Bula do Moratus para o Profissional

Bula do Moratus produzido pelo laboratorio Medley Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Moratus
Medley Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO MORATUS PARA O PROFISSIONAL

 

Moratus® 

(cloridrato de paroxetina)  

Medley Indústria Farmacêutica Ltda. 

comprimido revestido 

20 mg 

MORATUS®

cloridrato de paroxetina

APRESENTAÇÃO

Comprimidos revestidos de 20 mg: embalagens com 15 ou 30 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém:

cloridrato de paroxetina .................................................. 22,8 mg (correspondente a 20 mg de

paroxetina base)

excipientes q.s.p. ............................................................. 1 comprimido

(estearato de magnésio, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, amidoglicolato de sódio,

dióxido de titânio, macrogol, hipromelose, polissorbato 80)

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Adultos

Depressão

Tratamento dos sintomas do transtorno depressivo de todos os tipos, inclusive depressão reativa

e grave e depressão acompanhada de ansiedade. Após uma resposta satisfatória inicial, a

continuação da terapia com MORATUS é eficaz na prevenção de recidiva da depressão.

Transtornos de ansiedade

Tratamento dos sintomas e prevenção de recidiva do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC):

 Tratamento dos sintomas e prevenção de recidiva do transtorno do pânico com ou sem

agorafobia

 Tratamento de fobia social/transtorno de ansiedade social

 Tratamento dos sintomas e prevenção de recidiva do transtorno de ansiedade generalizada

 Tratamento do transtorno de estresse pós-traumático

Crianças e adolescentes menores de 18 anos

Todas as indicações

MORATUS não é indicado para crianças nem adolescentes menores de 18 anos (vide

"Advertências e Precauções").

Estudos clínicos controlados feitos com crianças e adolescentes que apresentavam transtorno

depressivo maior não evidenciaram eficácia e não embasam o uso de cloridrato de paroxetina no

tratamento de depressão nessa população (vide "Advertências e Precauções").

A eficácia e a segurança do uso do cloridrato de paroxetina em crianças menores de 7 anos não

foram estudadas.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

O risco relativo de recorrência de depressão maior em idosos tratados com psicoterapia mais

placebo foi 140% mais elevado do que o risco existente entre os pacientes que receberam

paroxetina após um período de dois anos de acompanhamento (Reynolds CF, 2006).

Nos pacientes com transtorno de ansiedade generalizada (GAD), a paroxetina é eficaz mesmo

no longo prazo, com resolução dos sintomas, redução da ansiedade, melhora funcional

significativa (redução média de 57% na escala HAM-A) e perfil de tolerabilidade superior ao

dos benzodiazepínicos. Os índices de remissão são significativos e proporcionais à duração do

tratamento – especialmente após três meses (Van Ameringen M, 2005; Ball SG, 2005;

Ballenger JC, 2004).

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

A paroxetina é um potente ISRS, isto é, inibidor seletivo da recaptação de serotonina (5-

hidroxitriptamina, ou 5-HT). Acredita-se que sua ação antidepressiva e sua eficácia no

tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e do transtorno do pânico estejam

relacionadas à inibição específica da recaptação de serotonina pelos neurônios cerebrais.

A paroxetina não está quimicamente relacionada aos antidepressivos tricíclicos, tetracíclicos

nem a outros antidepressivos disponíveis.

Os tratamentos prolongados com o cloridrato de paroxetina evidenciam que sua ação

antidepressiva se mantém por no mínimo um ano.

Em estudos clínicos controlados por placebo, a eficácia do cloridrato de paroxetina no

tratamento do transtorno do pânico também se manteve por pelo menos um ano.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

O estado de equilíbrio dos níveis sistêmicos é atingido no período de 7 a 14 dias após o início

do tratamento e a farmacocinética parece não se alterar durante as terapias prolongadas.

A paroxetina é bem absorvida após administração oral e apresenta metabolismo de primeira

passagem.

Metabolismo

Os principais metabólitos da paroxetina são polares e conjugados por produtos de oxidação e

metilação, e rapidamente metabolizados. Considerando-se a relativa falta de atividade

farmacológica, é muito pouco provável que contribuam com os efeitos terapêuticos do

cloridrato de paroxetina.

Eliminação

A meia-vida de eliminação, embora variável, é geralmente de cerca de um dia.

4. CONTRAINDICAÇÕES

MORATUS é contraindicado para pacientes com conhecida hipersensibilidade à droga ou a

qualquer componente da fórmula.

MORATUS não deve ser usado concomitantemente com inibidores da monoaminoxidase

(IMAO), inclusive a linezolida (antibiótico inibidor não seletivo reversível da MAO) e

cloridrato de metiltionina (azul de metileno), nem no período de duas semanas após o término

do tratamento com esses inibidores. Da mesma forma, não se recomenda iniciar terapia com os

IMAO antes de duas semanas após o término do tratamento com MORATUS (vide “Interações

Medicamentosas”).

MORATUS não deve ser usado concomitantemente com a tioridazina, uma vez que, assim

como outras drogas que inibem a enzima hepática 2D6 do citocromo P450 (CYP2D6), a

paroxetina pode elevar os níveis plasmáticos da tioridazina (vide “Interações

Medicamentosas”). A administração isolada desse fármaco pode levar ao prolongamento do

intervalo QTc, com associação de arritmia ventricular grave, como torsades de pointes, e morte

súbita.

MORATUS não deve ser usado concomitantemente com pimozida (vide "Interações

Medicamentosas").

Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua

habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres

grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita

de gravidez.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Crianças e adolescentes menores de 18 anos

O tratamento com antidepressivos associa-se ao aumento do risco de pensamento e/ou

comportamento suicida em crianças e adolescentes com transtorno depressivo maior e outros

transtornos psiquiátricos. Em estudos clínicos realizados com crianças e adolescentes que

usavam o cloridrato de paroxetina, observaram-se com mais frequência eventos adversos

relacionados à possibilidade de suicídio (pensamentos ou tentativas suicidas) e à hostilidade

(predominantemente agressão, comportamento opositor ou raiva) nos pacientes tratados com o

cloridrato de paroxetina do que nos que receberam placebo (vide "Reações Adversas").

Existem poucos dados sobre segurança de longo prazo do uso do medicamento em crianças e

adolescentes relacionados a crescimento, maturidade e desenvolvimento comportamental e

cognitivo.

Piora do quadro clínico e risco de suicídio entre adultos

Os adultos jovens, especialmente os que apresentam transtorno depressivo maior, podem correr

mais risco de manifestar comportamento suicida durante o tratamento com o cloridrato de

paroxetina. A análise de estudos clínicos controlados por placebo em pacientes adultos com

transtornos psiquiátricos evidenciou maior frequência de comportamento suicida nos adultos

jovens (prospectivamente definidos como de 18 a 24 anos de idade) tratados com paroxetina em

comparação com placebo (17/776 [2,19%] versus 5/542 [0,92%]); entretanto, essa diferença não

foi estatisticamente significativa. No grupo de participantes mais velhos (de 25 a 64 anos e

maiores de 65 anos), não se observou esse aumento. Entre os adultos com transtorno depressivo

maior (de todas as idades), houve aumento significativo da frequência de comportamento

suicida nos pacientes tratados com paroxetina em comparação com placebo (11/3.455 [0,32%]

versus 1/1.978 [0,05%]; todos esses eventos se configuraram como tentativas de suicídio).

Entretanto, a maior parte das tentativas (8 em 11) ocorreu entre adultos jovens de 18 a 30 anos

que usavam paroxetina. Esses dados sobre transtorno depressivo maior sugerem que a

frequência mais alta observada na população adulta jovem com transtornos psiquiátricos pode

ser estendida além dos 24 anos de idade.

Os pacientes com depressão podem apresentar piora dos sintomas depressivos ou o surgimento

de pensamento e/ou comportamento suicida tomando ou não medicação antidepressiva. O risco

persiste até a ocorrência de remissão significativa. A experiência clínica com terapias

antidepressivas indica, de modo geral, que o risco de suicídio aumenta no estágio inicial de

recuperação.

Outros distúrbios psiquiátricos para os quais o cloridrato de paroxetina é indicado podem estar

associados ao aumento do risco de comportamento suicida, e essas condições também são

comorbidades associadas ao transtorno depressivo maior. Ademais, pacientes com história de

pensamento e/ou comportamento suicida, adultos jovens e que exibem um grau significativo de

ideação suicida antes do início do tratamento possuem um risco mais elevado para pensamentos

e tentativas de suicídio. Todos os pacientes devem ser monitorados quanto à piora do quadro

clínico (inclusive desenvolvimento de novos sintomas) e risco de suicídio durante o tratamento,

especialmente no início ou em qualquer momento em que haja alteração de dose (aumento ou

redução).

Os pacientes (e os cuidadores) devem ser alertados sobre a necessidade de monitorar qualquer

piora do quadro geral (inclusive desenvolvimento de novos sintomas) e/ou o aparecimento de

comportamentos ou ideação suicidas, ou pensamentos de ferir a si mesmos, e de procurar

auxílio médico imediatamente caso isso aconteça. É importante reconhecer que o surgimento de

sintomas como agitação, acatisia ou mania pode estar relacionado com a doença subjacente ou

com o próprio medicamento (vide "Advertências e Precauções - Acatisia” e “Advertências e

Precauções - Mania e transtorno bipolar", e "Reações Adversas").

Deve-se considerar a possibilidade de alterar o regime terapêutico, inclusive de descontinuar a

medicação, no caso dos pacientes com histórico de piora clínica (inclusive desenvolvimento de

novos sintomas) e/ou de surgimento de ideias ou comportamentos suicidas, especialmente se

esses sintomas forem graves, de início abrupto ou se não faziam parte do quadro inicial.

Acatisia

Raramente o uso do cloridrato de paroxetina ou de outro ISRS relaciona-se ao desenvolvimento

de acatisia, caracterizada por sensação de inquietude, agitação psicomotora e incapacidade do

paciente de permanecer na mesma posição e geralmente associada a uma sensação de

desconforto subjetivo. É mais provável que isso ocorra nas primeiras semanas de tratamento.

Síndrome serotoninérgica/síndrome neuroléptica maligna

Em raros casos, o desenvolvimento de eventos relacionados à síndrome serotoninérgica ou à

síndrome neuroléptica maligna pode ocorrer em associação ao tratamento com o cloridrato de

paroxetina, particularmente quando administrado com outra droga serotoninérgica ou

neuroléptica. Como essas síndromes podem resultar em risco potencial de morte, deve-se

descontinuar o tratamento com o cloridrato de paroxetina se tais eventos ocorrerem

(caracterizados por sintomas como hipertermia, rigidez, mioclonias, instabilidade autonômica

com possíveis flutuações rápidas dos sinais vitais, mudanças de estado mental, incluindo

confusão, irritabilidade e agitação extrema progredindo para delirium e coma) e iniciar terapia

sintomática de suporte. Este medicamento não deve ser usado em associação com precursores

de serotonina (tais como L-triptofano e oxitriptano) devido ao risco de síndrome serotoninérgica

(vide “Contraindicações” e “Advertências e Precauções”).

Mania e transtorno bipolar

Um episódio depressivo grave pode ser a manifestação inicial do transtorno bipolar. Acredita-

se, de modo geral (hipótese não confirmada por ensaios clínicos), que tratar tal episódio apenas

com antidepressivo pode aumentar a probabilidade de precipitação de um episódio de mania

misto nos pacientes sob risco de transtorno bipolar. Antes de iniciar o tratamento com

antidepressivo, os pacientes devem ser adequadamente avaliados para que se determine o risco

de transtorno bipolar. Essa avaliação deve abranger história psiquiátrica detalhada, inclusive

história familiar de suicídio, transtorno bipolar e depressão. Deve-se notar que o cloridrato de

paroxetina não foi aprovado para uso no tratamento de depressão no transtorno bipolar. Como

todo antidepressivo, a paroxetina deve ser usada com cautela em pacientes com história de

mania.

Tamoxifeno

Alguns estudos têm demonstrado que a eficácia do tamoxifeno, medida pelo risco de recaída do

câncer de mama/mortalidade, pode ser reduzida quando prescrito em associação com o

cloridrato de paroxetina como um resultado da inibição irreversível da paroxetina ao CYP2D6

(vide “Interações Medicamentosas”). Este risco pode aumentar com a longa duração da

coadministração. Quando o tamoxifeno é usado para o tratamento ou prevenção de câncer de

mama, os médicos devem considerar o uso de um antidepressivo alternativo com pouca ou

nenhuma inibição de CYP2D6.

Fratura óssea

Estudos epidemiológicos sobre risco de fratura após exposição a alguns antidepressivos,

inclusive os ISRS, relatam associação com fraturas. O risco ocorre durante o tratamento e é

maior nas fases iniciais. A possibilidade de fratura deve ser considerada no tratamento de

doentes com o cloridrato de paroxetina.

Inibidores da monoaminoxidase (IMAO)

O tratamento com o cloridrato de paroxetina deve ser iniciado cautelosamente no mínimo duas

semanas após o término do tratamento com inibidores da MAO, aumentando-se gradativamente

a dosagem de cloridrato de paroxetina até alcançar resposta adequada (vide

"Contraindicações” e “Interações Medicamentosas").

Insuficiência renal/hepática

Deve-se ter cautela ao administrar este medicamento a pacientes com insuficiência renal grave

ou hepática (vide "Posologia e Modo de Usar").

Epilepsia

Da mesma forma que outros antidepressivos, MORATUS deve ser usado com cuidado nos

pacientes com epilepsia.

Convulsões

Em geral, a incidência de convulsões é menor que 0,1% entre os pacientes tratados com o

cloridrato de paroxetina. Deve-se descontinuar o medicamento quando o paciente apresentar

convulsão.

Glaucoma

Assim como ocorre com outros ISRS, MORATUS pode causar midríase e deve ser usado com

cautela nos pacientes com glaucoma de ângulo agudo.

Eletroconvulsoterapia (ECT)

Há pouca experiência clínica com a administração concomitante de cloridrato de paroxetina em

pacientes sob ECT. Entretanto, existem raros relatos de prolongamento de convulsões induzidas

pelo ECT e/ou convulsões secundárias em pacientes tratados com ISRS.

Hiponatremia

Houve relatos raros, predominantemente em idosos. A hiponatremia geralmente se reverte com

a descontinuação da paroxetina.

Hemorragia

Há relatos de sangramento na pele e nas membranas mucosas (inclusive sangramento

gastrintestinal e ginecológico) após tratamento com o cloridrato de paroxetina. Deve-se,

portanto, usar o medicamento com cautela em pacientes predispostos a condições hemorrágicas,

ou sob tratamento concomitante com drogas que aumentam o risco de sangramento (vide

“Reações Adversas”).

Problemas cardíacos

Deve-se manter as precauções usuais no tratamento de pacientes com doenças cardíacas.

Sintomas observados com a descontinuação de cloridrato de paroxetina em adultos

Em estudos clínicos conduzidos com adultos, observaram-se eventos adversos decorrentes da

descontinuação do tratamento em 30% dos pacientes que receberam o cloridrato de paroxetina

em comparação a 20% dos tratados com placebo. Os sintomas decorrentes da descontinuação

são diferentes dos resultantes da dependência produzida pelo abuso de substâncias lícitas ou

ilícitas.

Há relatos de vertigens, distúrbios sensoriais (inclusive parestesia, sensação de choque elétrico e

zumbido), distúrbios do sono (inclusive sonhos intensos), agitação ou ansiedade, náuseas,

tremor, confusão, sudorese, cefaleia e diarreia. Geralmente esses sintomas variam de leves a

moderados; entretanto, em alguns casos, podem ser graves. Eles ocorrem, normalmente, nos

dias seguintes à descontinuação do tratamento, mas existem raros relatos de ocorrências após o

esquecimento de uma dose. Esses sintomas são, de modo geral, autolimitados e desaparecem em

duas semanas, embora, em alguns indivíduos, esse tempo se prolongue (de dois a três meses ou

mais). Dessa forma, recomenda-se retirar o cloridrato de paroxetina gradualmente, por várias

semanas ou meses, até a descontinuação total do tratamento, de acordo com as necessidades do

paciente (vide "Posologia e Modo de Usar - Descontinuação do cloridrato de paroxetina").

Sintomas observados com a descontinuação do cloridrato de paroxetina em crianças e

adolescentes

Em estudos clínicos conduzidos com crianças e adolescentes, observaram-se eventos adversos

decorrentes da descontinuação do tratamento em 32% dos pacientes que receberam o cloridrato

de paroxetina em comparação a 24% dos tratados com placebo. Houve relatos de eventos

causados pela descontinuação do cloridrato de paroxetina em pelo menos 2% dos pacientes e

cuja ocorrência foi no mínimo duas vezes maior do que entre os pacientes tratados com placebo.

Esses eventos foram labilidade emocional (inclusive ideação suicida, tentativa de suicídio,

alterações de humor e vontade de chorar), nervosismo, vertigem, náusea e dor abdominal (vide

"Reações Adversas").

Alteração na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas

A experiência clínica demonstra que a terapia com o cloridrato de paroxetina não está associada

à deterioração da função cognitiva nem da função psicomotora. Contudo, como é o caso de

todas as drogas psicoativas, os pacientes devem ser advertidos sobre a capacidade de dirigir

veículos motorizados ou de operar máquinas.

Apesar do cloridrato de paroxetina não aumentar as deficiências mentais e habilidades motoras

causadas por álcool, o uso concomitante de MORATUS com álcool não é recomendado.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua

habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

Fertilidade

Alguns estudos clínicos têm demonstrado que os ISRS (incluindo o cloridrato de paroxetina),

podem afetar a qualidade do esperma. Este efeito parece ser reversível após a descontinuação do

tratamento. Alterações na qualidade do esperma pode afetar a fertilidade em alguns homens.

Gravidez e lactação

Estudos com animais não demonstraram efeitos teratogênicos nem embriotóxicos seletivos.

Estudos epidemiológicos recentes conduzidos entre mulheres grávidas expostas a

antidepressivos durante o primeiro trimestre de gestação mostraram aumento do risco de

malformações congênitas, particularmente cardiovasculares (como defeitos do septo atrial e

ventricular), associadas ao uso da paroxetina. Os dados sugerem que o risco do feto apresentar

defeito cardiovascular após exposição materna à paroxetina é de aproximadamente 1/50 em

comparação com a taxa esperada de incidência desses efeitos na população geral, que é de

aproximadamente 1/100.

O médico precisa avaliar alternativas possíveis de tratamento para mulheres grávidas ou que

planejam engravidar e somente prescrever MORATUS quando os benefícios potenciais

justificarem os riscos. No caso da opção pela descontinuação do tratamento, o médico deve

observar o item "Posologia e Modo de Usar - Descontinuação do cloridrato de paroxetina"

e o item "Advertências e Precauções - Sintomas observados com a descontinuação do

cloridrato de paroxetina em adultos".

Houve relatos de nascimento prematuro em casos de mulheres grávidas expostas à paroxetina

ou a outros ISRS, entretanto não se estabeleceu nenhuma relação causal.

Deve-se monitorar o recém-nascido caso a mãe tenha dado continuidade ao tratamento com

MORATUS nos estágios finais da gravidez, uma vez que houve relatos de complicações em

neonatos expostos à paroxetina ou a outros ISRS após o terceiro trimestre de gravidez.

Entretanto, não foi possível estabelecer uma relação causal com a terapia. Os achados clínicos

relatados incluem: desconforto respiratório, cianose, apneia, convulsões, instabilidade térmica,

dificuldade de amamentar, vômito, hipoglicemia, hipertonia, hipotonia, hiper-reflexia, tremor,

nervosismo, irritabilidade, letargia, choro constante e sonolência. Em alguns casos, os sintomas

foram descritos como síndrome de abstinência neonatal. A maior parte das complicações

ocorreu imediatamente ou pouco após o nascimento (menos de 24 horas).

Estudos epidemiológicos mostraram que o uso de ISRS (inclusive da paroxetina) na gravidez,

particularmente na gravidez avançada, associou-se ao aumento do risco de hipertensão

pulmonar persistente em recém-nascidos. O aumento de risco entre crianças nascidas de

mulheres que usaram ISRS nos estágios mais avançados de gestação revelou-se de quatro a

cinco vezes maior que o observado na população geral (taxa de 1 a 2 em cada grupo de 1.000

grávidas).

Uma pequena quantidade de paroxetina é excretada no leite materno. Em estudos publicados, as

concentrações séricas em crianças amamentadas foram indetectáveis (< 2 ng/mL) ou muito

baixas (< 4 ng/mL). Não se observaram sinais de efeitos da droga nessas crianças. Contudo,

MORATUS não deve ser usado durante a amamentação, a menos que os benefícios esperados

para a mãe justifiquem os riscos potenciais para a criança.

Toxicidade, carcinogenicidade e genotoxicidade

Estudos toxicológicos foram conduzidos em macacos rhesus e ratos albinos; em ambos, a via

metabólica é semelhante à que foi descrita em humanos. Como esperado, com as aminas

lipofílicas, incluindo antidepressivos tricíclicos, foi detectado fosfolipidose em ratos. A

fosfolipidose não foi observada em estudos de duração de até um ano em primatas, com doses

que foram seis vezes maiores do que o intervalo de doses clínicas aconselhável.

Em estudos de dois anos conduzidos em camundongos e ratos, a paroxetina não apresentou

efeito carcinogênico.

Não foi observada genotoxicidade em uma série de ensaios in vitro e in vivo.

Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres

grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Drogas serotoninérgicas: assim como ocorre com outros ISRS, a coadministração de drogas

serotoninérgicas pode levar ao aumento dos efeitos associados à 5-HT, ou síndrome

serotoninérgica (vide "Advertências e Precauções"). Deve-se ter cuidado e efetuar

monitoramento clínico minucioso ao combinar MORATUS com drogas serotoninérgicas

(inclusive L-triptofano, triptano, tramadol, ISRS, lítio, fentanil e preparações à base de erva de

São João, ou Hypericum perforatum).

O uso concomitante de MORATUS e inibidores da MAO (incluindo linezolida, um antibiótico

que é um inibidor reversível não seletivo da MAO) e cloreto de metiltionina (azul de metileno) é

contraindicado (vide "Contraindicações").

Pimozida: em estudo de dose única e baixa da pimozida (2 mg), em coadministração com a

paroxetina, foi demonstrado aumento nos níveis de pimozida. Isso se explica pelas conhecidas

propriedades da paroxetina de inibir a CYP2D6. Devido à estreita janela terapêutica da

pimozida e a sua conhecida capacidade de prolongar o intervalo QT, seu uso concomitante com

MORATUS é contraindicado (vide "Contraindicações").

Enzimas metabolizadoras de drogas: o metabolismo e a farmacocinética da paroxetina podem

ser afetados pela indução ou inibição de enzimas metabolizadoras de drogas.

Quando MORATUS é coadministrado a um inibidor conhecido da enzima metabolizadora,

deve-se cogitar o uso das doses mais baixas da faixa terapêutica. Não se deve considerar

necessário nenhum ajuste da dose inicial quando a droga coadministrada for um indutor

conhecido (como carbamazepina, rifampicina, fenobarbital e fenitoína). Qualquer ajuste de dose

subsequente deve ser determinado pelos efeitos clínicos (tolerabilidade e eficácia).

Fosamprenavir/ritonavir: a coadministração de fosamprenavir/ritonavir e da paroxetina reduz

significativamente os níveis plasmáticos desta última. Qualquer ajuste de dose deve levar em

conta o efeito clínico (tolerabilidade e eficácia).

Prociclidina: a administração diária da paroxetina aumenta significativamente os níveis

plasmáticos da prociclidina. Se houver efeitos anticolinérgicos, a dose de prociclidina deve ser

reduzida.

Anticonvulsivantes: a administração concomitante de drogas como carbamazepina, fenitoína e

valproato de sódio não parece interferir no perfil farmacocinético/farmacodinâmico em

pacientes epiléticos.

Bloqueadores neuromusculares: os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS)

reduzem a atividade da colinesterase plasmática resultando em um prolongamento da ação do

bloqueio muscular de mivacúrio e suxametônio.

Potencial inibitório da paroxetina sobre a CYP2D6: assim como os demais antidepressivos,

inclusive outros ISRS, a paroxetina inibe a CYP2D6, enzima hepática do citocromo P450. Essa

inibição pode conduzir ao aumento da concentração plasmática de drogas coadministradas

metabolizadas pela CYP2D6. Isso abrange certos antidepressivos tricíclicos (como amitriptilina,

nortriptilina, imipramina e desipramina), neurolépticos fenotiazínicos (como perfenazina e

tioridazina [vide "Contraindicações"]), risperidona, atomoxetina, certos antiarrítmicos do tipo

1c (como propafenona e flecainida) e metoprolol.

Tamoxifeno tem um metabólito ativo importante, endoxifen, que é produzido pela CYP2D6 e

que contribui significativamente para a eficácia do tamoxifen. A inibição irreversível da

CYP2D6 pela paroxetina leva a concentrações plasmáticas reduzidas de endoxifen (vide

"Advertências e Precauções").

CYP3A4: um estudo de interação in vivo sobre coadministração, no estado de equilíbrio, de

paroxetina e terfenadina, um substrato da enzima 3A4 do citocromo P450 (CYP3A4), revelou

que a paroxetina não afetou a farmacocinética da terfenadina. Um estudo similar sobre interação

in vivo revelou que a paroxetina não afetou a farmacocinética do alprazolam e vice-versa. A

administração concomitante de paroxetina com terfenadina, alprazolam ou outras drogas que

sejam substratos da CYP3A4 não devem ser consideradas perigosas.

Estudos clínicos demonstraram que a absorção e a farmacocinética da paroxetina não são

afetadas ou são marginalmente afetadas (em níveis que não exigem ajustes de dose) por:

 alimentos

 antiácidos

 digoxina

 propranolol

 álcool (a paroxetina não potencializa a redução da habilidade motora e mental causada pelo

álcool, entretanto, o uso concomitante de paroxetina e álcool não é recomendável)

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

MORATUS deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC). Proteger da

umidade.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Características físicas e organolépticas

MORATUS se apresenta na forma de comprimido revestido, circular, branco, liso em uma face

e sulcado na outra.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de usar

Recomenda-se que MORATUS seja administrado em dose única diária, pela manhã, com a

alimentação. Os comprimidos devem ser engolidos inteiros e, de preferência, com um copo de

água.

Posologia

Adultos

Segundo se recomenda no caso de todas as drogas antidepressivas, a posologia deve ser avaliada

e ajustada, se necessário, duas ou três semanas após o início do tratamento, reajustando-se, a

partir de então, conforme for clinicamente apropriado.

Os pacientes devem ser tratados por período suficiente para garantir a resolução dos sintomas.

Esse período pode ser de vários meses para o tratamento da depressão ou mais longo para o

tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo ou do transtorno do pânico.

Assim como ocorre com muitos fármacos psicoativos, deve-se evitar a descontinuação abrupta

de MORATUS (vide "Reações Adversas").

Depressão

A dose recomendada é de 20 mg ao dia. Para alguns pacientes, pode ser necessário aumentar a

dosagem. Isso deve ser feito gradativamente, com acréscimos de 10 mg até atingir a dose

máxima de 50 mg, de acordo com a resposta do paciente.

Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

A dose recomendada é de 40 mg ao dia. O tratamento deve ser iniciado com 20 mg ao dia,

aumentando-se semanalmente a dose com acréscimos de 10 mg. Alguns pacientes se beneficiam

do aumento da dosagem até o máximo de 60 mg/dia.

Transtorno do pânico

A dose recomendada é de 40 mg ao dia. O tratamento deve ser iniciado com 10 mg ao dia,

aumentando-se semanalmente a dose, com acréscimos de 10 mg, de acordo com a resposta dos

pacientes. Alguns se beneficiam do aumento da dosagem até o máximo de 50 mg/dia.

Recomenda-se uma dose inicial baixa, pois, conforme é geralmente reconhecido, existe um

potencial de piora da sintomatologia do pânico no início do tratamento.

Fobia social/transtorno de ansiedade social

A dose recomendada é de 20 mg ao dia. Os pacientes que não responderem a essa posologia

podem beneficiar-se de aumentos de 10 mg, conforme necessário, até o máximo de 50 mg/dia.

As alterações de dosagem devem ocorrer em intervalos de pelo menos uma semana, de acordo

com sua resposta.

Transtorno de ansiedade generalizada

A dose recomendada é de 20 mg ao dia. Alguns pacientes não respondem a essa posologia e

podem beneficiar-se de aumentos de 10 mg, conforme necessário, até a dose máxima de 50

mg/dia, de acordo com sua resposta.

Transtorno de estresse pós-traumático

podem beneficiar-se de aumentos de 10 mg, conforme necessário, até o máximo de 50 mg/dia,

de acordo com sua resposta.

Descontinuação do cloridrato de paroxetina

Assim como ocorre com outros medicamentos psicoativos, deve-se evitar a descontinuação

abrupta do cloridrato de paroxetina (vide "Reações Adversas" e "Advertências e

Precauções"). O regime de diminuição de dose, usado em estudos clínicos recentes, envolve

redução na dose diária de 10 mg em intervalos semanais.

Ao atingir a dose diária de 20 mg, os pacientes mantiveram essa posologia por uma semana

antes da descontinuação do tratamento. Caso ocorram sintomas intoleráveis após a redução da

dose ou a descontinuação do tratamento, deve-se considerar o uso da dosagem prescrita

previamente. Na sequência, o médico deve continuar reduzindo a dose de modo mais gradual.

Populações especiais

Pacientes idosos

Entre os pacientes idosos, ocorre aumento das concentrações plasmáticas da paroxetina, mas a

faixa de concentrações se sobrepõe àquela observada em indivíduos mais jovens..

Deve-se iniciar a terapia com a posologia recomendada para início do tratamento em adultos,

que pode ser aumentada semanalmente com acréscimos de 10 mg/dia, até o máximo de 40

mg/dia, de acordo com a resposta do paciente.

Crianças e adolescentes menores de 18 anos

O uso de MORATUS não é indicado para crianças e adolescentes menores de 18 anos (vide

"Indicações" e "Advertências e Precauções").

Insuficiência renal/hepática

Ocorre aumento das concentrações plasmáticas da paroxetina entre os pacientes com

insuficiência renal grave (clearance de creatinina < 30 mL/min) ou insuficiência hepática. A

dose recomendada é de 20 mg/dia. Os aumentos de posologia devem restringir-se à menor dose

eficaz.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Algumas das reações adversas listadas abaixo podem diminuir de intensidade e frequência com

a continuação do tratamento e geralmente não levam a sua suspensão. As reações adversas estão

listadas abaixo e classificadas por frequência, definidas como muito comuns (> 1/10), comuns

(> 1/100 e < 1/10), incomuns (>1/1.000 e < 1/100), raras (> 1/10.000 e < 1/1.000) e muito raras

(< 1/10.000), incluindo-se os casos isolados. As frequências das reações adversas comuns e

incomuns foram geralmente determinadas com base em dados de segurança agrupados, obtidos

de estudos clínicos com população superior a 8.000 pacientes tratados com paroxetina e

avaliados como de incidência maior que no grupo placebo. Os eventos raros e muito raros foram

determinados, de modo geral, com base em informações obtidas no período de pós-

comercialização e se referem mais à taxa de relatos do que à frequência real.

Reações muito comuns (>1/10)

 náusea

 disfunção sexual

Reações comuns (> 1/100 e < 1/10)

 astenia, ganho de peso corporal

 sudorese

 constipação, diarreia, vômitos, boca seca

 bocejos

 visão turva

 vertigem, tremor e dor de cabeça

 sonolência, insônia, agitação, sonhos anormais (inclusive pesadelos)

 aumento dos níveis de colesterol, diminuição do apetite

Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100)

 retenção urinária, incontinência urinária

 rash cutâneo (exantema)

 midríase (vide “Advertências e Precauções”)

 hipotensão postural

 taquicardia sinusal

 distúrbios extrapiramidais (houve relatos de distúrbios extrapiramidais, inclusive de distonia

orofacial,ocorridos em pacientes com transtornos de movimento subjacentes ou que faziam

uso de medicação neuroléptica)

 confusão, alucinações

 sangramento anormal, predominantemente da pele e das membranas mucosas (sobretudo

equimose)

Reações raras (>1/10.000 e < 1/1.000)

 hiperprolactinemia/galactorreia, distúrbios menstruais (incluindo menorragia, metrorragia e

amenorreia)

 elevação das enzimas hepáticas (houve relatos de aumento das enzimas hepáticas e, muito

raramente, também de eventos hepáticos pós-comercialização, como hepatite, às vezes

associada à icterícia, ou deficiência hepática; a descontinuação do uso da paroxetina deve ser

considerada se houver elevação dos resultados dos testes de função hepática)

 convulsões, acatisia, síndrome das pernas inquietas (SPI)

 hiponatremia (houve relatos de hiponatremia predominantemente em pacientes idosos e,

algumas vezes, devido à síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético, ou

ADH)

 manifestações maníacas (tais sintomas também podem ser decorrentes de doença subjacente)

Reações muito raras (< 1/10.000)

 trombocitopenia

 manifestações alérgicas graves (inclusive reações anafiláticas e angioedema)

 síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético (ADH)

 síndrome serotoninérgica (os sintomas incluem agitação, confusão, diaforese, alucinações,

hiper-reflexia, mioclonia, taquicardia e tremores)

 glaucoma agudo

 sangramento gastrintestinal

 eventos hepáticos (como hepatite, às vezes associada à icterícia, ou insuficiência hepática;

houve relatos de elevação das enzimas hepáticas e também, muito raramente, de eventos

hepáticos pós-comercialização, como hepatite, às vezes associada à icterícia, ou deficiência

hepática; a descontinuação do uso da paroxetina deve ser considerada se houver elevação dos

resultados dos testes de função hepática)

 edema periférico

 reações cutâneas graves (incluindo eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson e

necrólise epidérmica tóxica), urticária e reações de fotossensibilidade

Sintomas observados na descontinuação do tratamento com paroxetina

 vertigem

 distúrbios sensoriais

 distúrbios do sono

 ansiedade

 dor de cabeça

 agitação

 tremor

 confusão

 diarreia

Assim como ocorre com muitos medicamentos psicoativos, a descontinuação do cloridrato de

paroxetina (particularmente de forma abrupta) pode causar sintomas como vertigem, distúrbios

sensoriais (inclusive parestesia, sensação de choque elétrico e zumbido), distúrbios do sono

(inclusive sonhos intensos), agitação ou ansiedade, náusea, dor de cabeça, tremor, confusão,

diarreia e sudorese. Na maioria dos pacientes, esses eventos variam de leves a moderados e são

autolimitados. Nenhum grupo particular de pacientes apresentou um risco aumentado para esses

sintomas; entretanto, recomenda-se que, quando o tratamento com o cloridrato de paroxetina

não for mais necessário, a descontinuação seja gradual, com redução da dose (vide "Posologia e

Modo de Usar" e "Advertências e Precauções").

Reações adversas observadas em estudos clínicos pediátricos

Nesses estudos, houve relatos dos seguintes eventos adversos ocorridos entre pelo menos 2%

dos pacientes, com incidência no mínimo duas vezes maior do que a observada no grupo de

placebo: labilidade emocional (inclusive autoagressão, pensamento e/ou comportamento

suicida, choro e flutuações de humor), hostilidade, diminuição do apetite, tremor, sudorese,

hipercinesia e agitação. Sintomas como pensamento e/ou comportamento suicida foram

observados principalmente em estudos clínicos que envolveram adolescentes com transtorno

depressivo maior. Observou-se hostilidade particularmente em crianças com transtorno

obsessivo-compulsivo e, em especial, em crianças menores de 12 anos de idade.

Em estudos que utilizaram esquema de titulação de dose (redução da posologia de 10 mg/dia em

intervalos semanais até a dose de 10 mg/dia por uma semana), os sintomas reportados durante a

fase de titulação ou com a descontinuação do cloridrato de paroxetina entre pelo menos 2% dos

pacientes ocorridos no mínimo duas vezes mais que no grupo de placebo foram: labilidade

emocional, nervosismo, vertigem, náuseas e dores abdominais (vide "Advertências e

Precauções").

Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária

– NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a

Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Sintomas e sinais

Uma ampla margem de segurança fica evidente tomando-se como base os dados disponíveis.

Houve relatos de casos de superdosagem em pacientes que tomaram até 2.000 mg de paroxetina

isoladamente ou em combinação com outras drogas, inclusive álcool. As experiências de

superdosagem do cloridrato de paroxetina demonstraram além dos eventos observados no item

"Reações Adversas", os seguintes sintomas: febre, alterações da pressão arterial, contrações

musculares involuntárias, ansiedade e taquicardia.

Houve relatos ocasionais de coma ou alterações do ECG, muito raramente com evolução fatal,

em especial quando o cloridrato de paroxetina foi administrado em associação com outras

drogas psicotrópicas, com ou sem álcool.

Tratamento

Não se conhece nenhum antídoto específico.

O tratamento deve consistir de medidas gerais empregadas nos casos de superdosagem de

qualquer antidepressivo. São indicadas medidas de suporte geral, com monitoramento frequente

dos sinais vitais, além da cuidadosa observação. O cuidado com o paciente deve estar de acordo

com a indicação clínica ou conforme recomendações dos centros nacionais de intoxicação (se

disponíveis).

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.