Bula do Manitol 20% produzido pelo laboratorio Fresenius Kabi Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Manitol 20%_BU04 1
SOLUÇÃO DE MANITOL 20%
Fresenius Kabi
Solução injetável
200 mg/mL
Manitol 20%_BU04 2
Solução de Manitol 20%
manitol
Forma farmacêutica e apresentações:
SISTEMA FECHADO
Solução de manitol 20% (manitol 200 mg/mL): frascos e bolsas de plástico transparente
contendo 250 mL.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada 100 mL contêm:
manitol.................................................20 g
água para injetáveis q.s.p......................100 mL
Excipientes: água pra injetáveis.
Conteúdo calórico..........................................................................0,8 Kcal/L
OSMOLARIDADE: ......................................................................1098 mOsm/L
pH ..................................................................................................4,5 – 7,0
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
A solução de manitol é indicada para promoção da diurese na prevenção da falência renal aguda
durante cirurgias cardiovasculares e/ou após trauma, redução da pressão intracraniana e
tratamento do edema cerebral, redução da pressão intraocular elevada quando esta não pode
reduzida por outros meios, ataque de glaucoma, promoção da eliminação urinária de substâncias
tóxicas, edema cerebral de origem cardíaca e renal.
A solução de manitol 20% exerce efeito osmótico e induz diurese acentuada. O manitol é um
diurético osmótico, excretado pelos rins. O manitol impede a absorção tubular da água e
melhora a eliminação de sódio e cloreto elevando para tal a osmolaridade do filtrado
glomerular. Esse aumento de osmolaridade extracelular efetuado pela administração intravenosa
do manitol induzirá um movimento de água intracelular para um espaço extracelular e vascular.
Essa ação é o fundamento para o papel do manitol na redução da pressão intracraniana, do
edema intracraniano e da pressão intraocular elevada. Não cruza a barreira hematoencefálica ou
penetra nos olhos.
A redução da pressão cérebro-espinhal e intraocular ocorre dentro de 15 minutos após o início
da infusão. A injeção intravenosa de manitol é rapidamente excretada pelos rins antes de
qualquer metabolismo hepático significativo. A meia vida de eliminação do manitol é de
aproximadamente 100 minutos (pode ser aumentada em até 36 horas em casos de insuficiência
renal aguda), para um efeito diurético observado após 1 a 3 horas da infusão.
A solução de manitol aumenta a oferta de líquido aos vasos circulatórios, pelo aumento da
pressão osmótica vascular.
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A solução de manitol é contraindicada em pacientes com anúria total, descompensação cardíaca
grave, hemorragia intracraniana ativa, desidratação severa e edema pulmonar.
A solução de manitol nunca deve ser adicionada ao sangue total para transfusão, ou ser
administrada no mesmo equipo usado para a infusão de sangue.
Gravidez: categoria C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas
sem orientação médica ou do cirurgião dentista.
Advertências:
O manitol permanece no compartimento extracelular. Se concentrações elevadas de manitol
estiverem presentes no plasma ou caso o paciente tenha acidose, o manitol poderá atravessar a
barreira hematoencefálica e causará um efeito contrário, aumentando a pressão intracraniana.
O estado cardiovascular do paciente deve ser cuidadosamente avaliado antes de administrar
rapidamente o manitol, visto que uma repentina expansão do fluido extracelular pode levar a
uma falha cardíaca congestiva fulminante.
O deslocamento do fluido intracelular isento de sódio para o compartimento extracelular,
subsequentemente à infusão de manitol, pode reduzir a concentração sérica de sódio e agravar a
hiponatremia preexistente.
Para sustentar a diurese, a administração de manitol pode ocultar e intensificar uma hidratação
inadequada ou hipovolemia.
Injeções de manitol isentas de eletrólitos não devem ser administradas em conjunto com sangue.
O monitoramento apropriado dos níveis sanguíneos de sódio e potássio; o grau de
hemoconcentração ou hemodiluição, se houver; índices da função renal, cardíaca ou pulmonar
são essenciais para evitar deslocamentos excessivos de fluidos e eletrólitos.
A administração de soluções substancialmente hipertônicas (600 mOms/L) pode causar danos às
veias.
Cuidados e advertências para populações especiais:
Não há relatos de que a solução intravenosa de manitol 20% apresente contraindicações ou
efeitos colaterais no uso em idosos, pediátrico e mulheres lactantes.
Gravidez: Categoria C
Não foram efetuados estudos de reprodução animal com manitol. Também não se sabe se o
manitol pode causar dano ao feto quando administrado a uma mulher grávida. Administrar
somente se claramente necessário.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou
São desconhecidas interações com soluções de manitol e outros medicamentos até o momento.
Não deve ser utilizado como veículo de medicamento.
Pode aumentar a possibilidade de toxicidade digitálica dos glicosídeos digitálicos. Pode também
potencializar os efeitos diuréticos e redutores da pressão intraocular de outros diuréticos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro
medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua
saúde.
A exposição de produtos farmacêuticos ao calor deve ser evitada. O produto deve armazenado
em temperatura entre 15ºC e 30ºC. Prazo de validade: 24 meses após a data de fabricação.
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Não armazenar as soluções parenterais adicionadas de medicamentos.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Solução límpida, incolor e isenta de partículas em suspensão.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A medicação deve ser administrada exclusivamente pela via intravenosa, sob o risco de danos
de eficácia terapêutica.
Modo de usar
A solução somente deve ter uso intravenoso e individualizado.
A dosagem deve ser determinada por um médico e é dependente da idade, do peso das
condições clínicas do paciente e das determinações em laboratório.
Antes de serem administradas as soluções parenterais devem ser inspecionadas visualmente para
se observar a presença de partículas, turvação na solução, fissuras e quaisquer violações na
embalagem primária.
A solução é acondicionada em bolsas e frascos em SISTEMA FECHADO para administração
intravenosa usando equipo estéril.
Atenção: não usar embalagens primárias em conexões em série. Tal procedimento pode causar
embolia gasosa devido ao ar residual aspirado da primeira embalagem antes que a administração
de fluido da segunda embalagem seja completada.
NÃO PERFURAR A EMBALAGEM, POIS HÁ COMPROMETIMENTO DA
ESTERILIDADE DO PRODUTO E RISCO DE CONTAMINAÇÃO.
Para abrir:
No caso das embalagens que possuem invólucro protetor (bolsas): verifique nas abas nos cantos
a indicação de um picote que será utilizado para a abertura do invólucro protetor. Remova a
bolsa do invólucro imediatamente antes do uso.
Verificar se existem vazamentos mínimos comprimindo a embalagem primária com firmeza. Se
for observado vazamento de solução descartar a embalagem, pois a sua esterilidade pode estar
comprometida.
Se for necessária medicação suplementar, seguir as instruções descritas a seguir antes de
preparar a solução de Manitol 20% para administração.
No preparo e administração das Soluções Parenterais (SP), devem ser seguidas as
recomendações da Comissão de Controle de Infecção em Serviços de Saúde quanto a:
desinfecção do ambiente e de superfícies, higienização das mãos, uso de EPIs e desinfecção de
ampolas, frascos, pontos de adição dos medicamentos e conexões das linhas de infusão.
1. Fazer a assepsia da embalagem primária utilizando álcool a 70%;
2. Identificar e remover o lacre do sítio de conexão do equipo. No caso dos frascos, este sítio
está protegido pelo lacre de maior diâmetro. (figura 1); Quando se tratar de bolsas, o sítio de
conexão do equipo poderá ser identificado através da porta azul infusão (figura 2), que deverá
ser retirada para a conexão ao equipo;
3. Conectar o equipo de infusão da solução. Consultar as instruções de uso do equipo;
4. Suspender a embalagem pela alça de sustentação;
Administrar a solução, por gotejamento contínuo, conforme prescrição médica.
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Para adição de medicamentos:
Atenção: Verificar se há incompatibilidade entre o medicamento e a solução e, quando for o
caso, se há incompatibilidade entre os medicamentos.
Apenas as embalagens que possuem dois sítios, um sítio para o equipo e um sítio próprio para a
administração de medicamentos, poderão permitir a adição de medicamentos nas soluções
parenterais.
Para administração de medicamentos antes da administração da solução parenteral:
1. Identificar o lacre do sítio de aditivação. Para os frascos, ele está protegido pelo lacre de
menor diâmetro (figura 1), já para as bolsas, ele poderá ser identificado através da porta branca
(figura 2);
2. Quando se tratar de frasco: quebrar o lacre do sítio de aditivação; quando se tratar de bolsa:
retirar a tampa de segurança branca da porta de adição;
3. Preparar o sítio de injeção fazendo sua assepsia;
4. Utilizar uma seringa com agulha estéril para perfurar o sítio próprio para administração de
medicamentos e injetar o medicamento na solução parenteral;
5. Misturar o medicamento completamente na solução parenteral;
6. Pós liofilizados devem ser reconstituídos / suspendidos no diluente estéril e apirogênico
adequado antes de ser adicionados à solução parenteral.
Para administração de medicamentos durante a administração da solução parenteral:
1. Fechar a pinça do equipo de infusão;
2. Preparar o sítio próprio para administração de medicamentos, fazendo sua assepsia;
3. Utilizar seringa com agulha estéril para perfurar o sítio e adicionar o medicamento na
solução parenteral;
4. Misturar o medicamento completamente na solução parenteral;
5. Prosseguir a administração.
Quando expostas a baixas temperaturas, soluções de manitol 20% podem cristalizar. Inspecionar
quanto à existência de cristais antes da administração. Não administrar quando verificada
presença de cristais. Os cristais podem ser redissolvidos por aquecimento em banho-maria
(60°C – 80°C) com agitação vigorosa periódica. Resfriar a solução à temperatura ambiente.
Administrar usando equipo com filtro.
- Posologia
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O preparo e administração da Solução Parenteral devem obedecer à prescrição, precedida de
criteriosa avaliação, pelo farmacêutico, da compatibilidade físico-química e da interação
medicamentosa que possam ocorrer entre os seus componentes.
A dosagem total e a taxa de administração devem ser regidas pela natureza e severidade da
condição que está sendo tratada, necessidade de fluido e débito urinário.
Uma dose teste de manitol 20% de aproximadamente 200 mg/kg corporal (isto significa cerca
de 75 mL de solução parenteral) infundida em um período de 3 a 5 minutos para produzir um
fluxo urinário de pelo menos 30 a 50 mL/hora nas próximas 2 a 3 horas. Em crianças a dose é
de 200 mg/Kg ou 6 gramas por metro quadrado de área corporal administrada durante um
período de 5 minutos. Se o fluxo de urina não aumentar, pode ser administrada uma segunda
dose de teste; se a resposta for inadequada, o paciente deverá ser reavaliado.
Para a redução da pressão intraocular e intracraniana, uma dose de 1,5 a 2,0 g/Kg da solução a
20% (7,5 a 10 mL/Kg) pode ser administrada durante um período de 30 minutos a 60 minutos
para obter um efeito imediato e máximo. Usualmente uma redução máxima de pressão
intracraniana em adultos pode ser alcançada com uma dose de 0,25 g/Kg administrada não mais
frequentemente que a cada 6 a 8 horas. Um gradiente osmótico entre o sangue e o fluido
cérebro-espinhal de aproximadamente 10 mOsmols produzirá uma redução satisfatória na
pressão intracraniana. Redução da pressão do fluido cérebro-espinhal e intraocular ocorre em 15
minutos a partir do início da infusão de manitol e dura por 3 a 8 horas depois que a infusão é
encerrada.
O uso de medicação aditiva suplementar não é recomendado.
A solução de manitol 20% administrada em doses elevadas retira o líquido do espaço
intracelular para o extracelular, causando expansão excessiva do espaço intravascular, podendo
resultar em desidratação tissular, insuficiência cardíaca congestiva, desidratação cerebral
(particularmente em pacientes com insuficiência renal) e edema pulmonar. A rápida
administração de manitol 20% causou hipotensão em pacientes submetidos à craneotomia. A
solução de manitol 20% pode causar insuficiência renal oligúrica em pacientes recebendo
manitol para tratamento da hipertensão intracraniana. Técnica de hemodiálise elimina o manitol
restabelecendo o equilíbrio hídrico e osmolar.
A administração por via intravenosa de manitol pode estar associada a náusea, vômitos, sede,
dor de cabeça, tontura, tremores, febres, taquicardia, dor no peito, hipernatremia, desidratação,
visão borrada, urticária ou hipertensão. Reações de hipersensibilidade também foram descritas.
O extravasamento da solução pode causar edema e necrose da pele.
Tromboflebite também pode ocorrer.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.
A superdose da solução de manitol 20% pode causar sobrecarga cardíaca e desenvolvimento de
edema agudo no pulmão e alterações de balanço hidroeletrolítico.
Dentre os sintomas relacionados estão náuseas, vômitos, cefaleias, tremores e dores torácicas.
Em caso de superdose interromper a administração. Técnica de hemodiálise elimina o manitol
restabelecendo o equilíbrio hídrico e osmolar.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.