Bula do Lfm - Isoniazida produzido pelo laboratorio Laboratório Farmacêutico da Marinha
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
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LFM-ISONIAZIDA
LABORATÓRIO FARMACÊUTICO DA MARINHA – LFM
COMPRIMIDOS SIMPLES
100mg
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LFM - ISONIAZIDA 100 mg
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
LFM-ISONIAZIDA 100mg
DCB: ISONIAZIDA
APRESENTAÇÃO:
Forma Farmacêutica: Comprimidos simples de 100mg. Cada caixa contém 500 comprimidos.
“VIA ORAL.”
“USO ADULTO E PEDIÁTRICO.”
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido simples contém 100mg de Isoniazida
Excipientes: amido de milho, celulose microcristalina, gelatina branca, estearato de magnésio, talco.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE:
Indicado para tratamento e prevenção da infecção latente de todas as formas de tuberculose pulmonares causadas pelo agente da
tuberculose sensível à isoniazida.
Age inibindo a produção do ácido micólico que é um componente importante da parede da micobactéria. Atua também no
tratamento contra a tuberculose causada por bacilos sensíveis, sendo de primeira escolha; além de agir matando as bactérias
extracelulares.
Não deve ser usado em pessoas com alergia à isoniazida. Deve ser usado com cuidado em pessoas que possuem problemas nos
rins, no sistema hematopoético, epilepsia e esquizofrenia, podendo até causar erupções na pele e febre.
Em caso de não se sentir bem com o medicamento ou ao tipo de tratamento imposto, deve-se consultar as orientações da
Coordenação Nacional de Pneumologia Sanitária. Informe ao seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do
início ou durante o tratamento.
Pessoas com problemas nos rins devem sempre estar observando o estado da função renal com cautela. Pessoas idosas, alcóolatras,
diabéticos e desnutridos, podem apresentar polineuropatia periférica que pode ser evitada com o uso preventivo de piridoxina.
Deve evitar o uso de salicilatos e laxantes contendo magnésio. Pacientes que tomam diariamente bebidas alcóolicas possuem
maior incidência de adquirir hepatite medicamentosa. Pode haver a possibilidade de aumento na freqüência de convulsões em
epiléticos. Deve considerar também: insuficiência renal, condições de acetilação lenta (aumenta o risco de males que o
medicamento pode causar), história de psicose, gravidez e amamentação.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Pacientes idosos, alcoólatras, diabéticos e desnutridos podem apresentar polineuropatia periférica (doença que afeta os nervos).
Nestes casos, o médico pode recomendar a utilização preventiva de piridoxina (vitamina B6) que pode evitá-la.
O uso também deve ser cauteloso em pacientes que têm hepatopatia (problemas no fígado), insuficiência renal (problemas nos
rins), dificuldade em eliminar a isoniazida do sangue aumentando o risco de efeitos adversos, epiléticos (possibilidade de aumento
na frequência de convulsões), antecedentes de psicose e porfiria.
Como os pacientes com problemas no fígado e rins apresentam maior risco de efeitos tóxicos, o tratamento somente deve ser
empregado em caso de real necessidade e sob supervisão médica.
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Em alguns pacientes podem ocorrer aumento da bilirrubina (que é um produto da decomposição de uma substância do sangue) e
aumento de algumas enzimas do fígado. Nem sempre o aumento destas impõe o término do tratamento, porém o médico irá avaliar
cada caso.
Deve-se evitar o uso de bebidas alcoólicas durante o tratamento, pois aumenta o risco de efeitos tóxicos. Evitar também o uso de
salicilatos, laxantes contendo magnésio, anticoncepcionais orais e medicamentos que podem causar efeitos tóxicos para o fígado.
Informe seu médico se você apresenta fadiga, fraqueza, náusea, vômitos, urina escura ou olhos amarelados, pois estes podem ser
sinais de hepatite.
Pode ocorrer inflamação de um nervo com alterações neurológicas estruturalmente evidenciáveis e reversíveis com o uso de
piridoxina, caso comece o tratamento imediatamente. Pode ocorrer também inflamação no nervo óptico, incoordenação de
modificações dos movimentos do corpo, distúrbios mentais, descoordenação motora. Raramente podem surgir sintomas de
inflamação nas articulações, presença de fator anti-núcleo (FAN) ou hepatite tóxica. Uma das mais comuns e preocupantes é a
inflamação periférica dos nervos.
A alergia à isoniazida pode provocar febre, várias erupções cutâneas (saída de líquido da pele), hepatite e problemas no sangue
(agranulocitose, eosinofilia, trombocitopenia, anemia), inflamação nos nervos e atrofia ocular.
Outros males são contrações musculares, tontura, ataxia, desordem nervosa caracterizada por sensações anormais como
alucinações, lentidão intelectual e confusão mental e encefalopatia tóxica. Também podem aparecer diversas anormalidades
mentais. Podem precipitar convulsões em pacientes com história de crises convulsivas anteriores.
GRAVIDEZ E AMAMENTAÇÃO
Como não existem estudos que comprovem a segurança da utilização de Isoniazida durante a gravidez, este medicamento não
deve ser usado, a menos que, a critério médico, os benefícios esperados para a mãe sejam superiores aos possíveis riscos para o
feto, apesar disso ressalta-se que a tuberculose não tratada é mais perigosa para a grávida e feto do que o tratamento da doença.
Categoria de risco na gravidez: C
A Isoniazida passa para o leite materno e, portanto, é preciso avaliar a relação risco/benefício. Caso seja administrado, existe um
risco teórico de neuropatia e convulsões. Recomenda-se uso preventivo de piridoxina para a mãe e o bebê. Deve-se monitorar o
lactente para identificar possível toxicidade.
“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu
médico em caso de suspeita de gravidez.”
POPULAÇÕES ESPECIAIS
Pacientes idosos, diabéticos, alcoólatras e desnutridos podem apresentar polineuropatia periférica (doença que afeta os nervos),
neste caso o médico deve orientar uso preventivo de piridoxina (vitamina B6), que pode evita-la. O uso deve ser cauteloso em
pacientes com problemas no fígado e rins, pois apresentam maiores riscos de efeitos tóxicos. Nestes casos, o tratamento somente
deve ser empregado em casos de real necessidade e sob supervisão médica.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Efeitos tóxicos no fígado podem ser aumentados se isoniazida for administrada com anestésicos como enflurano, halotano ou
isoflurano. Com ciclosserina pode ocorrer aumento dos efeitos tóxicos no sistema nervoso central.
A isoniazida aumenta a ação e o risco de efeitos tóxicos da carbamezepina, etossuximida, fenitoína, diazepam e teofilina. A
carbamazepina possivelmente aumenta o efeito tóxico no fígado de isoniazida.
Antiácidos (hidróxido de alumínio e magnésio) e adsorventes (carvão ativado) reduzem a absorção da isoniazida, diminuindo,
assim, sua ação.
A isoniazida pode diminuir a eficácia do cetoconazol.
Teofilina: a isoniazida possivelmente aumenta a concentração plasmática de teofilina, aumentando seu efeito e risco de toxicidade.
Meperidina: uso concomitante aumenta risco de hipotensão arterial ou depressão do sistema nervoso central.
Dissulfiram: uso concomitante pode causar sintomas neurológicos.
Anticoagulantes orais, como warfarin, podem ter efeito aumentado pela isoniazida.
INTERAÇÃO COM ALIMENTOS
Evite comer alimentos ricos em tiramina e histamina (alguns queijos, vinho, salame, soja, suplementos em pó contendo proteínas,
carne de sol), pois interagem com a isoniazida. A absorção da isoniazida é diminuída quando tomada junto com alimentos, este
medicamento deve ser ingerido 1 hora antes ou 2 horas após as refeições.
INTERAÇÃO COM ÁLCOOL
O uso diário de bebidas alcoólicas aumenta o risco de efeito tóxico do medicamento no fígado.
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INTERFERÊNCIA EM EXAMES DE LABORATÓRIO
A isoniazida interfere na determinação da glicosúria (açúcar na urina) e dos níveis de bilirrubinas e transaminases (enzimas do
fígado que aparecem no sangue). Pode haver aumento transitório dos níveis de transaminases no sangue de alguns doentes, mas
geralmente voltam ao normal, sem necessidade de interromper o tratamento.
As concentrações plasmáticas de ALT, AST (enzimas), fosfatase alcalina, bilirrubina, ureia e ácido úrico (são exames de sangue)
podem estar aumentadas.
“Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.”
“Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.”
LFM-Isoniazida deve ser mantido em temperatura ambiente (15 a 30ºC) e protegido da luz e umidade.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”
O comprimido de LFM-ISONIAZIDA 100 mg é de cor branca a branco-amarelada, circular, plano, sulcado, gravado.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança
no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
É aconselhável observar o Guia de Vigilância Epidemiológica, 7ª edição, Série A, Normas e Manuais Técnicos, 2009 do
Ministério da Saúde.
A administração da isoniazida deve ser feita pela manhã, em jejum com algum líquido, sem mastigar, pois a alimentação pode
prejudicar sua absorção. Em caso de grande desconforto digestivo, recomenda-se administrar após uma refeição leve.
Na maioria das formas de tuberculose, indica-se a dose de 5mg/kg de peso corporal durante seis meses com dose máxima de
400mg/dia. Crianças com dose máxima de 10mg/kg/dia. Em quaisquer das indicações citadas, recomenda-se a associação com
rifampicina e pirazinamida durante os primeiros 2 meses e com rifampicina nos 4 meses subseqüentes. Em vários tipos de
tuberculose o tratamento dura mais de 6 meses, mantendo a isoniazida como medicamento único.
“Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.”
O uso correto do medicamento é fundamental para assegurar a eficácia do tratamento, evitando-se, dessa forma, o
desenvolvimento da resistência bacteriana ao medicamento utilizado.
Se houver esquecimento de uma dose, tome-a assim que possível, a menos que esteja próximo da dose seguinte. Nunca tome duas
doses ao mesmo tempo. Se houver esquecimento de duas ou mais doses, o médico deverá ser avisado.
“Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.”
A seguir encontram-se as reações adversas que podem estar relacionadas com o uso da isoniazida:
• Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
As reações mais graves são neuropatia periférica (perda da sensibilidade das extremidades como pés e mãos) e hepatite (alteração
no fígado), especialmente em pessoas com mais de 35 anos. A neuropatia, em geral reversível, é mais comum em desnutridos,
alcoólatras ou hepatopatas (pessoas que já possuem problemas no fígado) e quando estão expostas a altas doses de isoniazida.
• Reações com frequências não estabelecidas:
A hepatite, efeito adverso mais importante, é mais frequente em idosos e alcoólatras podendo ser fatal. Outras manifestações são
náuseas, vômitos, dor no estômago e reações alérgicas que incluem febre, linfadenopatia (ínguas ou gânglios), erupção na pele,
vasculite (inflamação dos vasos), púrpura (pontos avermelhados que aparecem na pele), alterações nas células de defesa do sangue
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(agranulocitose), neurite óptica (alteração na visão), convulsões, episódios psicóticos, síndrome semelhante à doença lúpus
eritematoso sistêmico, pelagra (doença que leva a problemas na pele, no trato gastrintestinal e distúrbios psíquicos), hiperglicemia
(aumento do açúcar no sangue), ginecomastia (aumento da mama em homens), acidose metabólica (alteração no sangue),
síndrome reumatoide e retenção urinária (dificuldade em urinar).
Entre mais de 2000 pacientes estudados, a incidência de reações adversas à isoniazida foi estimada em 5,4%. As reações comuns e
proeminentes foram: exantema (2%) e febre (1,2%). As reações incomuns foram: icterícia (0,6%) e neurite periférica. Entretanto, a
não administração concomitante de piridoxina eleva os casos de neurite periférica para reação comum (2%) em pacientes que
receberam 5 mg/kg/dia do fármaco e para doses mais altas, a neurite periférica passa a ser uma reação muito comum em 10-20%
dos pacientes. A lesão hepática é rara em pacientes com menos de 20 anos e incomum (0,3%) para indivíduos na faixa etária de
20-34 anos, com aumento da incidência para 1,2 – 2,3% em pessoas de 35-49 anos e de mais de 50 anos, respectivamente. De
forma muito rara (menor ou igual a 0,01%) pode ocorrer: neurite óptica, ataxia, distúrbios mentais, descoordenação motora,
sintomas artríticos, contrações musculares, tontura, parestesias, torpor, encefalopatia tóxica, convulsões, náuseas, vômitos e dor
epigástrica.
“Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também a empresa através do seu Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC), ou pelo Setor de
Farmacovigilância da empresa pelo telefone (21) 3860-2859.”