Bula do Lovastatina produzido pelo laboratorio Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Lovastatina
Sandoz do Brasil Ind. Farm. Ltda.
comprimidos
10, 20 e 40 mg
Lovastatina Comprimido_VPS02
I. IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
lovastatina
Medicamento genérico Lei n°. 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 10 mg. Embalagem contendo 30 comprimidos.
Comprimidos de 20 mg. Embalagem contendo 30 comprimidos.
Comprimidos de 40 mg. Embalagem contendo 10 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de 10 mg contém:
lovastatina..................................................... 10 mg
excipientes q.s.p. .............................. 1 comprimido
(butilhidroxianisol, lactose, amido, celulose microcristalina, estearato de magnésio, óxido de ferro
amarelo, óxido de ferro vermelho).
Cada comprimido de 20 mg contém:
lovastatina..................................................... 20 mg
(butilhidroxianisol, lactose, amido, celulose microcristalina, estearato de magnésio, indigotina
laca).
Cada comprimido de 40 mg contém:
lovastatina..................................................... 40 mg
laca, amarelo quinoleína laca).
II. INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
- Redução dos níveis elevados de colesterol total e LDL-colesterol em pacientes com
hipercolesterolemia primária quando a resposta à dieta e a outras medidas não-
farmacológicas isoladas forem inadequadas. A lovastatina reduz o colesterol total e o
LDL-colesterol e aumenta o HDL-colesterol; portanto, a lovastatina reduz a relação
colesterol total / HDL-colesterol e LDL- colesterol / HDL-colesterol.
- Redução dos níveis elevados de colesterol em pacientes com hipercolesterolemia
combinada e hipertrigliceridemia, quando a hipercolesterolemia for anormalidade mais
preocupante.
- Para retardar a progressão da aterosclerose coronariana em pacientes com doenças arterial
coronariana.
“Resposta dos lípides e lipoproteínas plasmáticas à administração de lovastatina.” (Bertolami, M.
C. et al., 1989); “Efectos de la lovastatina em pacientes com hipercolesterolemia (Estudio
Multicéntrico).” (Acosta, J., 1992); “Estudo comparativo duplo-cego, randomizado entre
provastatina e lovastatina: análise de eficácia e segurança.” (Gianni, S. D. et al., 1994).
A lovastatina é a lactona do ácido hidroxílico aberto correspondente na forma inativa, um potente
inibidor da síntese endógena do colesterol sendo, portanto, um agente redutor do colesterol.
Propriedades farmacodinâmicas: Após a absorção gastrintestinal a lovastatina é rapidamente
hidrolisada para o hidroxiácido aberto, um inibidor competitivo da 3-hidroxi-3-metilglutaril-
coenzima A (HMG-CoA) redutase, uma enzima que catalisa uma etapa precoce e limitante na
biossíntese do colesterol. Como resultado, em estudos clínicos, a lovastatina reduziu as
concentrações de colesterol plasmático total, a lipoproteína de baixa densidade (LDL) e a
lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) ligadas ao colesterol. Adicionalmente, a
lovastatina aumentou moderadamente a lipoproteína de alta densidade (HDL) e reduziu os
triglicérides plasmáticos. A forma ativa da lovastatina é um inibidor específico da HMG-CoA
redutase, a enzima que catalisa a conversão de HMG-CoA para mevalonato. Em virtude dessa
conversão ser uma etapa precoce na biossíntese do colesterol, não se espera que a terapia com a
lovastatina cause acúmulo de esteróis potencialmente tóxicos. Além disso, a HMG-CoA é
Lovastatina Comprimido_VPS02
rapidamente metabolizada de volta a acetil-CoA, que participa de muitos processos biossintéticos
do organismo. Em estudos com animais, após doses orais, a lovastatina demonstrou alta
seletividade pelo fígado, onde atinge concentrações substancialmente mais altas do que nos demais
tecidos. A lovastatina é largamente extraída na primeira passagem pelo fígado, seu local primário
de ação, com subsequente excreção da droga pela bile. A lovastatina foi estudada no tratamento
de hipercolesterolemia primária, quando a dieta apenas foi insuficiente. A lovastatina foi
altamente eficaz na redução do LDL-colesterol e colesterol total, nas formas de
hipercolesterolemia heterozigótica familiar e não-familiar, e na hiperlipidemia mista, quando o
colesterol elevado era preocupante. Observou-se marcante resposta em duas semanas, e a resposta
terapêutica máxima ocorreu em 4 a 6 semanas. A resposta foi mantida enquanto durou a terapia.
Quando a terapia com a lovastatina foi interrompida, o nível de colesterol total retornou aos
níveis anteriores ao tratamento. A lovastatina foi eficaz na hipercolesterolemia primária não-
complicada de pacientes com diabetes do tipo I (insulino-dependente) bem controlado ou diabetes
do tipo II (não-insulino dependente). As reduções dos lípides plasmáticos foram semelhantes às
relatadas em populações não-diabéticas. O controle da glicose não foi afetado adversamente. Em
estudos clínicos, a lovastatina retardou a progressão da arteriosclerose coronariana, com ou sem
terapia concomitante com colestipol.
Propriedades farmacocinéticas: Os estudos mostraram os seguintes resultados:
• administrada por via oral, sua absorção é reduzida aproximadamente em 30% quando
administrada com estômago vazio.
• a ligação às proteínas é alta (mais de 95%).
• sofre biotransformação rápida, dando por hidrólise vários metabólitos, inclusive a forma ativa,
que é o beta-hidroxiácido.
• meia-vida: 3 horas.
• atinge a concentração máxima em 2 a 4 horas.
• duração da ação: 4 a 6 semanas.
• atravessa as barreiras hematoencefálica e placentária.
• é excretada principalmente (83%) pelas fezes e parcialmente (10%) pela urina.
A lovastatina não deve ser utilizada em:
Lovastatina Comprimido_VPS02
- pacientes com hipersensibilidade à lovastatina ou a quaisquer outros componentes da
fórmula do produto;
- pacientes com doença hepática ativa ou aumentos persistentes ou inaplicados das
transaminases séricas;
- crianças ou adolescentes;
- durante a gravidez e por mulheres lactantes;
- administração concomitante com potentes inibidores da CYP3A4, como por exemplo
itraconazol, cetoconazol, inibidores da protease do HIV, eritromicina, claritromicina,
telitromicina e nefazodona.
Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos.
Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.
Miopatia/rabdomiólise
A lovastatina, assim como outros inibidores da HMG-CoA reductase, ocasionalmente causa
miopatia, manifestada como dor, sensibilidade ou fraqueza musculares com creatina quinase (CK)
10 x acima do limite superior de normalidade (ULN). A miopatia, algumas vezes, tem a forma da
rabdomiólise com ou sem insuficiência renal aguda, secundária à mioglobinúria, e raras
fatalidades ocorreram. O risco de miopatia é elevado em altos níveis de atividade inibitória de
HMG-CoA reductase no plasma.
O risco de miopatia/rabdomiólise é elevado pelo uso concomitante de lovastatina com o que
segue:
Potentes inibidores de CYP3A4, por exemplo, itraconazol, cetoconazol, eritromicina,
claritromicina, telitromicina, inibidores da HIV protease ou nefazodona, particularmente com
maiores doses de lovastatina.
Medicamentos de diminuição de lipídio podem causar miopatia quando administrados isolados:
genfibrozila, outros fibratos ou doses de diminuição de lipídio (> 1g/dia) de niacina,
particularmente com maiores doses de lovastatina.
Lovastatina Comprimido_VPS02
Outros medicamentos:
Ciclosporina ou danazol, particularmente com maiores doses de lovastatina
Amiodarona ou verapamil: O risco de miopatia/rabdomiólise é elevado quando amiodarona ou
verapamil é usado concomitantemente com maiores doses de um membro particularmente
relacionado da classe de inibidor de HMG-CoA reductase.
Ácido fusídico: O risco de miopatia pode ser elevado quando ácido fusídico é usado
concomitantemente com um membro particularmente relacionado da classe de inibidor de HMG-
CoA reductase.
Assim como com outros inibidores da HMG-CoA reductase, o risco de miopatia/rabdomiólise é
relacionado à dose.
Em um estudo clínico (EXCEL) no qual os pacientes foram cuidadosamente monitorados e alguns
medicamentos de interação foram excluídos, houve um caso de miopatia entre 4933 pacientes
randomizados para receber lovastatina a 20-40mg diariamente durante 48 semanas e 4 entre 1649
pacientes randomizados para receber 80mg diariamente.
Medição de Creatina Quinase
A Creatina Quinase (CK) não deve ser medida após exercício estrênuo ou na presença de qualquer
causa alternativa plausível de aumento da CK já que isso torna difícil a interpretação dos valores
de CK. Se os níveis de CK forem significativamente elevados na avaliação basal (> 5 X ULN), os
níveis devem ser medidos novamente dentro de 5 a 7 dias, posteriormente, para confirmar os
resultados.
Antes do tratamento
Todos os pacientes iniciando a terapia com lovastatina, ou cuja dose de lovastatina está sendo
elevada, devem ser aconselhados do risco de miopatia e deve-se pedir que relatem imediatamente
qualquer dor, sensibilidade ou fraqueza musculares inexplicadas.
Cuidado deve ser tomado em pacientes com fatores de pré-disposição de rabdomiólise. A fim de
estabelecer um valor basal de referência, um nível de CK deve ser medido antes de iniciar um
tratamento nas seguintes situações:
- Idosos (idade > 70 anos)
- Disfunção renal
- Hipotiroidismo não controlado
- Histórico pessoal ou familiar de distúrbios musculares hereditários
- Histórico anterior de toxicidade muscular com uma estatina ou fibrato
- Abuso de álcool
Nessas situações, o risco de tratamento deve ser considerado em relação ao possível benefício, e
monitoramento clínico é recomendado. Se um paciente tiver previamente apresentado um
distúrbio muscular recebendo um fibrato ou uma estatina, o tratamento com um membro diferente
da classe deve apenas ser iniciado com cuidado. Se os níveis de CK forem significativamente
elevados na avaliação basal (> 5 x ULN), o tratamento não deve ser iniciado.
Enquanto estiver em tratamento
Se dor, fraqueza ou cãibras musculares ocorrerem enquanto um paciente estiver recebendo
tratamento com uma estatina, seus níveis de CK devem ser medidos. Se esses níveis forem
considerados, na ausência de exercício estrênuo, como sendo significativamente elevados (> 5 x
ULN), tratamento deve ser interrompido. Se os sintomas musculares forem severos e causarem
desconforto diário, mesmo se os níveis de CK forem < 5 x ULN, a descontinuação do tratamento
pode ser considerada. Se houver suspeita de miopatia por qualquer outra razão, o tratamento deve
ser descontinuado.
Se os sintomas resolverem-se e os níveis de CK retornarem ao normal, então, a reintrodução da
estatina ou introdução de uma estatina alternativa pode ser considerada na dose mais baixa e com
monitoramento de perto.
A terapia com lovastatina deve ser temporariamente interrompida alguns dias antes da cirurgia
principal eletiva e quando qualquer condição médica ou cirúrgica principal ocorrer.
Consequentemente
1. O uso de lovastatina concomitantemente com potentes inibidores de CYP3A4 (por
exemplo, itraconazol, cetoconazol, eritromicina, claritromicina, telitromicina, inibidores
da HIV protease ou nefazodona) deve ser evitado. Se o tratamento com itraconazol,
cetoconazol, eritromicina, claritromicina ou telitromicina for inevitável, a terapia com
lovastatina deve ser suspensa durante o curso do tratamento. O uso concomitante com
outros medicamentos marcados como tendo um potente efeito inibitório no CYP3A4 em
doses terapêuticas deve ser evitado a menos que os benefícios da terapia combinada
superem o risco elevado.
2. A dose de lovastatina não deve exceder 20mg diariamente em pacientes recebendo
medicação concomitante com ciclosporina, danazol, genfibrozila, outros fibratos ou doses
de diminuição de lipídio (> 1g/dia) de niacina. O uso combinado de lovastatina com
genfibrozila deve ser evitado a menos que o benefício da alteração adicional nos níveis
lipídicos seja provável de superar o risco elevado dessa combinação medicamentosa. Os
benefícios do uso de lovastatina em pacientes recebendo outros fibratos, niacina,
ciclosporina ou danazol devem ser cuidadosamente ponderados contra os riscos dessas
combinações medicamentosas. A adição de fibratos ou niacina à lovastatina tipicamente
fornece pouca redução adicional no LDL-C, mas reduções adicionais de TG e aumentos
adicionais no HDL-C podem ser obtidos. Combinações de fibratos ou niacina com baixas
doses de lovastatina foram usadas sem miopatia em estudos clínicos pequenos, de curto
prazo com monitoramento cuidadoso.
3. A dose de lovastatina não deve exceder 40mg diariamente em pacientes recebendo
medicação concomitante com amiodarona ou verapamil. O uso combinado de lovastatina
em doses maiores de 40mg diariamente com amiodarona ou verapamil deve ser evitado a
menos que o benefício clínico seja provável de superar o risco elevado de miopatia.
4. Os pacientes recebendo ácido fusídico e lovastatina devem ser monitorados de perto. A
suspensão temporária do tratamento com lovastatina pode ser considerada.
5. Todos os pacientes iniciando a terapia com lovastatina, ou cuja dose de lovastatina está
sendo elevada, devem ser aconselhados do risco de miopatia e deve-se pedir que relatem
imediatamente qualquer dor, sensibilidade ou fraqueza musculares inexplicadas. A terapia
com lovastatina deve ser descontinuada imediatamente, se miopatia for diagnosticada ou
suspeita. A presença desses sintomas e/ou um nível de CK > 10 vezes o limite superior de
normalidade indica miopatia. Em muitos casos, quando os pacientes foram prontamente
descontinuados do tratamento, os sintomas musculares e os aumentos de CK resolveram-
se. Determinações de CK periódicas podem ser consideradas em pacientes começando
terapia com lovastatina ou cuja dose está sendo elevada, mas não há garantia que esse
monitoramento prevenirá miopatia.
6. Muitos dos pacientes que desenvolveram rabdomiólise recebendo terapia com lovastatina
tiveram histórico médicos complicados, incluindo insuficiência renal comumente como
uma consequência de diabetes mellitus de muito tempo. Esses pacientes merecem
monitoramento mais rigoroso. A terapia com lovastatina deve ser temporariamente
interrompida alguns dias antes da cirurgia principal eletiva e quando qualquer condição
médica ou cirúrgica principal ocorrer.
Efeitos hepáticos
Nos estudos clínicos iniciais, aumentos marcantes (a mais de 3 vezes o ULN) nas transaminases
ocorreram em poucos pacientes, comumente aparecendo 3 a 12 meses após o início da terapia com
lovastatina, mas sem o desenvolvimento de icterícia ou outros sinais ou sintomas clínicos. Não há
evidência de hipersensibilidade. Uma biopsia hepática foi realizada em um desses pacientes e
mostrou leve hepatite focal. Alguns desses pacientes apresentaram testes de função hepática
anormais antes da terapia com lovastatina e/ou consumiram quantidades substanciais de álcool.
Em pacientes nos quais o medicamento foi interrompido ou descontinuado devido às
transaminases elevadas, incluindo o paciente que foi submetido à biopsia hepática, os níveis de
transaminase caíram lentamente aos níveis de pré-tratamento.
No estudo EXCEL de 48 semanas, realizado em 8.245 pacientes, a incidência de aumentos
marcantes (mais de 3 vezes o ULN) nas transaminases séricas no teste sucessivo foi 0,1% para
placebo, 0,1% em 20mg/dia, 0,9% em 40mg/dia e 1,5% em 80mg/dia em pacientes recebendo
lovastatina.
Recomendou-se que os testes de função hepática fossem realizados antes do início da terapia em
pacientes com um histórico de doença hepática ou quando, de outra forma, clinicamente indicado.
Recomendou-se que os testes de função hepática fossem realizados em todos os pacientes antes do
uso de 40mg ou mais, diariamente, e posteriormente quando clinicamente indicado.
Caso os níveis de transaminase sérica aumentassem para mais de três vezes o ULN, o risco
potencial de continuar a lovastatina deve ser ponderado contra os benefícios esperados. As
medições de transaminase devem ser repetidas prontamente; caso essas elevações sejam
persistentes ou progressivas, o medicamento deve ser descontinuado.
Assim como com outros agentes de diminuição de lipídio, elevações moderadas (menos de três
vezes o ULN) de transaminases séricas foram relatadas durante a terapia com lovastatina (vide a
seção 4.8 Efeitos indesejáveis). Essas alterações apareceram logo após o início da terapia com
lovastatina, foram comumente transitórias e não foram acompanhadas por nenhum sintoma; a
interrupção do tratamento não foi necessária.
O medicamento deve ser usado com cuidado em pacientes que consomem quantidades
substanciais de álcool e/ou têm um histórico de doença hepática. Doença hepática ativa ou
elevações persistentes inexplicadas de transaminases séricas é uma contraindicação ao uso de
Avaliações oftálmicas
Na ausência de qualquer terapia com medicamento, um aumento no predomínio de opacidades de
cristalino com o tempo é esperado como um resultado do envelhecimento. Dados de longo prazo
de estudos clínicos não indicam um efeito adverso de lovastatina nos cristalinos humanos.
Doença pulmonar intersticial
Casos excepcionais de doença pulmonar intersticial foram relatados com algumas estatinas,
especialmente com terapia de longo prazo. Características presentes podem incluir dispneia, tosse
não produtiva e deterioração na saúde geral (fadiga, perda de peso e febre). Se houver suspeita de
que um paciente desenvolveu doença pulmonar intersticial, a terapia com estatina deve ser
descontinuada.
Crianças e adolescentes:
A segurança e eficácia em crianças e adolescentes menores de 18 anos não foram estabelecidas
Idosos
Em um estudo controlado em pacientes idosos com mais de 60 anos de idade, a eficácia pareceu
semelhante àquela observada na população como um todo, e não houve aumento aparente na
frequência de achados adversos clínicos ou laboratoriais.
Hipercolesterolemia familiar homozigótica
Em pacientes com a rara hipercolesterolemia familiar homozigótica, a lovastatina foi menos
eficaz, possivelmente porque esses pacientes não possuem receptores de LDL funcionais. A
lovastatina parece ser mais provável de aumentar as transaminases séricas (vide a seção 4.8
Efeitos indesejáveis) nesses pacientes homozigóticos.
Hipertrigliceridemia
A lovastatina possui apenas um efeito de diminuição de triglicéride moderado e não é indicada
onde a hipertrigliceridemia for a anormalidade de maior preocupação (isto é, hiperlipidemia tipos
I, IV e V).
Diabetes Mellitus
Alguma evidência sugere que estatinas como uma classe aumentam a glicose sanguínea em alguns
pacientes, com alto risco de diabetes futuras, podem produzir um nível de hiperglicemia onde
cuidado formal com diabetes é adequado. Esse risco, entretanto, é superado pela redução no risco
vascular com estatinas e, portanto, não deve ser uma razão para interrupção do tratamento com
estatina. Os pacientes correndo risco (glicose em jejum 5,6 a 5,9mmol/L, IMC > 30kg/m2
,
triglicérides elevados, hipertensão) devem ser monitorados clínica e bioquimicamente de acordo
com as diretrizes nacionais.
Interações de CYP3A4
A lovastatina é metabolizada por CYP3A4, mas não possui atividade inibitória de CYP3A4;
portanto, não é esperado afetar as concentrações plasmáticas de outros medicamentos
metabolizados por CYP3A4. Potentes inibidores de CYP3A4 (abaixo) aumentam o risco de
miopatia através da redução da eliminação de lovastatina.
Lovastatina Comprimido_VPS02
Interações com medicamentos de diminuição de lipídio que podem causar miopatia quando
administrados isolados
O risco de miopatia também é aumentado pelos seguintes medicamentos de diminuição de lipídio
que não são potentes inibidores de CYP3A4, mas que podem causar miopatia quando
administrados isolados.
Outras interações medicamentosas
Ciclosporina ou danazol: O risco de miopatia/rabdomiólise é elevado pela administração
concomitante de ciclosporina ou danazol particularmente com maiores doses de lovastatina.
Amiodarona ou verapamil: O risco de miopatia/rabdomiólise é elevado quando amiodarona ou
verapramil é usado concomitantemente com doses maiores de um membro particularmente
relacionado da classe de inibidor da HMG-CoA reductase.
Ácido fusídico: O risco de miopatia pode ser elevado quando ácido fusídico é usado
concomitantemente com um membro particularmente relacionado da classe de inibidor de HMG-
CoA reductase.
Outras interações
Suco de grapefruit contém um ou mais componentes que inibem a CYP3A4 e pode aumentar os
níveis plasmáticos de medicamentos metabolizados pela CYP33A4. O efeito do consumo típico
(um copo de 250ml diariamente) é mínimo (aumento de 34% na atividade inibitória da HMG-CoA
reductase plasmática ativa conforme medida pela área sob a curva de concentração-tempo) e sem
relevância clínica. Entretanto, quantidades muito grandes (mais de 1 litro diariamente) aumentam
significativamente o nível plasmático da atividade inibitória da HMG-CoA reductase durante a
terapia com lovastatina e devem ser evitadas.
Derivados de cumarina
Quando a lovastatina e derivados de cumarina são administrados concomitantemente, o tempo de
protrombina pode ser elevado em alguns pacientes. Recomendou-se que em pacientes tomando
anticoagulantes, o tempo de protrombina seja determinado antes do início de lovastatina e com
frequência suficiente durante a terapia inicial para assegurar que nenhuma alteração significativa
do tempo de protrombina ocorra. Uma vez que um tempo de protrombina estável tenha sido
documentado, os tempos de protrombina podem ser monitorados em intervalos comumente
recomendados para pacientes recebendo anticoagulantes de cumarina. Se a dose de lovastatina for
alterada, o mesmo procedimento deve ser repetido. A terapia com lovastatina não foi associada
com sangramento ou com alterações no tempo de protrombina em pacientes que não tomam
anticoagulantes.
Os comprimidos de lovastatina devem ser mantidos em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC)
e protegido da luz e umidade.
O prazo de validade de lovastatina é de 24 meses a contar da data de sua fabricação indicada na
embalagem do produto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características físicas e organolépticas: A lovastatina apresenta-se em comprimidos de uso oral,
com as seguintes características:
Lovastatina 10 mg – comprimido octogonal alaranjado, com gravação L10 em uma das faces e
vinco em ambas as faces.
Lovastatina 20 mg – comprimido octogonal azulado, com gravação L20 em uma das faces e
Lovastatina 40 mg – comprimido octogonal esverdeado, com gravação L40 em uma das faces e
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O paciente deve iniciar uma dieta padrão para redução do colesterol, antes de receber lovastatina,
e deve continuar a dieta durante o tratamento com lovastatina.
Hipercolesterolemia
A dose inicial comum é 20mg/dia, administrada como uma única dose com a refeição da noite.
Doses diárias únicas administradas com a refeição da noite mostraram ser mais eficazes do que a
Lovastatina Comprimido_VPS02
mesma dose administrada com a refeição da manhã, talvez porque o colesterol é sintetizado
principalmente à noite. Os pacientes com hipercolesterolemia leve à moderada podem ser tratados
com uma dose inicial de 10mg de lovastatina. Ajustes de dosagem, se exigidos, devem ser feitos
em intervalos de não menos de 4 semanas, a um máximo de 80mg diários, administrados em doses
únicas ou divididas com as refeições da manhã e da noite. Doses divididas (isto é, duas vezes ao
dia) tendem a ser levemente mais eficazes do que doses diárias únicas.
A dosagem de lovastatina deve ser reduzida se os níveis de colesterol LDL estiverem abaixo de
75mg/dl (1,94mmol/l) ou níveis de colesterol plasmático total estiverem abaixo de 140mg/dl
(3,6mmol/l).
Aterosclerose coronária
Nos estudos de aterosclerose coronária, que utilizaram lovastatina com ou sem terapia
concomitante, as dosagens usadas foram 20 a 80mg diários, administradas em doses únicas ou
divididas. Nos dois estudos, que utilização lovastatina isolada, a dose foi reduzida se o colesterol
plasmático total tivesse diminuído para abaixo de 110mg/dl (2,85mmol/l) ou se o colesterol LDL
tivesse diminuído para abaixo de 80mg/dl (2,1mmol/l), respectivamente.
Terapia concomitante
A lovastatina é eficaz isoladamente ou em combinação com sequestradores de ácido biliar.
Em pacientes recebendo ciclosporina, danazol, genfibrozila, outros fibratos ou doses de
diminuição de lipídio (> 1g/dia) de niacina concomitantemente com lovastatina, a dose de
lovastatina não deve exceder 20mg/dia. Em pacientes recebendo amiodarona ou verapamil
concomitante com lovastatina, a dose de lovastatina não deve exceder 40mg/dia.
Dosagem na insuficiência renal
Devido à lovastatina não ser excretada significativamente de forma renal, modificação de
dosagem não deve ser necessária em pacientes com insuficiência renal moderada.
Em pacientes com insuficiência renal severa (clearance de creatinina < 30ml/min), as dosagens
acima de 20mg/dia devem ser cuidadosamente consideradas e, de consideradas necessárias,
implementadas cuidadosamente.
A lovastatina é geralmente bem tolerada; para a maioria, os efeitos colaterais foram de natureza
leve e transitória.
Em estudos clínicos controlados, os efeitos colaterais (considerados possivelmente, provavelmente
ou definitivamente relacionados ao medicamento) ocorrendo com uma frequência maior de 1%
foram: flatulência, diarreia, constipação, náusea, dispepsia, tontura, visão embaçada, cefaleia,
cãibras musculares, mialgia, erupções cutâneas e dor abdominal. Os pacientes recebendo agentes
de controle ativo tiveram uma incidência semelhante ou maior de efeitos colaterais gastrintestinais.
Outros efeitos colaterais ocorrendo em 0,5 a 1,0% dos pacientes foram: fadiga, prurido, boca seca,
insônia, distúrbios do sono e disgeusia.
Miopatia e rabdomiólise foram raramente relatadas.
Na avaliação clínica expandida de 48 semanas de lovastatina (estudo EXCEL) comparando a
lovastatina com placebo, as experiências adversas relatadas foram semelhantes àquelas dos
estudos iniciais e a incidência no medicamento e no placebo não foi estatisticamente diferente.
Os seguintes efeitos colaterais adicionais foram relatados, uma vez que o medicamento foi
comercializado: hepatite, icterícia colestática, vômito, anorexia, parestesia, neuropatia periférica,
disfunção da memória, distúrbios psíquicos incluindo ansiedade, depressão, disfunção erétil,
alopecia, necrólise epidérmica tóxica e eritema multiforme, incluindo síndrome de Stevens-
Johnson.
Uma síndrome de hipersensibilidade aparente foi raramente relatada, que incluiu uma ou mais das
seguintes características: anafilaxia, angioedema, síndrome semelhante à lúpus, polimialgia
reumática, dermatomiosite, vasculite, trombocitopenia, leucopenia, eosinofilia, anemia hemolítica,
ANA positivo, aumento de ESR, artrite, artralgia, urticária, astenia, fotossensibilidade, febre,
rubor, calafrios, dispneia e mal-estar.
Os seguintes eventos adversos adicionais foram relatados com algumas estatinas:
Lovastatina Comprimido_VPS02
- Distúrbios do sono, incluindo pesadelos
- Perda de memória
- Disfunção sexual
- Casos excepcionais de doença pulmonar intersticial, especialmente com terapia de longo
prazo
- Diabetes Mellitus: A frequência dependerá da presença ou ausência de fatores de risco
(glicose sanguínea em jejum > 5,6mmol/L, IMC > 30kg/m2
, triglicérides elevados,
histórico de hipertensão).
Achados de teste laboratorial
Aumentos marcantes e persistentes de transaminases séricas foram raramente relatados. Outras
anormalidades de teste de função hepática incluindo fosfatase alcalina e bilirrubina elevadas foram
relatadas. Aumentos nos níveis de CK séricos (atribuíveis à fração não-cardíaca de CK) foram
relatados. Estes foram comumente leves e transitórios; elevações marcantes foram raramente
relatadas.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.