Bula do Neosemid para o Profissional

Bula do Neosemid produzido pelo laboratorio Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Neosemid
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a - Profissional

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BULA COMPLETA DO NEOSEMID PARA O PROFISSIONAL

Neosemid®

– comprimido – Bula para o profissional da saúde

NEOSEMID®

(Furosemida)

Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.

Comprimido

40mg

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

furosemida

APRESENTAÇÃO

Comprimido 40mg: embalagem contendo 20 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido contém:

furosemida........................................................................................................................40mg

Excipientes q.s.p...................................................................................................1 comprimido

(celulose microcristalina, lactose, estearato de magnésio, povidona e amidoglicolato de sódio)

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é destinado ao tratamento de:

- hipertensão arterial leve a moderada;

- edema devido a distúrbios cardíacos, hepáticos e renais.

- edema devido a queimaduras.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

O uso da furosemida tem indicação desde o período neonatal (Benitz et al, 1995) até a idade adulta

(Avery,1981) nos casos de edema das mais variadas formas, insuficiência cardíaca, indução de diurese e

crises hipertensivas.

O estudo de Magrini F et al. (1987) confirma a eficácia de furosemida nos casos de insuficiência cardíaca e

aumento da resistência vascular coronariana. O estudo de Paterna S. et al (1999) também mostrou, com muita

propriedade, a eficácia e a boa tolerabilidade de furosemida no tratamento de 30 pacientes adultos, com

idades entre 65 e 85 anos portadores de insuficiência cardíaca congestiva. Este efeito também foi

demonstrado no estudo de Gottlieb SS et al. (1998).

O benefício e a segurança do uso de furosemida em 46 crianças que foram submetidas a cirurgias cardíacas e

usaram de forma contínua o medicamento furosemida foram confirmadas no estudo randomizado de Klinge

JM et al. (1997).

O estudo randomizado de Van der Vorst MM et al (2006), envolvendo 44 pacientes portadores de

insuficiência cardíaca nos graus III e IV, demonstrou que furosemida via oral também é eficaz, mesmo em

quadros graves, como os envolvidos no estudo. Assim como no estudo de Paterna S et al (1999), Eterno FT et

al. (1998) confirmaram que o uso de diuréticos como a furosemida melhora a compensação cardíaca, reduz

edemas e melhora, em curto prazo, a capacidade física e a qualidade de vida dos pacientes.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Mecanismo de ação

A furosemida é um diurético de alça que produz um efeito diurético potente com início de ação rápido e de

curta duração. A furosemida bloqueia o sistema cotransportador de Na+

K+

2Cl-

localizado na membrana

celular luminal do ramo ascendente da alça de Henle; portanto, a eficácia da ação salurética da furosemida

depende do fármaco alcançar o lúmen tubular via um mecanismo de transporte aniônico. A ação diurética

resulta da inibição da reabsorção de cloreto de sódio neste segmento da alça de Henle. Como resultado, a

excreção fracionada de sódio pode alcançar 35% da filtração glomerular de sódio. Os efeitos secundários do

aumento da excreção de sódio são excreção urinária aumentada (devido ao gradiente osmótico) e aumento da

secreção tubular distal de potássio. A excreção de íons cálcio e magnésio também é aumentada.

A furosemida interrompe o mecanismo de retorno (feedback) do túbulo glomerular da mácula densa, com o

resultado de não atenuação da atividade salurética. A furosemida causa estimulação dose-dependente do

sistema renina-angiotensina-aldosterona.

Na insuficiência cardíaca, a furosemida produz uma redução aguda da pré-carga cardíaca (pela dilatação da

capacidade venosa). Este efeito vascular precoce parece ser mediado por prostaglandina e pressupõe uma

função renal adequada com ativação do sistema renina-angiotensina e síntese de prostaglandina intacta. Além

disso, devido ao seu efeito natriurético, a furosemida reduz a reatividade vascular das catecolaminas, que é

elevada em

pacientes hipertensos.

A eficácia anti-hipertensiva da furosemida é atribuída ao aumento da excreção de sódio, redução do volume

sanguíneo e redução da resposta do músculo liso vascular ao estímulo vasoconstritor.

Propriedades farmacodinâmicas

O efeito diurético da furosemida ocorre dentro de 15 minutos após a administração da dose intravenosa e

dentro de 1 hora após a administração da dose oral.

O aumento dose-dependente da diurese e natriurese foi demonstrado em indivíduos sadios recebendo doses de

furosemida de 10mg até 100mg. A duração da ação é de aproximadamente 3 horas após uma dose intravenosa

de 20mg e de 3 a 6 horas após uma dose oral de 40mg em indivíduos sadios.

Neosemid®

– comprimido – Bula para o profissional da saúde

O efeito da furosemida é reduzido, caso ocorra diminuição da secreção tubular ou da ligação da albumina

intratubular ao fármaco.

Propriedades farmacocinéticas

A furosemida é rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal. O Tmáx é de 1 a 1,5 horas para os

comprimidos de 40mg. A absorção do fármaco demonstra grande variabilidade intra e interindividual.

A biodisponibilidade da furosemida em voluntários sadios é de aproximadamente 50% a 70% para os

comprimidos. Em pacientes, a biodisponibilidade do fármaco é influenciada por vários fatores incluindo

doenças de base, e pode ser reduzida a 30% (por exemplo, na síndrome nefrótica).

A influência da administração concomitante de alimentos na absorção da furosemida depende da forma

farmacêutica.

O volume de distribuição de furosemida é de 0,1 a 0,2 litros por kg de peso corpóreo. O volume de

distribuição pode ser maior dependendo da doença de base.

A furosemida liga-se fortemente às proteínas plasmáticas (mais de 98%), principalmente à albumina.

A furosemida é eliminada principalmente na forma de fármaco inalterado, primariamente pela secreção no

túbulo proximal. Após administração intravenosa, 60 a 70% da dose de furosemida é excretada desta forma. O

metabólito glucurônico da furosemida equivale a 10 a 20% das substâncias recuperadas na urina. O restante

da dose é excretado nas fezes, provavelmente após secreção biliar.

A furosemida é excretada no leite materno. A furosemida atravessa a barreira placentária e é transferida ao

feto lentamente. Por esta razão, observa-se no feto e no recém-nascido as mesmas concentrações de

furosemida que na mãe.

Populações especiais

Insuficiência renal: a biodisponibilidade da furosemida não é alterada em pacientes com insuficiência renal

terminal. Em insuficiência renal, a eliminação de furosemida é diminuída e a meia-vida prolongada; a meia-

vida terminal pode ser de até 24 horas em pacientes com insuficiência renal severa.

Na síndrome nefrótica, a redução na concentração das proteínas plasmáticas leva à concentrações mais altas

de furosemida livre. Por outro lado, a eficácia de furosemida é reduzida nestes pacientes devido à ligação

intratubular da albumina e diminuição da secreção tubular.

A furosemida é pouco dialisável em pacientes sob hemodiálise, diálise peritoneal e CAPD (Diálise Peritonial

Ambulatorial Contínua).

Insuficiência Hepática: em insuficiência hepática, a meia-vida de furosemida é aumentada em 30% a 90%,

principalmente devido ao maior volume de distribuição. Além disso, neste grupo de pacientes existe uma

ampla variação em todos os parâmetros farmacocinéticos.

Idosos, insuficiência cardíaca congestiva e hipertensão severa: em pacientes com insuficiência cardíaca

congestiva, hipertensão severa ou em pacientes idosos, a eliminação de furosemida é diminuída devido à

redução na função renal.

Pacientes pediátricos: em crianças prematuras ou nascidas à termo, dependendo da maturidade dos rins, a

eliminação de furosemida pode estar diminuída. O metabolismo do fármaco também é reduzido caso a

capacidade de glucuronização da criança esteja prejudicada. A meia-vida terminal é menor do que 12 horas

em crianças com mais de 33 semanas de idade pós-concepção. Em crianças com 2 meses ou mais, o clearance

terminal é o mesmo dos adultos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Neosemid®

não deve ser usado em pacientes com:

-insuficiência renal com anúria;

-pré-coma e coma associado à encefalopatia hepática;

-hipopotassemia severa;

-hiponatremia severa;

-hipovolemia (com ou sem hipotensão) ou desidratação;

-hipersensibilidade à furosemida, às sulfonamidas ou a qualquer componente da fórmula.

Este medicamento é contraindicado para uso por lactantes.

Não há contraindicação relativa a faixas etárias.

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5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

O fluxo urinário deve ser assegurado. Em pacientes com obstrução parcial do fluxo urinário (por exemplo: em

pacientes com alterações de esvaziamento da bexiga, hiperplasia prostática ou estreitamento da uretra), a

produção aumentada de urina pode provocar ou agravar a doença. Deste modo, estes pacientes necessitam de

monitorização cuidadosa, especialmente durante a fase inicial do tratamento.

O tratamento com Neosemid®

necessita de supervisão médica regular. O monitoramento cuidadoso é

particularmente necessário em pacientes com:

-hipotensão

-indesejável diminuição pronunciada na pressão arterial constituir-se-ia em um risco especial (ex.: estenoses

significantes de artérias coronárias ou de vasos cerebrais);

-diabetes mellitus latente ou manifesta;

-gota ou hiperuricemia (controle regular de ácido úrico);

-síndrome hepatorenal, isto é, comprometimento da função renal associado com doença hepática severa;

-hipoproteinemia, ex.: associada à síndrome nefrótica (o efeito da furosemida pode ser atenuado e sua

ototoxicidade potencializada). É recomendada a titulação cuidadosa das doses da furosemida.

Durante o tratamento com a furosemida é geralmente recomendada a monitorização regular dos níveis de

sódio, potássio e creatinina séricos; é necessária monitorização particularmente cuidadosa em casos de

pacientes com alto risco de desenvolvimento de alterações eletrolíticas ou em caso de perda adicional

significativa de fluidos (por exemplo, devido a vômitos, diarreia ou suor intenso). Hipovolemia ou

desidratação, bem como qualquer alteração eletrolítica ou ácido-base significativas devem ser corrigidas. Isto

pode requerer a descontinuação temporária da furosemida.

Gravidez e lactação: a furosemida atravessa a barreira placentária. Portanto, não deve ser administrada

durante a gravidez a menos que estritamente indicada e por curtos períodos de tempo. O tratamento durante a

gravidez requer monitorização do crescimento fetal.

A furosemida passa para o leite e pode inibir a lactação. As mulheres não devem amamentar se estiverem

sendo tratadas com furosemida.

Categoria de risco na gravidez: categoria C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres

grávidas sem orientação médica.

Populações especiais

Pacientes idosos: a eliminação de furosemida é diminuída devido à redução na função renal.

A ação diurética da furosemida pode levar ou contribuir para hipovolemia e desidratação, especialmente em

pacientes idosos. A depleção grave de fluidos pode levar a hemoconcentração com tendência ao

desenvolvimento de tromboses.

Crianças: o monitoramento cuidadoso é necessário em crianças prematuras devido ao possível

desenvolvimento de nefrolitíase e nefrocalcinose; a função renal deverá ser monitorizada e deverá ser

realizada uma ultrassonografia renal.

Caso a furosemida seja administrada a crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida, pode

aumentar o risco de persistência de ducto de Botallo.

Alterações na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas: Alguns efeitos adversos (como queda

acentuada indesejável da pressão sanguínea) podem prejudicar a capacidade do paciente em se concentrar e

reagir e, portanto, constitui um risco em situações em que suas habilidades são especialmente importantes,

como dirigir ou operar máquinas.

Sensibilidade cruzada: Pacientes hipersensíveis (alérgicos) a antibióticos do tipo sulfonamidas ou

sulfoniluréias podem apresentar sensibilidade cruzada com o medicamento.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Medicamento-Medicamento

Associações desaconselhadas

Hidrato de cloral: sensação de calor, perspiração, agitação, náusea, aumento da pressão arterial e taquicardia

podem ocorrer em casos isolados após a administração intravenosa da furosemida dentro de 24 horas da

ingestão de hidrato de cloral. Portanto, não é recomendado o uso concomitante de furosemida e hidrato de

cloral.

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Antibióticos aminoglicosídicos e outros medicamentos que podem causar ototoxicidade: a furosemida pode

potencializar a ototoxicidade de antibióticos aminoglicosídicos e de outros fármacos ototóxicos, visto que os

efeitos resultantes sobre a audição podem ser irreversíveis. Esta combinação de fármacos deve ser restrita à

indicação médica.

Precauções de uso

Cisplatina: existe risco de ototoxicidade quando da administração concomitante de cisplatina e furosemida.

Além disto, a nefrotoxicidade da cisplatina pode ser aumentada caso a furosemida não seja administrada em

baixas doses (por exemplo, 40mg em pacientes com função renal normal) e com balanço de fluidos positivo

quando utilizada para obter-se diurese forçada durante o tratamento com cisplatina.

Sucralfato: a administração concomitante de furosemida por via oral e sucralfato deve ser evitada, pois o

sucralfato reduz a absorção intestinal da furosemida e, consequentemente, seu efeito. Aguardar pelo menos

um período de 2 horas entre uma administração e outra.

Sais de lítio: a furosemida diminui a excreção de sais de lítio e pode causar aumento dos níveis séricos de

lítio, resultando em aumento do risco de toxicidade do lítio, incluindo aumento do risco de efeitos

cardiotóxicos e neurotóxicos do lítio. Desta forma, recomenda-se que os níveis séricos de lítio sejam

cuidadosamente monitorizados em pacientes que recebem esta combinação.

Medicamentos inibidores da ECA: pacientes que estão recebendo diuréticos podem sofrer hipotensão severa e

deterioração da função renal, incluindo casos de insuficiência renal, especialmente quando um inibidor da

ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II é administrado ou tem sua dose aumentada pela primeira

vez. Deve-se considerar a interrupção da administração da furosemida temporariamente ou ao menos reduzir a

dose de furosemida por 3 dias antes de iniciar o tratamento com ou antes de aumentar a dose de um inibidor

da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II.

Risperidona: em estudos placebo controlados com risperidona em pacientes idosos com demência, uma maior

incidência de mortalidade foi observada em pacientes tratados com furosemida mais risperidona (7,3%: idade

média de 89 anos, entre 75-97 anos) quando comparados com pacientes tratados somente com risperidona

(3,1%: idade média de 84 anos, entre 70-96 anos) ou somente furosemida (4,1%, idade média de 80 anos,

entre 67-90 anos). O uso concomitante de risperidona com outros diuréticos (principalmente diuréticos

tiazídicos usados em baixa dose) não foi associado com achados semelhantes.

Não foi identificado um mecanismo patofisiológico para explicar este achado, e não foi observado um padrão

consistente para a causa das mortes. Todavia, cautela deve ser adotada e os riscos e benefícios desta

combinação ou co-tratamento com outros diuréticos potentes devem ser considerados antes da decisão de uso.

Não houve aumento na incidência de mortalidade entre pacientes usando outros diuréticos, assim como em

tratamento concomitante com risperidona. Independentemente do tratamento, a desidratação foi um fator de

risco geral de mortalidade e, portanto, deve ser evitada em pacientes idosos com demência.

Associações a considerar

Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): agentes anti-inflamatórios não esteroidais (incluindo ácido

acetilsalicílico) podem atenuar a ação da furosemida e sua administração concomitante pode causar

insuficiência renal aguda no caso de hipovolemia ou desidratação preexistente. Em pacientes com

hipovolemia ou desidratação, a administração de AINEs pode causar uma diminuição aguda da função renal.

A toxicidade do salicilato pode ser aumentada pela furosemida.

Fenitoína: pode ocorrer diminuição do efeito da furosemida após administração concomitante de fenitoína.

Fármacos nefrotóxicos: a furosemida pode potencializar os efeitos nocivos de fármacos nefrotóxicos nos rins.

Corticosteroides, carbenoxolona, alcaçuz e laxantes: o uso concomitante de furosemida com corticosteroides,

carbenoxolona e alcaçuz em grandes quantidades e o uso prolongado de laxantes, pode aumentar o risco de

desenvolvimento de hipopotassemia.

Outros medicamentos, por exemplo, preparações de digitálicos e medicamentos que induzem a síndrome de

prolongamento do intervalo QT: algumas alterações eletrolíticas (por exemplo, hipopotassemia,

hipomagnesemia) podem aumentar a toxicidade destes fármacos.

Se agentes anti-hipertensivos, diuréticos ou outros fármacos que potencialmente diminuem a pressão

sanguínea são administrados concomitantemente com a furosemida, uma queda mais pronunciada da pressão

sanguínea pode ser esperada.

Probenecida, metotrexato e outros fármacos que, assim como a furosemida, são secretados significativamente

por via tubular renal, podem reduzir o efeito da furosemida. Por outro lado, a furosemida pode diminuir a

eliminação renal desses fármacos. Em caso de tratamento com altas doses (em particular, de ambos

furosemida e outros fármacos), pode haver aumento dos níveis séricos e dos riscos de efeitos adversos devido

à furosemida ou à medicação concomitante.

Antidiabéticos e medicamentos hipertensores simpatomiméticos (ex:epinefrina, norepinefrina): Os efeitos

destes fármacos podem ser reduzidos quando administrados com furosemida.

Teofilina ou relaxantes musculares do tipo curare: os efeitos destes fármacos podem aumentar quando

administrados com furosemida.

Cefalosporinas: insuficiência renal pode se desenvolver em pacientes recebendo simultaneamente tratamento

com furosemida e altas doses de certas cefalosporinas.

Ciclosporina A: o uso concomitante de ciclosporina A e furosemida está associado com aumento do risco de

artrite gotosa subsequente à hiperuricemia induzida por furosemida e à insuficiência da ciclosporina na

excreção renal de urato.

Radiocontraste: pacientes de alto risco para nefropatia por radiocontraste tratados com furosemida

demonstraram maior incidência de deteriorização na função renal após receberem radiocontraste quando

comparados à pacientes de alto risco que receberam somente hidratação intravenosa antes de receberem

radiocontraste.

Medicamento-Alimento

Pode ocorrer alteração da absorção de furosemida quando administrada com alimentos, portanto, recomenda-

se que os comprimidos sejam tomados com o estômago vazio.

Medicamento-Exame laboratoriais

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de furosemida em exames laboratoriais.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Neosemid®

comprimidos deve ser mantido em sua embalagem original. Conservar em temperatura ambiente

(entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

Características do medicamento: comprimido circular, semiabaulado, sulcado e levemente amarelado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A dose deve ser a menor possível para atingir o efeito desejado.

Os comprimidos devem ser ingeridos com líquido, por via oral e com o estômago vazio.

É vantajoso tomar a dose diária de uma só vez, escolhendo-se o horário mais prático, de tal forma que não

fique perturbado o ritmo normal de vida do paciente pela rapidez da diurese.

A menos que seja prescrito de modo diferente, recomenda-se o seguinte esquema:

Adultos:

O tratamento geralmente é iniciado com 20 a 80mg por dia. A dose de manutenção é de 20 a 40mg por dia.

A dose máxima depende da resposta do paciente.

A duração do tratamento é determinada pelo médico.

Crianças:

Se possível, a furosemida deve ser administrada por via oral para lactentes e crianças abaixo de 15 anos de

idade.

A posologia recomendada é de 2mg/kg de peso corporal, até um máximo de 40mg por dia. A duração do

tratamento é determinada pelo médico.

Não há estudos dos efeitos da furosemida administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e

para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

A seguinte taxa de frequência é utilizada, quando aplicável:

Reação muito comum (> 1/10)

Reação comum (> 1/100 e ≤ 1/10)

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Reação incomum (> 1/1.000 e ≤ 1/100)

Reação rara (> 1/10.000 e ≤ 1/1.000)

Reação muito rara (≤ 1/10.000)

Desconhecido: não pode ser estimada por dados disponíveis.

Distúrbios metabólico e nutricional (ver item “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”)

Muito Comum: distúrbios eletrolíticos (incluindo sintomáticos), desidratação e hipovolemia, especialmente

em pacientes idosos, aumento nos níveis séricos de creatinina e triglicérides.

Comum: hiponatremia, hipocloremia, hipocalemia, aumento nos níveis séricos de colesterol e ácido úrico,

crises de gota e aumento no volume de urinário.

Incomum: tolerância à glicose diminuída; o diabetes mellitus latente pode se manifestar. (Ver item

“ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).

Desconhecido: hipocalcemia, hipomagnesemia, aumento nos níveis séricos de ureia e alcalose metabólica,

Síndrome de Bartter no contexto de uso inadequado e/ou a longo prazo da furosemida.

Distúrbios vasculares

Muito comum (para infusão intravenosa): hipotensão incluindo hipotensão ortostática (Ver item

Raro: vasculite.

Desconhecido: trombose

Distúrbios renal e urinário

Comum: aumento no volume urinário

Raro: nefrite tubulointersticial

Desconhecido: aumento nos níveis de sódio e cloreto na urina; retenção urinária (em pacientes com obstrução

parcial do fluxo urinário); nefrocalcinose/nefrolitíase em crianças prematuras (ver item “ADVERTÊNCIAS E

PRECAUÇÕES”), falência renal (ver item “INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”).

Distúrbios gastrintestinais

Incomum: náuseas.

Raro: vômitos, diarreia.

Muito raro: pancreatite aguda.

Distúrbios hepatobiliares

Muito raro: colestase, aumento nas transaminases.

Distúrbios auditivos e labirinto

Incomum: alterações na audição, embora geralmente de caráter transitório, particularmente em pacientes com

insuficiência renal, hipoproteinemia (por exemplo: síndrome nefrótica) e/ou quando furosemida intravenosa

for administrada rapidamente. Casos de surdez, algumas vezes irreversível, foram reportados após

administração oral ou IV de furosemida.

Muito raro: tinido.

Distúrbios no tecido subcutâneo e pele

Incomum: prurido, urticária, rashes, dermatites bolhosas, eritema multiforme, penfigoide, dermatite

esfoliativa, púrpura, reação de fotossensibilidade.

Desconhecido: síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, PEGA (Pustulose Exantemática

Generalizada Aguda) e DRESS (rash ao fármaco com eosinofilia e sintomas sistêmicos).

Distúrbios do sistema imune

Raro: reações anafiláticas ou anafilactoides severas (por exemplo, com choque).

Distúrbios do sistema nervoso

Raro: parestesia.

Comum: encefalopatia hepática em pacientes com insuficiência hepatocelular (ver item

“CONTRAINDICAÇÕES”).

Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo

Comum: hemoconcentração

Incomum: trombocitopenia.

Raro: leucopenia, eosinofilia.

Muito raro: agranulocitose, anemia aplástica ou anemia hemolítica.

Distúrbios congênito e genético/familiar

Desconhecido: risco aumentado de persistência do ducto arterioso quando furosemida for administrada a

crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida.

Distúrbios gerais

Raro: febre.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária-

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.