Bula do Maleato de Timolol produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
maleato de timolol
Biosintética Farmacêutica Ltda.
Solução oftálmica
0,5%
maleato de timolol_BU 01_VPS 1
BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Solução oftálmica estéril a 5%. Frasco contendo 5 mL.
USO OFTÁLMICO
PARA APLICAÇÃO TÓPICA NO OLHO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução oftálmica 0,5% contém:
maleato de timolol................................................................ 6,834 mg (equivalente a 5 mg de timolol base)
Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de benzalcônio, cloreto de
sódio, edetato dissódico, água destilada, hidróxido de sódio, ácido clorídrico.
Cada mL deste medicamento contém aproximadamente 30 gotas e cada gota contém aproximadamente
0,17 mg de timolol base.
II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Maleato de timolol é indicado para a redução da pressão intraocular elevada. Em estudos clínicos, reduziu
a pressão intraocular de:
- Pacientes com hipertensão ocular;
- Pacientes com glaucoma crônico de ângulo aberto;
- Pacientes afácicos com glaucoma;
- Alguns pacientes com glaucoma secundário;
- Pacientes com ângulos estreitos e histórico de fechamento de ângulo estreito espontâneo ou induzido
iatrogenicamente no olho contralateral, no qual é necessária a redução da pressão intraocular (veja 5.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Este medicamento também é indicado como terapia concomitante para pacientes com glaucoma
pediátrico inadequadamente controlado com outra terapia antiglaucomatosa.
Em estudos clínicos, maleato de timolol geralmente foi eficaz em mais pacientes e produziu efeitos
adversos menos graves e em menor quantidade que a pilocarpina ou a epinefrina.
A exemplo do que ocorre com o uso de outros medicamentos antiglaucomatosos, foi relatada diminuição
da resposta a maleato de timolol por alguns pacientes após tratamento prolongado. Contudo, em estudos
clínicos, nos quais 164 pacientes foram observados durante pelo menos três anos, não foi registrada
diferença significativa na pressão intraocular média após a estabilização inicial. Maleato de timolol
também foi administrado a pacientes com glaucoma que usavam lentes de contato duras convencionais e
foi, geralmente, bem tolerado.
Maleato de timolol não foi estudado em pacientes que utilizam lentes feitas de materiais diferentes do
polimetilmetacrilato.
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Em estudos multiclínicos controlados, incluindo pacientes com pressões intraoculares não tratadas > 22
mmHg, maleato de timolol 0,25% ou 0,5%, administrado duas vezes ao dia, causou maior redução da
pressão intraocular do que a administração de solução de pilocarpina a 1%, 2%, 3% ou 4%, 4 vezes ao
dia, ou de solução de cloridrato de epinefrina a 0,5%, 1% ou 2%, administrada duas vezes ao dia.
Nos estudos multiclínicos que compararam maleato de timolol com a pilocarpina, 61% dos pacientes
tratados com maleato de timolol apresentaram redução da pressão intraocular para menos de 22 mmHg
em comparação com 32% dos pacientes tratados com a pilocarpina.
Para os pacientes que completaram esses estudos, a redução média da pressão no final do estudo, em
relação ao período pré-tratamento, foi de 30,7% para os pacientes tratados com maleato de timolol e de
21,7% para os pacientes tratados com pilocarpina.
Nos estudos multiclínicos que compararam o maleato de timolol com a epinefrina, 69% dos pacientes
em comparação com 42% dos pacientes tratados com epinefrina. Para os pacientes que completaram esses
estudos, a redução média da pressão ao final do estudo em relação ao período pré-tratamento, foi de
33,2% para os pacientes tratados com maleato de timolol e de 28,1% para os pacientes tratados com
epinefrina.
Maleato de timolol reduz as pressões intraoculares elevadas e normal, associadas ou não ao glaucoma. A
pressão intraocular elevada é um fator de risco importante na patogênese da perda do campo visual
glaucomatoso. Quanto maior a pressão intraocular, maior a probabilidade de perda do campo visual
glaucomatoso e de lesão ao nervo óptico.
A ação do maleato de timolol geralmente tem início rápido, ocorrendo aproximadamente 20 minutos após
a aplicação tópica no olho. A redução máxima da pressão intraocular ocorre no período de uma a duas
horas. Uma redução significativa é mantida por até 24 horas com maleato de timolol solução oftálmica
0,25% ou 0,5%. A duração prolongada dessa ação permite o controle da pressão intraocular durante as
horas normais de sono. Repetidas observações, no decorrer do período de três anos, indicam que o efeito
redutor da pressão intraocular do maleato de timolol é bem mantido.
O mecanismo exato da ação redutora da pressão intraocular do maleato de timolol ainda não está
claramente estabelecido, embora um estudo com fluoresceína e estudos tonográficos indiquem que sua
ação predominante possa estar relacionada à redução na formação do humor aquoso.
Entretanto, em alguns estudos, foi também observado ligeiro aumento na facilidade de escoamento.
Ao contrário dos mióticos, este medicamento reduz a pressão intraocular com pouco ou nenhum efeito na
acomodação ou no tamanho pupilar.
Portanto, as alterações da acuidade visual em decorrência de acomodação aumentada são incomuns; visão
turva ou embaçada e cegueira noturna produzidas pelos mióticos não são evidentes. Além disso, em
pacientes com catarata, a incapacidade de ver ao redor das opacidades lenticulares quando a pupila está
contraída por mióticos é evitada. Quando o tratamento com mióticos for trocado por maleato de timolol,
pode ser necessário avaliar a acuidade visual assim que os efeitos dos mióticos tiverem desaparecido.
Farmacologia Clínica
Mecanismo de ação
O maleato de timolol é um agente bloqueador não seletivo de receptor betadrenérgico, que não apresenta
atividades simpatomimética intrínseca, depressora miocárdica direta ou anestésica local (estabilizadora da
membrana) significativas. O maleato de timolol combina-se de forma reversível com uma parte da
membrana celular, o receptor betadrenérgico, inibindo assim a resposta biológica usual que ocorreria com
o
estímulo desse receptor. Esse antagonismo competitivo específico bloqueia o estímulo dos receptores
betadrenérgicos pelas catecolaminas, apresentando atividade de estímulo betadrenérgico (agonista), quer
se originem de uma fonte endógena ou exógena. A reversão desse bloqueio pode ser conseguida pelo
aumento da concentração do agonista, que irá restaurar a resposta biológica usual.
Farmacocinética
Em um estudo de concentração plasmática do fármaco realizado em seis indivíduos, determinou-se a
exposição sistêmica ao timolol após administração de maleato de timolol 0,5% duas vezes ao dia. A
média de concentração plasmática máxima após a administração matinal foi de 0,46 ng/mL e após
administração vespertina foi de 0,35 ng/mL.
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Farmacodinâmica
O bloqueio do receptor betadrenérgico reduz o débito cardíaco tanto em indivíduos saudáveis como em
pacientes com doença cardíaca. Em pacientes com comprometimento grave da função miocárdica, o
bloqueio do receptor betadrenérgico pode inibir o efeito estimulatório do sistema nervoso simpático,
necessário para manter a função cardíaca adequada.
O bloqueio do receptor betadrenérgico dos brônquios e bronquíolos resulta em aumento da resistência das
vias aéreas, decorrente da não reação da atividade parassimpática. Esse efeito em pacientes com asma ou
outras condições broncoespásmicas é potencialmente perigoso.
Este medicamento é contraindicado para pacientes com:
- doença reativa das vias aéreas, asma brônquica (ou histórico de asma brônquica) ou doença pulmonar
obstrutiva crônica grave;
- bradicardia sinusal, bloqueio sinoatrial, bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus,
insuficiência cardíaca manifesta, choque cardiogênico;
- hipersensibilidade a qualquer componente do produto.
Assim como ocorre com outros medicamentos de uso tópico oftálmico, maleato de timolol pode ser
absorvido sistemicamente. As mesmas reações adversas que podem ocorrer após a administração
sistêmica de bloqueadores betadrenérgicos podem ocorrer após administração tópica.
Reações cardiorrespiratórias
A insuficiência cardíaca deve ser adequadamente controlada antes do início do tratamento com maleato
de timolol. Pacientes com histórico de doença cardiovascular, incluindo insuficiência cardíaca, devem ser
observados para sinais de deterioração destas doenças, e a frequência do pulso deve ser verificada.
Devido ao efeito negativo no tempo de condução, os betabloqueadores devem ser prescritos com cautela
para pacientes com bloqueio cardíaco de 1º grau.
Reações respiratórias e cardíacas, inclusive morte por broncoespasmo de pacientes com asma, e
raramente morte em associação com insuficiência cardíaca foram relatadas após a administração de
maleato de timolol.
Em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), maleato de timolol deve ser usado com
cautela, e apenas se o benefício potencial superar o risco potencial.
Problemas vasculares
Pacientes com distúrbios/doenças circulatórias periféricas graves (ex. formas graves da doença de
Raynaud ou síndrome de Raynaud) devem ser tratados com cautela.
Mascaramento de sintomas de hipoglicemia em pacientes com diabetes mellitus
Agentes bloqueadores betadrenérgicos devem ser administrados com cautela em pacientes sujeitos a
hipoglicemia espontânea ou pacientes diabéticos (especialmente àqueles com diabetes instável) que estão
recebendo insulina ou agentes hipoglicemiantes orais. Agentes bloqueadores betadrenérgicos podem
mascarar os sinais e sintomas de hipoglicemia aguda.
Mascaramento da tireotoxicose
Agentes bloqueadores betadrenérgicos podem mascarar determinados sinais clínicos do hipertireoidismo
(ex. taquicardia). Pacientes com suspeita de desenvolvimento de tireotoxicose devem ser gerenciados com
cuidado para evitar a retirada abrupta do agente betadrenérgico, o que pode precipitar uma crise de
tiroide.
Anestesia cirúrgica
A necessidade ou conveniência da retirada de agentes bloqueadores betadrenérgicos antes de grandes
cirurgias é controversa. Se necessário durante a cirurgia, os efeitos dos agentes bloqueadores
betadrenérgicos podem ser revertidos por doses suficientes de agonistas adrenérgicos (veja 10.
SUPERDOSE)
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Outros
Pacientes em tratamento com bloqueadores betadrenérgicos por via sistêmica e que estejam em
tratamento com maleato de timolol devem ser observados quanto ao potencial efeito aditivo, seja na
pressão intraocular ou nos conhecidos efeitos sistêmicos do bloqueio betadrenérgico. Não se recomenda o
uso tópico de dois bloqueadores betadrenérgicos.
Em pacientes com glaucoma de ângulo fechado, o objetivo imediato do tratamento é reabrir o ângulo.
Isso requer a constrição da pupila com um miótico. Maleato de timolol tem pouco ou nenhum efeito sobre
a pupila. Quando maleato de timolol for utilizado para reduzir a pressão intraocular elevada de pacientes
com glaucoma de ângulo fechado, deverá ser administrado em associação com um miótico e não
isoladamente.
Houve relato de descolamento da coroide com a administração de terapia supressora do humor aquoso
(por exemplo, timolol, acetazolamida) após procedimentos de filtração.
Este medicamento contém cloreto de benzalcônio como conservante, que pode ser absorvido por lentes de
contato gelatinosas. Portanto, maleato de timolol não deve ser aplicado quando essas lentes estiverem
sendo utilizadas. As lentes devem ser retiradas antes da aplicação das gotas e devem ser recolocadas
somente quinze minutos após a aplicação.
Risco de reação anafilática
Enquanto estiverem tomando betabloqueadores, pacientes com histórico de atopia ou de reação anafilática
grave a uma variedade de alérgenos podem ser mais responsivos às estimulações repetidas com tais
alérgenos, tanto por estimulações acidentais, como para fins diagnósticos ou terapêuticos Esses pacientes
podem não responder a doses usuais de epinefrina utilizadas para tratar reações anafilactoides.
Gravidez e amamentação:
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não foi estudado na gravidez humana. O uso de maleato de timolol exige que os
benefícios previstos sejam confrontados com os possíveis riscos.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
O timolol é detectável no leite humano. Em razão do potencial para causar reações adversas graves em
bebês, deve-se decidir entre interromper a amamentação ou descontinuar o uso do medicamento,
considerando-se a importância do medicamento para a mãe.
Pacientes pediátricos
O uso de maleato de timolol não é recomendado em crianças abaixo de 2 anos de idade. Deve ser usado
com cuidado no tratamento de crianças acima de 2 anos de idade.
A dose usual inicial é de uma gota de maleato de timolol no(s) olho(s) afetado(s) a cada 12 horas.
Pacientes idosos
Não é necessário ajuste posológico para pacientes idosos (a partir de 65 anos de idade).
Este medicamento pode causar doping.
Dirigir e operar máquinas: Existem efeitos adversos associados ao uso deste produto que podem afetar
Embora maleato de timolol usado isoladamente tenha pouco ou nenhum efeito sobre o tamanho da pupila,
foi relatada ocasionalmente midríase resultante da terapia concomitante com maleato de timolol e
epinefrina.
Houve relato de bloqueio betadrenérgico sistêmico potencializado (por exemplo, diminuição da
frequência cardíaca, depressão) durante tratamento combinado com inibidores do CYP2D6 (como
quinidina, SSRIs) e timolol.
É possível que ocorram efeitos aditivos e desenvolvimento de hipotensão e/ou bradicardia acentuada
quando maleato de timolol for administrado juntamente com um bloqueador dos canais de cálcio oral,
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medicamentos depletores de catecolaminas, antiarrítmicos, parassimpatomiméticos ou agentes
betabloqueadores.
Os betabloqueadores orais podem exacerbar a hipertensão de rebote, que pode ser provocada pela retirada
da clonidina.
Maleato de timolol é uma solução incolor, límpida e livre de partículas.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade. Desde que respeitados
os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de
sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Instruções de uso:
Não deixe que a ponta do frasco toque o(s) olho(s) ou as áreas ao redor do(s) olho(s). Ela pode ficar
contaminada com bactérias que podem causar infecções oculares levando a lesões graves dos olhos, até
mesmo perda da visão. A fim de evitar uma possível contaminação, mantenha a ponta do frasco longe do
contato com qualquer superfície.
1. Antes de utilizar a medicação pela primeira vez, certifique-se de que o lacre de segurança está intacto.
A existência de um espaço entre o frasco e a tampa é normal quando o frasco ainda não foi aberto.
2. Para abrir o frasco, gire a tampa. NÃO AGITAR ANTES DE USAR.
3. Incline sua cabeça para trás e puxe levemente sua pálpebra inferior para formar uma bolsa entre a sua
pálpebra e o seu olho.
4. Inverta o frasco, pressionando-o levemente com o dedo polegar ou indicador, até que uma única gota
seja dispensada no olho, como orientado pelo seu médico.
NÃO TOQUE A PONTA DO FRASCO NOS OLHOS OU NAS PÁLPEBRAS.
Se manuseados inadequadamente, os medicamentos oftálmicos podem ser contaminados por bactérias
comuns, conhecidas por causar infecções oculares. O uso de medicamentos oftálmicos contaminados
pode causar lesões oculares graves e perda da visão. Se você suspeitar que seu medicamento possa estar
contaminado ou se você desenvolver uma infecção ocular, contate seu médico imediatamente.
5. Após o uso de maleato de timolol, pressione com o dedo o canto do seu olho próximo ao nariz
(conforme demonstrado na figura abaixo) por 2 minutos. Isso ajuda a manter maleato de timolol no seu
olho.
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NÃO AGITAR ANTES DE USAR.
6. Repita os passos 3 e 4 para aplicar o medicamento no outro olho, se esta tiver sido a recomendação do
seu médico.
7. Recoloque a tampa, rosqueando-a até que ela esteja tocando firmemente o frasco. Não aperte demais,
pois você pode danificar o frasco e a tampa.
8. A ponta gotejadora foi projetada para liberar uma única gota; portanto, NÃO alargue o furo da ponta
gotejadora.
9. Após o uso de todas as doses, ainda restará um pouco de maleato de timolol no frasco. Não se
preocupe, pois foi adicionada uma quantidade extra do medicamento para que não faltasse nenhuma dose
prescrita; portanto, não tente remover esse excesso do frasco.
POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO
A dose inicial usual é uma gota de maleato de timolol no(s) olho(s) afetado(s), 2 vezes ao dia.
Se necessário, pode ser instituída terapia concomitante com outros agentes redutores da pressão
intraocular e maleato de timolol. O uso de dois agentes bloqueadores betadrenérgicos não é recomendado
(veja 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Em alguns pacientes, a redução da pressão intraocular provocada pelo maleato de timolol pode requerer
algumas semanas para se estabilizar; portanto, a avaliação da resposta deverá incluir a determinação da
pressão intraocular após aproximadamente 4 semanas de tratamento com maleato de timolol. Se a pressão
intraocular se mantiver em níveis satisfatórios, muitos pacientes podem ser colocados em um esquema
terapêutico de dose única diária.
Quando se utiliza a oclusão nasolacrimal ou se fecha as pálpebras, durante 2 minutos, a absorção
sistêmica é reduzida. Isto pode resultar num aumento da atividade local.
Como transferir pacientes de outras terapias
Quando um paciente é transferido de uma terapia com outro agente betabloqueador oftálmico tópico, esse
agente deve ser interrompido após a dose diária e a terapia com maleato de timolol deve ser iniciada no
dia seguinte, com uma gota de maleato de timolol no(s) olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia.
Quando um paciente é transferido de uma monoterapia com agente antiglaucomatoso que não seja um
betabloqueador, deve-se continuar o uso do medicamento e acrescentar uma gota de maleato de timolol
em cada olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia. No dia seguinte, interrompa completamente o agente
antiglaucomatoso previamente usado e continue com maleato de timolol.
Maleato de timolol é geralmente bem tolerado. Foram relatadas as seguintes reações adversas com
maleato de timolol ou outras formulações de maleato de timolol, tanto em estudos clínicos como após a
comercialização do medicamento:
Sentidos: sinais e sintomas de irritação ocular, incluindo queimação e pontadas, conjuntivite, blefarite,
ceratite, diminuição da sensibilidade corneana, ressecamento dos olhos. Distúrbios visuais, incluindo
alterações na refração (em alguns casos, decorrente da retirada da terapia miótica), diplopia, ptose,
descolamento da coroide após cirurgia de filtração e zumbido no ouvido (veja 5. ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES).
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Cardiovasculares: bradicardia, arritmia, hipotensão, síncope, bloqueio cardíaco, acidente vascular
cerebral, isquemia cerebral, insuficiência cardíaca congestiva, palpitação, parada cardíaca, edema,
claudicação, fenômeno de Raynaud e mãos e pés frios.
Respiratório: broncoespasmo (predominantemente em pacientes com doença broncoespástica
preexistente), insuficiência respiratória, dispnéia e tosse.
Corpo como um todo: cefaleia, astenia, fadiga e dor torácica.
Pele: alopecia, erupção cutânea psoriasiforme ou exacerbação da psoríase.
Hipersensibilidade: sinais e sintomas de reações alérgicas, incluindo anafilaxia, angioedema, urticária,
erupção cutânea localizada ou generalizada.
Sistema nervoso/psiquiátrico: tontura, depressão, insônia, pesadelos, perda da memória, agravamento
dos sinais e sintomas de Miastenia gravis e parestesia.
Digestivo: náusea, diarreia, dispepsia, boca seca e dor abdominal.
Geniturinário: diminuição da libido, doença de Peyronie e disfunção sexual.
Imunológico: lúpus eritematoso sistêmico.
Músculo-esquelético: mialgia.
Efeitos adversos potenciais
Os efeitos adversos relatados na experiência clínica com o maleato de timolol oral sistêmico podem ser
considerados efeitos adversos potenciais do maleato de timolol oftálmico.
Também foram relatados efeitos adversos cuja relação causal com a terapia com maleato de timolol não
foi estabelecida: edema macular cistoide afácico, congestão nasal, anorexia, efeitos no SNC (por
exemplo, alterações comportamentais, incluindo confusão, alucinações, ansiedade, desorientação,
nervosismo, sonolência e outros distúrbios psíquicos), hipertensão, fibrose retroperitoneal e
pseudopenfigoide.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.