de leflunomida, não é
dialisável.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a
embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.