Bula do Noctiden produzido pelo laboratorio Biolab Sanus Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
NOCTIDEN®
Biolab Sanus Farmacêutica Ltda
Comprimido revestido
hemitartarato de zolpidem
10 mg
MODELO DE BULA
DO PROFISSIONAL DA SAÚDE
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos 10 mg. Caixa com 10 ou 20 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
hemitartarato de zolpidem..................... 10 mg
Excipientes: lactose, celulose microcristalina, amido glicolato de sódio, estearato de magnésio,
hipromelose, macrogol, dióxido de titânio, corante óxido de ferro amarelo.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é destinado ao tratamento da insônia ocasional, transitória ou crônica.
O zolpidem tem se mostrado efetivo no tratamento continuado da insônia em vários estudos
observacionais.
Estivill E, et al, realizaram um estudo envolvendo 245 pacientes, zolpidem foi associado com
significativa melhora da qualidade de sono e menor sonolência durante o dia quando comparado
com placebo (p<0,05). A segurança de zolpidem foi muito satisfatória e similar a do placebo.
Herve A, et al, realizaram um estudo aberto com zolpidem demonstrou que o mesmo melhorou
as mensurações de sono como latência para o sono, despertares noturnos e aumento da duração
do sono, durante 35 dias de tratamento. Tolerância não é comum nas doses recomendadas.
Bhat A, et al, realizaram estudos clínicos envolvendo mais de 3000 pacientes que fizeram uso
do zolpidem, se necessário, demonstraram que esse tipo de aplicabilidade é factível, efetiva e
bem tolerada. Além disso, os resultados dos estudos indicaram que pacientes com insônia
crônica são capazes de limitar o uso desse medicamento, demonstrando não haver tendência de
aumento do uso do mesmo ao longo do tempo.
Propriedades farmacodinâmicas
O zolpidem é um agente hipnótico não benzodiazepínico pertencente ao grupo das
imidazopiridinas.
Estudos experimentais demonstraram que zolpidem promove um efeito sedativo em doses muito
inferiores àquelas necessárias para obtenção de um efeito anticonvulsivante, relaxante muscular
ou ansiolítico.
Esses efeitos são devidos a uma atividade agonista seletiva sobre um receptor GABA-ÔMEGA,
que modula a abertura do canal de cloro. O zolpidem é um agonista preferencial da subclasse de
receptores ômega 1 (BZD1).
No homem, zolpidem encurta o tempo de indução ao sono, reduz o número de despertares
noturnos e aumenta a duração total do sono, melhorando sua qualidade. Esses efeitos estão
associados a um perfil eletroencefalográfico específico, diferente daquele observado com as
benzodiazepinas. Estudos em laboratório de sono mostraram que zolpidem prolonga o estágio II
do sono bem como os estágios de sono profundo (III e IV). Na dosagem recomendada, o
zolpidem não possui efeito sobre a duração total do sono paradoxal (fase REM). Em humanos, a
preservação do sono profundo (estágios 3 e 4 – sono de ondas leves) pode ser explicada pela
ligação seletiva do zolpidem aos receptores ômega-1.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção: após administração oral, o zolpidem apresenta uma biodisponibilidade de
aproximadamente 70%, com as concentrações plasmáticas máximas sendo alcançadas entre 0,5
e 3 horas.
Distribuição: em doses terapêuticas, zolpidem possui farmacocinética linear. A ligação às
proteínas plasmáticas é da ordem de 92% e o volume de distribuição em adultos é de 0,54±0,02
l/kg.
Eliminação: zolpidem é metabolizado no fígado e eliminado na forma de metabólitos inativos,
na urina (aproximadamente 60%) e nas fezes (aproximadamente 40%), não possuindo efeito
indutivo sobre as enzimas hepáticas. A meia-vida plasmática é, em média, de 2,4 horas (0,7 a
3,5 horas).
Em pacientes idosos, observa-se uma diminuição na depuração hepática, havendo um aumento
de cerca de 50% nas concentrações de pico, sem prolongamento significativo na meia-vida
(média: 3 horas). O volume de distribuição apresenta-se reduzido em 0,34±0,05l/kg.
Na presença de insuficiência renal, com ou sem diálise, ocorre uma leve diminuição na
depuração renal, mas os outros parâmetros cinéticos não são alterados. O zolpidem não é
dialisável. A biodisponibilidade encontra-se aumentada em pacientes com insuficiência
hepática. A depuração é consideravelmente reduzida e a meia-vida prolongada
(aproximadamente 10 horas).
NOCTIDEN é contraindicado nos casos de: hipersensibilidade ao zolpidem ou a qualquer um
dos componentes da fórmula. Este medicamento também não deve ser utilizado por pacientes
com insuficiência respiratória severa ou aguda ou com insuficiência hepática severa.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência respiratória
severa ou aguda e com insuficiência hepática severa.
Este medicamento é contraindicado para pacientes pediátricos.
ADVERTÊNCIAS
O zolpidem deve ser usado com cautela em pacientes com síndrome da apneia do sono e
miastenia gravis. No caso de sedativos/hipnóticos com curta duração de ação, pode ocorrer o
fenômeno de retirada durante intervalo de dose.
Insuficiência respiratória
Como os hipnóticos têm a capacidade de causar depressão respiratória, precauções devem ser
adotadas se zolpidem for prescrito a pacientes com a função respiratória comprometida.
Insuficiência hepática
Ver recomendação de dose no item “Posologia e Modo de Usar”.
PRECAUÇÕES
A causa primária da insônia deve ser identificada sempre que possível e os fatores causais
tratados antes da prescrição de um hipnótico. A falta de efeito do tratamento após 7 a 14 dias de
uso pode indicar a presença de um distúrbio psiquiátrico primário ou uma desordem física
devendo o paciente ser reavaliado em intervalos regulares.
Pacientes idosos
Pacientes idosos ou debilitados podem apresentar uma sensibilidade maior aos efeitos do
zolpidem. Nessas pessoas, recomenda-se uma dose de 5 mg (a dose de 10 mg não deve ser
excedida). Recomenda-se um acompanhamento mais estrito neste tipo de paciente. A posologia
preconizada para pacientes acima de 65 anos deve ser rigorosamente seguida.
Pacientes pediátricos
A segurança e eficácia de zolpidem em pacientes com idade inferior à 18 anos não foi
estabelecida. Portanto, zolpidem não deve ser prescrito nesta população. Um estudo com
duração de 8 semanas, realizado em pacientes pediátricos (6 - 17 anos) com insônia associada à
déficit de atenção/hiperatividade, distúrbios psiquiátricos e do sistema nervoso, revelou as
reações adversas mais frequentemente observadas no tratamento com zolpidem versus
placebo e incluíram tontura (23,5% versus 1,5%), dor de cabeça (12,5% versus 9,2%) e
alucinações (7,4% versus 0%).
Pacientes com doença psicótica
Hipnóticos como o zolpidem, não devem ser a medicação principal para o tratamento de
pacientes psicóticos.
Amnésia
Sedativos e hipnóticos como o zolpidem podem causar amnésia anterógrada, que em geral
ocorre algumas horas após administração. Por essa razão, aconselha-se tomar o medicamento
imediatamente antes de deitar, sendo importante assegurar condições favoráveis para um sono
ininterrupto de 7-8 horas.
Depressão
O zolpidem deve ser administrado com cautela em pacientes que apresentam sintomas de
depressão e que podem apresentar tendências suicidas. A menor dose possível deve ser
empregada nesses pacientes para evitar a superdose intencional. Depressão preexistente pode ser
desmascarada durante o uso de zolpidem. Considerando que insônia pode ser um sintoma de
depressão, o paciente deve ser reavaliado caso ela persista.
Outras reações paradoxais e de tipo psiquiátrico
Outras reações psiquiátricas e paradoxais como exacerbação da insônia, pesadelos, nervosismo,
irritabilidade, agitação, agressividade, acessos de raiva, ideias delirantes, alucinações,
comportamento inapropriado e outros distúrbios de comportamento, podem ocorrer com o uso
de sedativos e hipnóticos, como o zolpidem. Nesse caso, o medicamento deve ser
descontinuado. Essas reações são mais prováveis de ocorrer em idosos.
Sonambulismo e comportamentos associados
Caminhar enquanto dorme e outros comportamentos associados como: dormir enquanto dirige,
prepara e come alimentos, fala ao telefone ou no ato sexual, acompanhado de amnésia para estes
eventos, foi observado em pacientes que utilizaram zolpidem e não estavam totalmente
acordados. O uso concomitante de zolpidem com álcool ou outros depressores do SNC parece
aumentar o risco desses comportamentos assim como o uso de zolpidem acima da dose máxima
recomendada. Deve-se considerar a descontinuação do tratamento com zolpidem
em pacientes que relatam esses comportamentos (por exemplo, dormir enquanto dirige), devido
ao risco para estes pacientes e outros (vide “Interações Medicamentosas – Álcool” e “Reações
Adversas – Distúrbios psiquiátricos”).
Comprometimento psicomotor
O risco de comprometimento psicomotor, incluindo prejuízo na habilidade de dirigir, é
aumentado se o zolpidem é administrado em menos de 7-8 horas antes do início das atividades
que requerem alerta mental; se é utilizada uma dose mais alta que a recomendada; ou se o
zolpidem é coadministrado com outros depressores do SNC, álcool, ou com outros
medicamentos que elevam a concentração sanguínea de zolpidem.
Tolerância
Alguns sedativos/hipnóticos como o zolpidem podem apresentar perda de eficácia dos efeitos
hipnóticos após uso prolongado por algumas semanas.
Dependência
O uso de sedativos/hipnóticos como zolpidem, pode levar ao desenvolvimento de dependência
física ou psíquica, assim como, o uso repetido por algumas semanas pode resultar em perda de
eficácia. Estas características, entretanto, não foram observadas com o uso de zolpidem nas
doses e duração de tratamento recomendadas. O risco de dependência aumenta com a dose e
duração do tratamento. Este risco é aumentado em pacientes com distúrbios psiquiátricos,
história de alcoolismo ou abuso de drogas. NOCTIDEN só deve ser administrado a este grupo
de pacientes sob cuidadosa supervisão médica.
Na presença de dependência física, a descontinuação abrupta do zolpidem pode causar o
aparecimento de sintomas de abstinência: cefaleia, dor muscular, ansiedade, tensão, agitação,
confusão e irritabilidade.
Em casos severos, os seguintes sintomas podem ocorrer: desrealização, despersonalização,
hiperacusia, dormência e formigamento das extremidades, hipersensibilidade à luz, barulho e a
contatos físicos, alucinações e convulsões.
Insônia de rebote
A interrupção abrupta de um tratamento com hipnóticos em posologia e duração acima das
recomendadas pode provocar insônia de rebote transitória (reaparecimento de insônia às vezes
mais grave do que aquela que motivou o tratamento) e pode também causar outros sintomas
(alterações do humor, ansiedade, agitação). Portanto, é importante que o paciente seja alertado
quanto a este fenômeno e a posologia deve ser reduzida gradualmente para minimizá-lo.
No caso de sedativos/hipnóticos com curta duração de ação, o fenômeno de retirada pode se
manifestar dentro do intervalo de dose.
Lesões severas
Devido às suas propriedades farmacológicas, zolpidem pode causar sonolência e diminuição do
nível de consciência, que pode levar a quedas e, consequentemente, a lesões severas.
Gravidez e lactação
Deve-se evitar o uso de zolpidem durante a gravidez, como medida de precaução. Dados a
respeito da utilização de zolpidem em pacientes grávidas, são inexistentes ou muito limitados.
Estudos em animais não indicaram efeitos embriotóxicos.
Se prescrito a mulheres em idade fértil, deve-se orientar a paciente a contatar o médico a
respeito da interrupção do tratamento, quando houver intenção ou suspeita de gravidez.
Em caso de utilização de zolpidem durante os três últimos meses da gravidez ou durante o
trabalho de parto, efeitos no neonato como hipotermia, hipotonia e depressão respiratória
moderada, podem ocorrer em razão da ação farmacológica do produto. Casos de depressão
respiratória neonatal severa foram reportados quando zolpidem foi usado junto com outro
depressor do SNC no final da gravidez. 5 de 26 Além disso, crianças nascidas de mães que
utilizaram sedativos/hipnóticos cronicamente durante os últimos estágios da gravidez podem ter
desenvolvido dependência física e existe o risco de desenvolverem sintomas de abstinência após
o nascimento.
Além disso, crianças nascidas de mães que utilizaram sedativos/hipnóticos cronicamente
durante os últimos estágios da gravidez podem ter desenvolvido dependência física e existe o
risco de desenvolverem sintomas de abstinência após o nascimento.
Categoria de risco na gravidez: categoria C. Este medicamento não deve ser utilizado por
mulheres grávidas sem orientação médica.
Lactação: embora a concentração de zolpidem no leite materno seja baixa, ele não deve ser
utilizado por mulheres durante o período de amamentação.
Outros grupos de risco
- Deve-se tomar extremo cuidado com pacientes com história de alcoolismo ou dependência a
drogas.
- Deve-se ter cuidado com pacientes com insuficiência hepática, pois nesses pacientes, o
clearance e o metabolismo do zolpidem estão reduzidos. Por isso, nesses casos, a dose inicial
deve ser de 5 mg e pacientes idosos devem ter atenção especial. Caso a resposta clínica em
adultos (abaixo de 65 anos) seja inadequada e o medicamento bem tolerado, pode-se aumentar a
dose para 10 mg.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Pacientes que dirigem veículos ou operam máquinas devem ser alertados para a possibilidade de
risco de reações adversas incluindo sonolência, tempo de reação prolongado, tontura, visão
borrada ou visão dupla e redução do estado de alerta na manhã seguinte à administração de
zolpidem. Para minimizar este risco, recomenda-se que a duração do sono seja de 7-8 horas.
Além disto, a coadministração de zolpidem com álcool e outros depressores do SNC aumentam
o risco destes efeitos. Os pacientes devem ser advertidos para não consumir álcool ou outros
Depressores do SNC
O aumento da depressão do Sistema Nervoso Central pode ocorrer no caso de uso concomitante
com antipsicóticos (neurolépticos), hipnóticos, ansiolíticos/sedativos, agentes antidepressivos,
analgésicos narcóticos, drogas antiepiléticas, anestésicos e anti-histamínicos. Entretanto no uso
de inibidores seletivos da recaptação de serotonina (fluoxetina e sertralina) nenhuma interação
farmacocinética ou farmacodinâmica tem sido observada.
No caso de analgésicos narcóticos, pode ocorrer aumento da sensação de euforia levando a
ocorrência de dependência psicológica.
Inibidores e indutores da CYP450
Compostos que inibem o citocromo P450 podem aumentar a atividade de alguns hipnóticos
como o zolpidem.
NOCTIDEN é metabolizado por várias enzimas hepáticas do citocromo P450: sendo as
principais CYP3A4 com a contribuição da CYP1A2. O efeito farmacodinâmico de NOCTIDEN
é menor quando é administrado com rifampicina (um indutor de CYP3A4). Entretanto, quando
NOCTIDEN foi administrado com itraconazol (um inibidor do CYP3A4), a farmacocinética e a
farmacodinâmica, não foram significativamente modificadas. A relevância clínica destes
resultados não é conhecida. A coadministração de zolpidem com cetoconazol (200 mg,
duas vezes ao dia), um potente inibidor CYP3A4, prolonga a meia-vida de eliminação do
zolpidem, aumenta a AUC total e diminui o clearance quando comparado com zolpidem mais
placebo. Quando coadministrado com cetoconazol, o AUC total aumenta modestamente (fator
1,83 quando comparado com zolpidem sozinho). Um ajuste de dosagem de zolpidem não é
necessário, mas os pacientes devem ser advertidos que a coadministração de zolpidem com
cetoconazol pode aumentar os efeitos sedativos.
A fluvoxamina é um potente inibidor da CYP1A2 e de moderado a fraco inibidor da CYP2C9 e
CYP3A4. A coadministração de fluvoxamina pode aumentar os níveis sanguíneos de zolpidem.
O uso concomitante não é recomendado.
O ciprofloxacino tem se mostrado um moderado inibidor da CYP1A2 e CYP3A4. A
coadministração de ciprofloxacino pode aumentar os níveis sanguíneos de zolpidem. O uso
concomitante não é recomendado.
Outros medicamentos
Quando NOCTIDEN foi administrado junto com warfarina, digoxina, ranitidina ou cimetidina,
nenhuma interação farmacocinética foi observada.
Álcool
A ingestão de NOCTIDEN juntamente com bebidas alcoólicas ou de medicamentos contendo
álcool não é recomendada.
O álcool promove uma intensificação do efeito de sedativos e hipnóticos ou de substâncias
relacionadas, com reflexo sobre a vigilância, aumentando o risco na condução de veículos ou na
operação de máquinas.
Exame laboratorial
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de NOCTIDEN em testes
laboratoriais.
Alimento
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de alimentos na ação de
NOCTIDEN.
NOCTIDEN deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e
umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características físicas e organolépticas
Comprimido revestido amarelo, circular, sulcado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
NOCTIDEN age rapidamente e por isso, deve ser sempre administrado imediatamente antes de
deitar ou na cama. O comprimido deve ser tomado com líquido, por via oral.
O uso prolongado do zolpidem não é recomendado e a duração do tratamento, assim como com
todos os hipnóticos, não deve ultrapassar a quatro semanas:
Insônia ocasional: de 2 a 5 dias.
Insônia transitória: de 2 a 3 semanas.
Em alguns casos pode ser necessário manter o tratamento por um período mais longo. Isso só
deverá ser feito após uma reavaliação do estado clínico do paciente.
Adultos abaixo de 65 anos: um comprimido de 10 mg por dia.
População Especial
Adultos com idade acima de 65 anos ou com insuficiência hepática: considerando que
pacientes idosos ou debilitados geralmente são mais sensíveis aos efeitos do zolpidem,
recomenda-se a administração de ½ comprimido (5 mg) por dia. A dose somente deve ser
aumentada para um comprimido (10 mg) em casos excepcionais. A dosagem não deve exceder
10 mg por dia.
Pacientes com insuficiência do fígado: considerando que existe uma redução da depuração
(clearance) e do metabolismo do zolpidem em pacientes com insuficiência do fígado,
recomenda-se a administração de 5,0 mg por dia. Esses pacientes devem ser cuidadosamente
monitorados, em especial em pacientes idosos. Caso a resposta clínica em adultos (abaixo de 65
anos) seja inadequada e o medicamento bem tolerado, pode-se aumentar a dose para 10 mg.
Pacientes Pediátricos: A segurança e eficácia do uso de zolpidem não foram estabelecidas em
pacientes pediátricos menores de 18 anos de idade. Desta forma, zolpidem não deve ser
prescrito para esta população.
Não há estudos dos efeitos de NOCTIDEN administrado por vias não recomendadas. Portanto,
por segurança e para eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via
oral.
Existem evidências de que as reações adversas, particularmente certas reações no SNC, estão
relacionadas com a dose usada de zolpidem. Essas reações, em teoria, devem ser menores se o
zolpidem é administrado imediatamente antes do paciente deitar-se ou na cama. Essas reações
ocorrem com mais frequência em pacientes idosos e no início da terapia.
Reação muito comum (≥ 1/10).
Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10).
Reação incomum (≥ 1/1.000 e < 1/100).
Reação rara (≥ 1/10.000 e < 1/1.000).
Reação muito rara (< 1/10.000).
Desconhecida: não podem ser estimados com os dados disponíveis.
Distúrbios do sistema imunológico
Desconhecida: edema angioneurótico.
Distúrbios psiquiátricos
Comuns: alucinações, agitação, pesadelos.
Incomuns: confusão, irritabilidade.
Desconhecidas: nervosismo, agressividade, desilusão, acessos de raiva, comportamento
inapropriado, sonambulismo, dependência (síndrome de retirada ou efeito rebote podem ocorrer
após a descontinuação do tratamento), alteração na libido, depressão.
A maioria dos distúrbios psiquiátricos está relacionada com reações paradoxais.
Distúrbios do Sistema Nervoso Central
Comuns: sonolência, dor de cabeça, tontura, insônia exacerbada, amnésia anterógrada (os
efeitos da amnésia podem estar associados a um comportamento inapropriado).
Desconhecida: nível de consciência deprimido.
Distúrbios oculares
Incomuns: diplopia.
Distúrbios respiratórios, torácico e mediastinal
Desconhecida: depressão respiratória.
Distúrbios gastrintestinais
Comuns: diarreia, náusea, vômito, dor abdominal.
Distúrbios hepatobiliares
Desconhecida: aumento das enzimas hepáticas.
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
Desconhecidas: rash, prurido, urticária, hiperidrose.
Distúrbios músculo-esqueléticos e do tecido conjuntivo
Comum: dor nas costas
Desconhecida: fraqueza muscular.
Infecções e infestações
Comuns: infecção do trato respiratório superior, infecção do trato respiratório inferior.
Distúrbios gerais
Comuns: fadiga.
Desconhecidas: distúrbios de marcha, tolerância ao medicamento, queda (principalmente em
pacientes idosos e quando zolpidem não é administrado de acordo com as recomendações).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou
para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Sinais e sintomas: Nos casos de superdose envolvendo zolpidem em monoterapia ou associado
a outros depressores do SNC (incluindo álcool), foram observados sintomas que variam da
perda da consciência ao coma e sintomatologia mais severa, incluindo consequências fatais.
Tratamento: Em casos de superdose, medidas sintomáticas e de suporte devem ser utilizadas.
Se não houver vantagens no esvaziamento gástrico, deve ser administrado carvão ativado para
reduzir a absorção. Se ocorrer estados de excitação, deve ser administrado algum sedativo. A
utilização de flumazenil deve ser avaliada nos casos graves, porém a administração de
flumazenil pode contribuir no aparecimento de sintomas neurológicos (convulsões).
O zolpidem não é dializável.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.