Bula do Neocaina produzido pelo laboratorio Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
NEOCAÍNA®
0,5%
cloridrato de bupivacaína
Isobárica
Solução Injetável
Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
BULA PARA O PACIENTE
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
FORMA FARMACÊUTICA:
Solução injetável - 4 mL
APRESENTAÇÃO:
Caixa com 40 ampolas de 4 mL em estojos esterilizados.
USO INJETÁVEL – PARA RAQUIANESTESIA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada ampola de 4 mL contém:
cloridrato de bupivacaína ......................................................... 20 mg
veículo estéril q.s.p. .................................................................. 4 mL
(Veículo: cloreto de sódio, água para injetáveis).
(Contém ácido clorídrico e/ou hidróxido de sódio q.s.p. pH).
II - INFORMAÇÕES AO PACIENTE
1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO FOI INDICADO?
A NEOCAÍNA®
0,5% Isobárica está indicada para todas as técnicas de raquianestesia, como utilizadas em
cirurgias do abdome inferior- cirurgias ginecológicas; cirurgias urológicas; cirurgias vasculares; cirurgias
ortopédicas e outras.
Bloqueia a propagação do impulso nervoso através das fibras do sistema nervoso devido ao bloqueio do movimento dos íons
sódio para dentro das membranas nervosas.
A duração da anestesia é significativamente maior com bupivacaína do que com qualquer outro anestésico local comumente
usado. Tem sido observado também um período de analgesia que persiste mesmo depois da recuperação da sensibilidade,
reduzindo assim a necessidade de administração de outros analgésicos potentes.
As soluções de cloridrato de bupivacaína são contraindicadas em pacientes com conhecida hipersensibilidade a anestésicos
locais do tipo amida ou a outros componentes da fórmula.
As soluções de cloridrato de bupivacaína são contraindicadas em associação com anestesia regional intravenosa (Bloqueio de
Bier), uma vez que a passagem acidental de cloridrato de bupivacaína para a circulação pode causar reações de toxicidade
sistêmica aguda.
Cloridrato de bupivacaína 7,5mg/mL é contraindicado em pacientes obstétricas.
Os anestésicos locais são contraindicados em anestesia peridural em pacientes com hipotensão (pressão arterial baixa)
acentuada, tais como nos choques cardiogênico (dificuldade na contração do músculo cardíaco) e hipovolêmico (condição
onde o coração é incapaz de fornecer sangue suficiente para o corpo devido à perda de sangue e falta de nutrientes aos órgãos
nobres, distúrbio circulatório ou volume sanguíneo inadequado).
A bupivacaína é contraindicada em bloqueio anestésico paracervical obstétrico, pois podem causar bradicardia fetal
(diminuição da frequência cardíaca do feto) e morte.
As soluções de bupivacaína com epinefrina são contraindicadas em pacientes com conhecida hipersensibilidade aos
bissulfitos (ver Precauções).
O uso de bupivacaína na concentração de 0,75% não é recomendado para anestesia obstétrica.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
OS ANESTÉSICOS LOCAIS SOMENTE DEVERÃO SER ADMINISTRADOS POR PROFISSIONAIS EXPERIENTES
NO DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA TOXICIDADE DOSE-DEPENDENTE EMPREGADA, E DE OUTRAS
EMERGÊNCIAS AGUDAS QUE POSSAM SURGIR DO TIPO DE BLOQUEIO UTILIZADO, SOMENTE DEPOIS DE
SE ASSEGURAR A DISPONIBILIDADE IMEDIATA DE OXIGÊNIO, DROGAS VASOPRESSORAS,
EQUIPAMENTOS DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR E DE PESSOAL TREINADO NECESSÁRIO PARA
TRATAMENTO E CONTROLE DAS REAÇÕES TÓXICAS E EMERGÊNCIAS RELACIONADAS (VER TAMBÉM
REAÇÕES ADVERSAS E SUPERDOSAGEM).
A FALTA OU A DEMORA NO ATENDIMENTO DA TOXICIDADE DOSE-RELACIONADA DA DROGA E DA
HIPOVENTILAÇÃO, SEJA QUAL FOR O MOTIVO E/OU ALTERAÇÕES NA SENSIBILIDADE, PODERÁ LEVAR
AO DESENVOLVIMENTO DE ACIDOSE, PARADA CARDÍACA E POSSÍVEL ÓBITO.
Há relatos de casos de parada cardíaca ou morte durante o uso de cloridrato de bupivacaína e, em muitas situações, a
ressuscitação tem sido difícil ou impossível. Assim, os procedimentos anestésicos devem ser sempre realizados em áreas bem
equipadas e com pessoal treinado, onde devem estar facilmente disponíveis os equipamentos e medicamentos para o
monitoramento e ressuscitação de emergência.
Os pacientes com doença hepática avançada ou grave disfunção renal e idosos e pacientes em estado de saúde precário
requerem cuidados especiais.
A utilização do cloridrato de bupivacaína em criança abaixo de 12 anos não é recomendado pela possibilidade de produzir
toxicidade sistêmica nesses pacientes e em razão dos estudos de utilização da droga nessa faixa etária serem incompletos. A
critério médico, quando utilizada para bloqueio caudal nesses pacientes, deve-se diminuir sua dosagem.
Administração do cloridrato de bupivacaína em pacientes geriátricos tem maior probabilidade de produzir toxicidade
sistêmica. Por essa razão, deve-se diminuir a dosagem da droga nesses pacientes.
Dependendo da dose do anestésico local, pode haver um efeito muito leve na função mental e pode prejudicar
temporariamente a locomoção e coordenação, prejudicando a capacidade de dirigir autos e operar máquinas.
Como para qualquer outra droga, o cloridrato de bupivacaína somente deve ser usado durante a gravidez ou lactação se, a
critério médico, os benefícios potenciais superarem os possíveis riscos. Efeitos adversos fetais, devido aos anestésicos locais,
como bradicardia fetal, parecem estar mais aparente em anestesia de bloqueio paracervical. O cloridrato de bupivacaína passa
para o leite materno, mas em pequenas quantidades, geralmente, não há risco de afetar o neonato.
Soluções a 7,5 mg/mL não são recomendadas para anestesia obstétrica.
O cloridrato de bupivacaína deve ser usado com precaução em pacientes recebendo agentes estruturalmente relacionados
com anestésicos locais, uma vez que os efeitos tóxicos são aditivos.
Quando apropriado, os pacientes devem ser informados anteriormente da possibilidade de perda temporária da sensação e
atividade motora na rnetade inferior do corpo após administração de anestesia peridural ou caudal.
As soluções injetáveis de NEOCAÍNA®
0,25% - 0,50% - 0,75% com ou sem vasoconstritor contém o anestésico local
cloridrato de bupivacaína, associado ou não à epinefrina.
Deve-se evitar o uso de solução de anestésico local com epinefrina em anestesias nas áreas do corpo supridas por artérias
finas ou com comprometimento do suprimento sanguíneo, como dedos, nariz, ouvido externo, pênis, etc.
A segurança e a eficácia dos anestésicos locais dependem da dose adequada, técnica correta, precauções adequadas e da
rapidez no atendimento das emergências. Equipamento de reanimação cardiopulmonar, oxigênio e medicamentos de
reanimação devem estar disponíveis para uso imediato (Ver Cuidados, Reações Adversas e Superdosagem). Durante
bloqueios nervosos regionais maiores, é importante que o paciente esteja recebendo líquidos por via intravenosa, através de
cateter, para assegurar esta via de acesso. Deverá ser usada a dosagem mínima de anestésico que resulte em anestesia efetiva,
para evitar altos níveis plasmáticos e graves reações adversas.
A rápida injeção de grande volume de solução anestésica local deve ser evitada e doses fracionadas devem ser administradas
quando houver necessidade.
A CONCENTRAÇÃO DE 0,75% DE CLORIDRATO DE BUPIVACAÍNA NÃO É RECOMENDADA PARA A
ANESTESIA OBSTÉTRICA.
A NEOCAÍNA®
com vasoconstritor contém metabissulfito de sódio, um sulfito que pode causar um tipo de reação alérgica,
incluindo sintomas anafiláticos e episódios asmáticos, com risco de vida ou mais moderados, em pacientes suscetíveis. A
total prevalência da sensibilidade ao sulfito na população em geral é desconhecida e provavelmente baixa. Frequentemente, a
sensibilidade ao sulfito parece ser maior em pessoas asmáticas do que as não asmáticas.
As soluções de anestésicos locais contendo conservantes anti-microbianos (como por exemplo metilparabeno) não devem ser
usadas para anestesia espinhal porque a segurança dessas substâncias não foi estabelecida em relação à injeção intratecal
intencional ou acidental.
As soluções de bupivacaína que contenham vasoconstritores tais como a epinefrina, não deverão ser usadas simultaneamente
com drogas ocitócicas do tipo ergot, porque pode ocorrer uma hipertensão grave persistente.
lgualmente, soluções de bupivacaína que contenham vasoconstritores, tais como a epinefrina, deverão ser usadas com
extrema cautela em pacientes que estejam recebendo inibidores da monoaminoxidase (IMAO) ou antidepressivos dos tipos
triptilina e imipramina, porque poderá resultar em hipertensão grave e prolongada.
A mistura de bupivacaína com outros anestésicos locais ou a precedência ou a concomitância na administração com outros
anestésicos não é recomendada, pois ainda não existem dados suficientes no uso clínico sobre esse tipo de mistura.
Têm sido relatado parada cardíaca e óbito durante o uso de bupivacaína para anestesia regional intravenosa (Bloqueio de
Bier). Não se recomenda o uso de bupivacaína por esta técnica.
Pacientes com bloqueio cardíaco completo ou parcial, devido ao fato que anestésicos locais podem deprimir a condução
miocárdica.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
A injeção de repetidas doses de anestésico local pode causar aumentos significativos no nível plasmático com cada dose
repetida, devido ao lento acúmulo da droga ou de seus metabólitos ou à sua lenta degradação metabólica. A tolerância aos
elevados níveis sanguíneos varia com o estado do paciente. Em pacientes idosos e debilitados, pacientes com doenças agudas
e crianças, as doses devem ser reduzidas proporcionalmente em relação à idade e ao estado físico. Os anestésicos locais
devem também ser usados com precaução em pacientes com hipotensão ou bloqueio cardíaco.
Cuidadoso e constante monitoramento dos sistemas cardiovascular e respiratório (ventilação adequada), sinais vitais e o
estado de consciência do paciente devem ser acompanhados após cada injeção de anestésico local. Nestes casos deve-se levar
em consideração que: inquietação, ansiedade, fala incoerente, crises de ausência, entorpecimento e formigamento da boca e
lábios, gosto metálico, zumbidos, vertigens, visão nebulosa, tremores, contrações, depressão ou sonolência, podem ser sinais
prematuros de alerta de toxicidade no sistema nervoso central.
Os pacientes com doença vascular hipertensiva podem mostrar exagerada resposta vasoconstritora, resultando em isquemia
ou necrose.
Pelo fato de os anestésicos locais tipo amida, tais como a bupivacaína, serem metabolizados no fígado, essas drogas,
especialmente em doses repetidas, devem ser usadas com precaução em pacientes com doenças hepáticas.
Uso em áreas da cabeça e pescoço
Pequenas doses injetadas de anestésico local em regiões da cabeça e pescoço, dental e gânglio estrelado, podem produzir
reações adversas similares às da toxicidade sistêmica observadas com injeções intravasculares acidentais de grandes doses.
Os pacientes que recebem estes bloqueios devem ter sua circulação e respiração monitoradas e serem constantemente
observados. Equipamento de reanimação cardiopulmonar e pessoal treinado para o tratamento das reações adversas devem
estar imediatamente disponíveis. As doses recomendadas não devem ser excedidas (Ver Posologia).
Uso em cirurgia oftálmica
Médicos que realizam bloqueio retrobulbar devem estar cientes de que existem casos relatados de parada respiratória após
injeção do anestésico local.
Antes do bloqueio retrobulbar, assim como com todos os outros procedimentos regionais, deve-se assegurar a imediata
disponibilidade de equipamentos, drogas e pessoal treinado para monitorar possíveis paradas ou depressões respiratórias,
convulsões e estimulação ou depressão cardíaca (Ver Cuidados e Uso em Áreas da Cabeça e Pescoço).
A concentração de 0,75% de cloridrato de bupivacaína é indicada para bloqueio retrobulbar. Porém, esta concentração não é
indicada para nenhum outro bloqueio periférico nervoso, incluindo o nervo facial, e não é indicada para infiltração local,
incluindo a conjuntiva (Ver lndicações e Precauções). A mistura de cloridrato de bupivacaína com outro anestésico local não
é recomendada devido à insuficiência de dados para o uso clínico destas misturas.
Quando o cloridrato de bupivacaina 0,75% for usado em bloqueio retrobulbar, a anestesia completa da córnea precede o
início da acinesia muscular ocular externa, clinicamente aceitável. Dessa forma, a presença de acinesia antes da anestesia
determina a disponibilidade do paciente para a cirurgia.
Carcinogenicidade, mutagenicidade e diminuição da fertilidade
Não foram realizados estudos longos em animais com os anestésicos locais, incluindo-se a bupivacaína, para a avaliação do
potencial carcinogênico. O potencial mutagênico e o de diminuição da fertilidade não foram ainda estabelecidos. Não
existem dados baseados em seres humanos que determinem que o cloridrato de bupivacaína seja carcinogênico, mutagênico
ou que diminua a fertilidade.
Uso na gravidez: Categoria C
Não existem estudos bem conduzidos e adequados em mulheres grávidas sobre o efeito da bupivacaína no feto em formação.
O cloridrato de bupivacaína somente deve ser usado durante a gravidez se, a critério médico, os benefícios potenciais
superarem os possíveis riscos. lsto não exclui o uso de cloridrato de bupivacaína a termo em anestesia obstétrica ou
analgesia (Ver Trabalho de Parto e Parto).
Trabalho de parto e parto
Ver cuidados em relação ao uso de bupivacaína 0,75% em obstetrícia.
A bupivacaína é contraindicada para bloqueio anestésico para-cervical em paciente obstétrico.
Os anestésicos locais atravessam rapidamente a placenta e quando usados para bloqueio anestésico peridural, caudal ou
pudendo, podem causar diferentes graus de toxicidade materna, fetal e ao recém-nascido. A incidência e o grau de toxicidade
dependem do procedimento realizado, do tipo e quantidade da droga usada e da técnica de administração da droga. As
reações adversas na gestante, feto e recém-nascido, envolvem alterações no sistema nervoso central, no tônus vascular
periférico e na função cardíaca.
A hipotensão materna é uma consequência da anestesia regional. Os anestésicos locais produzem vasodilatação por bloqueio
dos nervos simpáticos.
A elevação dos membros inferiores e o decúbito lateral esquerdo da paciente ajudam a prevenir a queda na pressão
sanguínea.
O ritmo cardíaco fetal também deve ser monitorado constantemente e o monitoramento eletrônico fetal é aconselhável.
A anestesia peridural, espinhal, paracervical ou pudendo pode alterar as contrações durante o trabalho de parto por mudanças
na contratilidade uterina ou na força de expulsão.
O uso de anestésicos locais durante o trabalho de parto e o parto, pode ser seguido de diminuição da força e do tônus
muscular durante o primeiro e segundo dia de vida do recém-nascido. Isto não foi observado com o uso da bupivacaína. É
muito importante evitar a compressão aorto-cava pelo útero gravídico durante a administração do bloqueio regional em
gestantes. Para isto, a paciente deve ser mantida em decúbito lateral esquerdo, ou então deverá ser colocado um travesseiro
ou um cobertor enrolado debaixo do quadril direito, e o útero desviado para esquerda.
Amamentação
Não se sabe se as drogas anestésicas locais são excretadas no leite humano.
Devido ao fato de muitas drogas serem excretadas no leite humano, precauções devem ser tomadas quando anestésicos locais
são administrados a mulheres que estejam amamentando.
Uso pediátrico
0,25% e 0,50% sem vasoconstritor e com vasoconstritor:
A utilização de bupivacaína em crianças abaixo de 12 anos não é recomendada pela possibilidade de produzir toxicidade
sistêmica nesses pacientes, e em razão dos estudos de utilização da droga nessa faixa etária serem incompletos. A critério
médico, quando utilizada para bloqueio caudal nesses pacientes, deve-se diminuir sua dosagem.
Pacientes idosos
Pacientes idosos são em geral mais sensíveis aos efeitos tóxicos sistêmicos. O uso nesses pacientes deverá ser cauteloso e as
doses deverão ser reduzidas.
Interações Medicamentosas
A administração de anestésicos locais contendo epinefrina ou norepinefrina a pacientes que estejam recebendo inibidores da
monoaminoxidase ou antidepressivos tricíclicos, poderá produzir hipertensão grave prolongada.
O uso simultâneo desses agentes deve ser evitado. Nas situações em que essa terapia simultânea seja necessária, o
monitoramento cuidadoso do paciente será essencial.
A administração simultânea de drogas vasopressoras e drogas ocitócicas do tipo ergot poderá causar hipertensão grave
persistente ou acidentes cerebrovasculares.
As fenotíazinas e as butirofenonas podem reduzír ou reverter o efeito pressor da epinefrina.
Arritmias cardíacas graves podem ocorrer se preparações contendo um vasoconstritor, como a epinefrina, são empregadas
durante ou após a administração de anestésicos inalatórios como clorofórmio, halotano, ciclopropano e tricloroetileno.
5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESSE MEDICAMENTO?
Conservar o produto em temperatura ambiente, entre 15º e 30ºC, protegido da luz.
O prazo de validade do produto é de 18 meses para a solução com vasoconstritor e de 36 meses para sem vasoconstritor, a
partir da data de fabricação, sendo que após este prazo de validade o produto pode não apresentar mais efeito terapêutico.
Características físicas e organolépticas: solução límpida, essencialmente livre de partículas.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Conservar o produto em temperatura ambiente, entre 15 e 30ºC, protegido da luz.
O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação, sendo que após este prazo de validade o produto
pode não apresentar mais efeito terapêutico. Não utilize medicamento vencido.
A NEOCAÍNA®
0,5% Isobárica não deve ser armazenada em contato com metais, porque o anestésico local
promove a ionização do metal, liberando íons na solução que podem ocasionar irritação tissular no local da injeção.
Após a abertura da ampola, a solução deverá ser usada imediatamente, descartando o eventual volume não utilizado.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”
Características físicas e organolépticas:
Solução límpida, essencialmente livre de partículas, incolor ou quase incolor.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
A dosagem de qualquer anestésico local varia com o procedimento anestésico, a área a ser anestesiada, a duração desejada da
anestesia, a tolerância individual e condições físicas do paciente.
Deverá ser usada a mínima dose de anestésico que resulte em efetiva anestesia. As dosagens de cloridrato de bupivacaína
deverão ser reduzidas para pacientes jovens, idosos e debilitados e para pacientes com doenças cardíacas e/ou hepáticas.
lnjeção rápida de grande volume de solução de anestésico local deve ser evitada, devendo ser usadas doses adicionais
fracionadas.
Nas doses recomendadas, a bupivacaína produz completo bloqueio sensitivo, mas o efeito na função motora difere entre as 3
concentrações.
A duração da anestesia com bupivacaína é tal que, para a maioria das indicações, urna dose única é suficiente.
O limite máximo de dosagem deve ser individualizado em cada caso após avaliação da estatura e estado físico do paciente,
bem como o habitual índice de absorção sistêmica do local da injeção.
Deve-se ter muito cuidado para prevenir reações tóxicas agudas, evitando-se injeções intravasculares. É recomendada a
aspiração cuidadosa antes e durante a injeção.
A dose máxima recomendada de cloridrato de bupivacaína em um período de 4 horas é de 2mg/kg de peso até 150mg em
adultos.
As doses da tabela têm geralmente provado ser satisfatórias e são recomendadas como um guia para uso no adulto médio.
Estas doses devem ser reduzidas para jovens, idosos e pacientes debilitados.
Concentrações e doses recomendadas de cloridrato de bupicacaína:
tipo de bloqueio concentração
cada dose
bloqueio motor 1
mL mg
At€ o m•ximo At€ o m•ximo ***
Infiltra‚ƒo local
0,25% 4
5 - 60 100 ***
0,50% 4
5 - 30 150 ***
Peridural
0,75% 2,4
10 - 20 75 - 150 Completo
10 - 30 50 - 150 Moderado a completo
10 - 30 25 - 75 Parcial a moderado
Caudal*
4 - 30 20 - 150 Moderado a completo
4 - 30 10 - 75 Moderado
Nervos perif€ricos
5 - 30 50 - 150 Moderado a completo
Retrobulbar 3
0,75% 4
2 - 4 15 - 30 Completo
Simp•tico 0,25% 20 - 50 50 - 125 ***
Dose teste 0,5% com epinefrina 2 - 3
10 - 15
(ver Precau‚„es)
***
Fonte: Vane LA et all. Manual de F•rmacos para anestesia. Sociedade Brasileira de Anestesiologia. 2006.
1
Com t€cnicas cont…nuas (intermitentes), doses repetidas aumentam o grau do bloqueio motor. A primeira dose repetida de
0,5% pode produzir completo bloqueio motor. Bloqueio do nervo intercostal com 0,25% pode tamb€m produzir completo
bloqueio motor para cirurgia intra-abdominal.
2
Usar para dose †nica, nƒo por t€cnica peridural intermitente (cateter). Nƒo usar para anestesia obst€trica.
3
Ver Precau‚„es.
4
Solu‚„es com ou sem epinefrina.
* Em crian‚as, adequar a dose e volume para o peso (0,4 – 1mL/Kg. Solu‚ƒo a 0,25%).
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa
o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Uma vez que este medicamento € administrado por um profissional da sa†de em ambiente hospitalar, nƒo dever• ocorrer
esquecimento do seu uso.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião-dentista.
As rea‚„es adversas ˆ bupivaca…na sƒo as caracter…sticas daquelas associadas com outros anest€sicos locais do tipo amida.
A principal causa das rea‚„es adversas desse grupo de drogas € o alto n…vel plasm•tico que pode ser devido ˆ superdosagem,
inje‚ƒo intravascular acidental ou degrada‚ƒo metab‰lica lenta.
As rea‚„es adversas, em geral, podem ser em virtude da quantidade de bupivaca…na que chega ao sangue, por uma absor‚ƒo
grande ou inje‚ƒo intravascular inadvertida, ou por um n…vel alto de bloqueio, no caso da anestesia peridural e raquianestesia.
Toxicidade aguda sistêmica:
Hipoventilação ou apneia (parada respiratória), hipotensão, náuseas, vômito (peridural ou raquianestesia total ou alta),
vertigem, síncope, sudorese excessiva.
Reações alérgicas:
A reação alérgica mais grave e possível é o choque anafilático. As alergias podem ser pela sensibilidade ao anestésico local
ou aos outros componentes da fórmula, tal como o conservante antimicrobiano metilparabeno, ou sulfitos contidos nas
soluções com epinefrina, e podem ser: urticária, prurido, eritema, edemas angioneuróticos (incluindo edema de laringe),
taquicardia, corrimento nasal, sintomatologia anafilactoide (incluindo hipotensão grave).
Sistema nervoso central (reações neurológicas):
Excitação e/ou depressão, sonolência, inconsciência, agitação, ansiedade, vertigens, zumbidos, visão nebulosa ou tremores,
convulsões, calafrios, constrição das pupilas, retenção urinária, incontinência fecal e urinária, perda de sensação perineal e
função sexual, anestesia persistente, formigamento, fraqueza, paralisia das extremidades inferiores, cefaleia, lombalgia,
meningite séptica, meningismo, demora no trabalho de parto, com aumento na incidência de parto por fórceps; paralisia dos
nervos cranianos, pela tração nos nervos devido à perda do líquido cefalorraquidiano.
Sistema cardiovascular:
Depressão do miocárdio, diminuição do débito cardíaco, bloqueio do coração, hipotensão, bradicardia (frequência cardíaca
baixa), arritmias e parada cardíaca.
Relação das incidências das reações adversas em ordem de frequência:
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através de seu serviço de atendimento.
MEDICAMENTO?
SUPERDOSAGEM:
As emergências agudas causadas por anestésicos locais estão geralmente relacionadas com altos níveis plasmáticos
encontrados durante o uso terapêutico dos anestésicos locais, ou à injeção acidental subaracnóidea da solução
anestésica.
CONDUTA NAS EMERGÊNCIAS DECORRENTES DO USO DE ANESTÉSICOS LOCAIS
A primeira consideração é a prevenção, através de cuidadoso e constante monitoramento dos sinais vitais
respiratórios e cardiovasculares e do estado de consciência do paciente, após cada injeção do anestésico local. Ao
primeiro sinal de alteração, deverá ser imediatamente administrado oxigênio.
O primeiro passo no controle das reações tóxicas sistêmicas, como também na hipoventilação ou na apneia
decorrentes de bloqueio espinhal alto ou total, consiste no estabelecimento IMEDIATO de acesso para a
manutenção das vias aéreas e de uma ventilação efetiva, assistida ou controlada, com 100% de oxigênio, com um
sistema de liberação capaz de permitir uma pressão positiva e imediata das vias aéreas por meio do uso de máscara.
Isto deverá prevenir as convulsões caso ainda não tenham ocorrido.
Se necessário, usar fármacos para controlar as convulsões. Uma dose de 50 a 100 mg intravenosa em bolus, de
succinilcolina, irá paralisar o paciente sem deprimir o sistema nervoso central nem o sistema cardiovascular, e irá
facilitar a ventilação. Uma dose intravenosa em bolus de 5 a 10 mg de diazepam ou de 50 a 100 mg de tiopental irá
permitir a ventilação e contrabalançar o estímulo do sistema nervoso central. Porém esses fármacos também
deprimem o sistema nervoso central e as funções respiratória e cardíaca, e a depressão obstétrica, podendo resultar
em apneia. Barbitúricos intravenosos, agentes anticonvulsivantes ou relaxantes musculares somente deverão ser
administrados por quem esteja familiarizado com o seu uso.
Imediatamente após o estabelecimento dessas medidas para ventilação, a adequação da circulação deverá ser
também avaliada. O tratamento de suporte para depressão circulatória poderá requerer a administração intravenosa
de líquidos e quando necessário a administração de um vasopressor, de acordo com a situação clínica (como a
efedrina ou a epinefrina para aumentar a força de contração do miocárdio).
Se ocorrer fibrilação ventricular ou parada cardíaca, deve-se realizar manobras efetivas de reanimação. Deve-se
considerar a necessidade de epinefrina em repetidas doses e bicarbonato de sódio o mais rápido possível.
A hipotensão devido ao relaxamento simpático pode ser controlada administrando líquidos intravenosamente (como
cloreto de sódio 0,9% ou Ringer Lactato) como tentativa de aliviar a obstrução mecânica do retorno venoso, ou pelo
uso de vasopressores (tais como a efedrina, que aumenta a força de contração do miocárdio) e, se indicado,
administrando expansores do plasma ou sangue total.
A intubação endotraqueal, empregando drogas e técnicas conhecidas do médico, pode ser indicada após a
administração inicial de oxigênio através de máscara, caso seja encontrada alguma dificuldade na manutenção de
acesso às vias aéreas, ou caso o suporte ventilatório prolongado (assistido ou controlado) venha ser indicado.
Dados clínicos recentes, de pacientes que apresentaram convulsões provocadas pelo uso de anestésicos locais,
demonstraram rápido desenvolvimento de hipóxia, hipercabia e acidose com a bupivacaína, a partir de um minuto
após o início das convulsões. Estas observações sugerem que o consumo de oxigênio e a produção de dióxido de
carbono estão muito aumentados durante as convulsões e enfatizam a importância de uma ventilação imediata e
efetiva com oxigênio para evitar a parada cardíaca.
Se não tratadas imediatamente, as convulsões, junto com a hipóxia simultânea, hipercabia e a acidose, mais a
depressão do miocárdio, poderão resultar em arritmia cardíaca, bradicardia, assistolia, fibrilação ventricular ou
parada cardíaca. Podem ocorrer anormalidades respiratórias, incluindo apneia.
Hipoventilação e apneia, devidas a um bloqueio espinhal alto ou total, podem produzir os mesmos sinais e sintomas
e podem também levar a uma parada cardíaca caso o suporte ventilatório não seja instituído. Caso a parada cardíaca
ocorra, as medidas de ressuscitação cardiopulmonar deverão ser instituídas e mantidas ou prolongadas por um longo
período, se necessário. Têm sido notificadas recuperações, inclusive após longos esforços para ressuscitação.
A posição supina é perigosa em mulheres grávidas a termo, por causa da compressão aorto-cava pelo útero
gravídico. Portanto, durante o tratamento de toxicidade sistêmica, hipotensão materna, ou bradicardia fetal,
decorrente de bloqueio regional, a gestante deverá ser mantida em posição de decúbito lateral, se possível, ou deverá
ser efetuado o deslocamento manual do útero, para distanciá-lo dos grandes vasos.
A dosagem média convulsionante de bupivacaína determinada em macacos Rhesus foi de 4,4 mg/kg com uma
concentração plasmática média de 4,5 mcg/mL.
A DL50 intravenosa e subcutânea em camundongos é de 6 mg/kg a 8 mg/kg e de 38 mg/kg a 54 mg/kg,
respectivamente.
“Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a
embalagem ou a bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.”
III – DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
USO RESTRITO A HOSPITAIS
MS N.º 1.0298.0053
Farm. Resp.: Dr. José Carlos Módolo CRF-SP N.º 10.446
Registrado por: CRISTÁLIA Prod. Quím. Farm. Ltda.
Rod. Itapira-Lindóia, km 14 - Itapira-SP
CNPJ nº 44.734.671/0001-51 - Indústria Brasileira
Fabricado por: CRISTÁLIA Prod. Quím. Farm. Ltda.
Av. Nossa Senhora da Assunção, 574 - Butantã - São Paulo-SP
CNPJ nº 44.734.671/0008-28 - Indústria Brasileira
Nº do lote, data de fabricação e prazo de validade: vide rótulo
SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente): 0800 701 19 18
“Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 11/12/2014”
Anexo B
Histórico de alteração da bula
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera a bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
Número do
Expediente
Assunto Data do
Assunto Data de
aprovação
Itens de bula Versões
(VP /
VPS)
Apresentações
relacionadas
11/12/2014 10450–
SIMILAR -
Notificação de
Alteração de
Texto de Bula
– RDC 60/12
11/12/2014 ------ ------ 10450–
8. POSOLOGIA
E MODO DE
USAR VP e
VPS
Caixa com 40 ampolas
de 4 mL em estojos
esterilizados.
30/06/2014 10450–
30/06/2014 ------ ------ 10450–
Para Bula de
Neocaína
Isobárica 0,5%:
Todos os itens
foram alterados
para adequação
à RDC 47/09
VP e
NEOCA€NA•
0,25% - 0,50% - 0,75%
COM VASOCONSTRITOR
SEM VASOCONSTRITOR
Crist‚lia Produtos Quƒmicos Farmac„uticos Ltda.
Solu…†o Injet‚vel – frasco ampola de 20mL
BULA DO PACIENTE
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
NEOCAÍNA®
cloridrato de bupivacaína
Sem vasoconstritor
Com hemitartarato de epinefrina
1:200.000 em epinefrina
FORMA FARMACÊUTICA:
Solução Injetável.
APRESENTAÇÃO:
Solução injetável sem vasoconstritor:
0,25% - Embalagens contendo 10 frascos-ampola de 20mL em estojo esterilizado.
0,50% - Embalagens contendo 10 frascos-ampola de 20mL.
Embalagens contendo 10 frascos-ampola de 20mL em estojo esterilizado.
0,75% - Embalagens contendo 10 frascos-ampola de 20mL em estojo esterilizado.
Solução injetável com epinefrina 1:200.000:
0,50% - Embalagens contendo 10 frascos-ampola de 20mL em estojo esterilizado.
PARA INFILTRAÇÃO, BLOQUEIO NERVOSO, ANESTESIA CAUDAL E PERIDURAL.
NÃO ESTÁ INDICADO PARA RAQUIANESTESIA.
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada mL contém: SEM vasoconstritor COM vasoconstritor
0,25% 0,50% 0,75% 0,25% 0,50% 0,75%
cloridrato de bupivacaína 2,5mg 5,0mg 7,5mg 2,5mg 5,0mg 7,5mg
hemitartarato de epinefrina ___ ___ ___ 9,1µg* 9,1µg* 9,1µg*
veículo estéril q.s.p. 1mL 1mL 1mL 1mL 1mL 1mL
*equivalente a 5µg de epinefrina
(Veículo NEOCAÍNA®
sem vasoconstritor: cloreto de sódio, metilparabeno, água para injetáveis).
com vasoconstritor: cloreto de sódio, edetato de sódio, bicarbonato de sódio, metilparabeno,
metabissulfito de sódio, água para injetáveis).
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Este medicamento é destinado para o tratamento e profilaxia de dores causadas por processos cirúrgicos, sendo indicado para
anestesiar localmente o organismo por longa duração em processos operatórios e para inibir a dor causada após os
procedimentos cirúrgicos. É indicado também para processos obstetrícios como trabalho de parto.
Somente as concentraçöes de 0,25% e 0,50% são indicadas para anestesia obstétrica.
MEDICAMENTO?
Este é um medicamento que deve ser aplicado por um médico. Os sintomas podem começar com uma dormência nos lábios
ou língua, tonturas, hiperacusia (dificuldade em tolerar sons), zumbido, hipotensão e bradicardia. Estes sintomas não devem
ser confundidos com sintomas neuróticos.
Em virtude da possível gravidade da reação adversa que possa acontecer, o médico deve ser imediatamente consultado para
se tomar as medidas cabíveis.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem
ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.