Bula do Naxotec para o Profissional

Bula do Naxotec produzido pelo laboratorio União Química Farmacêutica Nacional S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Naxotec
União Química Farmacêutica Nacional S/a - Profissional

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BULA COMPLETA DO NAXOTEC PARA O PROFISSIONAL

NAXOTEC®

(naproxeno)

União Química Farmacêutica Nacional S.A

Comprimido

250 mg e 500 mg

naproxeno

IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO

Comprimido 250 mg: embalagem contendo 24 comprimidos.

Comprimido 500 mg: embalagem contendo 24 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO:

Cada comprimido 250 mg contém:

naproxeno......................................................................................................... 250 mg

Excipientes: amido, dióxido de silício, estearato de magnésio e povidona.

Cada comprimido 500 mg contém:

naproxeno......................................................................................................... 500 mg

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

NAXOTEC é indicado:

 para o alívio de estados dolorosos agudos, nos quais existe um componente inflamatório como, por exemplo, dor de garganta;

 uso analgésico e antipirético em adultos, inclusive para mães que não estejam amamentando no pós-parto: por exemplo, dor de

dente, dor abdominal e pélvica, sintomas da gripe e resfriado, febre;

 condições periarticulares e musculoesqueléticas, como por exemplo, torcicolo, mialgia (dor muscular), bursite, tendinite, sinovite,

tenosinovite, lombalgia (dor nas costas), artralgia, dor na perna, cotovelo do tenista;

 reumatopatias: artrite reumatoide, osteoartrite, espondilite anquilosante, gota, artrite reumatoide juvenil;

 dismenorreia;

 tratamento e profilaxia de enxaqueca, cefaleia (dor de cabeça);

 após cirurgias, inclusive ortopédicas e extrações dentárias;

 condições pós-traumáticas: entorses, distensões, contusões, dor decorrente da prática esportiva.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Os aspectos farmacológicos, a eficácia e a segurança do naproxeno estão compilados na versão da literatura cuja referência é abaixo

descrita.

Referência bibliográfica

Peter A. Todd and Stephen P. Clissod. Naproxen – A reappraisal of its pharmacology and therapeutic use in rheumatic diseases and

pain states. Drugs 40(1): 91-137, 1990

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

O naproxeno é um anti-inflamatório não esteroidal (AINE) com propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e antipiréticas. O

naproxeno tem demonstrado ter marcante propriedade anti-inflamatória em estudos clínicos em humanos e nos clássicos experimentos

em animais. Além disto, possui também ação analgésica e antipirética.

Mecanismo de ação

O efeito anti-inflamatório do naproxeno foi demonstrado até mesmo em animais adrenalectomizados, o que indica que sua ação não é

mediada pelo eixo hipófise suprarrenal. O naproxeno inibe a síntese de prostaglandinas, no entanto, não se conhece exatamente o

mecanismo de sua ação anti-inflamatória.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

O naproxeno é rápida e completamente absorvido no trato gastrintestinal após administração oral. A administração concomitante de

alimentos pode retardar a absorção do naproxeno, no entanto, não afeta sua extensão. Após a administração de naproxeno são

alcançados picos de níveis plasmáticos em 2 a 4 horas, dependendo da ingestão de alimentos. O alívio da dor inicia-se após 1 hora da

ingestão de NAXOTEC.

Distribuição

O volume de distribuição do naproxeno é de 0,16 L/kg. Em níveis terapêuticos, mais do que 99% do naproxeno se encontra ligado à

albumina sérica. Em doses de naproxeno superiores a 500 mg/dia, ocorre um aumento menor que o proporcional nos níveis

plasmáticos devido a um aumento na depuração causada pela saturação da ligação às proteínas plasmáticas. Entretanto a concentração

de naproxeno livre aumenta proporcionalmente à dose utilizada. Os níveis plasmáticos de naproxeno no estado de equilíbrio são

alcançados após 3-4 dias. O naproxeno atinge o líquido sinovial, atravessa a barreira placentária e foi detectado no leite materno em

concentrações de aproximadamente 1% das encontradas no plasma.

Metabolismo

O naproxeno é extensivamente metabolizado a 6-0-desmetil naproxeno no fígado.

Eliminação

Aproximadamente 95% da dose de naproxeno é excretada na urina, primariamente como naproxeno (menos de 1%), 6-0-desmetil

naproxeno (menos de 1%) ou seus conjugados (66-92%). Cerca de 3% da dose, ou menos, é excretado nas fezes. A taxa de excreção

de metabólitos e conjugados é bastante próxima da taxa de eliminação do naproxeno do plasma. A depuração de naproxeno é de cerca

de 0,13 mL/min/kg. A meia-vida de eliminação do naproxeno é de aproximadamente 14 horas, independente da forma química ou da

formulação.

Farmacocinética em populações especiais

Comprometimento renal

Pode haver acúmulo do fármaco em pacientes com insuficiência renal, já que o naproxeno é excretado primariamente por esta via. A

eliminação do naproxeno está diminuída em pacientes com comprometimento grave da função renal. Pacientes com depuração de

creatinina inferior a 10 mL/min apresentam maior depuração de naproxeno do que a estimada apenas pelo grau de comprometimento

renal isoladamente.

Crianças

O perfil farmacocinético do naproxeno em crianças de 5-16 anos é semelhante ao dos adultos, embora a depuração seja geralmente

maior nas crianças do que nos adultos. Não foram realizados estudos farmacocinéticos em crianças menores de 5 anos.

Dados pré-clínico de segurança

Carcinogenicidade

O naproxeno foi administrado com alimento para ratos Sprague-Dawley de 24 meses, em doses de 8, 16 e 24 mg/kg/g dia. O

naproxeno não foi carcinogênico em ratos.

Mutagenicidade

Mutagenicidade não foi vista em Salmonella typhimurium (5 linhas celulares), Sachharomyces cerevisiae (1 linha celular) e linfoma

dos ratos testes.

Redução da fertilidade

O naproxeno não afetou a fertilidade de ratos quando administrado por via oral em doses de 30 mg/kg/dia em machos e 20 mg/kg/dia

em fêmeas.

Teratogenicidade

O naproxeno foi teratogênico quando administrado por via oral em doses de 20 mg/kg/dia durante organogênese de ratos e coelhos.

Outros: Perinatal/Reprodução pós-natal

A administração oral de naproxeno em ratas grávidas em doses de 2, 10 e 20 mg/kg/dia durante o terceiro trimestre de gravidez

resultou em um trabalho de parto difícil. Estes efeitos são conhecidos para esta classe de compostos e foram demonstrados em

ratazanas grávidas com aspirina e indometacina.

4. CONTRAINDICAÇÕES

NAXOTEC é contraindicado para pacientes que tenham apresentado reações de hipersensibilidade ao naproxeno ou naproxeno sódico;

seu uso também é contraindicado para pacientes que apresentaram asma, rinite, pólipos nasais ou urticária pelo uso de ácido

acetilsalicílico ou outros anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). Ambos tipos de reações apresentam potencial risco de morte.

Reações graves como anafilaxia foram relatadas em tais pacientes.

NAXOTEC é contraindicado em pacientes com sangramento ativo ou antecedente de sangramento gastrintestinal ou perfuração

relacionado a uso anterior de AINEs; doença ativa ou antecedente de úlcera péptica recorrente/hemorragia, (dois ou mais episódios

distintos de úlcera ou sangramento comprovados).

Como outros anti-inflamatórios não esteroidais, o naproxeno é contraindicado em pacientes com insuficiência cardíaca grave.

NAXOTEC não deve ser utilizado em pacientes com depuração de creatinina inferior a 30 ml/min. A segurança do uso deste

medicamento em crianças abaixo de dois anos não está estabelecida, portanto o seu uso em crianças nesta faixa etária é

contraindicado.

Este medicamento é contraindicado para crianças menores de 2 anos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

O uso concomitante de NAXOTEC com AINEs, incluindo inibidores seletivos da cicloxigenase-2, deve ser evitado. Efeitos adversos

podem ser minimizados usando a menor dose eficaz pelo menor tempo necessário para o controle dos sintomas.

Úlcera, sangramento e perfuração gastrintestinal

Todos os AINEs, incluindo o naproxeno, podem, em qualquer momento durante o tratamento, provocar sangramento, úlcera ou

perfuração gastrintestinal, com ou sem sinais de alerta ou história pregressa de eventos gastrintestinais graves. Nenhum estudo até o

momento excluiu o risco de úlcera péptica ou sangramento para qualquer grupo de pacientes.

Idosos tem uma frequência maior de eventos adversos aos AINEs, especialmente no que se refere a perfuração e sangramento

gastrintestinal que podem ser fatais. Pacientes debilitados parecem tolerar menos sangramentos e ulcerações. A maioria dos eventos

gastrintestinais fatais associados a AINEs ocorreram em pacientes idosos e/ou debilitados. O risco de sangramento, ulceração, ou

perfuração eleva-se com o aumento da dose dos AINEs em pacientes com histórico de úlcera, especialmente se complicada com

hemorragia ou perfuração, e nos idosos. Nesses pacientes, o tratamento deve ser iniciado com a menor dose disponível. A terapia

associada a agentes protetores (por ex.: misoprostol ou inibidores da bomba de prótons) deve ser considerada para estes pacientes e

também para aqueles que necessitem de tratamento concomitante com baixas doses de ácido acetilsalicílico ou outros fármacos

passíveis de aumentar o risco gastrintestinal.

Os AINEs devem ser administrados com cautela em pacientes com histórico de doença intestinal inflamatória (colite ulcerativa,

doença de Crohn), uma vez que esta condição pode ser exacerbada.

Pacientes com histórico de doença gastrintestinal, particularmente quando idosos, devem relatar quaisquer sintomas abdominais

incomuns (especialmente sangramento gastrintestinal), principalmente nos estágios iniciais do tratamento. O tratamento deverá ser

interrompido se ocorrer sangramento ou úlcera gastrintestinal.

NAXOTEC deve ser administrado sob monitoramento em pacientes com histórico de doenças gastrintestinais. Estudos abertos em

pacientes com artrite reumatoide com disfunção do trato gastrintestinal superior, e/ou intolerantes a outros AINEs comumente

utilizados demonstraram que o naproxeno geralmente é bem tolerado.

Assim como com outros AINEs, a incidência e gravidade de complicações gastrintestinais elevam-se com o aumento da dose e da

duração do tratamento com NAXOTEC.

É recomendado cuidado em pacientes que recebem medicações concomitantes que podem aumentar o risco de úlceras ou

sangramentos, como corticosteroides orais, anticoagulantes como varfarina, inibidores seletivos da recaptação de serotonina ou

agentes antiagregantes plaquetários, como ácido acetilsalicílico.

Reações cutâneas

Foram relatadas, raramente, reações cutâneas graves, incluindo dermatite esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise

epidérmica tóxica, relacionadas ao uso de AINEs. O maior risco desses eventos adversos parece ser no princípio do curso do

tratamento, com o aparecimento de reações ocorrendo no primeiro mês da terapia, na maior parte dos casos. NAXOTEC deve ser

descontinuado ao primeiro sinal de erupção cutânea, lesões de mucosa ou qualquer outro sinal de hipersensibilidade.

Reações anafilactoides

Reações de hipersensibilidade podem ocorrer em pacientes susceptiveis. Reações anafilactoides podem ocorrer em pacientes com ou

sem histórico de hipersensibilidade ou exposição ao ácido acetilsalicílico, outros AINEs ou derivados do naproxeno; bem como em

indivíduos com histórico de angioedema, hiper-reatividade bronquica (por ex.: asma), rinite e pólipos nasais. Reações anafilactoides

como a anafilaxia pode ter desfechos fatais.

Reações de broncoespasmo podem ser desencadeadas em pacientes com asma, doença alérgica ou sensibilidade ao ácido

acetilsalicílico, ou com antecedentes destas condições.

Efeitos renais

Comprometimento da função renal, insuficiência renal, nefrite intersticial aguda, hematúria, proteinúria, necrose papilar renal e

ocasionalmente síndrome nefrótica, foram relatados em associação ao uso de naproxeno.

Como no caso de outros AINEs, NAXOTEC deve ser usado com cautela em pacientes com a função renal comprometida ou com

histórico de doença renal, uma vez que o naproxeno é um inibidor da síntese de prostaglandinas. Deve-se ter cautela em pacientes com

condições que levem a uma redução no volume sanguíneo e/ou fluxo sanguíneo renal, pois as prostaglandinas renais colaboram para a

manutenção da perfusão renal. Nestes pacientes a administração de outros AINEs ou naproxeno pode provocar uma redução dose-

dependente na síntese de prostaglandinas renais e desencadear a descompensação renal manifesta ou insuficiência renal. Os pacientes

com maior risco para esta reação são aqueles com comprometimento da função renal, hipovolemia, insuficiência cardíaca, disfunção

hepática, depleção de sal, em uso de diuréticos e idosos. A interrupção do uso de NAXOTEC geralmente é seguida por recuperação da

condição pré-tratamento. NAXOTEC deve ser utilizado com muita cautela nestes pacientes, e recomenda-se o monitoramento da

creatinina sérica e/ou depuração de creatinina. Deve-se considerar a redução da dose diária para evitar a possibilidade de acúmulo

excessivo de metabólitos de naproxeno nestes pacientes.

Pacientes com valores basais da depuração de creatinina inferiores a 30 mL/min não devem utilizar NAXOTEC, devido ao acúmulo de

metabólitos de naproxeno observado nestes pacientes. A hemodiálise não diminui a concentração plasmática de naproxeno devido ao

alto grau de ligação as proteínas plasmáticas.

Efeitos hepáticos

Assim como com outros AINEs, pode ocorrer elevação das enzimas hepáticas. Alterações hepáticas podem ser provocadas mais por

hipersensibilidade do que de toxicidade direta. Foram relatadas reações cruzadas.

Reações hepáticas graves, incluindo icterícia e hepatite (com alguns casos fatais), têm sido relatadas com o uso deste fármaco e outros

AINEs.

Hematológico

Em exames para determinar o tempo de sangramento deve se levar em consideração que o naproxeno reduz a agregação plaquetária e

prolonga o tempo de sangramento. Pacientes com distúrbios da coagulação ou em tratamento medicamentoso que interfira na

hemostasia devem ser monitorados atentamente durante o uso de NAXOTEC. Pacientes com risco elevado de sangramento e aqueles

em anticoagulação plena (por ex.: derivados de dicumarol) apresentam maior risco de sangramento com a administração concomitante

de naproxeno.

Efeitos antipiréticos

As propriedades anti-inflamatórias e antipiréticas do naproxeno reduzem a febre e a inflamação, interferindo, portanto na utilidade

destes sinais diagnósticos.

Efeitos oculares

Nenhum estudo demonstrou alterações oculares atribuíveis ao uso de naproxeno. Em raros casos, distúrbios oculares adversos,

incluindo papilite, neurite óptica retrobulbar, papiledema, foram relatados em usuários de AINEs, incluindo naproxeno, apesar de não

poder ser estabelecida uma relação de causalidade; portanto, pacientes que desenvolverem distúrbios visuais durante o tratamento com

NAXOTEC devem ser submetidos à avaliação oftalmológica.

Retenção de sódio/líquidos em quadros cardiovasculares e edema periférico

Durante o uso de NAXOTEC, pacientes com comprometimento da função cardíaca podem ter maior risco de retenção de sódio, apesar

de não ter sido relatada tal alteração em estudos metabólicos com naproxeno.

Recomenda-se cautela em pacientes com histórico de hipertensão e/ou insuficiência cardíaca, pois há relatos de retenção de líquidos e

edema associados à terapia com AINEs. Edema periférico tem sido observado em pacientes em uso de naproxeno ou outros AINEs.

Precauções relacionadas à fertilidade

Qualquer substância que iniba a síntese da cicloxigenase/prostaglandinas pode prejudicar a fertilidade, não sendo recomendado seu

uso em mulheres que estejam tentando engravidar. Portanto, a interrupção do uso de NAXOTEC deve ser considerada em mulheres

com dificuldade de engravidar ou em investigação da infertilidade.

Associação com outros AINEs

A associação de NAXOTEC à outros AINEs não é recomendada devido aos riscos cumulativos de indução a eventos adversos graves

relacionados aos AINEs.

Gravidez e lactação

Gravidez

Categoria de risco na gravidez: C

Como com outros agentes semelhantes, o naproxeno provoca atraso no trabalho de parto em animais e também afeta o sistema

cardiovascular fetal (fechamento do ducto arterioso). Portanto, NAXOTEC não deve ser utilizado durante a gravidez, a não ser quando

estritamente necessário.

NAXOTEC não é recomendado durante o trabalho de parto, pois seu efeito inibitório sobre a síntese de prostaglandinas, pode afetar

adversamente a circulação fetal e inibir as contrações, aumentando, portanto o risco de hemorragia uterina.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Lactação

O ânion de naproxeno foi detectado no leite materno em uma concentração aproximada de 1% a encontrada no plasma. Devido aos

possíveis efeitos adversos dos medicamentos inibidores das prostaglandinas em recém-nascidos, o uso em lactantes não é

recomendado.

Capacidade para dirigir veículos e operar máquinas

Alguns pacientes podem sentir sonolência, vertigens, insônia ou depressão com o uso de naproxeno. Se forem observados estes ou

outros efeitos adversos semelhantes, recomenda-se cuidado ao exercer atividades que exijam atenção.

Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco

Pacientes idosos podem estar sob risco aumentado de apresentar efeitos indesejados aos AINEs, especialmente sangramento e

perfuração gastrintestinal, que podem ser fatais. A depuração do naproxeno é reduzida em idosos, portanto, é recomendada a utilização

da menor dose eficaz.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A administração concomitante com alimentos, antiácidos ou colestiramina pode retardar a absorção de naproxeno, no entanto, não

afeta sua extensão.

O naproxeno possui alta afinidade de ligação à albumina plasmática, possuindo portanto teoricamente potencial para interação com

outras drogas que se ligam à albumina plasmática, como os anticoagulantes cumarínicos, sulfonilureia, hidantoína, outros AINEs e

ácido acetilsalicílico. Pacientes em uso concomitantemente de hidantoína, sulfonamida ou sulfonilureia com NAXOTEC, devem ser

observados para ajuste da dose se necessário.

Apesar de não terem sido observadas interações relevantes nos estudos clínicos com naproxeno e anticoagulantes cumarínicos, os

AINEs podem aumentar o efeito de anticoagulantes, como a varfarina.

É necessário cautela ao se utilizar probenecida em associação ao naproxeno pois há relatos de que provoque elevação dos níveis

plasmáticos e aumento a meia-vida do naproxeno.

Há relatos de que o naproxeno e outras drogas inibidoras da síntese de prostaglandinas reduzem a depuração do metotrexato, e, assim,

possivelmente aumentam sua toxicidade. Portanto a administração concomitante de NAXOTEC e metotrexato deve ser feita com

cautela.

O naproxeno pode também inibir o efeito natriurético da furosemida, e reduzir o efeito anti-hipertensivo de betabloqueadores.

Foi relatado aumento das concentrações plasmáticas de lítio pelo efeito inibitório sobre a depuração renal.

No caso de uso concomitante de esteroides e havendo necessidade de reduzir ou interromper o uso de esteroides durante o tratamento

com naproxeno, a dose de esteroides deverá ser reduzida lentamente e os pacientes deverão ser observados cuidadosamente com

relação a qualquer evidência de efeitos adversos, incluindo insuficiência adrenal e exarcerbação dos sintomas de artrite.

Existe um risco maior de sangramento gastrintestinal quando o uso de agentes antiplaquetários ou inibidores seletivos da recaptação da

serotonina é associado ao uso de AINEs.

Interferências com testes laboratoriais

O naproxeno diminui a agregação plaquetária, prolongando o tempo de sangramento.

Sugere-se que o uso de NAXOTEC seja temporariamente interrompido 48 horas antes da realização de provas de função suprarrenal,

porque o naproxeno pode interferir em algumas provas para esteroides 17-cetogênicos. Do mesmo modo, o naproxeno pode interferir

na análise urinária do ácido 5-hidroxiindolacético (5-HIAA). Pode também provocar alterações nas provas de função hepática e

aumento da creatinina sérica.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Manter o produto em sua embalagem original e conservar em temperatura ambiente (entre 15º e 30ºC); proteger da luz e da umidade.

O prazo de validade é de 36 meses após a data de fabricação (vide cartucho).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico (comprimido 250 mg): comprimido circular, biconvexo, liso, branco.

Aspecto físico (comprimido 500 mg): comprimido circular, biconvexo, liso, branco.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

NAXOTEC deve ser administrado por via oral em jejum ou com as refeições. O comprimido deve ser ingerido com um pouco de

líquido, sem mastigar.

NAXOTEC deve ser utilizado na dose eficaz para a patologia apresentada e então reajustar de acordo com os benefícios e/ou eventos

adversos. Uma dose mais baixa deve ser considerada em pacientes com insuficiência renal, insuficiência hepática ou em pacientes

idosos.

Estados dolorosos crônicos com componente inflamatório

Por exemplo osteoartrite, artrite reumatoide e espondilite anquilosante. A dose recomendada é de NAXOTEC 250 mg ou 500 mg, duas

vezes ao dia (manhã e noite) ou uma dose diária única de 500 – 1.000 mg de manhã ou à noite.

Durante a administração prolongada, a dose de naproxeno pode ser reajustada. Uma dose diária menor pode ser suficiente para a

administração prolongada ou pode ser aumentada para 1.500 mg por dia quando for necessário um nível maior de atividade anti-

inflamatória /analgésica. As doses da manhã e da noite não precisam, necessariamente, ser idênticas. A administração da dose diária

dividida em três ou mais tomadas não interfere na resposta do medicamento.

Estados dolorosos agudos com componente inflamatório

Por exemplo para analgesia, dismenorreia, condições musculoesqueléticas agudas. A dose inicial é de NAXOTEC 500 mg, seguido

por NAXOTEC 250 mg a cada 6 – 8 horas, conforme a necessidade.

Crise de gota aguda

NAXOTEC pode ser usado numa dose inicial de 750 mg, seguida por 250 mg a cada 8 horas até que a crise tenha cedido.

Enxaqueca

Para o tratamento da enxaqueca aguda, a dose é de NAXOTEC 750 mg no primeiro sintoma de um ataque iminente. Após meia hora

da dose inicial pode ser utilizada uma dose adicional de NAXOTEC 250 mg a 500 mg no decorrer do dia, se necessário.

Para a profilaxia da enxaqueca, a dose de NAXOTEC é de 500 mg duas vezes ao dia. Se não ocorrer melhora dentro de 4 a 6 semanas,

o medicamento deve ser descontinuado.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Os seguintes efeitos adversos foram relatados com AINEs e naproxeno:

- gastrintestinais e hepáticas: estomatite ulcerativa, esofagite, úlceras pépticas, sangramento e/ou perfuração gastrintestinal,

especialmente em idosos, ulceração gastrintestinal não péptica, hematêmese, melena, azia, náuseas, vômitos, diarreia, flatulência,

constipação, dispepsia, dor abdominal, exacerbação de colite ulcerativa e da doença de Crohn, pancreatite, gastrite. Hepatite e

icterícia;

- infecciosas e imunológicas: meningite asséptica, reações anafilactoides;

- renais, urinárias e metabólicas: hipercalemia, hematúria, nefrite intersticial, síndrome nefrótica, doenças renais, insuficiência renal,

necrose renal papilar;

- hematológicas: agranulocitose, anemia aplástica, anemia hemolítica, eosinofilia, leucopenia, trombocitopenia;

- psiquiátricas e do sistema nervoso central: depressão, distúrbios do sono, insônia, vertigens, sonolência, cefaleia, neurite óptica

retrobulbar, disfunção cognitiva, convulsões, incapacidade de concentração;

- oculares: distúrbios visuais, opacidade da córnea, papilite, papiledema;

- ouvido e labirinto: distúrbios da audição, tinitos, vertigem, hipoacusia;

- cardiovasculares: palpitações, insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão, vasculite, falência cardíaca (associado com AINEs);

- dermatológicas: alopecia, necrólise epidérmica, equimoses, prurido, púrpura, erupções cutâneas e sudorese. Mais raramente necrólise

epidermal tóxica, eritema multiforme, reações bolhosas incluindo a Síndrome de Stevens-Johnson, eritema nodoso, liquen planus,

erupção fixa da droga, reação pustular, rash cutâneo, lúpus eritematoso sistêmico, urticária, reações de fotosensibilidade, incluindo

alguns casos raros de “pseudoporfiria” ou epidermólise bolhosa, edema angioneurótico. Se ocorrer fragilidade cutânea, formação de

bolhas ou outro sintoma sugestivo de pseudoporfiria, o tratamento deve ser descontinuado e o paciente monitorado;

- respiratórias: dispneia, edema pulmonar, asma, pneumonite eosinofílica;

- musculoesquelético e tecido conjuntivo: fraqueza muscular, mialgia;

- sistema reprodutor e mamas: distúrbios da fertilidade feminina;

- distúrbios gerais: edema, sede, pirexia (calafrios e febre), mal-estar;

- testes laboratoriais: alteração dos testes de função hepática, aumento da creatinina sérica.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.