Bula do Naglazyme para o Profissional

Bula do Naglazyme produzido pelo laboratorio Biomarin Brasil Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Naglazyme
Biomarin Brasil Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO NAGLAZYME PARA O PROFISSIONAL

NAGLAZYME® 

(galsulfase) 

Biomarin Brasil Farmacêutica Ltda.

solução injetável

1 mg/mL

 

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome comercial: Naglazyme®

Denominação genérica dos princípios ativos: galsulfase

APRESENTAÇÃO

Forma farmacêutica: SOLUÇÃO INJETÁVEL

Via de administração: USO SOMENTE COMO INFUSÃO INTRAVENOSA

Apresentações comercializadas: frasco-ampola de vidro incolor de 5 mL, contendo 5 mg de

galsulfase por 5 mL [expresso em conteúdo proteico], acondicionado em embalagem de cartolina.

USO PEDIÁTRICO E ADULTO

COMPOSIÇÃO

Princípio ativo: a concentração nominal de galsulfase é de 1 mg/mL (expressa como concentração

proteica).

Excipientes: cloreto de sódio; fosfato de sódio monobásico monoidratado; fosfato de sódio

dibásico heptaidratado; polissorbato 80, água para injeção.

Volume líquido: 5 mL

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

NAGLAZYME é indicado para a terapia de reposição enzimática de longo prazo, em pacientes

com diagnóstico confirmado de mucopolissacaridose tipo VI (MPS VI, deficiência de N-

acetilgalactosamina 4-sulfatase (rhASB), síndrome de Maroteaux-Lamy).

Como para todas as alterações genéticas lisossomais, é muito importante, principalmente na

ocorrência da MPS VI na forma grave, iniciar o tratamento o mais cedo possível, antes do

aparecimento das manifestações clínicas irreversíveis da doença.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

 

ESTUDOS CLÍNICOS

Cinco estudos foram concluídos. Um total de 56 pacientes com MPS VI e idades entre 5 e 29 anos

foram inscritos em quatro estudos clínicos. Também foi realizado um estudo de fase 4,

randomizado, em quatro pacientes com MPS VI com menos de 1 ano de idade. A maioria dos

pacientes apresentava manifestações graves da doença, evidenciadas por desempenho

insatisfatório em testes de resistência física.

No estudo clínico randomizado, duplo-cego, multicêntrico, controlado com placebo, 38 pacientes

com MPS VI receberam NAGLAZYME 1 mg/kg ou placebo uma vez por semana, durante 24

semanas. A idade dos pacientes variou entre 5 e 29 anos, sendo que a mediana dos valores de idade

dos pacientes era de 12 anos. A inclusão foi restrita aos pacientes que percorriam uma distância

entre 5 e 400 metros em 12 minutos de caminhada. Todos os pacientes receberam anti-histamínico

antes de cada infusão.

O grupo que utilizou NAGLAZYME apresentou maior aumento médio da distância caminhada

em 12 minutos (teste de caminhada de 12 minutos, 12-MWT) e maior velocidade na subida de

degraus, no teste de subida de escada em 3 minutos, em comparação com o grupo que utilizou

placebo (tabela 1 a seguir).

Após o período de 24 semanas de estudo controlado com placebo, trinta e oito pacientes receberam

NAGLAZYME na fase aberta do estudo por mais 72 semanas. Entre os 19 pacientes inicialmente

randomizados para receber NAGLAZYME que continuaram a receber o tratamento por 72

semanas (total de 96 semanas) foram observados aumentos da distância percorrida no teste de 12

minutos de caminhada (12 MWT) e da velocidade de subida de escada em comparação com o

início da fase aberta (média [±DP] alteração): 72± 116 metros e 5,6 ± 10,6 degraus/minuto,

respectivamente). Entre os 19 pacientes que haviam sido inicialmente randomizados para receber

placebo por 24 semanas e posteriormente direcionados para o uso de NAGLAZYME, os aumentos

após 72 semanas de uso de NAGLAZYME, comparado com o início do período aberto do estudo

(média [±DP] alteração), foram: 118 ± 127 metros e 11,1 ± 10,0 degraus/minuto para o teste de 12

minutos (12 MWT) e da velocidade de subida de escada, respectivamente.

A bioatividade foi avaliada por meio da concentração urinária de GAG. No total, 95% dos

pacientes apresentaram pelo menos 50% de redução dos níveis de GAG urinário após 72 semanas

de uso de NAGLAZYME. Nenhum paciente, que recebeu NAGLAZYME, atingiu a faixa normal

de níveis de GAG urinário. (Ver: Farmacologia Clínica).

Em um estudo de extensão realizado após o estudo aberto, os pacientes que receberam

NAGLAZYME mantiveram a melhora inicial na resistência por aproximadamente 240 semanas.

Na fase 4 do estudo randomizado com duas doses distintas, quatro pacientes com MPS VI com

menos de 1 ano de idade foram tratados com 1 ou 2 mg/kg/semana durante 53 a 153 semanas.

Embora limitadas pelo pequeno número de pacientes inclusos, as seguintes conclusões podem ser

obtidas com o estudo:

O tratamento com NAGLAZYME demonstrou melhora, ou estabilização do dismorfismo facial.

Não evitou o progresso da displasia esquelética e do desenvolvimento de hérnias, e não evitou a

progressão da opacidade corneal. A taxa de crescimento permaneceu normal ao longo do período

limitado de acompanhamento. Foi observada melhora da audição em pelo menos um ouvido de

todos os quatro participantes. Os níveis de GAG na urina foram reduzidos em mais de 70%,

compatível com resultados em pacientes mais velhos.

Os resultados de segurança em bebês foram consistentes com os resultados observados nos

pacientes com 5 a 29 anos de idade. (Ver: Reações Adversas)

Tabela 1: Resultados dos estudos clínicos controlados com placebo

NAGLAZYME Placebo NAGLAZYME

vs

Placebo

Basal Semana 24 Alteração Basal Semana24 Alteração

Diferença na

alteração

N 19 19 19 20 19a

19

Resultado do teste de caminhada em 12 minutos (metros)

Média ± DP

Medianas

Percentis

(25%, 75%)

227 ± 170

210

90; 330

336 ± 227

316

125; 483

109 ± 154

48

7; 183

381 ± 202

365

256; 560

399 ± 217

373

204; 573

26 ± 122

34

-3; 89

83 ± 45b

92 ± 40c

(p =0,025)c,d

Resultado do teste de subida de escada em 3 minutos (degraus/minuto)

19,4 ± 12,9

16,7

10,0; 26,3

26,9 ± 16,8

22,8

14,8; 33,0

7,4 ± 9,9

5,2

2,2; 9,9

31,0 ± 18,1

24,7

18,1; 51,5

32,6 + 19,6

29,0

14,2; 57,9

2,7 ± 6,9

4,3

1,0; 6,2

4,7 ± 2,8b

5,7 ± 2,9c

(p =0,053)c,d

a. Um paciente do grupo do placebo deixou o estudo antes da semana 24.

b. Média observada de NAGLAZYME – Placebo ± SE.

c. Média baseada em modelo de NAGLAZYME – Placebo ± SE, ajustado em relação ao basal.

d. Valor de p baseado na diferença média baseada no modelo

e. Idade média dos pacientes: NAGLAZYME 13,7 anos + 6,47 e Placebo 10,7+ 4,35.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Mecanismo de ação

As doenças de depósito de mucopolissacarídeos são causadas pela deficiência de enzimas

lisossomais específicas, necessárias para o catabolismo dos glicosaminoglicanos (GAG). A

mucopolissacaridose tipo VI (MPS VI, síndrome de Maroteaux-Lamy) caracteriza-se por

ausência ou redução importante da atividade da N–acetilgalactosamina 4-sulfatase (aril-sulfatase

B, ASB).

A deficiência na atividade da sulfatase resulta no acúmulo do substrato GAG, sulfato de

dermatam, em todo o organismo. Esse acúmulo causa disfunção celular, tecidual e orgânica

generalizadas. NAGLAZYME é composto por uma enzima exógena captada pelos lisossomos, a

qual catabolisa os GAG. A captação da galsulfase pelas células e sua entrada nos lisossomos é

muito provavelmente mediada pela ligação a cadeias oligossacarídicas terminadas em manose-6-

fosfato da galsulfase a receptores específicos de manose-6-fosfato.

Propriedades farmacodinâmicas

Não se conhece a relação entre a concentração de GAG urinário e as diferentes doses de

NAGLAZYME. A relação entre a concentração de GAG urinário e a resposta clínica não foi

estabelecida. Não foi observada associação entre o desenvolvimento de anticorpos e níveis de

GAG urinário.

Propriedades farmacocinéticas

Os parâmetros farmacocinéticos da galsulfase foram avaliados em 13 pacientes com MPS VI que

receberam 1 mg/kg de NAGLAZYME por meio de infusão semanal de 4 horas, durante 24

semanas. Os parâmetros farmacocinéticos nas semanas 1 e 24 estão apresentados na tabela 2.

 

Tabela 2: Parâmetros farmacocinéticos (mediana, intervalo)

Parâmetros

farmacocinéticos

Semana 1 Semana 24

Cmax (mcg/mL) 0,8 (0,4 a 1,3) 1,5 (0,2 a 5,5)

ASC0-t (h-mcg/mL)a

2,3 (1,0 a 3,5) 4,3 (0,3 a 14,2)

Vz (mL/kg) 103 (56 a 323) 69 (59 a 2,799)

CL (mL/kg/min) 7,2 (4,7 a 10,5) 3,7 (1,1 a 55,9)

Meia-vida (min) 9 (6 a 21) 26 (8 a 40)

Cmax - concentração plasmática máxima

ASC0-t - área sob a curva de tempo x concentração plasmática de

galsulfase do início da infusão até 60 minutos após a infusão

Vz - Volume de distribuição

CL- clearance plasmático

Os parâmetros farmacocinéticos da galsulfase relacionados na tabela 2 requerem cuidados na

interpretação devido à alta variabilidade do teste. O desenvolvimento de anticorpos anti-

galsulfase parece ter impacto na farmacocinética da galsulfase, contudo, os dados são limitados.

Potencial imunogênico

Noventa e oito por cento (53/54) dos pacientes tratados com NAGLAZYME e submetidos à

avaliação da presença de anticorpos anti-galsulfase desenvolveram anticorpos IgG antigalsulfase

entre 4 a 8 semanas de tratamento (em quatro estudos clínicos). Em dezenove pacientes que

utilizaram NAGLAZYME em estudos clínicos controlados com placebo, amostras de soro foram

avaliadas para verificar a potencial relação do desenvolvimento de anticorpos anti-galsulfase e os

resultados clínicos. Todos os dezenove pacientes que utilizaram NAGLAZYME desenvolveram

anticorpos específicos contra a galsulfase; contudo, a análise não mostrou relação previsível

consistente entre o título total de anticorpos, anticorpos neutralizadores ou IgG e reações

associadas à infusão, níveis urinários de glicosaminoglicanos (GAG) ou resultados dos testes de

resistência física. Os anticorpos foram avaliados em relação à capacidade de inibição da

atividade enzimática mas não em relação à capacidade de captação celular.

Os dados refletem a porcentagem de pacientes cujos resultados dos testes foram considerados

positivos para os anticorpos anti-galsulfase usando um determinado ensaio; isto faz com que os

resultados sejam altamente dependentes da sensibilidade e especificidade deste ensaio.

Adicionalmente, a observação da incidência de anticorpos em um ensaio pode ser influenciada

por vários fatores como a manipulação da amostra; o horário de coleta da amostra; medicações

concomitantes e doença de base. Por estas razões, a comparação entre a incidência de anticorpos

anti-galsulfase com a incidência de anticorpos para outros produtos pode ser equivocada.

Toxicologia não clínica

Carcinogêse; mutagênese e redução da fertilidade.

Não foram realizados estudos de longo prazo para avaliar o potencial carcinogênico e o potencial

mutagênico da galsulfase.

O uso da Galsufase em dose intratravenosa de até 3,0 mg/Kg (aproximadamente 0,5 vezes a dose

recomendada para seres humanos, de 1 mg/Kg com base na superfície corpórea) não teve efeito

na fertilidade e na reprodução de ratos machos e fêmeas.

4. CONTRAINDICAÇÕES

NAGLAZYME está contraindicado em casos de hipersensibilidade à droga ou a qualquer um

dos componentes da fórmula.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Reações anafiláticas e alérgicas

Foram observadas reações anafiláticas e reações alérgicas graves nos pacientes durante e após 24

horas da infusão com NAGLAZYME. Algumas das reações apresentaram risco de vida e

incluíram anafilaxia, choque, dificuldade respiratória, dispneia, broncoespasmo, edema de

laringe e hipotensão. Se ocorrer anafilaxia ou outra reação alérgica grave, a infusão com

NAGLAZYME deve ser suspensa imediatamente, dando início a tratamento médico apropriado.

Em pacientes que apresentarem anafilaxia ou outras reações alérgicas graves durante a infusão

com NAGLAZYME alguns cuidados devem ser tomados para o reinício das infusões tais como:

 

disponibilidade de pessoal e equipamentos para uma eventual manobra de reanimação

emergencial (incluindo epinefrina), durante a infusão (Ver: Reações Adversas).

Reações imunomediadas

Foram relatadas reações imunomediadas pelo complexo tipo III com o uso de NAGLAZYME,

incluindo glomerulonefrite membranosa, como ocorre com outros tratamentos de reposição

enzimática. Se ocorrerem reações imunomediadas deve-se considerar a descontinuação da

admnistração de NAGLAZYME e iniciar tratamento médico apropriado. Devem-se considerar

os riscos e benefícios de nova administração de NAGLAZYME, caso já tenha ocorrido uma

reação imunomediada. Alguns pacientes voltaram ao tratamento sob estrita supervisão médica.

(Ver: Reações Adversas).

Risco de insuficiência cardiorrespiratória aguda

Deve-se ter cuidado ao administrar NAGLAZYME a pacientes com menos de 20 Kg e/ou

suscetíveis a sobrecarga líquida, tais como pacientes com doença respiratória aguda ou pacientes

com função cardíaca e/ou respiratória comprometidas. Nestes casos, pode ocorrer insuficiência

cardíaca congestiva. Durante a infusão de NAGLAZYME devem estar disponíveis suporte

médico apropriado e medidas de monitoramento. Alguns pacientes podem requerer tempo

prolongado de observação, conforme suas necessidades individuais. (Ver: Reações Adversas).

Complicações respiratórias agudas associadas com a administração de NAGLAZYME

É comum ocorrer apneia do sono em pacientes portadores de MPS VI e o pré-tratamento com

anti-histamínicos pode aumentar o risco da ocorrência de episódios de apneia. Antes do início do

tratamento, deve-se avaliar o grau de obstrução das vias aéreas. Pacientes, que utilizam

suplemento de oxigênio ou pressão positiva contínua de vias aéreas (CPAP) durante o sono,

devem fazer uso destes dispositivos ou tê-los prontamente disponíveis durante a infusão, para o

caso de ocorrer sonolência induzida pelo uso de anti-histamínicos ou mesmo uma reação à

infusão.

Em pacientes que apresentam doença respiratória ou febril aguda, deve-se considerar postergar a

infusão com NAGLAZYME, devido à possibilidade de ocorrência de comprometimento

respiratório agudo durante a infusão.

Reações à infusão

Devido ao potencial de ocorrência de reações durante a infusão, os pacientes devem receber anti-

histamínicos associados ou não a antipiréticos antes das infusões. Independente do pré-

tratamento de rotina com anti-histamínicos, reações à infusão, algumas severas, ocorreram em 33

de 59 (56%) dos pacientes tratados com NAGLAZYME. Reações graves durante a infusão

incluíram: edema de laringe; apneia; febre, urticária, dificuldade respiratória, angiodema e reação

anafilactóide. Reações adversas severas incluíram: urticária, dor no peito, rash cutâneo, dispneia,

apneia, edema de laringe e conjuntivite. (Ver: Reações Adversas).

Os sintomas mais comuns relacionados à infusão do medicamento foram: febre, calafrio, rash

cutâneo, urticária, dispneia, náusea, vômito, prurido, eritema, dor abdominal, hipertensão e dor

de cabeça. Foram também relatados: dificuldade respiratória, dor no peito, hipotensão,

angioedema, conjuntivite, tremor e tosse. Pode-se esperar que uma 1ª reação à infusão ocorra

desde a 1ª infusão até a infusão da 146ª semana. Vinte e três de 33 (70%) pacientes relataram

reações recorrentes durante múltiplas infusões embora nem sempre em semanas consecutivas.

Os sintomas geralmente cessaram com medidas tais como diminuição da velocidade de infusão

ou com a sua interrupção temporária, bem como com a administração adicional de anti-

histamínicos, antipiréticos e ocasionalmente de corticosteroides. A maioria dos pacientes tolerou

completar as suas infusões. As infusões subsequentes foram realizadas com velocidades

inferiores de administração de NAGLAZYME, com tratamento profilático adicional de anti-

histamínico e, no evento de uma reação mais severa, com tratamento profilático com

corticosteroides.

Caso ocorra reação severa à infusão, interrompa imediatamente a infusão de NAGLAZYME e

inicie tratamento apropriado. Devem-se considerar os riscos e benefícios de readministrar

NAGLAZYME após a ocorrência de reação severa à infusão.

Não foram identificados fatores que predisponham o paciente às reações à infusão. Não houve

associação entre a severidade das reações à infusão e o título dos anticorpos anti-galsulfase.

Compressão da Medula Cervical ou Espinal

A compressão da medula cervical/ espinal resultando em mielopatia é uma complicação grave da

MPS VI. Espera-se que a compressão de caráter progressivo da medula cervical/ espinal ocorra

como parte da história natural da doença, inclusive em pacientes em tratamento com

NAGLAZYME. Há relatos, posteriores à comercialização de NAGLAZYME, de pacientes que

apresentaram compressão ou piora da compressão da medula cervical/ espinal, sendo indicada a

cirurgia para descompressão. Os pacientes com MPS VI devem ser monitorados para a

ocorrência de sinais e de sintomas de compressão da medula cervical/ espinal (incluindo dores

nas costas, paralisia dos membros inferiores abaixo dos níveis de compressão, incontinência

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Não foram realizados estudos formais sobre interações medicamentosas.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Armazenar NAGLAZYME sob refrigeração, entre 2°C e 8°C.

NÃO CONGELAR OU AGITAR ESTE MEDICAMENTO.

PROTEGER DA LUZ

Não use NAGLAZYME após o prazo de validade informado na embalagem. Este produto não

contém conservantes. A solução diluída deve ser usada imediatamente. Se o uso imediato não for

possível, a solução diluída deve ser armazenada entre 2°C e 8°C. O armazenamento após a

diluição não deve exceder 48 horas entre o momento do preparo e o término da administração.

Não armazene a solução diluída à temperatura ambiente, a não ser durante a infusão.

 

Antes de retirar NAGLAZYME do frasco, inspecione visualmente para verificar se há material

particulado e/ou alteração na coloração. A solução de NAGLAZYME deve ser transparente a

levemente opalescente e incolor a amarelo claro. Pode haver algumas partículas translúcidas. A

solução não deve ser utilizada caso apresente alteração na coloração ou se houver material

particulado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e

você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá

utilizá-lo.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

O prazo de validade está indicado na embalagem externa do medicamento.

Guarde-o em sua embalagem original.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

O esquema posológico recomendado do NAGLAZYME é de 1 mg/kg de peso corpóreo

administrado uma vez por semana como infusão endovenosa.

Recomenda-se o uso profilático de anti-histamínico associado ou não ao antipirético, de 30 a 60

minutos antes do início da infusão (ver ADVERTÊNCIAS: reações à infusão).

MODO DE USAR

O volume total da infusão deve ser administrado durante um período não inferior a 4 horas.

NAGLAZYME deve ser diluído em uma solução de cloreto de sódio para infusão USP a 0,9%

até um volume final de 250 mL e ser administrado por meio de infusão endovenosa controlada

com o uso de uma bomba de infusão. A velocidade inicial de infusão deve ser de 6 mL/h na

 

primeira hora. Se essa infusão for bem tolerada, a velocidade da infusão poderá ser aumentada

para 80 mL/h nas 3 horas restantes. Se ocorrerem reações à infusão, o tempo de infusão poderá

ser prolongado por até 20 horas.

No caso de pacientes com peso igual ou inferior a 20 kg e/ou no caso de pacientes suscetíveis às

sobrecargas de volume líquido, o médico deve considerar a diluição de NAGLAZYME em um

volume de 100 mL. (ver: ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e REAÇÕES ADVERSAS).

A velocidade de infusão (mL/min) deverá ser reduzida de modo que a duração total do

procedimento não seja inferior a 4 horas.

Cada frasco de NAGLAZYME contém 5 mg de galsulfase (expresso como conteúdo proteico)

em 5 mL de solução, para uso único somente. O frasco não deve ser usado mais de uma vez. A

solução concentrada para infusão deve ser diluída em cloreto de sódio para infusão, USP a 0,9%,

por meio de técnicas assépticas. A solução diluída de NAGLAZYME deve ser administrada aos

pacientes com o uso de um equipo de infusão com um filtro de 0,2 micrômetros (μm) em linha.

Não há informações sobre a compatibilidade de NAGLAZYME diluído em recipientes de vidro.

Instruções de preparo e administração:

NAGLAZYME deve ser preparado de acordo com os passos seguintes. Usar técnica asséptica

1. Com base no peso de cada paciente e na dose recomendada de 1 mg/kg, determinar o

número de frascos a serem diluídos:

Peso do paciente (kg) × 1 mL/kg de NAGLAZYME = Quantidade total de

NAGLAZYME em mL

Quantidade total de NAGLAZYME em mL ÷ 5 mL por frasco = Número total de frascos

2. Estimar o número de frascos que será ministrado ao paciente arredondando para cima a fim

de obter um número inteiro de frascos. Retirar o número necessário de frascos da geladeira e

deixá-los atingir a temperatura ambiente. Não deixar os frascos em temperatura ambiente

por mais de 24 horas antes da diluição. Não aquecer ou colocar os frascos no forno de

micro-ondas.

3. Antes de retirar o NAGLAZYME do frasco, inspecionar visualmente cada frasco para

detectar a presença de material particulado e/ou alteração na coloração. A solução de

NAGLAZYME deve ser transparente a levemente opalescente e incolor a amarelo claro.

Algumas partículas translúcidas podem estar presentes. Não usar se a solução estiver com

alteração na coloração ou se houver material particulado.

4. Da bolsa de infusão de 250 mL contendo cloreto de sódio para infusão, USP a 0,9%, retirar e

descartar um volume igual ao volume de NAGLAZYME a ser adicionado. Se utilizar uma

bolsa de infusão de 100 mL, esse procedimento não é necessário. Basta adicionar

NAGLAZYME.

5. Retirar lentamente o volume de NAGLAZYME calculado a partir do número apropriado de

frascos, tendo o cuidado de evitar agitação excessiva (turbilhonamento). Não usar agulha

com filtro, pois esta pode causar agitação. O turbilhonamento pode desnaturar o

NAGLAZYME tornando-o biologicamente inativo.

6. Adicionar lentamente a solução de NAGLAZYME ao cloreto de sódio para infusão, USP, a

0,9%, tomando cuidado para não agitar as soluções. Não usar agulha com filtro.

7. Fazer uma rotação suave da bolsa de infusão para garantir uma distribuição uniforme do

NAGLAZYME. Não agitar a solução.

NAGLAZYME não contém conservante, portanto, após a diluição com soro fisiológico nas

bolsas de infusão, qualquer produto não utilizado ou que tenha sobrado deve ser desprezado de

acordo com as normas da instituição.

NAGLAZYME não deve ser infundido com outros produtos no mesmo dispositivo de infusão. A

compatibilidade do NAGLAZYME em solução com outros produtos não foi avaliada.

9.REAÇÕES ADVERSAS

Experiência obtida nos estudos clínicos

Como os estudos clínicos são realizados em condições amplamente variáveis, as taxas das

reações adversas observadas nos estudos clínicos de um medicamento não podem ser

diretamente comparadas àquelas observadas nos estudos clínicos de outro medicamento e podem

não refletir as taxas observadas na prática clínica.

NAGLAZYME foi estudado por meio de um estudo randomizado, duplo-cego, controlado com

placebo; dos 39 pacientes, 66% eram mulheres e 62% eram brancos não hispânicos. Os pacientes

tinham idades entre 5 a 29 anos. Os pacientes tratados com NAGLAZYME eram

aproximadamente 3 anos mais velhos do que os pacientes que receberam placebo (idade média

de 13,7 anos e 10,7, respectivamente).

As reações adversas graves que ocorreram durante esse estudo incluem apneia; febre e

dificuldade respiratória. As reações adversas severas incluem dor no peito, dispneia, edema de

laringe e conjuntivite. As reações adversas mais comuns, para as quais foi necessária

intervenção, foram reações durante o procedimento infusional.

A Tabela 3, a seguir, resume as reações adversas que ocorreram no estudo controlado com

placebo em pelo menos dois pacientes a mais no grupo que usou NAGLAZYME do que no

grupo que recebeu placebo.

Tabela 3: Reações adversas que ocorreram no estudo controlado com placebo em pelo

menos dois pacientes a mais no grupo tratado com NAGLAZYME

Terminologia preferencial

descrita MedDRA

NAGLAZYME (n = 19) Placebo (n = 20)*

N° de pacientes (%) N° de pacientes (%)

Todos 19 (110) 20 (100)

Dor abdominal 9 (47) 7 (35)

Dor de ouvido 8 (42) 4 (20)

 

Artralgia 8 (42) 5 (25)

Dor 6 (32) 1 (5)

Conjuntivite 4 (21) 0

Dispneia 4 (21) 2 (10)

Rash cutâneo 4 (21) 2 (10)

Calafrios 4 (21) 0

Dor torácica 3 (16) 1 (5)

Faringite 2 (11) 0

Arreflexia 2 (11) 0

Opacidade de córnea 2 (11) 0

Gastroenterite 2 (11) 0

Hipertensão 2 (11) 0

Mal-estar 2 (11) 0

Congestão nasal 2 (11) 0

Hérnia umbilical 2 (11) 0

Perda auditiva 2 (11) 0

*Um dos 20 pacientes do grupo que recebeu placebo abandonou o estudo após a quarta

semana de infusão

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado

eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem

ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos

adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

Além das reações adversas listadas na Tabela 3, outras reações adversas normalmente

observadas no estudo aberto foram prurido, urticária, febre, dor de cabeça (cefaleia), náusea e

vômito. As reações adversas mais comuns que necessitaram de intervenção ocorreram durante a

infusão. As reações adversas graves incluíram edema laríngeo, urticária, angioedema e outras

reações alérgicas. As reações alérgicas graves incluíram urticária, erupção cutânea e dor

abdominal.

Os eventos adversos observados nos quatro estudos abertos (em até 261 semanas de tratamento)

não foram de natureza nem de gravidade diferentes do que os observados no estudo controlado

por placebo. Nenhum paciente descontinuou o tratamento com NAGLAZYME durante o estudo

aberto devido a eventos adversos.

Experiência pós-comercialização

Foram identificadas as seguintes reações adversas durante a comercialização de NAGLAZYME.

Como essas reações foram relatadas de forma voluntária por uma população de tamanho não

definido, não é sempre possível estimar a frequência de forma precisa ou mesmo estabelecer uma

relação causal resultante da exposição ao medicamento.

Adicionalmente às reações à infusão, relatadas nos estudos clínicos, as reações adversas graves,

que ocorreram mundialmente durante o uso comercial de NAGLAZYME, incluem anafilaxia,

choque, hipotensão, broncoespasmo e insuficiência respiratória.

Outras reações durante a infusão incluíram febre, eritema, palidez, bradicardia, taquicardia,

hipoxia, cianose, taquipneia e parestesia.

Através de observações pós-comercialização foi reportado um único caso de nefropatia

membranosa e raros relatos de trombocitopenia. No caso da ocorrência de nefropatia

membranosa, a biópsia renal mostrou a presença de complexos de imunoglobulina-galsulfase nos

glomérulos. Tanto no caso de nefropatia membranosa como nos de trombocitopenia, os pacientes

não tiveram intercorrencias no reinício da terapia.

10. USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO

Uso pediátrico

Foram realizados estudos clínicos com NAGLAZYME em 56 pacientes com idades entre 5 a 29

anos, sendo a maior parte dos pacientes do grupo pediátrico. (Ver: Estudos Clínicos, Tabela 1).

Não há evidência de considerações especiais quando o NAGLAZYME for administrado à

população pediátrica.

Uma das questões essenciais consiste em tratar crianças, com idades inferiores a 5 anos, que

sofram de uma forma grave da doença, embora não tenham sido incluídos no estudo principal de

fase 3 doentes com idades inferiores a 5 anos.

Dados limitados estão disponíveis para pacientes com menos de 1 ano de idade (Consulte os

estudos clínicos).

Uso geriátrico

Os estudos clínicos realizados com NAGLAZYME não incluíram pacientes com idade acima de

29 anos. Não se sabe se pacientes com mais idade teriam a mesma resposta.

Gravidez

Não foram realizados estudos adequados e controlados com o uso de NAGLAZYME em

mulheres grávidas.

Foram realizados estudos reprodutivos em ratos com doses intravenosas de até 3 mg/kg/dia

(aproximadamente 0,5 vezes a dose recomendada para seres humanos de 1mg/Kg com base na

área da superfície corpórea) e em coelhos com doses intravenosas de até 3 mg/kg/dia

(aproximadamente 0,97 vezes a dose recomendada para seres humanos de 1mg/Kg com base na

área da superfície corpórea) que não revelaram evidência de redução da fertilidade nem de danos

ao feto devido ao NAGLAZYME. NAGLAZYME deve ser utilizado em mulheres grávidas

somente se claramente necessário, isto é, se o benefício justificar o risco.

Mulheres que estão amamentando (nutrizes)

Não se sabe se NAGLAZYME é excretado no leite humano. Devido ao fato de que muitas

drogas são excretadas no leite humano, deve-se ter cuidado ao administrar NAGLAZYME em

mulheres que estão amamentando.

11. SUPERDOSE

Não existe documentação relativa à superdosagem com o uso de NAGLAZYME.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.