Bula do Lfm-Leflunomida para o Paciente

Bula do Lfm-Leflunomida produzido pelo laboratorio Laboratório Farmacêutico da Marinha
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Lfm-Leflunomida
Laboratório Farmacêutico da Marinha - Paciente

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BULA COMPLETA DO LFM-LEFLUNOMIDA PARA O PACIENTE

LFM-LEFLUNOMIDA

LABORATÓRIO FARMACÊUTICO DA MARINHA - LFM

COMPRIMIDOS REVESTIDOS

20 MG

BULA DO PACIENTE

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LFM-LEFLUNOMIDA 20mg

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

LFM- LEFLUNOMIDA 20mg

DCB: LEFLUNOMIDA

APRESENTAÇÕES:

Forma Farmacêutica: Comprimidos revestidos de 20mg: embalagens com 30, 100, 250 e 500.

USO ORAL.

USO ADULTO.

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contem 20mg de Leflunomida:

Excipientes: povidona, celulose microcristalina, lactose monoidratada, amido, crospovidona, dióxido de silício, estearato de

magnésio, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo.

INFORMAÇÕES AO PACIENTE

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?

O LFM-Leflunomida é indicado para o tratamento da artrite reumatoide ativa (inflamação crônica das articulações),

reduzindo os sinais e sintomas, inibindo a destruição das articulações e melhorando as funções físicas e de saúde relacionadas

à qualidade devida. A leflunomida é também indicada para o tratamento da artrite psoriática ativa (doença inflamatória que

afeta uma parte dos pacientes que sofrem de psoríase crônica na pele).

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

A leflunomida é um agente antirreumático (medicamentos que tratam reumatismo) modificador de doença com propriedades

antiproliferativas. A leflunomida demonstrou melhorar os sinais e sintomas e reduzir o progresso da destruição das

articulações na artrite reumatoide ativa.

A leflunomida é rapidamente e quase completamente metabolizada em seu metabólito ativo (A771726), e se presume ser o

responsável por toda a ação terapêutica do medicamento leflunomida.

O resultado do tratamento pode ser evidenciado após 4 semanas e pode melhorar de 4 a 6 meses após o seu início.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

A leflunomida é contraindicada em pacientes que apresentam alergia ou intolerância à leflunomida, teriflunomida ou a

qualquer um dos componentes da fórmula. Contraindicado também para mulheres grávidas ou que estejam no período fértil e

não utilizam métodos contraceptivos confiáveis e seguros ou que após o tratamento estejam com concentração do metabólito

ativo de leflunomida (A771726) acima de 0,02 mg/L.

A possibilidade de estar grávida deve ser excluída antes de iniciar o tratamento. Em casos de dúvidas, converse com o seu

médico.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Geral

Devido à meia-vida prolongada do metabólito ativo da leflunomida, reações adversas podem ocorrer ou persistir mesmo após

a interrupção do tratamento com leflunomida (vide “Quais os males que este medicamento pode me causar?”).

Caso ocorra uma reação adversa severa com leflunomida, ou se por qualquer outra razão for necessário elimina rapidamente

o medicamento do organismo, procure atendimento médico para a administração de colestiramina ou carvão ativado, e se

clinicamente necessário, continuar ou repetir a administração. Em caso de suspeita de reação imunológica e/ou alérgica

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severa, pode ser necessário prolongar a administração de colestiramina ou carvão ativado para se obter a eliminação rápida e

suficiente do fármaco (vide “O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada deste medicamento?”).

A coadministração de teriflunomida com leflunomida não é recomendada, uma vez que a leflunomida é o composto de

origem da teriflunomida.

Sistema Hepático (Fígado)

A leflunomida deve ser utilizada com cautela em pacientes com função hepática prejudicada devido ao possível risco de

hepatotoxicidade, visto que o metabólito ativo da leflunomida apresenta alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas e é

eliminado do organismo através de metabolismo hepático e secreção biliar. O uso de leflunomida é desaconselhado em

pacientes com insuficiência hepática significativa ou com doença hepática preexistente.

O monitoramento da função hepática (nível de TGP) será realizado pelo seu médico antes do início do tratamento e no

mínimo em intervalos mensais durante os seis primeiros meses de tratamento, e posteriormente, em intervalos de 6 – 8

semanas.

Seu médico poderá fazer um ajuste de dose, se necessário, caso a sua função hepática esteja prejudicada, conforme descrito

abaixo:

Para elevações confirmadas das enzimas hepáticas (TGP) entre 2 a 3 vezes o limite superior da normalidade (LSN), uma

redução na dose de leflunomida de 20 mg para 10 mg/dia pode possibilitar a continuação da administração de leflunomida,

desde que sob cuidadoso monitoramento.

Se as elevações das enzimas hepáticas (TGP) entre 2-3 vezes o LSN persistirem ou caso se confirmem elevações das enzimas

hepáticas (TGP) acima de 3 vezes o LSN, deve-se interromper o tratamento com a leflunomida. Deve ser administrada

colestiramina ou carvão ativado para reduzir mais rapidamente os níveis do fármaco.

Durante o tratamento com leflunomida foram relatados raros casos de dano hepático grave, com consequência fatal em casos

isolados. A maioria dos casos ocorreu durante os seis primeiros meses de tratamento. Embora não tenha sido estabelecida

uma relação causal com a leflunomida e múltiplos fatores geradores de dúvida estivessem presentes na maioria dos casos,

considera-se essencial que as recomendações de monitoramento sejam rigorosamente seguidas.

Sistema Imunológico e Hematopoiético (responsável pela formação das células do sangue e de defesa)

Em pacientes com anemia pré-existente, leucopenia e/ou trombocitopenia, bem como em pacientes com alteração da função

da medula óssea ou naqueles que apresentam risco de supressão da medula óssea, o risco da ocorrência de reações

hematológicas (do sangue) é aumentado (vide “Interações Medicamentosas”).

Antes do início do tratamento com leflunomida, o médico deve realizar hemograma completo, incluindo a contagem

diferencial de leucócitos e plaquetas, bem como, mensalmente nos primeiros seis meses de tratamento e posteriormente a

cada 6 - 8 semanas.

Caso você esteja em uma das situações abaixo, converse com o médico sobre a necessidade de monitoramento frequente do

sangue (hemograma completo, incluindo leucograma e contagem de plaqueta):

▪ Pacientes que receberam ou estejam recebendo tratamento com medicamentos imunossupressores ou hematotóxicos e

quando o tratamento com leflunomida for seguido por tais substâncias sem que se observe o período adequado de eliminação

do mesmo;

▪ Pacientes com histórico de alterações hematológicas importantes;

▪ Pacientes com alterações hematológicas importantes no início do tratamento, sem relação causal com a doença artrítica.·.

Verifique o item 9 “O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada deste medicamento?”, para ações a

serem seguidas em caso de reações hematológicas severas.

Devido ao potencial imunossupressor (capaz de diminuir a imunidade, ou seja, defesa do organismo contra infecções) e

embora não exista experiência clínica suficiente, o uso de leflunomida é desaconselhado para pacientes com:

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▪ Imunodeficiência severa (por exemplo: AIDS);

▪ Alteração significativa da função da medula óssea;

▪ Infecções graves.

Infecções

Medicamentos como leflunomida que apresentam potencial imunossupressor podem aumentar a suscetibilidade dos pacientes

às infecções, incluindo infecções oportunistas (vide “Reações Adversas”). Infecções podem ser mais severas que o normal e

requerem, portanto, tratamento precoce e rigoroso. Procure seu médico caso ocorra uma infecção grave, pois pode ser

necessário interromper o tratamento com leflunomida e realizar os procedimentos de eliminação do fármaco (vide “O que

fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada deste medicamento?”).

Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes sob

imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os

cuidados para diagnóstico precoce e tratamento.

É recomendado um monitoramento cuidadoso em pacientes com histórico de tuberculose devido ao risco de reativação da

doença.

Sistema respiratório

Procure orientação médica caso você apresente histórico de doença intersticial pulmonar ou sintomas pulmonares, como

tosse e dispneia. Foi raramente relatada doença intersticial pulmonar durante tratamento com leflunomida (vide “Reações

Adversas”). O risco desta ocorrência é aumentado em pacientes com histórico de doença intersticial pulmonar. A doença

intersticial pulmonar é um distúrbio potencialmente fatal, que pode ocorrer de forma aguda durante a terapia. Sintomas

pulmonares, como tosse e dispneia, podem ser motivos para a interrupção do tratamento e para investigações adicionais, se

necessário.

Neuropatia Periférica (alteração funcional do nervo periférico)

Foram relatados casos de neuropatia periférica em pacientes recebendo leflunomida. A maioria dos pacientes apresentou

melhora após a descontinuação da leflunomida, porém alguns deles apresentaram sintomas persistentes. Idade superior a 60

anos, uso concomitante de medicações neurotóxicas e diabetes podem contribuir para aumentar o risco de neuropatia

periférica. Procure rapidamente seu médico se você desenvolver neuropatia periférica, para verificar a necessidade de

descontinuação do tratamento com leflunomida e para a realização dos procedimentos de eliminação do fármaco (vide “O

que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada deste medicamento?”).

Insuficiência Renal

Até o momento não há dados suficientes para se recomendar ajuste posológico em pacientes com insuficiência renal.

Recomenda-se cautela na administração de leflunomida neste grupo de pacientes. Deve-se levar em consideração a alta taxa

de ligação do metabólito ativo de leflunomida às proteínas plasmáticas.

Reações cutâneas

Casos de síndrome de Stevens-Johnson (forma grave de reação alérgica caracterizada por bolhas em mucosas e em grandes

áreas do corpo), necrólise epidérmica tóxica (quadro grave, caracterizado por erupção generalizada, com bolhas rasas

extensas e áreas de necrose epidérmica, à semelhança do grande queimado, resultante principalmente de uma reação tóxica a

vários medicamentos) e reação ao medicamento com eosinofilia (aumento do número de um tipo de leucócito do sangue

chamado eosinófilo) e sintomas sistêmicos foram relatados em pacientes tratados com leflunomida (vide “Quais os males que

este medicamento pode me causar?”). Se você estiver usando leflunomida e desenvolver qualquer uma destas condições

cutâneas, procure imediatamente seu médico para interrupção do tratamento e o início do procedimento de eliminação do

medicamento (vide “O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada deste medicamento?”).

Pressão Sanguínea

Converse com o seu médico sobre a necessidade de monitoramento da pressão sanguínea durante o tratamento com

leflunomida. A pressão sanguínea deve ser verificada antes do início e periodicamente durante o tratamento com

leflunomida.

Abuso e dependência

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Não é conhecido o potencial de leflunomida para abuso ou causar dependência.

Gravidez e amamentação

RISCO PARA GRAVIDEZ. PODE CAUSAR MÁ FORMAÇÃO FETAL

Devido ao risco de malformação fetal, a existência de gravidez deve ser excluída antes do início e durante o tratamento com

leflunomida e como precaução em até 2 anos após o seu término. A leflunomida é estritamente contra indicada durante a

gravidez ou em mulheres em idade fértil que não estejam fazendo uso de nenhum método contraceptivo efetivo, e

enquanto a concentração do metabólito ativo de leflunomida (A771726) for superior a 0,02 mg/L. Informe ao seu

médico qualquer suspeita de gravidez (como por exemplo, atraso na menstruação) durante o tratamento ou até 2 anos após o

uso de leflunomida. Em caso de resultado positivo, o médico e a paciente devem discutir juntos os riscos da gravidez. A

rápida diminuição da concentração sanguínea do fármaco, através do procedimento de eliminação descrito abaixo, pode

reduzir os riscos para o feto com relação à leflunomida, se o procedimento for realizado logo após a constatação do atraso

menstrual.

Para as mulheres recebendo tratamento com leflunomida e que queiram engravidar, recomenda-se a adoção de um dos

procedimentos de eliminação do fármaco, descritos abaixo:

▪ Após a suspensão do tratamento com leflunomida, administrar 8 g de colestiramina 3 vezes ao dia, durante 11 dias; ou

▪ Após a suspensão do tratamento, administrar 50 g de carvão ativado, 4 vezes ao dia, durante 11 dias.

Não se faz necessária a realização deste procedimento em 11 dias consecutivos, a não ser em caso de necessidade de redução

rápida da concentração plasmática do fármaco.

Em ambos os casos, a concentração plasmática do fármaco deve ser inferior a 0,02 mg/L (0,02 µg/mL) e deve ser confirmada

através de 2 testes isolados com um intervalo mínimo de 14 dias.

Com base nos dados disponíveis, concentrações do fármaco inferiores a 0,02 mg/L podem ser consideradas de risco mínimo.

Sem a utilização do procedimento de eliminação do fármaco, podem ser necessários até 2 anos para que se alcance valores de

concentrações plasmáticas inferiores a 0,02 mg/L devido às variações individuais nas taxas de depuração do fármaco.

Contudo, mesmo após este período, é necessário verificar se os níveis do fármaco estão inferiores a 0,02 mg/L.

Caso não seja possível aguardar um período de 2 anos após o término do tratamento, sob o uso de contracepção confiável, os

procedimentos de eliminação do fármaco devem ser adotados, como medida profilática.

A eficácia dos contraceptivos orais não pode ser garantida durante os procedimentos de eliminação do fármaco com

colestiramina ou carvão ativado. Recomenda-se o uso de métodos contraceptivos alternativos.

Seu médico possui mais informações sobre o risco de malformação fetal e outros resultados adversos na gravidez que ocorre

em mulheres que engravidaram de forma não intencional durante o tratamento com leflunomida, por qualquer período de

tempo no primeiro trimestre da gravidez.

Amamentação: a leflunomida é excretada no leite materno, portanto, não é recomendado que lactantes amamentem seus

filhos durante o tratamento com leflunomida. Informe ao seu médico se você estiver amamentando.

Populações especiais

Uso em Homens

As informações disponíveis não indicam associação entre a leflunomida e o aumento do risco de toxicidade fetal mediada

pelo pai. Entretanto, não foram realizados até o momento, estudos em animais para avaliar especificamente este risco. Para

minimizar eventuais riscos, homens que desejam ter filhos devem considerar a interrupção do tratamento e a utilização do

procedimento de eliminação da leflunomida (vide “Gravidez e amamentação”).

Idosos

Não é necessário ajuste de dose em pacientes com mais de 65 anos de idade.

Crianças e Adolescentes

A segurança e eficácia de leflunomida na população pediátrica não foram estabelecidas; portanto o seu uso em pacientes

menores de 18 anos de idade não é recomendado.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Não há informações relevantes sobre os efeitos de leflunomida na capacidade de dirigir ou operar máquinas.

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INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Se o paciente já estiver utilizando antinflamatórios não-esteroidais (AINEs) e/ou corticosteroides de baixas doses, tais

tratamentos podem ser mantidos após o início do tratamento com leflunomida.

Pode ocorrer aumento das reações adversas no caso de uso recente ou concomitante de leflunomida e substâncias tóxicas para

o fígado (incluindo álcool), tóxicas para o sangue ou imunossupressoras (medicamentos usados para suprimir a resposta de

defesa do corpo). Este fato também deve ser considerado quando o tratamento com leflunomida é seguido da administração

de tais substâncias sem que se observe o período adequado de eliminação do mesmo (vide “Advertências e Precauções”).

Metotrexato: Em um pequeno estudo (n=30) em pacientes com artrite reumatoide com coadministração leflunomida (10 a

20 mg por dia) com metotrexato (10 a 25 mg por semana) observou-se elevação de 2 a 3 vezes no valor das enzimas

hepáticas em 5 dos30 pacientes. Estas elevações normalizaram-se em dois pacientes mantendo-se a administração dos dois

fármacos e em três pacientes com a interrupção da leflunomida. Observou-se elevação de mais de 3 vezes nas enzimas

hepáticas em outros 5pacientes. Estes pacientes também voltaram ao estado normal, dois dos quais com a continuação da

administração dos dois fármacos e três dos quais após a interrupção da leflunomida. Portanto, embora não seja necessário um

período de aguardo, é recomendado um monitoramento cuidadoso das enzimas hepáticas durante a fase inicial da

substituição de leflunomida para metotrexato.

Vacinas: não existem dados clínicos disponíveis sobre a eficácia e segurança de vacinações durante o tratamento com

leflunomida. Entretanto, a utilização de vacinas vivas atenuadas é desaconselhada. A meia-vida prolongada da leflunomida

deve ser considerada quando da administração de vacina viva atenuada após a interrupção da leflunomida.

Varfarina: foram relatados casos de aumento do tempo de protrombina (elemento da coagulação do sangue), quando

leflunomida e varfarina foram coadministradas. A interação farmacodinâmica com varfarina foi observada com metabólito

ativo (A771726) em um estudo de farmacologia clínica (vide abaixo). Portanto, quando a varfarina é coadministrada, é

recomendado um acompanhamento cuidadoso e monitoramento da RNI (Razão Normalizada Internacional, um padrão

internacional que permite a avaliação do tempo de coagulação do plasma).

Efeito de outros medicamentos sobre a leflunomida

Estudos de inibição in vitro sugerem que o citocromo P450 (CYP) 1A2, 2C19 e 3A4 (sistema enzimático do organismo,

localizado no fígado, responsável pela metabolização de vários medicamentos) estão envolvidos no metabolismo da

leflunomida. A leflunomida não demonstrou interação significativa com cimetidina (inibidor fraco inespecífico do citocromo

P450 (CYP)) em um estudo de interação in vivo.

Pode ocorrer aumento dos níveis plasmáticos de leflunomida após administrações múltiplas em pacientes recebendo

tratamento concomitante de leflunomida com rifampicina.

A administração de colestiramina ou carvão ativado provoca a diminuição rápida e significativa da concentração plasmática

de leflunomida.

Efeitos da leflunomida sobre outros medicamentos:

Substratos da BCRP (proteína de resistência ao câncer de mama): Apesar de uma interação farmacocinética com um

substrato da BCRP (rosuvastatina) ter sido observada com o metabólito ativo de leflunomida, não foi demonstrada interação

farmacocinética entre a leflunomida (10 a 20 mg por dia) e o metotrexato (um substrato BCRP; 10 a 25 mg por semana).

Estudos in vivo não demonstraram interações medicamentosas significativas entre leflunomida e contraceptivos orais

trifásicos.

Os seguintes estudos de interação farmacocinética e farmacodinâmica foram realizados com A771726 (o principal metabólito

ativo da leflunomida). Como interações medicamentosas semelhantes não podem ser excluídas para a leflunomida em doses

recomendadas, os seguintes resultados do estudo e recomendações devem ser considerados em pacientes tratados com

leflunomida:

Efeito sobre a repaglinida (substrato CYP2C8): Houve um aumento nos níveis plasmáticos de repaglinida, após

administração de doses repetidas de A771726. Portanto, é recomendado o monitoramento de pacientes com o uso

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concomitante de medicamentos metabolizados pelo CYP2C8, como a repaglinida, paclitaxel, pioglitazona ou rosiglitazona,

uma vez que estes podem estar em maior exposição.

Efeito sobre a cafeína (substrato CYP1A2): Doses repetidas de A771726 diminuíram os níveis plasmáticos da cafeína.

Portanto, medicamentos metabolizados pelo CYP1A2 (como a duloxetina, alosetrona, teofilina e tizanidina) devem ser

usados com precaução durante o tratamento concomitante, uma vez que pode levar à redução da eficácia destes produtos.

Efeito sobre os substratos do transportador de ânion orgânico 3 (OAT3): Houve um aumento nos níveis plasmáticos do

cefaclor, após administração de doses repetidas de A771726. Portanto, recomenda-se cautela quando coadministrada com

substratos de OAT3, tais como cefaclor, benzilpenicilina, ciprofloxacino, indometacina, cetoprofeno, furosemida, cimetidina,

metotrexato, zidovudina.

Efeito sobre os substratos do BCRP e/ou do polipeptídeo transportador de ânion orgânico B1 e B3 (OATP1B1/B3):

Houve um aumento no nível plasmático de rosuvastatina, após administração de doses repetidas de A771726. No entanto,

não houve impacto aparente deste aumento na exposição da rosuvastatina no plasma na atividade da HMG-CoAredutase

(enzima que limita a velocidade na síntese de colesterol é a enzima alvo de alguns fármacos na redução do colesterol). Se

forem administrados juntos, a dose de rosuvastatina não deve exceder 10 mg/dia. Para outros substratos da BCRP (por

exemplo, metotrexato, topotecana, sulfassalazina, daunorrubicina, doxorrubicina) e da família da OATP especialmente os

inibidores da HMG-CoAredutase (por exemplo, sinvastatina, atorvastatina, pravastatina, metotrexato, nateglinida,

repaglinida, rifampicina) a administração concomitante também deve ser feita com cautela. Os pacientes devem ser

cuidadosamente monitorados quanto aos sinais e sintomas de exposição excessiva aos medicamentos e redução da dose

destes pode ser considerada.

Efeito sobre o contraceptivo oral (0,03 mg de etinilestradiol e 0,15 mg de levonorgestrel): Houve um aumento nos níveis

plasmáticos do etinilestradiol e do levonorgestrel após doses repetidas de A771726. Embora não se espere que afete

negativamente a eficácia dos contraceptivos orais, precauções devem ser adotadas dependendo do tipo de tratamento

contraceptivo oral.

Efeito sobre a varfarina: Doses repetidas de A771726 não tiveram efeito sobre a farmacocinética da S-varfarina, indicando

que o A771726 não é um inibidor ou indutor de CYP2C9. No entanto, uma redução de 25 % no pico da razão normalizada

internacional (RNI) foi observada quando A771726 foi coadministrado com a varfarina, em comparação com a varfarina

isoladamente. Portanto, quando a varfarina é coadministrada, é recomendado um acompanhamento cuidadoso e

monitoramento da RNI.

A administração de leflunomida concomitante a antimaláricos comumente utilizados no tratamento de doenças reumáticas

(por exemplo: cloroquina e hidroxicloroquina), ouro intramuscular ou oral, D-penicilamina, azatioprina e outros

medicamentos imunossupressores (por exemplo: ciclosporina, metotrexato), não foi adequadamente estudada.

Alimento

A absorção da leflunomida pelo sistema gastrintestinal não é afetada quando administrada com alimentos.

ESTE MEDICAMENTO CONTÉM LACTOSE.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

Os comprimidos de leflunomida devem ser mantidos em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), na sua embalagem original

seguramente fechada e protegida da umidade.

O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

Leflunomida 20 mg: Comprimidos revestidos, circulares, biconvexos e de coloração amarelada.

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Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma

mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Você deve tomar os comprimidos inteiros com líquido, por via oral.

O tratamento com leflunomida deve ser iniciado e acompanhado por médicos com experiência no tratamento de artrite

reumatoide.

ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER PARTIDO OU MASTIGADO.

Para consultar as recomendações sobre monitoramento, vide “Advertências e Precauções”.

O tratamento com leflunomida para artrite reumatoide é iniciado com uma dose de ataque de 100 mg uma vez ao dia, durante

3dias. A dose de manutenção recomendada é de 20 mg de leflunomida uma vez ao dia. Se a dose de 20 mg não for

clinicamente tolerada, a dose pode ser reduzida a critério médico.

O tratamento com leflunomida para artrite psoriática também é iniciado com uma dose de ataque de 100 mg uma vez ao dia,

durante 3 dias. A dose de manutenção é de 20 mg de leflunomida uma vez ao dia.

O resultado do tratamento pode ser evidenciado após 4 semanas e pode melhorar de 4 a 6 meses após o seu início. O

tratamento com leflunomida é geralmente de longa duração.

Não há estudos dos efeitos de leflunomida administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a

eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral, conforme recomendado pelo médico.

Populações especiais

Crianças e Adolescentes:

A leflunomida não é recomendada para o uso em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos, uma vez que a

segurança e eficácia nestes grupos ainda não foram estabelecidas.

Idosos:

Não é necessário ajuste de dose em pacientes acima de 65 anos de idade.

Pacientes com Insuficiência renal e/ou hepática:

Recomenda-se cautela na administração de leflunomida neste grupo de pacientes, vide “Advertências e Precauções”.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa

o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose

seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas

duas doses ao mesmo tempo.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou de seu cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Reação desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).

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▪ Sistemas Gastrintestinal e Hepático:

Comum: diarreia, náusea, vômitos, anorexia (redução ou perda do apetite), distúrbios da mucosa oral (por exemplo:

estomatite aftosa [inflamação da mucosa da boca], ulcerações [feridas] na boca), dor abdominal, elevação dos parâmetros

laboratoriais hepáticos (por exemplo: transaminases [uma enzima presente nas células do fígado], menos frequentemente

gama-GT [enzima do fígado], fosfatase alcalina, bilirrubina);

Rara: hepatite (inflamação do fígado), icterícia (cor amarelada da pele e olhos) /colestase (redução do fluxo biliar quer por

diminuição ou mesmo interrupção do mesmo);

Muito rara: dano hepático severo, como insuficiência hepática (redução da função do fígado) e necrose hepática aguda (morte

de células do fígado), que pode ser fatal; pancreatite (inflamação no pâncreas).

▪ Sistema Cardiovascular:

Comum: elevação da pressão sanguínea.

▪ Sistema Hematológico e Linfático:

Comum: leucopenia (redução dos glóbulos brancos no sangue) com contagem de leucócitos > 2 x 109

/L (>2 g/L);

Incomum: anemia (diminuição do número de glóbulos vermelhos do sangue), trombocitopenia (diminuição no número de

plaquetas sanguíneas) com contagem de plaquetas <100 x 109

/L (<100 g/L);

Rara: leucopenia com contagem de leucócitos < 2 x 109

/L (<2 g/L), eosinofilia (aumento do número de um tipo de leucócito

do sangue chamado eosinófilo) ou pancitopenia (diminuição global de células do sangue [glóbulos brancos, vermelhos e

plaquetas]).

O uso recente, concomitante ou consecutivo de agentes potencialmente mielotóxicos pode estar associado ao maior risco de

efeitos hematológicos (referentes ao sangue).

▪ Sistema Nervoso:

Comum: dor de cabeça, tontura e parestesia (sensação anormal como ardor, formigamento e coceira, percebidos na pele e

sem motivo aparente);

Incomum: distúrbios do paladar e ansiedade;

Muito rara: neuropatia (doença que afeta um ou vários nervos) periférica.

▪ Reações alérgicas, pele e anexos:

Comum: reações alérgicas leves (incluindo exantema-maculopapular e outros), prurido (coceira e/ou ardência), eczema

(inflamação da pele na qual ela fica vermelha, escamosa e algumas vezes com rachaduras ou pequenas bolhas), pele

ressecada, aumento da perda de cabelo;

Incomum: urticária;

Muito rara: reações anafiláticas/anafilactoides (reações alérgicas) severas, síndrome de Stevens-Johnson (eritemamultiforme

grave) e necrólise epidérmica tóxica (quadro grave, onde uma grande extensão de pele começa a apresentar bolhas e evolui

com áreas avermelhadas semelhante a uma grande queimadura).

Nos casos relatados não foi possível estabelecer uma relação causal com o tratamento com leflunomida, entretanto esta

hipótese não pode ser excluída.

Vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos), incluindo vasculite cutânea necrotizante. Devido à doença subjacente, uma

relação causal não pôde ser estabelecida.

▪ Infecção:

Rara: infecções severas e sépsis (resposta inflamatória sistêmica), que podem ser fatais.

A maioria dos casos relatados foi confundida por tratamento imunossupressor concomitante e/ou doença comórbida,

emadição à artrite reumatoide, que pode predispor os pacientes à infecção.

Medicamentos como leflunomida, que apresentam potencial imunossupressor, podem levar os pacientes a serem mais

suscetíveis à infecções, incluindo infecções oportunistas.

Em estudos clínicos, a incidência de rinite e bronquite (5% vs. 2%) e pneumonia (3% vs. 0%) foi levemente aumentada em

pacientes tratados com leflunomida, comparativamente ao placebo, enquanto que a incidência geral de infecções foi

comparável entre os dois grupos.

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▪ Doenças do mediastino, torácicos e respiratórios:

Rara: doença intersticial pulmonar (incluindo pneumonite intersticial), que pode ser fatal.

▪ Distúrbios da pele e tecido subcutâneo

Desconhecida: lúpus eritematoso cutâneo (doença auto imune crônica da pele), psoríase pustulosa (doença inflamatória

crônica da pele que se caracteriza pelo aparecimento de lesões com pus) ou piora da psoríase (doença inflamatória crônica da

pele), reações ao medicamento com eosinofilia (aumento do número de um tipo de leucócito do sangue chamado eosinófilo)

e sintomas sistêmicos (vide “Advertências e Precauções”).

▪ Outras reações:

Comum: perda de peso e astenia (fraqueza);

Incomum: hipopotassemia (redução dos níveis de potássio no sangue).

Pode ocorrer hiperlipidemia (concentrações elevadas de gordura no sangue) leve. As concentrações de ácido úrico

geralmente diminuem devido ao efeito uricosúrico.

Outras observações laboratoriais encontradas cuja relevância clínica não foi estabelecida, foram: pequenos aumentos das

taxas de LDH (lactato desidrogenase) e creatina quinase e pequenas reduções no fosfato.

Foram reportados alguns casos de tenossinovites (quando tendão do corpo, após atrito com alguma estrutura, fica inflamado)

e ruptura de tendão como efeitos adversos sob o tratamento com leflunomida; no entanto, não foi possível estabelecer uma

relação causal entre o fármaco e os casos citados.

Pequena diminuição (reversível) na concentração de espermatozoide, contagem total de espermatozoide e na motilidade

progressiva rápida, todas reversíveis, não podem ser excluídas.

O risco de malignidade, particularmente desordens linfoproliferativas (doenças que afetam a forma das células do sangue),

também é conhecido por estar aumentado com o uso de alguns fármacos imunossupressores.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.

Informe também a empresa através do seu Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC), ou pelo Setor de

Farmacovigilância da empresa pelo telefone (21) 3860-2859.

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?

MEDICAMENTO?

Sintomas:

Foram relatados casos de superdosagem crônica em pacientes sob tratamento com leflunomida, com doses diárias 5 vezes

superiores à dose diária recomendada e relatos de superdosagem aguda em adultos e crianças. Não houve eventos adversos

relatados na maioria dos casos de superdosagem. Os eventos adversos foram consistentes com o perfil de segurança para

leflunomida (vide “Quais os males que este medicamento pode me causar?”). Os eventos adversos mais frequentemente

observados foram diarreia, dor abdominal, leucopenia, anemia e elevação nos testes de função hepática.

Procedimento em caso de superdosagem:

Caso ocorra superdosagem ou toxicidade relevante, recomenda-se a administração de colestiramina ou carvão ativado para

acelerar a eliminação da leflunomida. A administração de colestiramina por via oral, na dose de 8 g, três vezes ao dia,

durante 24 horas a três voluntários saudáveis, diminuiu os níveis plasmáticos do metabólito ativo (A771726) em

aproximadamente 40% nas primeiras 24 horas e em 49% a 65% em 48 horas. A administração de carvão ativado (em

suspensão) por via oral ou através de uma sonda nasogástrica (50 g a cada 6 horas durante 24 horas) demonstrou reduzir as

concentrações plasmáticas do metabólito ativo em 37% após 24 horas e em 48% em 48 horas.

Estes procedimentos de eliminação podem ser repetidos caso seja clinicamente necessário.

Estudos, tanto com hemodiálise quanto com diálise indicaram que o metabólito primário de leflunomida, não é dialisável.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem

ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

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Bula do Lfm-Leflunomida
Laboratório Farmacêutico da Marinha - Profissional

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