Bula do Neosemid produzido pelo laboratorio Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Neosemid®
– comprimido – Bula para o profissional da saúde
NEOSEMID®
(Furosemida)
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.
Comprimido
40mg
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
furosemida
APRESENTAÇÃO
Comprimido 40mg: embalagem contendo 20 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
furosemida........................................................................................................................40mg
Excipientes q.s.p...................................................................................................1 comprimido
(celulose microcristalina, lactose, estearato de magnésio, povidona e amidoglicolato de sódio)
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é destinado ao tratamento de:
- hipertensão arterial leve a moderada;
- edema devido a distúrbios cardíacos, hepáticos e renais.
- edema devido a queimaduras.
O uso da furosemida tem indicação desde o período neonatal (Benitz et al, 1995) até a idade adulta
(Avery,1981) nos casos de edema das mais variadas formas, insuficiência cardíaca, indução de diurese e
crises hipertensivas.
O estudo de Magrini F et al. (1987) confirma a eficácia de furosemida nos casos de insuficiência cardíaca e
aumento da resistência vascular coronariana. O estudo de Paterna S. et al (1999) também mostrou, com muita
propriedade, a eficácia e a boa tolerabilidade de furosemida no tratamento de 30 pacientes adultos, com
idades entre 65 e 85 anos portadores de insuficiência cardíaca congestiva. Este efeito também foi
demonstrado no estudo de Gottlieb SS et al. (1998).
O benefício e a segurança do uso de furosemida em 46 crianças que foram submetidas a cirurgias cardíacas e
usaram de forma contínua o medicamento furosemida foram confirmadas no estudo randomizado de Klinge
JM et al. (1997).
O estudo randomizado de Van der Vorst MM et al (2006), envolvendo 44 pacientes portadores de
insuficiência cardíaca nos graus III e IV, demonstrou que furosemida via oral também é eficaz, mesmo em
quadros graves, como os envolvidos no estudo. Assim como no estudo de Paterna S et al (1999), Eterno FT et
al. (1998) confirmaram que o uso de diuréticos como a furosemida melhora a compensação cardíaca, reduz
edemas e melhora, em curto prazo, a capacidade física e a qualidade de vida dos pacientes.
Mecanismo de ação
A furosemida é um diurético de alça que produz um efeito diurético potente com início de ação rápido e de
curta duração. A furosemida bloqueia o sistema cotransportador de Na+
K+
2Cl-
localizado na membrana
celular luminal do ramo ascendente da alça de Henle; portanto, a eficácia da ação salurética da furosemida
depende do fármaco alcançar o lúmen tubular via um mecanismo de transporte aniônico. A ação diurética
resulta da inibição da reabsorção de cloreto de sódio neste segmento da alça de Henle. Como resultado, a
excreção fracionada de sódio pode alcançar 35% da filtração glomerular de sódio. Os efeitos secundários do
aumento da excreção de sódio são excreção urinária aumentada (devido ao gradiente osmótico) e aumento da
secreção tubular distal de potássio. A excreção de íons cálcio e magnésio também é aumentada.
A furosemida interrompe o mecanismo de retorno (feedback) do túbulo glomerular da mácula densa, com o
resultado de não atenuação da atividade salurética. A furosemida causa estimulação dose-dependente do
sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Na insuficiência cardíaca, a furosemida produz uma redução aguda da pré-carga cardíaca (pela dilatação da
capacidade venosa). Este efeito vascular precoce parece ser mediado por prostaglandina e pressupõe uma
função renal adequada com ativação do sistema renina-angiotensina e síntese de prostaglandina intacta. Além
disso, devido ao seu efeito natriurético, a furosemida reduz a reatividade vascular das catecolaminas, que é
elevada em
pacientes hipertensos.
A eficácia anti-hipertensiva da furosemida é atribuída ao aumento da excreção de sódio, redução do volume
sanguíneo e redução da resposta do músculo liso vascular ao estímulo vasoconstritor.
Propriedades farmacodinâmicas
O efeito diurético da furosemida ocorre dentro de 15 minutos após a administração da dose intravenosa e
dentro de 1 hora após a administração da dose oral.
O aumento dose-dependente da diurese e natriurese foi demonstrado em indivíduos sadios recebendo doses de
furosemida de 10mg até 100mg. A duração da ação é de aproximadamente 3 horas após uma dose intravenosa
de 20mg e de 3 a 6 horas após uma dose oral de 40mg em indivíduos sadios.
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O efeito da furosemida é reduzido, caso ocorra diminuição da secreção tubular ou da ligação da albumina
intratubular ao fármaco.
Propriedades farmacocinéticas
A furosemida é rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal. O Tmáx é de 1 a 1,5 horas para os
comprimidos de 40mg. A absorção do fármaco demonstra grande variabilidade intra e interindividual.
A biodisponibilidade da furosemida em voluntários sadios é de aproximadamente 50% a 70% para os
comprimidos. Em pacientes, a biodisponibilidade do fármaco é influenciada por vários fatores incluindo
doenças de base, e pode ser reduzida a 30% (por exemplo, na síndrome nefrótica).
A influência da administração concomitante de alimentos na absorção da furosemida depende da forma
farmacêutica.
O volume de distribuição de furosemida é de 0,1 a 0,2 litros por kg de peso corpóreo. O volume de
distribuição pode ser maior dependendo da doença de base.
A furosemida liga-se fortemente às proteínas plasmáticas (mais de 98%), principalmente à albumina.
A furosemida é eliminada principalmente na forma de fármaco inalterado, primariamente pela secreção no
túbulo proximal. Após administração intravenosa, 60 a 70% da dose de furosemida é excretada desta forma. O
metabólito glucurônico da furosemida equivale a 10 a 20% das substâncias recuperadas na urina. O restante
da dose é excretado nas fezes, provavelmente após secreção biliar.
A furosemida é excretada no leite materno. A furosemida atravessa a barreira placentária e é transferida ao
feto lentamente. Por esta razão, observa-se no feto e no recém-nascido as mesmas concentrações de
furosemida que na mãe.
Populações especiais
Insuficiência renal: a biodisponibilidade da furosemida não é alterada em pacientes com insuficiência renal
terminal. Em insuficiência renal, a eliminação de furosemida é diminuída e a meia-vida prolongada; a meia-
vida terminal pode ser de até 24 horas em pacientes com insuficiência renal severa.
Na síndrome nefrótica, a redução na concentração das proteínas plasmáticas leva à concentrações mais altas
de furosemida livre. Por outro lado, a eficácia de furosemida é reduzida nestes pacientes devido à ligação
intratubular da albumina e diminuição da secreção tubular.
A furosemida é pouco dialisável em pacientes sob hemodiálise, diálise peritoneal e CAPD (Diálise Peritonial
Ambulatorial Contínua).
Insuficiência Hepática: em insuficiência hepática, a meia-vida de furosemida é aumentada em 30% a 90%,
principalmente devido ao maior volume de distribuição. Além disso, neste grupo de pacientes existe uma
ampla variação em todos os parâmetros farmacocinéticos.
Idosos, insuficiência cardíaca congestiva e hipertensão severa: em pacientes com insuficiência cardíaca
congestiva, hipertensão severa ou em pacientes idosos, a eliminação de furosemida é diminuída devido à
redução na função renal.
Pacientes pediátricos: em crianças prematuras ou nascidas à termo, dependendo da maturidade dos rins, a
eliminação de furosemida pode estar diminuída. O metabolismo do fármaco também é reduzido caso a
capacidade de glucuronização da criança esteja prejudicada. A meia-vida terminal é menor do que 12 horas
em crianças com mais de 33 semanas de idade pós-concepção. Em crianças com 2 meses ou mais, o clearance
terminal é o mesmo dos adultos.
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não deve ser usado em pacientes com:
-insuficiência renal com anúria;
-pré-coma e coma associado à encefalopatia hepática;
-hipopotassemia severa;
-hiponatremia severa;
-hipovolemia (com ou sem hipotensão) ou desidratação;
-hipersensibilidade à furosemida, às sulfonamidas ou a qualquer componente da fórmula.
Este medicamento é contraindicado para uso por lactantes.
Não há contraindicação relativa a faixas etárias.
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O fluxo urinário deve ser assegurado. Em pacientes com obstrução parcial do fluxo urinário (por exemplo: em
pacientes com alterações de esvaziamento da bexiga, hiperplasia prostática ou estreitamento da uretra), a
produção aumentada de urina pode provocar ou agravar a doença. Deste modo, estes pacientes necessitam de
monitorização cuidadosa, especialmente durante a fase inicial do tratamento.
O tratamento com Neosemid®
necessita de supervisão médica regular. O monitoramento cuidadoso é
particularmente necessário em pacientes com:
-hipotensão
-indesejável diminuição pronunciada na pressão arterial constituir-se-ia em um risco especial (ex.: estenoses
significantes de artérias coronárias ou de vasos cerebrais);
-diabetes mellitus latente ou manifesta;
-gota ou hiperuricemia (controle regular de ácido úrico);
-síndrome hepatorenal, isto é, comprometimento da função renal associado com doença hepática severa;
-hipoproteinemia, ex.: associada à síndrome nefrótica (o efeito da furosemida pode ser atenuado e sua
ototoxicidade potencializada). É recomendada a titulação cuidadosa das doses da furosemida.
Durante o tratamento com a furosemida é geralmente recomendada a monitorização regular dos níveis de
sódio, potássio e creatinina séricos; é necessária monitorização particularmente cuidadosa em casos de
pacientes com alto risco de desenvolvimento de alterações eletrolíticas ou em caso de perda adicional
significativa de fluidos (por exemplo, devido a vômitos, diarreia ou suor intenso). Hipovolemia ou
desidratação, bem como qualquer alteração eletrolítica ou ácido-base significativas devem ser corrigidas. Isto
pode requerer a descontinuação temporária da furosemida.
Gravidez e lactação: a furosemida atravessa a barreira placentária. Portanto, não deve ser administrada
durante a gravidez a menos que estritamente indicada e por curtos períodos de tempo. O tratamento durante a
gravidez requer monitorização do crescimento fetal.
A furosemida passa para o leite e pode inibir a lactação. As mulheres não devem amamentar se estiverem
sendo tratadas com furosemida.
Categoria de risco na gravidez: categoria C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.
Populações especiais
Pacientes idosos: a eliminação de furosemida é diminuída devido à redução na função renal.
A ação diurética da furosemida pode levar ou contribuir para hipovolemia e desidratação, especialmente em
pacientes idosos. A depleção grave de fluidos pode levar a hemoconcentração com tendência ao
desenvolvimento de tromboses.
Crianças: o monitoramento cuidadoso é necessário em crianças prematuras devido ao possível
desenvolvimento de nefrolitíase e nefrocalcinose; a função renal deverá ser monitorizada e deverá ser
realizada uma ultrassonografia renal.
Caso a furosemida seja administrada a crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida, pode
aumentar o risco de persistência de ducto de Botallo.
Alterações na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas: Alguns efeitos adversos (como queda
acentuada indesejável da pressão sanguínea) podem prejudicar a capacidade do paciente em se concentrar e
reagir e, portanto, constitui um risco em situações em que suas habilidades são especialmente importantes,
como dirigir ou operar máquinas.
Sensibilidade cruzada: Pacientes hipersensíveis (alérgicos) a antibióticos do tipo sulfonamidas ou
sulfoniluréias podem apresentar sensibilidade cruzada com o medicamento.
Medicamento-Medicamento
Associações desaconselhadas
Hidrato de cloral: sensação de calor, perspiração, agitação, náusea, aumento da pressão arterial e taquicardia
podem ocorrer em casos isolados após a administração intravenosa da furosemida dentro de 24 horas da
ingestão de hidrato de cloral. Portanto, não é recomendado o uso concomitante de furosemida e hidrato de
cloral.
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Antibióticos aminoglicosídicos e outros medicamentos que podem causar ototoxicidade: a furosemida pode
potencializar a ototoxicidade de antibióticos aminoglicosídicos e de outros fármacos ototóxicos, visto que os
efeitos resultantes sobre a audição podem ser irreversíveis. Esta combinação de fármacos deve ser restrita à
indicação médica.
Precauções de uso
Cisplatina: existe risco de ototoxicidade quando da administração concomitante de cisplatina e furosemida.
Além disto, a nefrotoxicidade da cisplatina pode ser aumentada caso a furosemida não seja administrada em
baixas doses (por exemplo, 40mg em pacientes com função renal normal) e com balanço de fluidos positivo
quando utilizada para obter-se diurese forçada durante o tratamento com cisplatina.
Sucralfato: a administração concomitante de furosemida por via oral e sucralfato deve ser evitada, pois o
sucralfato reduz a absorção intestinal da furosemida e, consequentemente, seu efeito. Aguardar pelo menos
um período de 2 horas entre uma administração e outra.
Sais de lítio: a furosemida diminui a excreção de sais de lítio e pode causar aumento dos níveis séricos de
lítio, resultando em aumento do risco de toxicidade do lítio, incluindo aumento do risco de efeitos
cardiotóxicos e neurotóxicos do lítio. Desta forma, recomenda-se que os níveis séricos de lítio sejam
cuidadosamente monitorizados em pacientes que recebem esta combinação.
Medicamentos inibidores da ECA: pacientes que estão recebendo diuréticos podem sofrer hipotensão severa e
deterioração da função renal, incluindo casos de insuficiência renal, especialmente quando um inibidor da
ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II é administrado ou tem sua dose aumentada pela primeira
vez. Deve-se considerar a interrupção da administração da furosemida temporariamente ou ao menos reduzir a
dose de furosemida por 3 dias antes de iniciar o tratamento com ou antes de aumentar a dose de um inibidor
da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II.
Risperidona: em estudos placebo controlados com risperidona em pacientes idosos com demência, uma maior
incidência de mortalidade foi observada em pacientes tratados com furosemida mais risperidona (7,3%: idade
média de 89 anos, entre 75-97 anos) quando comparados com pacientes tratados somente com risperidona
(3,1%: idade média de 84 anos, entre 70-96 anos) ou somente furosemida (4,1%, idade média de 80 anos,
entre 67-90 anos). O uso concomitante de risperidona com outros diuréticos (principalmente diuréticos
tiazídicos usados em baixa dose) não foi associado com achados semelhantes.
Não foi identificado um mecanismo patofisiológico para explicar este achado, e não foi observado um padrão
consistente para a causa das mortes. Todavia, cautela deve ser adotada e os riscos e benefícios desta
combinação ou co-tratamento com outros diuréticos potentes devem ser considerados antes da decisão de uso.
Não houve aumento na incidência de mortalidade entre pacientes usando outros diuréticos, assim como em
tratamento concomitante com risperidona. Independentemente do tratamento, a desidratação foi um fator de
risco geral de mortalidade e, portanto, deve ser evitada em pacientes idosos com demência.
Associações a considerar
Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): agentes anti-inflamatórios não esteroidais (incluindo ácido
acetilsalicílico) podem atenuar a ação da furosemida e sua administração concomitante pode causar
insuficiência renal aguda no caso de hipovolemia ou desidratação preexistente. Em pacientes com
hipovolemia ou desidratação, a administração de AINEs pode causar uma diminuição aguda da função renal.
A toxicidade do salicilato pode ser aumentada pela furosemida.
Fenitoína: pode ocorrer diminuição do efeito da furosemida após administração concomitante de fenitoína.
Fármacos nefrotóxicos: a furosemida pode potencializar os efeitos nocivos de fármacos nefrotóxicos nos rins.
Corticosteroides, carbenoxolona, alcaçuz e laxantes: o uso concomitante de furosemida com corticosteroides,
carbenoxolona e alcaçuz em grandes quantidades e o uso prolongado de laxantes, pode aumentar o risco de
desenvolvimento de hipopotassemia.
Outros medicamentos, por exemplo, preparações de digitálicos e medicamentos que induzem a síndrome de
prolongamento do intervalo QT: algumas alterações eletrolíticas (por exemplo, hipopotassemia,
hipomagnesemia) podem aumentar a toxicidade destes fármacos.
Se agentes anti-hipertensivos, diuréticos ou outros fármacos que potencialmente diminuem a pressão
sanguínea são administrados concomitantemente com a furosemida, uma queda mais pronunciada da pressão
sanguínea pode ser esperada.
Probenecida, metotrexato e outros fármacos que, assim como a furosemida, são secretados significativamente
por via tubular renal, podem reduzir o efeito da furosemida. Por outro lado, a furosemida pode diminuir a
eliminação renal desses fármacos. Em caso de tratamento com altas doses (em particular, de ambos
furosemida e outros fármacos), pode haver aumento dos níveis séricos e dos riscos de efeitos adversos devido
à furosemida ou à medicação concomitante.
Antidiabéticos e medicamentos hipertensores simpatomiméticos (ex:epinefrina, norepinefrina): Os efeitos
destes fármacos podem ser reduzidos quando administrados com furosemida.
Teofilina ou relaxantes musculares do tipo curare: os efeitos destes fármacos podem aumentar quando
administrados com furosemida.
Cefalosporinas: insuficiência renal pode se desenvolver em pacientes recebendo simultaneamente tratamento
com furosemida e altas doses de certas cefalosporinas.
Ciclosporina A: o uso concomitante de ciclosporina A e furosemida está associado com aumento do risco de
artrite gotosa subsequente à hiperuricemia induzida por furosemida e à insuficiência da ciclosporina na
excreção renal de urato.
Radiocontraste: pacientes de alto risco para nefropatia por radiocontraste tratados com furosemida
demonstraram maior incidência de deteriorização na função renal após receberem radiocontraste quando
comparados à pacientes de alto risco que receberam somente hidratação intravenosa antes de receberem
radiocontraste.
Medicamento-Alimento
Pode ocorrer alteração da absorção de furosemida quando administrada com alimentos, portanto, recomenda-
se que os comprimidos sejam tomados com o estômago vazio.
Medicamento-Exame laboratoriais
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de furosemida em exames laboratoriais.
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comprimidos deve ser mantido em sua embalagem original. Conservar em temperatura ambiente
(entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Características do medicamento: comprimido circular, semiabaulado, sulcado e levemente amarelado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A dose deve ser a menor possível para atingir o efeito desejado.
Os comprimidos devem ser ingeridos com líquido, por via oral e com o estômago vazio.
É vantajoso tomar a dose diária de uma só vez, escolhendo-se o horário mais prático, de tal forma que não
fique perturbado o ritmo normal de vida do paciente pela rapidez da diurese.
A menos que seja prescrito de modo diferente, recomenda-se o seguinte esquema:
Adultos:
O tratamento geralmente é iniciado com 20 a 80mg por dia. A dose de manutenção é de 20 a 40mg por dia.
A dose máxima depende da resposta do paciente.
A duração do tratamento é determinada pelo médico.
Crianças:
Se possível, a furosemida deve ser administrada por via oral para lactentes e crianças abaixo de 15 anos de
idade.
A posologia recomendada é de 2mg/kg de peso corporal, até um máximo de 40mg por dia. A duração do
tratamento é determinada pelo médico.
Não há estudos dos efeitos da furosemida administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e
para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
A seguinte taxa de frequência é utilizada, quando aplicável:
Reação muito comum (> 1/10)
Reação comum (> 1/100 e ≤ 1/10)
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Reação incomum (> 1/1.000 e ≤ 1/100)
Reação rara (> 1/10.000 e ≤ 1/1.000)
Reação muito rara (≤ 1/10.000)
Desconhecido: não pode ser estimada por dados disponíveis.
Distúrbios metabólico e nutricional (ver item “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”)
Muito Comum: distúrbios eletrolíticos (incluindo sintomáticos), desidratação e hipovolemia, especialmente
em pacientes idosos, aumento nos níveis séricos de creatinina e triglicérides.
Comum: hiponatremia, hipocloremia, hipocalemia, aumento nos níveis séricos de colesterol e ácido úrico,
crises de gota e aumento no volume de urinário.
Incomum: tolerância à glicose diminuída; o diabetes mellitus latente pode se manifestar. (Ver item
“ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
Desconhecido: hipocalcemia, hipomagnesemia, aumento nos níveis séricos de ureia e alcalose metabólica,
Síndrome de Bartter no contexto de uso inadequado e/ou a longo prazo da furosemida.
Distúrbios vasculares
Muito comum (para infusão intravenosa): hipotensão incluindo hipotensão ortostática (Ver item
Raro: vasculite.
Desconhecido: trombose
Distúrbios renal e urinário
Comum: aumento no volume urinário
Raro: nefrite tubulointersticial
Desconhecido: aumento nos níveis de sódio e cloreto na urina; retenção urinária (em pacientes com obstrução
parcial do fluxo urinário); nefrocalcinose/nefrolitíase em crianças prematuras (ver item “ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES”), falência renal (ver item “INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”).
Distúrbios gastrintestinais
Incomum: náuseas.
Raro: vômitos, diarreia.
Muito raro: pancreatite aguda.
Distúrbios hepatobiliares
Muito raro: colestase, aumento nas transaminases.
Distúrbios auditivos e labirinto
Incomum: alterações na audição, embora geralmente de caráter transitório, particularmente em pacientes com
insuficiência renal, hipoproteinemia (por exemplo: síndrome nefrótica) e/ou quando furosemida intravenosa
for administrada rapidamente. Casos de surdez, algumas vezes irreversível, foram reportados após
administração oral ou IV de furosemida.
Muito raro: tinido.
Distúrbios no tecido subcutâneo e pele
Incomum: prurido, urticária, rashes, dermatites bolhosas, eritema multiforme, penfigoide, dermatite
esfoliativa, púrpura, reação de fotossensibilidade.
Desconhecido: síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, PEGA (Pustulose Exantemática
Generalizada Aguda) e DRESS (rash ao fármaco com eosinofilia e sintomas sistêmicos).
Distúrbios do sistema imune
Raro: reações anafiláticas ou anafilactoides severas (por exemplo, com choque).
Distúrbios do sistema nervoso
Raro: parestesia.
Comum: encefalopatia hepática em pacientes com insuficiência hepatocelular (ver item
“CONTRAINDICAÇÕES”).
Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo
Comum: hemoconcentração
Incomum: trombocitopenia.
Raro: leucopenia, eosinofilia.
Muito raro: agranulocitose, anemia aplástica ou anemia hemolítica.
Distúrbios congênito e genético/familiar
Desconhecido: risco aumentado de persistência do ducto arterioso quando furosemida for administrada a
crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida.
Distúrbios gerais
Raro: febre.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária-
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.