Bula do Lidial produzido pelo laboratorio Laboratil Farmaceutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
LIDIAL
Bunker Indústria Farmacêutica Ltda
pomada
50 mg/g
LIDIAL®
cloridrato de lidocaína
Apresentações
Pomada dermatológica: embalagem contendo uma bisnaga com 25 g.
USO TÓPICO SOBRE MUCOSA E PELE.
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 5 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada g de pomada contém:
cloridrato de lidocaína ................................................. 50 mg
excipientes q.s.p. ............................................................... 1 g
(propilenoglicol, monoetanolamina e petrolato branco).
LIDIAL®
Pomada é indicada como anestésico tópico para:
• Alívio da dor durante exame e instrumentação, por exemplo, proctoscopia, sigmoidoscopia, cistoscopia, intubação
endotraqueal.
• Odontologia: anestesia superficial da gengiva antes da injeção de anestésicos e remoção de tártaro.
• Anestesia de mucosas, como por exemplo, nos casos de hemorróidas e fissuras.
Alívio temporário da dor associada a queimaduras leves e abrasões da pele (ex.: queimadura de sol, herpes zoster e labial, prurido,
rachadura de seios, picada de inseto).
Östman PL e White PF, no capítulo sobre Anestesia Ambulatorial, citam dentre vários outros, a hemorroidectomia, restaurações
dentárias e revisão de escaras como procedimentos ambulatoriais, sendo que algumas vezes é necessária a suplementação anestésica
ou analgesia nos mesmos, podendo estar indicada a utilização de técnicas de anestesia tópica. Dentre as drogas que podem ser
utilizadas, os autores indicam como exemplo os cremes e aerossóis de lidocaína (ÖSTMAN PL e WHITE PF- Outpatient
Anesthesia. Anesthesia Fourth EditionRonald D Miller editor 1994; 69 (2): 2214, 2234).
Kuo MJ et al. realizaram um estudo prospectivo randomizado sobre o uso e eficácia da lidocaína na forma pomada 5% em
comparação com o uso de vaselina no tratamento da dor causada pelo uso de tampão nasal pós-cirurgia septal. Os pacientes foram
avaliados através da escala analógica visual de dor: os resultados demonstraram que o uso de lidocaína diminuiu significativamente
a dor nas primeiras 3 horas (P< 0,05), sendo que nas 6 horas seguintes e na remoção do tampão ocorreu uma diminuição importante
da dor, mas não significativa. Os autores concluem que o uso tópico de lidocaína na forma pomada é seguro e alivia a dor
pósoperatória causada pelo tampão nasal (KUO MJ et al. Clin Otolaryngol 1995; 20(4): 357-9).
Zolnoun DA et al., realizaram um estudo envolvendo o uso de pomada de lidocaína 5% no tratamento de vestibulite vulvar,
avaliando através de uma escala analógica visual de dor a diminuição da dor ao coito. Os resultados demonstraram uma diminuição
estatisticamente significativa, após o tratamento, no alívio da dor (P< 0,001) e uma habilidade maior para o coito (P= 0,02). Os
autores consideraram a possibilidade de que este tratamento também beneficiaria as pacientes com cistite intersticial ou outros
acometimentos da vulva. Entretanto, é possível a conclusão de que o uso noturno de pomada de lidocaína 5% a longo prazo mostra-
se promissor no tratamento da vestibulite vulvar (ZOLNOUN DA et al. Obstet Gynecol 2003; 102(1): 84-7).
Lidocaína pomada demonstrou ser eficaz em estudos controlados como anestésico tópico de mucosas para procedimentos
relacionados com dores em adultos e crianças. O início da anestesia em mucosa oral ocorre entre 0,5 e 2 minutos. Estudos
controlados também demonstraram a sua eficácia como analgésico pós-operatório em odontologia.
Lidocaína pomada reduz significativamente a dor resultante de aplicação de agulha na mucosa oral (YAACOB HB et al. Sing Dent
J 1981;6(2):55).
Lidocaína pomada quando aplicada na dobra bucal inferior produz um alto grau de anestesia da mucosa para a inserção de agulhas
(HOLST, A. et al. Swed Dent. J. 1985; 9:185).
Lidocaína pomada aplicada na dobra da mucosa bucal reduz significativamente (p < 0,05) a pontuação da escala de analógica visual
de dor resultante da inserção de agulhas versus placebo (ROSIVACK, RG et al. Anesth Prog. 1990;37:290).
Lidocaína pomada 5% aplicada bilateralmente no sulco bucal das regiões dos pré-molares superiores, por dois minutos, reduz
significativamente as pontuações da escala analógica visual de dor, quando comparada com placebo (VICKERS ER et al. Aust Dent
J. 1992;37(4):267).
Lidocaína pomada 5% diminui a dor resultante da inserção de agulhas na mucosa oral em crianças entre 7 e 12 anos (HOWITT JW
et al. N Y State Dent J. 1972;38:549).
Lidocaína pomada 5% reduz a dor relacionada a injeções de bloqueadores anestésicos em crianças entre 3 e 6 anos (CARREL R et
al. Anesth Prog. 1974; 21(5):126)
Lidocaina pomada 5% promove a anestesia local para procedimentos no sulco gengival. (DONALDSON, D et al. Anesth Prog
1995;42(1):7)
Após a extração dental, especialmente a remoção dos terceiro molares, pode ocorrer dor severa resultante da osteíte alveolar.
Lidocaina pomada 2,5% e clorexidina reduzem significativamente o número de dias de dor severa que requer tratamento com
analgésicos narcóticos (GARIBALDI, JA et al. J Calif Dent Assoc 1995;23(4):71).
Propriedades Farmacodinâmicas
A lidocaína é absorvida após a aplicação da LIDIAL®
Pomada nas mucosas e pele danificadas. É inativa quando aplicada à pele
íntegra. A absorção ocorre mais rapidamente após administração intratraqueal. O início de ação é entre 0,5 a 5 minutos em mucosas.
A lidocaína, como outros anestésicos locais, causa bloqueio reversível da propagação do impulso ao longo das fibras nervosas
através da prevenção do movimento de íons sódio para dentro das membranas nervosas. Presume-se que anestésicos locais do tipo
amida atuem dentro dos canais de sódio das membranas nervosas.
Anestésicos locais podem também ter efeitos similares nas membranas excitáveis do cérebro e do miocárdio. Se uma quantidade
excessiva do fármaco atingir a circulação sistêmica rapidamente, poderão aparecer sinais e sintomas de toxicidade provenientes dos
Sistemas Cardiovascular e Nervoso Central.
A toxicidade no Sistema Nervoso Central geralmente precede os efeitos cardiovasculares, uma vez que ela ocorre em níveis
plasmáticos mais baixos. Efeitos diretos dos anestésicos locais no coração incluem condução lenta, inotropismo negativo e,
eventualmente, parada cardíaca.
A lidocaína na forma de pomada diminui significativamente a dor de injeções dentais quando comparado ao placebo. A lidocaína
pomada aplicada ao tubo endotraqueal antes da intubação, diminui a ocorrência de dor de garganta pós-operatória. Estudos
controlados demonstram sua eficácia como um analgésico pós-operatório em odontologia, em otorrinolaringologia e depois de
circuncisão.
Além do seu efeito de anestesia local, a lidocaína tem propriedades antibacteriana e antivirótica em concentrações acima de 0,5 a
2%, dependendo das espécies. A lidocaína em concentrações de 1 a 4% induz uma inibição concentração-dependente de
crescimento, geralmente em uma variedade de patógenos encontrada em infecções de ferida, como Enterococcus faecalis,
Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. A maior sensibilidade é mostrada através de organismos gram-
negativos. A lidocaína em concentrações de 2 -a 4% inibe o crescimento de um número de S. aureus meticilina-resistente e
Enterococci vancomicinaresistente de cepas isoladas.
Propriedades Farmacocinéticas
A lidocaína é absorvida após aplicação tópica em mucosas. A velocidade e a extensão da absorção dependem da dose total
administrada e da concentração, do local de aplicação e da duração da exposição. Geralmente, a velocidade de absorção de agentes
anestésicos locais após aplicação tópica, é mais rápida após administração intratraqueal e bronquial. A lidocaína também é bem
absorvida no trato gastrointestinal, mas pouco fármaco intacto aparece na circulação por causa da biotransformação no fígado.
Após a inserção de um tubo endotraqueal lubrificado com em média de 1,26 g (0,49–2,45) de LIDIAL®
Pomada em pacientes entre
18 e 80 anos, o pico médio de concentração plasmática de lidocaína foi 0,45 (0,2–0,9) mcg/mL e normalmente foi observado dentro
de 15 minutos. Um aumento de dose de 1 g de pomada resultou em um aumento em média da concentração plasmática de 0,22
mcg/mL.
A ligação da lidocaína às proteínas plasmáticas é dependente da concentração, e a fração de ligação diminui com o aumento da
concentração. Nas concentrações de 1 a 4 mcg de base livre por mL, 60 a 80% da lidocaína é ligada a proteínas. A ligação é também
dependente da concentração plasmática de alfa-1-glicoproteína ácida.
A lidocaína atravessa as barreiras hematoencefálica e placentária, presumivelmente por difusão passiva.
A lidocaína é rapidamente metabolizada no fígado e os metabólitos e fármaco inalterado são excretados pelos rins. A
biotransformação inclui N-desalquilação oxidativa, hidroxilação cíclica, clivagem da ligação amídica e conjugação. N-
desalquilação, uma via principal de biotransformação, produz os metabólitos monoetilglicinexilidida e glicinexilidida. As ações
farmacológicas/toxicológicas destes metabólitos são semelhantes, mas menos potentes do que aqueles da lidocaína.
Aproximadamente 90% da lidocaína administrada é excretada na forma de vários metabólitos, e menos do que 10% é excretado
inalterado. O metabólito primário na urina é um conjugado de 4-hidroxi-2,6-dimetilanilina.
A meia-vida de eliminação da lidocaína seguida de uma injeção intravenosa em bolus é tipicamente 1,5 a 2 horas. Devido à rápida
velocidade em que a lidocaína é metabolizada, qualquer condição que afete a função hepática pode alterar a cinética da lidocaína. A
meia-vida pode ser prolongada duas vezes ou mais em pacientes com disfunção hepática. A disfunção renal não afeta a cinética da
lidocaína, mas pode aumentar o acúmulo de metabólitos.
Fatores como acidose e o uso de estimulantes e depressores do SNC influenciam os níveis de lidocaína no SNC, necessários para
produzir a manifestação de efeitos sistêmicos. Reações adversas objetivas tornam-se muito mais aparentes com níveis plasmáticos
superiores a 6,0 mcg de base livre por mL.
Dados de segurança pré-clínica
A toxicidade observada após altas doses de lidocaína em estudos com animais consiste em efeitos no Sistema Nervoso Central e
Sistema Cardiovascular. Em estudos de toxicidade reprodutiva nenhuma relação do fármaco com efeitos adversos foi observada,
nem a lidocaína mostrou potencial mutagênico nos testes de mutagenicidade in vitro ou in vivo. Não foram feitos estudos de câncer
com lidocaína, devido ao local e a duração do uso terapêutico deste fármaco.
Testes de genotoxicidade com lidocaína não mostraram evidências de potencial mutagênico. O metabólito da lidocaína, 2,6-xilidina,
mostrou uma fraca evidência de atividade em alguns testes de genotoxicidade. O metabólito 2,6-xilidina mostrou ter potencial
carcinogênico em estudos toxicológicos pré-clínicos avaliando exposição crônica. Avaliações de risco comparando a exposição
humana máxima calculada a partir do uso intermitente da lidocaína, com a exposição usada em estudos pré-clínicos, indicam uma
ampla margem de segurança para o uso clínico.
Hipersensibilidade aos anestésicos locais do tipo amida ou aos outros componentes da fórmula.
LIDIAL®
Pomada não deve ser aplicada nos olhos.
Doses excessivas de lidocaína ou pequenos intervalos entre as doses podem resultar em níveis plasmáticos altos de lidocaína e
reações adversas graves. Os pacientes devem ser instruídos a aderir estritamente à posologia indicada. O controle de reações
adversas graves pode requerer o uso de aparelho ressuscitador, oxigênio e outros fármacos ressuscitadores (ver item 10.
Superdose).
As doses deverão ser adequadas de acordo com o peso e condição fisiológica em pacientes debilitados ou com doenças
agudas, com mucosa traumatizada, pacientes com sepse, doença hepática grave ou insuficiência cardíaca, e crianças com
mais de 12 anos de idade que pesam menos que 25 kg.
A absorção da lidocaína através de superfícies e mucosas feridas é relativamente alta, especialmente na árvore brônquica.
Isto deverá ser levado em consideração especialmente quando a pomada for utilizada em crianças no tratamento de grandes
áreas. LIDIAL®
Pomada deve ser utilizada com cuidado em pacientes com lesões em mucosas.
Pacientes tratados com fármacos antiarrítmicos classe III (ex.: amiodarona) devem ser monitorados de perto e o
monitoramento do ECG deve ser considerado, uma vez que os efeitos cardíacos podem ser aditivos.
Quando LIDIAL®
Pomada é usada na boca ou região da garganta, o paciente deve estar ciente que a aplicação do anestésico
tópico pode prejudicar a deglutição e, portanto, intensificar o perigo de aspiração. O entorpecimento da língua ou mucosa
da boca pode aumentar o perigo de trauma por mordida.
Outros locais de administração não recomendados devem ser evitados devido aos efeitos indesejáveis desconhecidos.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: dependendo da dose, os anestésicos locais podem ter um
pequeno efeito na função mental e na coordenação, até mesmo na ausência de toxicidade evidente do Sistema Nervoso
Central e pode prejudicar temporariamente a locomoção e a agilidade. Nas doses recomendadas é pouco provável que
ocorram reações adversas no SNC.
Uso durante a gravidez e lactação
Categoria de risco na gravidez: B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
A lidocaína atravessa a barreira placentária e pode penetrar nos tecidos fetais. É razoável presumir que a lidocaína tem sido
administrada a um grande número de mulheres grávidas ou que possam vir a engravidar. Não foram relatados distúrbios
específicos do processo reprodutivo, como por exemplo, uma maior incidência de más-formações ou outros efeitos nocivos
diretos ou indiretos ao feto.
Como outros anestésicos locais, a lidocaína pode ser excretada pelo leite materno, porém em pequenas quantidades de tal
modo que, geralmente, não há riscos para a criança quando utilizada nas doses terapêuticas.
O uso de LIDIAL®
Pomada não é recomendado em crianças menores de 5 anos de idade. O uso também não é recomendado
Quando a lidocaína é usada em altas doses, deve-se considerar o risco adicional de toxicidade sistêmica em pacientes
recebendo outros anestésicos locais ou agentes relacionados estruturalmente com anestésicos locais, por exemplo,
antiarrítmicos como a mexiletina e tocainida.
Estudos de interações específicas com lidocaína e fármacos antiarrítmicos classe III (ex.: amiodarona) não foram realizados,
porém deve-se ter cuidado quando tratar o paciente (ver item 5. Advertências e Precauções).
Fármacos que reduzem a depuração plasmática de lidocaína (ex.: cimetidina ou betaboqueadores) podem causar
concentrações plasmáticas potencialmente tóxicas, quando a lidocaína é administrada em altas doses e repetidamente por
um longo período. Tais interações, entretanto, não tem importância clínica relevante durante o tratamento em curto prazo
com lidocaína (ex.: LIDIAL®
Pomada) nas doses recomendadas.
LIDIAL®
Pomada deve ser conservada em temperatura ambiente (15ºC a 30°C), protegido da luz e umidade.
Pomada tem validade de 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Pomada é apresentada na forma de pomada branca
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de usar
A pomada é de aplicação tópica de mucosa e pele.
Deverá ser aplicada em uma fina camada para que se tenha o controle adequado dos sintomas. Recomenda-se o uso de um chumaço
de gaze estéril nas aplicações em tecidos danificados ou queimados.
Nos exames endoscópicos, deve-se aplicar a pomada no tubo antes da introdução.
Em odontologia, deve-se secar a mucosa antes da aplicação. Espere 2-3 minutos para a ação anestésica tornar-se efetiva.
Nos seios, deve-se aplicar a pomada sobre um pequeno pedaço de gaze. A pomada deve ser retirada mediante lavagem antes da
próxima amamentação.
Não deve ser aplicada nos olhos.
Posologia
Adultos:
A lidocaína pomada é absorvida após aplicação em mucosas ou pele danificada, mas provavelmente em extensão mínima quando
aplicada à pele intacta. A absorção ocorre mais rapidamente após administração intratraqueal. Após administração tópica da
LIDIAL®
Pomada na mucosa oral, o início de ação ocorre dentro de 30 segundos a 2 minutos. O início de ação na mucosa genital e
anorretal ocorre dentro de 5 minutos.
A duração da analgesia para dor de feridas de queimaduras é de cerca de 4 horas. A aplicação da pomada com uma gaze pode
providenciar uma liberação lenta e uma ação prolongada nas feridas de queimaduras.
Como qualquer anestésico local, a segurança e a eficácia da lidocaína dependem da dose apropriada, da técnica correta, precauções
adequadas e facilidade para emergências. As seguintes recomendações de dose devem ser consideradas como um guia. A
experiência do clínico e conhecimento do estado físico do paciente são importantes para calcular a dose necessária.
Recomendações e dose única máxima de LIDIAL®
Pomada em adultos por tipo de aplicação
Área Dose recomendada de pomada (g)
Dose recomendada de lidocaína
base (mg)
Dose máxima de pomada (g)
Intubação endotraqueal 1 - 2 50 - 100 2
Procedimentos orais e dentais.
Procedimentos retais, ex.:
proctoscopia, condições dolorosas,
ex.: hemorróidas
1 - 5 50 - 250 10
Pequenas queimaduras, feridas,
abrasões, herpes zoster, picadas de
insetos.
0,2 – 0,5 por 10 cm2
10 – 25 mg por 10 cm2
10
Após a aplicação de uma dose máxima endotraqueal ou nas mucosas, a próxima dose não deve ser aplicada em até 4 horas. Após
uma dose máxima aplicada no reto ou em queimaduras, o intervalo mínimo de dose deve ser de 8 horas. Não mais que 20 g de
pomada deve ser administrada em um período de 24 horas para adultos sadios.
Pomada pode ser usada em pacientes idosos sem redução de dose.
Pomada deve ser usada com cautela em pacientes com mucosas traumatizadas. As doses deverão ser adequadas de
acordo com o peso e condições físicas em pacientes debilitados ou intensamente doentes, pacientes com sepse, doença hepática
grave ou insuficiência cardíaca, em crianças com mais de 12 anos de idade e menos de 25 kg.
Crianças entre 5 a 12 anos de idade e maiores que 20 kg de peso:
Não há dados disponíveis de concentração plasmática em crianças. Consequentemente, por razões de segurança, em crianças com
idade inferior a 12 anos, deve ser assumida 100% de biodisponibilidade após a aplicação nas mucosas e pele danificada e uma dose
única não pode exceder 0,1 g de pomada/kg de peso corpóreo (correspondendo a 5 mg de lidocaína/kg de peso corpóreo). O
intervalo de dose mínimo em crianças deve ser de 8 horas (ver item 5. Advertências e Precauções).
Reações adversas por ordem decrescente de gravidade.
1. Toxicidade sistêmica aguda:
As reações adversas sistêmicas são raras e podem resultar de níveis plasmáticos elevados devido a excesso de dose, por
rápida absorção ou por hipersensibilidade, idiossincrasia ou reduzida tolerância do paciente.
As reações podem ser:
- Reações do Sistema Nervoso Central, as quais incluem: nervosismo, tontura, convulsões, inconsciência e, possivelmente,
parada respiratória.
- Reações cardiovasculares, as quais incluem: hipotensão, depressão miocárdica, bradicardia e, possivelmente, parada
cardíaca.
2. Reações alérgicas:
Reações de natureza alérgica (nos casos mais graves choque anafilático) associadas a anestésicos locais do tipo amino-amida
são raras (< 1/1000). As reações são predominantemente de sensibilidade no local de contato e são raramente sistêmicas.
3. Irritação dérmica:
Produtos tópicos que contêm propilenoglicol podem causar irritação na pele.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
A lidocaína pode causar reações tóxicas agudas se ocorrerem níveis sistêmicos elevados devido à rápida absorção ou superdosagem.
Com o uso das doses recomendadas de LIDIAL®
Pomada não têm sido relatados efeitos tóxicos.
Se ocorrer toxicidade sistêmica, os sinais são de natureza similar àqueles encontrados na administração de anestésicos locais por
outras vias.
A toxicidade dos anestésicos locais se manifesta por sintomas de excitação do sistema nervoso e, em casos mais graves, depressão
cardiovascular e do Sistema Nervoso Central.
Os sintomas neurológicos graves (convulsões, depressão do SNC) devem ser tratados sintomaticamente por meio de suporte
respiratório e administração de fármacos anticonvulsivantes.
Tratamento da toxicidade aguda
Se convulsões ocorrerem, os objetivos do tratamento são manter a ventilação e oxigenação e dar suporte a circulação.
Deve-se manter a oxigenação e, se necessário, ventilação assistida (máscara e balão ou intubação traqueal). Se as convulsões não
pararem espontaneamente em 15-20 segundos, um anticonvulsivante deve ser administrado por via i.v. para facilitar a adequada
ventilação e oxigenação.
A tiopentona sódica 1-3 mg/kg intravenosa é a primeira escolha. Como alternativa pode-se administrar diazepam 0,1 mg/kg
intravenoso, embora sua ação seja lenta.
Convulsões prolongadas podem comprometer a ventilação e a oxigenação dos pacientes. Se isso ocorrer, um relaxante muscular
injetável (ex.: succinilcolina 1 mg/kg de peso corpóreo) irá facilitar a ventilação e a ventilação pode ser controlada. Intubação
endotraqueal primária pode ser considerada nestas situações.
Se for evidente depressão cardiovascular (hipotensão, bradicardia), um simpatomimético ex.: efedrina 5-10 mg intravenosa deve ser
administrada e sua administração pode ser repetida, se necessário, após 2-3 minutos.
Se ocorrer parada circulatória, deve-se instituir imediatamente ressuscitação cardiopulmonar. Oxigenação ótima ininterrupta,
ventilação e manutenção da circulação, como também, tratamento da acidose, são de vital importância.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.