Bula do Lfm-Hidroclorotiazida produzido pelo laboratorio Laboratório Farmacêutico da Marinha
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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LFM-HIDROCLOROTIAZIDA
LABORATÓRIO FARMACÊUTICO DA MARINHA – LFM
COMPRIMIDOS SIMPLES
50mg
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IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
LFM-HIDROCLOROTIAZIDA 50mg
DCB: HIDROCLOROTIAZIDA
APRESENTAÇÃO
Forma farmacêutica: Comprimidos simples de 50 mg. Cada caixa contém 500 comprimidos.
“USO ORAL.”
“USO ADULTO E PEDIÁTRICO.”
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido simples contém 50 mg de hidroclorotiazida
Excipientes: celulose microcristalina (MC-102), amido de milho, talco R2BL, dióxido de silício coloidal e estearato de
magnésio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
LFM-Hidroclorotiazida é destinado ao tratamento da hipertensão arterial, quer isoladamente ou em associação com outros
fármacos anti-hipertensivos. Pode ser ainda utilizado no tratamento dos edemas associados com insuficiência cardíaca
congestiva, cirrose hepática e com a terapia por corticosteróides ou estrógenos. Também é eficaz no edema relacionado a
várias formas de disfunção renal, como síndrome nefrótica, glomerulonefrite aguda e insuficiência renal crônica.
A eficácia e a segurança da hidroclorotiazida - foi comprovada com propriedade por Frishman W.H. et al. em seu estudo
comparativo placebo controlado, envolvendo 207 pacientes portadores de hipertensão arterial leve para moderada, que foram
acompanhados por 26 semanas, comprovou-se uma grande diminuição da pressão com Clorana (hidroclotiazida). Kumar
E.B. et al. comprovou em seu estudo com 24 pacientes usando Clorana por 30 dias, que uma única dose de Clorana é eficaz
na diminuição da pressão arterial. Vardan S. et al. também comprovou a eficácia e segurança de Clorana, envolvendo 24
pacientes com hipertensão arterial usando a hidroclorotiazida por 1 mês, diminuindo os elevados níveis de hipertensão
arterial dos pacientes envolvidos no estudo. Bope et al. em seu estudo randomizado envolvendo 157 pacientes acompanhados
por 12 semanas, utilizando Clorana diariamente, pode comprovar que Clorana diminuiu a pressão arterial sistólica e
diastólica.
Reyes AJ. em sua publicação, uma meta-análise sobre monoterapias diuréticas em pacientes hipertensos, comprovou a
eficácia monoterápica de diuréticos na diminuição de hipertensão arterial.
A hidroclorotiazida age diretamente sobre os rins, atuando sobre o mecanismo de reabsorção de eletrólitos no túbulo
contornado distal. Aumenta a excreção de sódio e cloreto (em quantidades aproximadamente equivalentes) e,
consequentemente, de água. A natriurese pode ser acompanhada de alguma perda de potássio. Como outros diuréticos
tiazídicos, reduz a atividade da anidrase carbônica aumentando a excreção de bicarbonato: contudo este efeito é geralmente
de pequena intensidade em comparação ao seu efeito sobre a excreção de cloreto, e não altera consideravelmente o equilíbrio
ácido-base nem o pH urinário.
Além do efeito diurético a hidroclorotiazida como outros tiazídicos, apresenta leve efeito anti-hipertensivo. O mecanismo da
ação anti-hipertensiva dos tiazídicos parece estar relacionado com a excreção e redistribuição do sódio. A hidroclorotiazida
não altera a pressão arterial normal.
A hidroclorotiazida é rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal. A ingestão concomitante de alimentos aumenta sua
absorção. Distribui-se preferencialmente ligada aos eritrócitos, sendo o volume de distribuição de 3,6 a 7,8 l/kg. Atravessa a
barreira placentária e é excretada no leite materno, não atravessando, porém a barreira hematencefálica. A ligação às
proteínas plasmáticas é de 68%. A hidroclorotiazida não sofre metabolismo. Sua meia-vida plasmática é bifásica, sendo a
fase inicial de 3 a 4 horas e a meia-vida terminal de 10 a 17 horas. O início de ação ocorre 2 horas após sua administração,
sendo de 1 a 2 ½ horas, após administração oral, o tempo de atingimento da concentração máxima plasmática.
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A ação da hidroclorotiazida persiste por aproximadamente 6 a 12 horas. É excretada rapidamente pelos rins, após a
administração de 25 a 100 mg, por via oral, cerca de 72 a 97% da dose são excretados na urina.
Estudos realizados em animais demonstraram que as doses tóxicas de hidroclorotiazida são muito mais elevadas que as doses
terapêuticas. Testes “in vitro” e “in vivo” não demonstraram potencial mutagênico nem comprometimento da fertilidade pelo
fármaco. A toxicidade clínica é relativamente rara e geralmente resulta de hipersensibilidade inesperada.
Em raras ocasiões, e por fatores desconhecidos, o tratamento prolongado com tiazídicos pode induzir hipercalcemia e
hipofosfatemia, simulando hiperparatireoidismo.
Em pacientes com cirrose hepática, foi atribuída ao tratamento com tiazídicos deterioração da função mental, incluindo
princípio de coma.
As tiazidas causam aumento na concentração de colesterol e triglicerídeos no plasma por mecanismos desconhecidos. Não se
sabe se esse efeito aumenta o risco de aterosclerose.
LFM-Hidroclorotiazida é contraindicada para os pacientes com anúria e aqueles que apresentem hipersensibilidade à
hidroclorotiazida ou outros fármacos derivados da sulfonamida.
A hidroclorotiazida deve ser usada com cautela em pacientes com doença renal grave, pois os tiazídicos podem precipitar o
aparecimento de azotemia. Reações de sensibilidade podem ocorrer em pacientes com ou sem história de alergia ou asma
brônquica.
Os tiazídicos devem ser usados com cuidado em pacientes com insuficiência hepática ou doença hepática progressiva, pois
pequenas alterações no balanço hidroeletrolítico podem precipitar o coma hepático.
Todos os pacientes em uso de tiazídicos devem ser cuidadosamente observados quanto ao aparecimento de sinais clínicos de
distúrbios hidroeletrolíticos, principalmente hiponatremia, alcalose hipoclorêmica e hipopotassemia.
Deve-se proceder a avaliação periódica dos eletrólitos séricos.
As determinações eletrolíticas urinárias e séricas são particularmente importantes quando o paciente apresenta vômitos
excessivos ou recebe fluidos parenterais. Sinais de advertência ou sintomas de desequilíbrio de fluídos e eletrólitos incluem
secura na boca, sede, fraqueza, letargia, sonolência, dores musculares ou cólicas, fadiga, hipotensão arterial, taquicardia e
distúrbios gastrintestinais.
Especialmente quando a diurese for excessiva e em casos de cirrose grave, ou durante o uso concomitante e prolongado de
corticosteróides ou ACTH, pode ocorrer hipopotassemia.
As tiazidas demonstraram aumentar a excreção urinária de magnésio, podendo resultar em hipomagnesemia. Pode ocorrer
hiperuricemia, ou mesmo gota, em certos pacientes recebendo tiazídicos.
Se houver aparecimento de insuficiência renal progressiva, suspender ou descontinuar a terapia diurética.
Gravidez e lactação
As tiazidas atravessam a barreira placentária, sendo encontradas no sangue do cordão umbilical, e são excretadas no leite
materno. O uso das tiazidas em mulheres grávidas ou lactantes requer que os benefícios sejam avaliados contra os possíveis
riscos que poderão causar ao feto ou lactente, uma vez que não há estudos bem controlados sobre o uso deste grupo de
substâncias em mulheres grávidas.
Categoria de risco na gravidez: B.
“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.”
Populações especiais
Pacientes Idosos
O uso em pacientes idosos, geralmente mais sensíveis aos medicamentos, em especial aos diuréticos, deve ser
cuidadosamente acompanhado.
Medicamento-medicamento
A hidroclorotiazida, assim como outras tiazidas, pode aumentar ou potencializar a ação de outros fármacos anti-
hipertensivos. Pode, também, interferir sobre as necessidades de insulina nos pacientes diabéticos e reduzir o efeito de
hipoglicemiantes orais.
Se houver diabetes latente, ele pode se manifestar durante o tratamento com os tiazídicos. As tiazidas podem aumentar a
resposta à d-tubocurarina.
Em alguns pacientes a administração de agentes anti-inflamatórios não esteróides pode reduzir os efeitos diuréticos,
natriuréticos e anti-hipertensivos das tiazidas. Portanto, quando a hidroclorotiazida e agentes anti-inflamatórios não
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esteróides são utilizados concomitantemente, o paciente deverá ser observado atentamente para determinar se o efeito
desejável do diurético foi obtido.
Medicamento-exame laboratorial
As tiazidas podem diminuir os níveis séricos de iodo conjugado à proteína, sem sinais de distúrbios da tireóide. Deve-se
suspender a administração de hidroclorotiazida antes de se realizarem testes de função da paratireóide.
LFM-Hidroclorotiazida deve ser mantida em temperatura ambiente (15 – 30° C) e proteger da luz e umidade.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”
Características físicas e organolépticas
LFM-Hidroclorotiazida 50 mg: comprimido branco, circular, plano, sulcado, gravado.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
A terapia deve ser individualizada de acordo com a resposta do paciente. A dose deve ser ajustada para se obter a resposta
terapêutica desejada, bem como para determinar a menor dose capaz de manter esta resposta.
Os comprimidos devem ser administrados com líquidos, por via oral.
Uso adulto:
Hipertensão
Dose inicial: 50 a 100 mg/dia, em uma só tomada pela manhã ou em doses fracionadas. Após 1 semana ajustar a posologia
até se conseguir a resposta terapêutica desejada sobre a pressão sanguínea.
Quando a hidroclorotiazida é usada com outro agente anti-hipertensivo, a dose deste último deve ser reduzida para prevenir a
queda excessiva da pressão arterial.
Edema
Dose inicial: 50 a 100 mg uma ou duas vezes ao dia, até obter o peso seco do paciente.
Dose de manutenção: a dose de manutenção varia de 25 a 200 mg por dia ou em dias alternados, de acordo com a resposta do
paciente.
Com a terapia intermitente é menor a probabilidade de ocorrência de distúrbios hidroeletrolíticos.
Uso em lactentes e crianças
Até 2 anos de idade: dose diária total de 12,5 a 25 mg administrada em duas tomadas.
De 2 a 12 anos de idade: dose de 25 a 100 mg, administrada em duas tomadas.
A dose pediátrica diária usual deve ser baseada em 2 a 3 mg/kg de peso corporal, ou a critério médico, dividida em duas
tomadas.
Não há estudos dos efeitos de LFM-Hidroclorotiazida administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e
para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
A hidroclorotiazida é geralmente muito bem tolerada, mas eventualmente podem ocorrer as seguintes reações adversas:
• Gastrintestinais: anorexia, desconforto gástrico, náuseas, vômitos, constipação, icterícia colestática, pancreatite.
• Sistema Nervoso Central: vertigens, parestesia, cefaleia.
• Hematológicas: leucopenia, agranulocitose, trombocitopenia, anemia aplástica, anemia hemolítica.
• Cardiovasculares: hipotensão ortostática (pode ser potencializada pelo álcool, barbitúricos ou narcóticos).
• Hipersensibilidade: púrpura, eritema, fotossensibilidade, urticária, erupção cutânea, reações anafiláticas.
Outras: hiperglicemia, glicosúria, hiperuricemia, fraqueza, espasmo muscular.
• Dados de Farmacovigilância têm demonstrado a ocorrência de alguns casos de: poliaciúria aumento de urgência
urinária, disúria, dor nas extremidades, boca seca e sede.
“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível
em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal e entre em
contato com o setor de Farmacovigilância do Laboratório Farmacêutico da Marinha pelo telefone (21)3860-2859.”
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