Bula do Minerovit produzido pelo laboratorio Cifarma Científica Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
MINEROVIT®
polivitamínico e polimineral
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome comercial: MINEROVIT®
Nome genérico: polivitamínico e polimineral
APRESENTAÇÃO
Comprimidos revestidos – Embalagem contendo 30 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de MINEROVIT®
contém: * IDR %
Vitamina A (palmitato de retinol) ..................................................................10.000 UI ..........................................................................500
Vitamina B1 (nitrato de tiamina) ....................................................................20,0 mg ...........................................................................1.667
Vitamina B2 (riboflavina) ...............................................................................5,0 mg ...............................................................................385
Vitamina B5 (ácido pantotênico) ...................................................................11,6 mg ...............................................................................232
Vitamina B6 (cloridrato de piridoxina) ..........................................................10,0 mg ..............................................................................769
Vitamina B12 (cianocobalamina) ....................................................................5 mcg ...................................................................................208
Vitamina PP (nicotinamida) ............................................................................50,0 mg .............................................................................312
Vitamina H (biotina) .......................................................................................0,25 mg ..............................................................................833
Vitamina C (ácido ascórbico) .........................................................................150,0 mg .............................................................................333
Vitamina D (colecalciferol) ............................................................................500 UI ................................................................................250
Vitamina E (acetato de dextroalfatocoferol) ............................................. 10,0 UI .....................................................................................67
ferro (como fumarato ferroso) .......................................................................50,0 mg ................................................................................357
manganês (como sulfato de manganês) ......................................................2,05 mg ....................................................................................89
cobre (como óxido de cobre) .........................................................................3,90 mg ................................................................................433
zinco (como óxido de zinco) ..........................................................................2,30mg ...................................................................................33
molibdênio (como molibdato de sódio di-hidratado) ................................ 0,25 mg ...................................................................................556
boro (como complexo quelato) .....................................................................0,88 mg .................................................................................**
Excipientes q.s.p. .........................................................................................................................................................................1 comprimido
(carbonato de cálcio, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, óxido de magnésio, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio, álcool etílico,
ácido esteárico, estearato de magnésio, dióxido de silício, corante vermelho eritrosina Laca, celulose microcristalina, croscarmelose
sódica e cloreto de metileno).
*IDR%: Porcentagem da ingestão diária recomendada.
** Não estabelecido.
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
MINEROVIT®
, complexo vitamínico e mineral, é indicado para prevenção e tratamento de estados de carência destas substâncias
essenciais ao organismo, nos casos de doenças crônicas, cirurgias, longos períodos de convalescença, déficit alimentar em pacientes
idosos, em dietas restritivas e inadequadas, como antioxidante, como auxiliar no sistema imunológico e para prevenção de cegueira
noturna/xeroftalmia.
MINEROVIT®
associa em sua formulação vitaminas e sais minerais essenciais ao funcionamento do organismo. A vitamina A
(palmitato de retinol) tem várias funções importantes no organismo, exercendo papel essencial no funcionamento da retina. Sua forma
oxidada (retinol) combina-se com a opsina (pigmento vermelho da retina) originando a rodopsina (púrpura visual), necessária à adaptação
da visão noturna. Tanto na sua forma original (retinol), quanto na forma metabolizada (ácido retinoico), intervém no crescimento ósseo,
na função testicular e ovariana, no desenvolvimento embrionário e na produção de rodopsina e outros pigmentos receptores de luz. É
igualmente necessária ao crescimento e diferenciação do tecido epitelial podendo atuar também como cofator em reações bioquímicas. A
vitamina A é rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal, porém exige a presença de sais biliares, lipase pancreática, proteínas e
gorduras presentes na dieta. Grande parte da dose administrada é armazenada no fígado, principalmente nas células do parênquima
hepático e em pequenas quantidades nos rins e nos pulmões. É parcialmente conjugada para formar o beta-glicuronídeo, que passa pela
circulação êntero-hepática e é oxidado em retinol e ácido retinoico. Sua meia-vida é de 50 a 100 dias. O retinol, o ácido retinoico e vários
outros metabólitos hidrossolúveis são excretados na urina e nas fezes.
O papel fisiológico da vitamina D (colecalciferol) é melhor caracterizado como regulador positivo da homeostasia do cálcio e do
metabolismo do fosfato. Os mecanismos pelos quais a vitamina D atua para manter as concentrações plasmáticas normais de cálcio e
fosfato visam facilitar a absorção destes pelo intestino delgado, propiciando deposições adequadas nas áreas de calcificação óssea e
dentária. A vitamina D é absorvida pelo intestino delgado, sendo que a maior parte da vitamina aparece inicialmente na linfa, sobretudo
na fração dos quilomicrons, como complexo lipoprotéico. É metabolizada no fígado onde é convertida em seu derivado 25-hidroxi.
Apresenta uma meia-vida de 3 a 5 dias e é excretada principalmente através da bile.
A vitamina C (ácido ascórbico) desempenha importante papel no metabolismo celular, participando dos processos de óxido-redução.
Através de sua atuação no transporte de elétrons, intervém em diversas reações metabólicas, tais como hidroxilação da prolina durante a
formação do tecido conjuntivo, oxidação das cadeias laterais de lisina em proteínas, síntese da noradrenalina e dos hormônios
corticosteroides pelas suprarrenais, dentre outros processos. A vitamina C também disponibiliza o ferro para a síntese da hemoglobina.
O grupo vitamínico B compreende diversas vitaminas hidrossolúveis. A vitamina B1 (mononitrato de tiamina) combina-se com o
trifosfato de adenosina (ATP) e forma uma coenzima, o pirofosfato de tiamina, necessária ao metabolismo dos hidratos de carbono. Esse
sistema enzimático provoca a descarboxialação dos alfa-cetoácidos que intervêm no metabolismo dos hidratos de carbono e que entram
no ciclo tricarboxílico com o ácido pirúvico, oxalacético, cítrico e alfa-cetoglutárico. A maior parte da tiamina é absorvida no duodeno,
sendo sua absorção total máxima por dia, após administração de dose oral, cerca de 5 a 15 mg. É metabolizada no fígado e excretada pela
via renal, quase completamente sob a forma de metabólitos.
A Vitamina B2 (riboflavina) executa suas funções no organismo sob a forma de enzima fosfato de riboflavina, conhecida como
mononucleotídeo de flavina (FMN) ou dinucleotídeo de flavina e adenina (FAD), que são necessárias para a respiração tissular normal. A
riboflavina também é requerida para a ativação da piridoxina e pode estar envolvida na manutenção da integridade dos eritrócitos.
A vitamina B6 (cloridrato de piridoxina) é convertida, nos eritrócitos, a fosfato de piridoxal e, em menor proporção, a fosfato de
piridoxamina, que atuam como coenzimas em transformações metabólicas que afetam a utilização de proteínas, lipídios e carboidratos.
No metabolismo das proteínas, participa da conversão do triptofano a ácido nicotínico ou serotonina, enquanto que no metabolismo de
carboidratos, é responsável pela degradação do glicogênio a glicose-1-fosfato.
Nas transformações metabólicas de aminoácidos, participa da descarboxilação, desaminação, transaminação e transulfuração. Participa,
também, da síntese do ácido aminobutírico (GABA) no sistema nervoso central e da síntese do heme, bem como da conversão do oxalato
a glicina. A conversão de metionina em cisteína também depende da vitamina B6. Agindo no fígado, a pirodoxina opõe-se à formação de
substâncias tóxicas provenientes especialmente do metabolismo das proteínas. É rapidamente absorvida no trato gastrintestinal,
principalmente no jejuno. A piridoxina não se liga às proteínas plasmáticas, contudo, o fosfato de piridoxal liga-se totalmente. É
armazenada principalmente no fígado e, em quantidades menores, nos músculos e no cérebro. Sofre biotransformação hepática, sendo
degradada a ácido-4-piridóxido. Sua meia-vida é de aproximadamente 15 a 20 dias, sendo eliminada na urina quase que totalmente sob a
forma de metabólitos. É removível por hemodiálise.
A vitamina PP (nicotinamida) atua no organismo após sua conversão em nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD) ou nicotinamida
adenina dinucleotídeo fosfato (NADP), formas fisiologicamente ativas que desempenham papel fundamental como coenzimas para
muitas proteínas que catalisam reações de oxirredução essenciais à respiração tecidual, para o metabolismo de lipídios, aminoácidos,
proteínas e purinas e para a glicogenólise. A vitamina PP é absorvida com facilidade no trato gastrintestinal, exceto nas síndromes de má-
absorção. Atinge concentração sérica máxima em 45 minutos. Sofre metabolização hepática e sua meia-vida é de 45 minutos.
Posteriormente é excretada por via renal, quase totalmente sob a forma de metabólitos.
O ácido pantotênico (vitamina B5) apresenta atividade biológica na forma de seu isômero dextro-rotatório e atua após sua incorporação à
coenzima A, servindo como cofator para diversas reações catalisadas enzimaticamente que envolvem a transferência de grupos acetil.
Essas reações são importantes para o metabolismo oxidativo dos carboidratos, na gliconeogênese, na síntese e degradação de ácidos
graxos, na síntese de esteróis, hormônios esteroides e profirinas. É absorvido rapidamente no trato gastrintestinal, exceto nas síndromes
de má absorção. Distribui-se nos tecidos orgânicos sob a forma da coenzima A, concentrando-se no fígado, glândulas adrenais, coração e
rim. Esta vitamina não sofre biotransformação e é excretada principalmente na urina (70%), na forma íntegra, enquanto 30% são
eliminados nas fezes.
A vitamina B12 (cianocobalamina) atua em várias funções metabólicas, incluindo o metabolismo das gorduras, carboidratos e a síntese de
proteínas. É indispensável ao crescimento, reprodução celular, hematopoiese, síntese de nucleoproteínas e mielina, devido ao seu efeito
sobre o metabolismo da metionina, do ácido fólico e malônico. É absorvida com facilidade no trato gastrintestinal, sobretudo na metade
inferior do íleo. A presença do fator intrínseco é essencial para a sua absorção oral, uma vez que ocorre a formação do complexo vitamina
B12/FI no estômago, que propicia a sua ligação aos receptores específicos na mucosa do íleo, sendo, desta forma, absorvida. Sua taxa de
ligação às proteínas (transcobalaminas) é muito alta. A vitamina B12 é metabolizada no fígado e eliminada por via biliar.
A vitamina H (biotina) é uma coenzima essencial ao metabolismo das gorduras e dos carboidratos, sendo também responsável pela
carboxilação e descarboxilação do ácido oxalacético. A biotina concentra-se em quantidades mínimas no interior de todas as células.
Encontra-se ligada principalmente às proteínas e aos polipeptídeos.
Quanto aos minerais, incluindo os oligoelementos, podemos sintetizar o papel desempenhado pelos mesmos, ilustrando as seguintes
funções biológicas: Ferro - atua na formação da hemoglobina, mioglobina e enzimas; Cobre - componente de enzimas e está envolvido na
hematopoiese; Molibdênio - constituinte de enzimas essenciais, xantina-oxidase e de flavoproteínas.
O uso de MINEROVIT®
é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos componentes da fórmula;
para tratamento de hipovitaminoses específicas graves; nas hipervitaminoses A e D e nos casos de insuficiência renal.
A relação risco/benefício deverá ser avaliada na presença de hipoprotrombinemia por deficiência de vitamina K, bem como na presença
de hemorragia, Diabetes mellitus, glaucoma, gota, doença hepática e úlcera péptica. Na doença de Leber tem sido verificada atrofia do
nervo ótico imediatamente após a administração da dose de vitamina B12, uma vez que as concentrações desta vitamina nesses casos já
são bem elevadas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
O uso de MINEROVIT®
em pacientes com insuficiência renal crônica deve ser avaliado quanto ao risco/benefício.
Devido à baixa dosagem de vitamina B12, o produto não está indicado para o tratamento de anemia perniciosa ou outras anemias
megaloblásticas.
MINEROVIT®
não deve ser administrado por períodos prolongados, em doses superiores às recomendadas, sob o risco de ocorrerem
reações adversas severas.
deve ser evitado em pacientes parkinsonianos sob tratamento com levodopa não associada.
não deve ser utilizado como substituto de uma dieta equilibrada.
Doses elevadas de hidróxido de alumínio podem precipitar os ácidos biliares no duodeno, diminuindo, desta forma, a absorção das
vitaminas lipossolúveis.
A administração de doses elevadas de retinol e tocoferol, concomitantemente com anticoagulantes cumarínicos, pode precipitar a
ocorrência de hipoprotrombinemia.
A vitamina B6 diminui a ação da levodopa por estimulação da dopa-carboxilase periférica, diminuindo sua eficácia antiparkinsoniana. A
associação da levodopa com carbidopa ou benserazida não sofre interferência desta vitamina.
O álcool modifica a absorção intestinal de algumas vitaminas.
Os antidepressivos tricíclicos e as fenotiazinas, usados simultaneamente com a riboflavina, tornam necessário o aumento da dose da
vitamina.
Quando administrado concomitantemente com betabloqueadores, o ácido nicotínico pode ter efeito vasodilatador aditivo e causar
hipotensão postural. Esta vitamina também pode inibir o efeito uricosúrico da probenecida.
A probenecida reduz a absorção gastrintestinal da riboflavina.
A isoniazida pode produzir déficit de ácido nicotínico ao inibir sua incorporação ao dinucleotídeo de nicotinamida e adenina.
A colestiramina, o óleo mineral e a neomicina, administrados por via oral, podem interferir na absorção do retinol e do tocoferol.
As formulações contendo potássio de liberação lenta, bem como os aminosalicilatos, colestiramina, colchicina e neomicina podem
reduzir a absorção da vitamina B12. O uso concomitante de cloranfenicol e vitamina B12 pode antagonizar a resposta hematopoiética à
mesma.
Deve-se evitar o uso concomitante de derivados do ácido retinoico (etretinato e isotretinoína) e produtos que contenham vitamina A, em
virtude da possibilidade de ocorrência de hipervitaminose.
O ácido ascórbico pode interferir na associação álcool-dissulfiram, especialmente com o uso crônico ou quando tomado em doses altas.
Também, aumenta os níveis plasmáticos de etinilestradiol. Os barbitúricos, a primidona ou salicilatos podem aumentar a excreção
urinária do ácido ascórbico. O ácido ascórbico pode intensificar a toxicidade do ferro tecidual quando administrado juntamente com
deferoxamina.
Interferência em exames laboratoriais: O ácido ascórbico pode interferir nos resultados laboratorias para determinação de glicemia,
glicosúria e dos níveis séricos das transaminases de creatinina e bilirrubina.
MINEROVIT®
deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da umidade.
possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação, desde que observados os cuidados de conservação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
é um comprimido revestido oblongo de coloração rósea.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Administrar 1 comprimido ao dia ou a critério médico. Os comprimidos devem sempre ser tomados acompanhados de um pouco de água
ou a critério médico.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Reações alérgicas e idiossincráticas não são impossíveis de ocorrer quando do uso de vitaminas. Diante de tais fatos, o uso do
medicamento deve ser interrompido. O ferro, mesmo em doses terapêuticas, tem sido associado a intolerância gastrintestinal em alguns
pacientes. A ingestão de dose única excessiva ou por períodos prolongados pode provocar toxicidade severa.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.