Bula do Nausedron para o Profissional

Bula do Nausedron produzido pelo laboratorio Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Nausedron
Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda. - Profissional

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BULA COMPLETA DO NAUSEDRON PARA O PROFISSIONAL

Nausedron®

(cloridrato de ondansetrona)

Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.

Comprimidos Revestidos

8 mg

Modelo de Bula para Profissional de Saúde

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

cloridrato de ondansetrona

APRESENTAÇÕES

Embalagens contendo 10 comprimidos revestidos de 8 mg de ondansetrona (como cloridrato diidratado).

USO ORAL

USO ADULTO (para o controle de náuseas e vômitos pós-operatórios)

USO ADULTO E PEDIÁTRICO A PARTIR DE 2 ANOS DE IDADE (para o controle de náuseas e

vômitos induzidos por quimioterapia e radioterapia)

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém:

cloridrato de ondansetrona diidratado equivalente a ..................................... 8 mg de ondansetrona base

Excipientes* qsp ................................................................................................. 1 comprimido revestido

*excipientes: amido de milho, estearato de magnésio, lactose monoidratada, polissorbato 80, celulose

microcristalina, dióxido de silício, amidoglicolato de sódio, macrogol 6000, hipromelose, dióxido de

titânio, óxido de ferro amarelo, óxido de ferro vermelho, macrogol 8000, macrogol 400.

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Nausedron®

é indicado para o controle de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia e radioterapia,

em adultos e crianças a partir de 6 meses de idade.

Também é indicado para prevenção e tratamento de náuseas e vômitos do período pós-operatório, em

adultos e crianças a partir de 1 mês de idade.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

O cloridrato de ondansetrona demonstrou eficácia no controle de náuseas e vômitos em 75% dos

pacientes tratados com quimioterapia com cisplatina.1

1 MARTY M. et al. Comparison of the 5-hydroxytryptamine3 (serotonin) antagonist ondansetron (GR

38032F) with high-dose metoclopramide in the control of cisplatin-induced emesis. N Engl J Med,

32;322(12): 816-21, 1990.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

Mecanismo de ação

O cloridrato de ondansetrona é um potente antagonista, altamente seletivo, dos receptores 5-HT3. Seu

mecanismo de ação no controle da náusea e do vômito ainda não é bem conhecido.

Os agentes quimioterápicos e a radioterapia podem causar liberação de 5-HT no intestino delgado,

iniciando um reflexo de vômitos pela ativação dos aferentes vagais nos receptores 5-HT3. A ondansetrona

bloqueia o início desse reflexo.

A ativação dos aferentes vagais pode ainda causar liberação de 5-HT em área postrema localizada no

assoalho do quarto ventrículo, e isso também pode promover vômitos através de um mecanismo central.

Desse modo, o efeito da ondansetrona no controle de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia

citotóxica e radioterapia se deve ao antagonismo da droga aos receptores 5-HT3 dos neurônios do sistema

nervoso periférico e sistema nervoso central.

Não se conhece o mecanismo de ação na náusea e no vômito pós-operatórios, no entanto as vias devem

ser comuns às da náusea e do vômito induzidos por agentes citotóxicos.

O cloridrato de ondansetrona injetável possui um rápido início de ação, e por isso pode ser administrado

na indução da anestesia ou imediatamente antes da quimioterapia ou radioterapia, conforme o caso.

Efeitos farmacodinâmicos

A ondansetrona não altera as concentrações de prolactina plasmática.

- Prolongamento do intervalo QT

O efeito da ondansetrona no intervalo QTc foi avaliado em um estudo cruzado, duplo-cego, randomizado,

controlado por placebo e controle positivo (moxifloxacino), em 58 adultos saudáveis (homens e

mulheres).As doses de ondansetrona incluíram 8 mg e 32 mg infundidos intravenosamente durante 15

minutos. Na dose mais elevada testada, de 32 mg, a diferença máxima média (limite superior de 90% do

IC) no intervalo QTcF em relação ao placebo após a correção na linha de base foi de 19,6 (21,5) msec. Na

dose mais baixa testada, de 8 mg, a diferença máxima média (limite superior de 90% do IC) em relação

ao placebo após correção na linha de base foi de 5,8 (7,8) msec. Neste estudo, não houve medições do

intervalo QTcF maiores que 480 msec e nenhum prolongamento do intervalo QTcF foi maior que 60

msec.

Propriedades farmacocinéticas

As propriedades farmacocinéticas da ondansetrona permanecem inalteradas em dosagens repetidas.

Absorção

Observou-se exposição sistêmica equivalente após a administração intramuscular e intravenosa da

ondansetrona.

Distribuição

A ligação às proteínas plasmáticas é de cerca de 70% a 76%. Em adultos, a disponibilidade da

ondansetrona após dose oral é similar a observada após a administração intravenosa ou intramuscular; o

volume de distribuição é de cerca de 140 L no estado de equilíbrio.

Metabolismo

A ondansetrona é depurada da circulação sistêmica predominantemente por metabolismo hepático,

através de diversas vias enzimáticas. A ausência da enzima CYP2D6 (polimorfismo da debrisoquina) não

interfere na farmacocinética da ondansetrona.

Eliminação

A ondansetrona é eliminada da circulação sistêmica predominantemente por metabolismo hepático.

Menos de 5% da dose absorvida é excretada inalterada na urina. A disponibilidade da ondansetrona após

dose oral é similar à observada após a administração intravenosa ou intramuscular; a meia-vida de

eliminação terminal é de aproximadamente três horas.

Populações especiais de pacientes

- Sexo

Foi demonstrado que, após dose oral, indivíduos do sexo feminino apresentam taxa e extensão de

absorção maiores, bem como clearance sistêmico e volume de distribuição reduzidos.

- Crianças e adolescentes (de 1 mês a 17 anos):

Pacientes pediátricos com idade entre 1 e 4 meses de vida (n=19) submetidos à cirugia apresentaram um

clearance aproximadamente 30% menor do que em pacientes entre 5 e 24 meses (n=22), mas comparável

a pacientes entre 3 e 12 anos de idade, quando normalizado ao peso corporal. A meia-vida em pacientes

entre 1 e 4 meses foi em média 6,7 horas, comparado a 2,9 horas para pacientes entre 5 e 24 meses e 3 e

12 anos. As diferenças nos parâmetros farmacocinéticos na população com idade entre 1 a 4 meses podem

ser explicadas em parte pela maior porcentagem de água corporal em neonatos e bebês e pelo maior

volume de distribuição de drogas hidrossolúveis como a ondansetrona. Em pacientes pediátricos com

idade entre 3 e 12 anos de idade submetidos a cirurgia eletiva com anestesia geral verificou-se a redução

dos valores absolutos do clearance e do volume de distribuição da ondansetrona quando comparados com

os valores em pacientes adultos. Ambos os parâmetros aumentaram de forma linear com o peso, e a partir

de 12 anos de idade os valores se aproximaram dos obtidos em adultos jovens. Quando o clearance e o

volume de distribuição foram normalizados de acordo com o peso corporal, os valores desses parâmetros

mostraram-se similares nos diversos grupos de idade.

O uso de doses ajustadas ao peso corpóreo compensou as alterações relacionadas à idade e é eficaz para

normalizar a exposição sistêmica em pacientes pediátricos.

A análise da farmacocinética da ondansetrona foi realizada em 428 indivíduos (pacientes com câncer,

pacientes submetidos à cirurgia e voluntários saudáveis) com idade entre 1 mês e 44 anos após a

administração de ondansetrona por via intravenosa. Com base nesta análise, a exposição sistêmica (ASC)

de ondansetrona após a administração por via oral ou IV em crianças e adolescentes foi comparável a

adultos, com exceção em bebês com 1 a 4 meses de vida. O volume de distribuição estava relacionado a

idade e foi menor em adultos do que em bebês e crianças. O clearance estava relacionado ao peso e não à

idade, exceto em bebês com 1 a 4 meses de vida. É difícil concluir se houve uma redução adicional do

clearance relacionada a idade em bebês entre 1 a 4 meses de vida ou se simplesmente houve variabilidade

neste grupo devido ao baixo número de indivíduos estudados nesta faixa etária. Considerando que

pacientes com menos de 6 meses de idade receberão apenas uma dose única em casos de náuseas e

vômitos no pós-operatório, a diminuição do clearance possivelmente não será clinicamente relevante.

- Idosos:

Os primeiros estudos de Fase I em voluntários idosos saudáveis mostraram uma ligeira diminuição

relacionada com a idade na depuração, e um aumento na meia-vida da ondansetrona. Entretanto, a grande

variabilidade inter-individual resultou em uma considerável sobreposição nos parâmetros

farmacocinéticos entre jovens (<65 anos de idade) e idosos (≥65 anos de idade) e não foram observadas

diferenças na segurança e eficácia observadas entre pacientes com câncer de jovens e idosos matriculados

em ensaios clínicos em náuseas e vômitos para suportar uma recomendação de dosagem diferente para os

idosos. Com base nas concentrações plasmáticas mais recentes e em modelos de exposição-resposta, um

efeito maior sobre QTcF é previsto em pacientes ≥75 anos de idade quando comparado com adultos

jovens. Informações específicas de doses são fornecidas para pacientes acima de 65 anos de idade e acima

de 75 anos de idade (ver Posologia e Administração – Náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia e

radioterapia – Idosos).

- Pacientes com disfunção renal:

Em pacientes com disfunção renal moderada (clearance de creatinina de 15 a 60 mL/min), tanto o

clearance sistêmico quanto o volume de distribuição foram reduzidos após administração intravenosa de

ondansetrona, resultando em um leve e clinicamente insignificante aumento da meia-vida de eliminação

(5,4 horas). Em pacientes com disfunção renal grave que requer hemodiálise regular (estudados entre as

diálises), a ondansetrona demonstrou perfil farmacocinético essencialmente inalterado após a

administração intravenosa.

- Pacientes com disfunção hepática:

Nos pacientes com disfunção hepática grave, o clearance sistêmico da ondansetrona reduziu-se

acentuadamente, a meia-vida de eliminação prolongou-se (15-32 horas) e a biodisponibilidade oral foi de

aproximadamente 100% devido à redução do metabolismo pré-sistêmico.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Nausedron®

é contraindicado a pacientes que apresentam hipersensibilidade conhecida a qualquer

componente da fórmula.

Tendo como base os relatos de hipotensão profunda e perda de consciência quando o cloridrato de

ondansetrona foi administrado com cloridrato de apomorfina, o uso concomitante dessas substâncias é

contraindicado.

Categoria B de risco na gravidez

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Há relatos de reações de hipersensibilidade em pacientes que já apresentaram esse tipo de reação a outros

antagonistas seletivos de receptores 5-HT3.

Ondansetrona prolonga o intervalo QT de maneira dose-dependente. Além disso, casos pós-

comercialização de “Torsades de Pointes” tem sido relatados em pacientes usando ondansetrona. Evitar o

uso de ondansetrona em pacientes com sídrome do QT longo congênito. Nausedron®

deve ser

administrado com precaução em pacientes que possuem ou podem desenvolver prolongamento do QTc.

Essas condições incluem pacientes com distúrbios eletrolíticos, pacientes com a síndrome do QT longo

congênito, ou pacientes que tomam outros medicamentos que levam ao prolongamento QT ou distúrbios

eletrolíticos.

Hipocalemia e hipomagnesemia devem ser corrigidas antes da administração de ondansetrona.

Síndrome serotoninérgica tem sido descrita após o uso concomitante de cloridrato de ondansetrona e

outros fármacos serotoninérgicos (ver Interações Medicamentosas). Se o tratamento concomitante com

cloridrato de ondansetrona e outras drogas serotoninérgicas é clinicamente justificado, é recomendada a

observação apropriada do paciente.

Tendo-se em vista que a ondansetrona aumenta o tempo de trânsito no intestino grosso, pacientes com

sinais de obstrução intestinal subaguda devem ser monitorados após a administração.

A ondansetrona injetável não deve ser administrada na mesma seringa nem infundida com qualquer outra

medicação.

A ondansetrona injetável deve ser administrada somente com soluções de infusão recomendadas (ver

Posologia e Modo de usar).

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Em testes psicomotores, cloridrato de ondansetrona não comprometeu o desempenho do paciente nessas

atividades nem causou sedação. Não são previstos efeitos negativos em cada uma dessas atividades pela

farmacologia de cloridrato de ondansetrona.

Gravidez e lactação

A segurança do uso da ondansetrona em mulheres grávidas ainda não foi estabelecida. Avaliações de

estudos em animais experimentais não indicaram efeito nocivo direto nem indireto no desenvolvimento

do embrião ou feto, no curso da gestação e no desenvolvimento perinatal e pós-natal. Entretanto, uma vez

que estudos em animais nem sempre são preditivos da resposta humana, o uso da ondansetrona durante a

gravidez não é recomendado.

Os testes têm demonstrado que a ondansetrona é excretada no leite de animais. Por esse motivo,

recomenda-se que lactantes sob tratamento com a ondansetrona não amamentem.

Categoria B de risco na gravidez

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Estudos específicos demonstraram que não há interações farmacocinéticas quando a ondansetrona é

administrada com álcool, temazepam, furosemida, tramadol ou propofol.

A ondansetrona é metabolizada por múltiplas enzimas hepáticas do citocromo P450: CYP3A4, CYP2D6

e CYP1A2. Devido à multiplicidade de enzimas capazes de metabolizar a ondansetrona, a inibição ou

redução da atividade de uma dessas enzimas (por exemplo, a deficiência genética de CYP2D6) é

normalmente compensada por outras enzimas e resulta em pouca ou nenhuma mudança no clearance da

ondansetrona, não tornando necessário o ajuste de dose.

Deve-se ter cautela quando ondansetrona é coadministrada com drogas que prolongam o intervalo QT

e/ou causam distúrbios eletrolíticos. (ver o item Advertências e Precauções)

apomorfina

Tendo como base os relatos de hipotensão profunda e perda de consciência quando cloridrato de

ondansetrona foi administrado com cloridrato de apomorfina, o uso concomitante dessas substâncias é

contraindicado.

fenitoína, carbamazepina e rifampicina

Em pacientes tratados com indutores potentes da CYP3A4, como fenitoína, carbamazepina e rifampicina,

o clearance oral da ondansetrona foi aumentado e as concentrações plasmáticas reduzidas.

fármacos serotoninérgicos

Síndrome serotoninérgica (incluindo estado mental alterado, instabilidade autonômica e anormalidades

neuromusculares) tem sido descrita após o uso concomitante de cloridrato de ondansetrona e outros

fármacos serotoninérgicos, incluindo inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs) e inibidores

da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN) (ver Advertências e Precauções).

tramadol

Dados de estudos pequenos indicam que a ondansetrona pode reduzir o efeito analgésico do tramadol.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de armazenamento

As ampolas de Nausedron®

devem ser armazenadas em sua embalagem original, em temperatura

ambiente (entre 15°C e 30ºC) e protegidas da luz. O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de

fabricação impressa na embalagem.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

devem ser usadas somente uma vez, injetadas ou diluídas imediatamente

após serem abertas. Qualquer solução remanescente deve ser descartada. As ampolas não devem ser

autoclavadas.

Aspectos físicos / Características organolépticas

Nausedron®

injetável é uma solução incolor a levemente amarelada, límpida e essencialmente livre de

partículas visíveis.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de uso

Uso intravenoso ou intramuscular.

As soluções para injeção de Nausedron®

devem ser usadas somente uma vez e injetadas ou diluídas

imediatamente após serem abertas. Qualquer solução remanescente deve ser descartada. As ampolas não

devem ser autoclavadas.

Estudos de compatibilidade foram realizados com bolsas de polipropileno. A estabilidade é verificada

usando-se bolsas polipropileno ou frascos de vidro tipo 1.

Segundo as boas práticas farmacêuticas, as soluções intravenosas devem ser preparadas no momento da

infusão e sob condições adequadas de assepsia.

Compatibilidade com fluidos intravenosos:

Nausedron®

injetável deve somente ser misturado com os líquidos de infusão recomendados. Estudos de

compatibilidade têm demonstrado que a solução de Nausedron®

injetável é estável durante sete dias em

temperatura abaixo de 25°C ou em refrigerador, protegida da luz, com os seguintes fluidos de infusão

intravenosa:

- solução intravenosa de cloreto de sódio a 0,9% p/v;

- solução intravenosa de glicose a 5% p/v;

- solução intravenosa de Ringer;

- solução intravenosa de cloreto de potássio a 0,3% p/v + cloreto de sódio a 0,9% p/v;

- solução intravenosa de cloreto de potássio a 0,3% p/v + glicose a 5% p/v.

Compatibilidade com outras drogas:

injetável pode ser administrado por infusão intravenosa de 1 mg/hora, por exemplo, através

de um frasco de infusão ou de uma bomba de infusão. As seguintes drogas podem ser administradas, com

ondansetrona, nas concentrações de 16 a 160 μg/mL (8 mg/500 mL e 8 mg/50 mL, respectivamente, por

exemplo), através de equipo em Y.

cisplatina

Concentrações de até 0,48 mg/mL (240 mg em 500 mL, por exemplo) administradas durante uma a oito

horas.

fluoruracila

Concentrações de até 0,8 mg/mL (2,4 g em três litros ou 400 mg em 500 mL, por exemplo) administradas

a uma velocidade de pelo menos 20 mL/h (500 mL por 24 horas). Altas concentrações de 5-fluoruracila

podem causar precipitação da ondansetrona. A infusão de 5-fluoruracila pode conter até 0,045% p/v de

cloreto de magnésio em adição a outros excipientes que se mostraram compatíveis.

carboplatina

Concentrações na faixa de 0,18 mg/mL a 9,9 mg/mL (90 mg em 500 mL a 990 mg em 100 mL, por

exemplo) administradas durante dez minutos a uma hora.

etoposídeo

Concentrações na faixa de 0,144 mg/mL a 0,25 mg/mL (72 mg em 500 mL a 250 mg em 1.000 mL, por

exemplo) administradas durante 30 minutos a uma hora.

ceftazidima

Doses na faixa de 250 mg a 2.000 mg reconstituídas com água estéril para injeções, como recomendado

pelo produtor (2,5 mL para 250 mg e 10 mL para 2 g de ceftazidima, por exemplo), e administradas como

injeção intravenosa em “bolus” durante aproximadamente cinco minutos.

ciclofosfamida

Doses na faixa de 100 mg a 1 g reconstituídas com água estéril para injeções, 5 mL por 100 mg de

ciclofosfamida, como recomendado pelo fabricante, e administradas como injeção intravenosa em “bolus”

durante aproximadamente cinco minutos.

doxorrubicina

Doses na faixa de 10 mg a 100 mg reconstituídas com água estéril para injeções por 10 mg de

doxorrubicina, 5 mL por 10 mg de doxorrubicina, como recomendado pelo fabricante, e administradas

como injeção intravenosa em “bolus” durante aproximadamente cinco minutos.

dexametasona

Podem ser administrados 20 mg de fosfato sódico de dexametasona como injeção intravenosa lenta

durante dois a cinco minutos através de equipo em Y de uma infusão, liberando-se 8 mg ou 16 mg de

ondansetrona diluída em 50 mL a 100 mL de um líquido de infusão compatível durante aproximadamente

15 minutos. A compatibilidade entre o fosfato sódico de dexametasona e a ondansetrona foi demonstrada

com a administração dessas drogas através do mesmo equipo, o que resultou em concentrações na faixa

de 32 μg a 2,5 mg/mL de fosfato sódico de dexametasona e de 8 μg a 1 mg/mL de ondansetrona.

Posologia

– Náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia e radioterapia

O potencial emetogênico do tratamento de câncer varia de acordo com as doses e combinações dos

regimes de quimioterapia e radioterapia usados. A seleção do regime de dose deve ser determinada pela

gravidade emetogênica.

Adultos

A dose intravenosa ou intramuscular recomendada é de 8 mg, administrada imediatamente antes do

tratamento.

Para quimioterapia altamente emetogênica , uma dose intravenosa inicial máxima de 16 mg de

ondansetrona infundida durante 15 minutos pode ser usada. Não deve ser administrada uma dose

intravenosa única maior que 16 mg.

A eficácia de cloridrato de ondansetrona em quimioterapia altamente emetogênica pode ser aumentada

pela adição de uma dose única intravenosa de 20 mg de fosfato sódico de dexametasona administrada

antes da quimioterapia. Recomenda-se tratamento oral para proteger contra êmese prolongada ou

retardada após as primeiras 24 horas.

Doses intravenosas maiores que 8 mg a até um máximo de 16 mg devem ser diluídas em 50 mL a 100 mL

de cloreto de sódio 0,9% injetável ou dextrose 5% injetável antes da administração e infundidas por não

menos que 15 minutos (ver Modo de Usar). Doses de Nausedron®

de 8 mg ou menos não precisam ser

diluídas e devem ser administradas como uma injeção intramuscular ou intravenosa lenta em não menos

que 30 segundos.

A dose inicial de Nausedron®

deve ser seguida por 2 doses adicionais intramusculares ou intravenosas de

8 mg com duas ou quatro horas de intervalo, ou por uma infusão constante de 1 mg/h por até 24 horas.

Crianças e adolescentes (de 6 meses a 17 anos de idade)

A dose em casos de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia pode ser calculada baseada na área de

superfície corporal ou peso. Em estudos clínicos pediátricos, ondansetrona foi administrada através de

infusão intravenosa diluída em 25 a 50 mL de solução salina ou outro fluido de infusão compatível e

infudida por um período superior a 15 minutos.

- Posologia baseada em área de superfície corporal

deve ser administrado imediatamente antes da quimioterapia em uma dose única por via

intravenosa na dose de 5 mg/m2

. A dose intravenosa não deve exceder 8 mg. A dose oral pode começar

doze horas depois e pode continuar por até 5 dias (tabela 1). Não deve ser excedida a dose de adultos.

Tabela 1: Dosagem baseada em área de superfície corporal para náuseas e vômitos induzidos por

quimioterapia (idade entre 2 a 17 anos).

Área de superfície corporal Dia 1 Dias 2 a 6

≥0,6 m2

a ≤1,2 m2

5 mg/m2

por via intravenosa, mais 4

mg por via oral após 12 horas

4 mg por via oral a cada 12 horas

> 1,2 m2

5 ou 8 mg/m2

por via intravenosa,

mais 8 mg por via oral após 12 horas

8 mg por via oral a cada 12 horas

- Posologia baseada por peso corporal

deve ser administrado imediatamente antes da quimioterapia em uma dose única intravenosa

de 0,15 mg/kg. A dose intravenosa não deve exceder 8 mg. No dia 1, duas doses adicionais por via

intravenosa podem ser dadas com intervalos de 4 horas. A administração por via oral pode começar doze

horas mais tarde e pode continuar por até 5 dias (tabela 2). Não deve ser excedida a dose de adultos.

Tabela 2: Posologia baseada em peso corporal para náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia

(idade entre 2 a 17 anos).

Peso corporal Dia 1 Dias 2 a 6

> 10 kg Até 3 doses de 0,15 mg/kg a cada 4h 4 mg por via oral a cada 12 horas

Idosos

O cloridrato de ondansetrona é bem tolerado por pacientes com idade acima de 65 anos.

Em pacientes com idade a partir de 65 anos, todas as doses intravenosas devem ser diluídas e infundidas

durante 15 minutos e, se repetidas, deve ser dado um intervalo de não menos que quatro horas.

Em pacientes de 65 a 74 anos de idade, a dose intravenosa inicial de Nausedron®

8 mg ou 16 mg,

infundidas durante 15 minutos, deve ser seguida por duas doses de 8 mg infundidas durante 15 minutos,

após intervalo de não menos que 4 horas.

Em pacientes de 75 anos de idade ou mais, a dose inicial intravenosa de Nausedron®

não deve exceder 8

mg infundidas durante 15 minutos. A dose inical de 8 mg deve ser seguida por duas doses de 8 mg,

infundidas durante 15 minutos e após um intervalo de não menos que 4 horas (ver População especial de

pacientes – Idosos).

Pacientes com insuficiência renal

Não é necessária nenhuma alteração da via de administração, da dose diária nem da frequência de dose.

Pacientes com insuficiência hepática

O clearance do cloridrato de ondansetrona é significativamente reduzido e a meia-vida plasmática

significativamente prolongada em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave. Para esses

pacientes, a dose total diária, por via intravenosa ou oral, não deve exceder 8 mg.

Pacientes com deficiência do metabolismo de esparteína / debrisoquina

A meia-vida de eliminação da ondansetrona não é alterada em indivíduos que têm deficiência do

metabolismo de esparteína e debrisoquina. Consequentemente, em tais pacientes, doses repetidas não

provocarão níveis diferentes de exposição a droga dos que ocorrem na população em geral. Não é

necessário alterar a dosagem diária nem a frequência de dose.

– Náuseas e vômitos pós-operatórios

Para prevenção de náuseas e vômitos pós-operatórios, recomenda-se usar Nausedron®

em dose única de

4 mg, que pode ser administrada através de injeção intramuscular ou intravenosa lenta na indução da

anestesia. Para tratamento de náuseas e vômitos pós-operatórios já estabelecidos, recomenda-se uma dose

única de 4 mg administrada através de injeção intramuscular ou intravenosa lenta.

Crianças e adolescentes (de 1 mês a 17 anos de idade)

Para prevenção e tratamento de náuseas e vômitos pós-operatórios em pacientes pediátricos submetidos a

cirurgia sob anestesia geral, pode-se administrar ondansetrona através de injeção intravenosa lenta na

dose de 0,1 mg/kg, até o máximo de 4 mg, antes, durante ou depois da indução da anestesia ou ainda após

a cirurgia.

Existem poucos estudos com o uso de cloridrato de ondansetrona na prevenção e no tratamento de

náuseas e vômitos pós-operatórios em pessoas idosas, entretanto o cloridrato de ondansetrona é bem

tolerado por pacientes acima de 65 anos de idade submetidos a quimioterapia.

O clearance de cloridrato de ondansetrona é significativamente reduzido e a meia-vida plasmática

pacientes, a dose total diária, por via intravenosa ou oral, não deve exceder 8 mg. Recomenda-se,

portanto, a administração parenteral ou oral.

Pacientes com deficiência do metabolismo de esparteína/debrisoquina

provocarão níveis diferentes de exposição à droga dos que ocorrem na população em geral. Não é

9. REAÇÕES ADVERSAS

Os eventos muito comuns, comuns e incomuns são determinados geralmente a partir de dados de estudos

clínicos. A incidência no grupo placebo foi levada em consideração. Os eventos raros e muito raros são

determinados a partir de dados espontâneos pós-comercialização. As frequências seguintes são estimadas

na dose padrão recomendada para cloridrato de ondansetrona de acordo com indicação e formulação.

Reação muito comum (> 1/10): cefaleia.

Reações comuns (>1/100 e < 1/10): sensação de calor ou rubor; constipação; reações no local da injeção

intravenosa.

Reações incomuns (>1/1.000 e < 1/100): convulsão; transtornos do movimento (inclusive distúrbios

extrapiramidais, tais como crises oculógiras, reações distônicas e discinesia, observados sem evidências

definitivas de persistência de sequelas clínicas); arritmias; dor torácica, com ou sem depressão do

segmento ST; bradicardia; hipotensão; soluços; aumento assintomático de testes funcionais hepáticos

(essas reações foram observadas em pacientes submetidos a quimioterapia com cisplatina).

Reações raras (>1/10.000 e < 1/1.000): reações de hipersensibilidade imediata, às vezes grave, inclusive

anafilaxia; tontura predominantemente durante a administração intravenosa rápida; distúrbios visuais

passageiros (como visão turva), predominantemente durante a administração intravenosa; prolongamento

do intervalo QT (incluindo “Torsade de Pointes”).

Reações muito raras (< 1/10.000): cegueira passageira, predominantemente durante a administração

intravenosa; erupção cutânea tóxica, incluindo necrólise epidérmica tóxica.

A maior parte dos casos de cegueira relatados foi resolvida em até 20 minutos. A maioria dos pacientes

recebeu agentes quimioterápicos, inclusive cisplatina. Alguns casos de cegueira passageira foram

relatados como de origem cortical.

Em casos de eventos adversos, notifique-os ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou à Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Sintomas

A experiência com casos de superdosagem da ondansetrona é limitada. Na maioria deles, os sintomas são

muito similares aos relatados acerca dos pacientes que recebem doses recomendadas (ver Reações

adversas). A ondansetrona prolonga o intervalo QT de maneira dose dependente. O monitoramento por

ECG é recomendado em casos de superdosagem.

Tratamento

Não existe antídoto específico contra a ondansetrona. Dessa forma, em casos de superdose, recomenda-se

conduzir terapias sintomáticas e de suporte apropriadas. O uso de ipecacuanha para tratar a superdosagem

de ondansetrona não é recomendável, uma vez que é pouco provável que se obtenha resposta satisfatória

em razão da própria ação antiemética do cloridrato de ondansetrona.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

III – DIZERES LEGAIS

N.º do lote, data de fabricação e prazo de validade: vide cartucho/caixa

MS N.º 1.0298.0124

Farm. Resp.: Dr. José Carlos Módolo - CRF-SP Nº 10.446

CRISTÁLIA - Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.

Rod. Itapira-Lindóia, km 14 – Itapira - SP

CNPJ Nº 44.734.671/0001-51 - Indústria Brasileira

SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente): 0800 701 19 18

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela Anvisa em 16/05/2014.

Anexo B

Histórico de alteração para a bula

Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera a bula Dados das alterações de bulas

Data do

expediente

Número do

Expediente

Assunto

Data de

aprovação

Itens de bula

Versões

(VP /

VPS)

Apresentações

relacionadas

27/05/2014

10450 –

SIMILAR –

Notificação

de Alteração

de Texto de

Bula – RDC

60/12

------ ------ ------ ------

Itens alterados:

-5. Advertências e

Precauções

- 9. Reações Adversas,

conforme Bula Padrão

republicada em

16/05/2014

VPS

Embalagens com

1 ampola ou 50

ampolas de 4mg/2

mL e embalagens

com 1 ampola ou

50 ampolas de

8mg/4 mL.

08/05/2014 0353376/14-

0

Retificação da bula

para profissional de

saúde para inclusão do

arquivo correto

08/05/2014

0351675/14-

10457 –

SIMILAR -

Inclusão

Inicial de

Texto de

------ ------ ------ -------

Todos os itens foram

alterados para

adequação à Bula

Padrão de Zofran

(GlaxoSmithKline

Brasil Ltda), publicado

no Bulário Eletrônico

da ANVISA em

10/01/2014.

22/07/2014 INDICAÇÕES E
Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.